A Coroação Do Sapo escrita por Hibird, Ame No Wonderland


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Atrasei de novo, mas dessa vez não demorou tanto ^^'
A fanfic está chegando ao seu fim, pessoal. Por favor não cometam seppuku quando acabar.



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– Itadakimaaaasu! – disse Lussúria, muito mais animado que o normal.

– Deixe de ser barulhento seu pavão maldito – rosnou Squalo, que não estava de bom humor depois de perder um trabalho com um pagamento absurdo por causa de Xanxus que não o deixou sair.

– Olha quem fala – murmurou Marmon.

– Cale a boca, lixo – resmungou o chefe com a boca cheia de carne.

– B-Boss-senpai, o sangue da carne mal-passada está escorrendo pelo seu queixo – Levi estava absurdamente corado e trêmulo. Nesses últimos dias ele começara a chamar Xanxus de "Boss-senpai" por algum raio de razão que ninguém entendia.

– Saia de perto de mim, lixo. – o outro tirou uma pistola do bolso, encostando-a no nariz de seu subordinado.

– VOOI – O albino berrou, apontando a espada para o Assassino do Trovão – você não é kouhai do chefe idiota, saia de perto dele!

– Ora, Squ-chan, você tem estado bem ciumento ultimamente – Luss sorriu fabulosamente.

– Deixando isso de lado – Marmon os ignorou – por que você está tão feliz hoje, Lussúria?

– Ah, Marmon-chan, você não ficou sabendo?

O ilusionista piscou.

– Do que?

– Por que você acha que o Bel-chan foi até Kokuyo?

– Para pegar o Fran?

– Além, disso, ele precisava falar com o Muku-chan!

– Desde quando você tem toda essa intimidade com Rokudou Mukuro?

– Oh, é que o Byaku-chan me fala tanto dele... mas esse não é o tópico da conversa. Sabe por que ele tinha que falar com o Muku-chan?

– Por que?

Luss deu uma risadinha.

– Você é um idiota, Haneuma.

Dino riu.

– Por que?

– Você conseguiu deixar uma tartaruga fugir.

– Ah isso? Mas Kyouya, você estava lá! Você viu o que aconteceu!

– Não interessa o que aconteceu, você é um idiota.

Fez-se um momento de silêncio.

O Décimo chefe dos Cavallone e o Décimo Guardião da Nuvem dos Vongola se encontravam no telhado de Namimori. Aproveitando que aquele era o mês de férias e a escola estava deserta, com excessão, é claro, do Líder do Comitê de Disciplina, que patrulhava seu amado colégio todas as noites. De uns tempos para cá, Dino começara a acompanhá-lo de vez em quando, mas como ele sempre acabava quebrando alguma coisa, o menor preferia ir sozinho.

Hibird se encontrava aninhado no ombro de Hibari, entre a gola da camisa e seu pescoço. O vendo suave fazia as penas balançarem e fazerem cócegas em seu dono. A bolinha amarela de penas adormecida era o único motivo para que o italiando não "provocasse" seu pupilo naquele momento.

A noite estava um tanto fria, apesar do vento não ser muito forte. O Guardião da Nuvem estava sentado entre as pernas do maior, e este se encostava na parede que sustentava as caixas d'agua da escola.

– Ah sim – começou Cavallone – o que aconteceu com o Shoichi? Eu vi ele voando hoje mais cedo...

– O herbívoro inútil teve o que mereceu.

Hibird acordou repentinamente e se sacudiu para arrumar suas penas. Saltou até o ombro de seu dono e levantou a pata, mostrando um pequeno papel preso nela.

– O que é isso? – perguntou Dino enquanto Hibari desenrolava o papel para ler.

– Mukuro-chan, vai pegar a correspondência! – ordenou MM.

– Os carteiros ainda se dão o trabalho de trazer correspondência para um prédio abandonado? – perguntou Byakuran, seguindo o abacaxi azul pelos corredores de Kokuyo.

– Será que são os doushinjis que eu encomendei? – Chikusa apareceu de algum lugar obscuro e começou a segui-los. Segurava um volume recém adquirido de Loveless e um filete de sangue escorria de seu nariz.

– Claro que não, Kaki-pi – Ken, que ouviu a conversa e veio atrás deles, se manifestou – com certeza são os jogos pirata que eu comprei no Mercado Livre.

– Ou pode simplesmente ser panfletos de propaganda – a ruiva desencorajou.

Mukuro abriu a caixa de correio. Todos se surpreenderam ao ver um envelope de tamanho médio jogado lá dentro. Estava dentro de um saquinho de plástico transparente, como se fosse algo importante. O ilusionista o pegou e começou a analisá-lo. Não tinha remetente nem nada.

– O que diabos é isso?

– Abra, vamos ver – sugeriu o albino.

– Devem ter mandado para o endereço errado. – disse MM.

– Não tem nem o remetente nem o endereço para o qual deveria ser mandado – observou Rokudou.

– Então como diabos o carteiro entregou?! – perguntou Ken.

– Então deve ser minha carta para Hogwarts! – os olhos da ruiva brilharam.

– Não são meus doushinjis? – Chikusa abaixou a cabeça – Okay.

Kaki-pi era provavelmente a pessoa mais culta da gangue Kokuyo. O único que se interessava por alguma coisa que não fossem videogames ou possuir o corpinho de uke de Tsunayoshi. E mesmo que fosse pornografia gay, pelo menos ele lia alguma coisa.

Mukuro abriu o envelope enquanto Ken e Kaki-pi iam embora por terem perdido o interesse. Byakuran e MM tentavam ler o conteúdo por cima dos ombros do ilusionista.

"Abacaxi-sensei"

– Bah, não é de Hogwarts e não é para mim – a ruiva foi embora também.

"O Bel-senpai me sequestrou e vai me estuprar e tirar minha vitória-régia e fazer 'coisas' comigo. Se me quiser de volta ainda virgem venha para esse endereço:"

O resto da carta era um endereço que não parecia ser na Tijuana, mas sim em Namimori. Também havia o horário e o dia exatos no qual deveriam chegar se quisessem o sapo de volta.

– EU SABIA QUE AQUELE PRÍNCIPE MALDITO ESTAVA FAZENDO COISAS IMPURAS COM MEU FILHO – berrou Rokudou, indignado.

– Oh, Bel-kun é um sequestrador legal. Até deixou sua vítima escrever uma carta para você...

– EU VOU ATÉ A MANSÃO DA VARIA AGORA!

– Espere, Muku-kun, pode ser que façam algo com o Fran-chan se não obedecermos o horário indicado... pode ser um horário em que o Bel-kun não estará por perto...

– Mas eu quero que ele esteja por perto!! – Byakuran segurou Mukuro antes que ele saísse correndo – Eu vou esquartejar aquela putinha rica!!!

– Você realmente acredita que o Fran-chan seja o homem da relação? – o albino estranhou.

– É claro que ele é! Fui eu quem o criou afinal.

Byakuran segurou um risinho.

– É mesmo né...

Mukuro voltou para dentro do prédio e começou a andar a passos rápidos pelo corredor. Byakuran o acompanhava com interesse.

– Muku-kun, onde estamos indo?

– Não sei, só tenho que fazer alguma coisa para não explodir aquele príncipe tarado agora.

– Oh – o albino tirou um saco de marshmallows do bolso – está tentando se distrair?

– Talvez.

– Vamos jogar então?

Rokudou virou-se para o outro e viu que este segurava um deque de Yu-Gi-Oh. O abacaxi piscou.

– Ok.

– Mas vamos deixar as coisas mais interessantes...

– Como assim?

– Vamos apostar seu corpo nesse jogo – o sorriso pervertido do albino se intensificou, fazendo o ilusionista estremeçer.

– E se eu ganhar?

– Uhnm... eu deixo você ir até a mansão da Varia e matar todo mundo.

– Parece justo. – ele deu de ombros – Vou pegar meu deque.

Se virou para ir até seu quarto, mas quase infartou ao dar de cara com Kaki-pi à espreita, segurando um doushinji yaoi de Yu-Gi-Oh. "Teaserviceshipping" para ser mais exato.

– Posso assistir à partida?

– Claro, Chikusa-kun – disse Byakuran.

O fudanshi soltou uma risadinha medonha. Ele havia pego a carta do bolso de Mukuro quando ele estava distraído, e juntando as informações com as da outra carta que ele recebera há algumas horas, Chikusa já sabia exatamente o que estava acontecendo. Ele apenas deveria manter o abacaxi controlado até a hora do "desastre".


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Notas finais do capítulo

Tan-dan-daaan~
Próximo capítulo talvez seja o último, se preparem.