Amor E Auto-hipnose escrita por Rdxsan


Capítulo 9
Capítulo 09: Riscos diários


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Meu texto estava perdido no PC '-'



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Existem pessoas que acham que ser stalker é brincadeira, ou algo fácil. Isso pois o máximo que elas fazem é ficar olhando de longe, seguir na rua de dia sem compromisso. Duvido que elas tenham abandonado a própria casa e ficado em um beco sujo do lado da pessoa a quem ela quer perseguir. Também agora, nessa minha vida, além de ter que tomar cuidado com doenças, economia de dinheiro... há a polícia. Quase fui reconhecido por uns policiais, então para eu não poder mais sofrer com esse problema, eu tive que fazer uma coisa horrível...


Após olhar de forma desesperada e rápida para a faca

Wusthof Culinar PEtec

Ao som de Omega, Hatsune Miku, tocando de forma cruel em meu MP4

E as lágrimas caindo pelo rosto

A atadura já apodrecendo nos dedos da mão direita

Eu tive que tomar essa decisão

De levantar a faca para  a luz da lua

Apontar para o meu próprio rosto e cortá-lo.


- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH!!!!!! - gritei. Então eu me tomei conta que a luz da casa de Emily acendeu. Então eu fiquei com medo. Eu corri para o cubículo, coloquei tudo lá e corri para um hospital. Só que eu - o idiota - esqueceu que com certeza minha mãe passou em hospitais para me procurar, e que lá eu seria facilmente reconhecido. Então eu voltei para o beco, e por onde eu passava, as pessoas me fitavam, com medo. Eu apenas ignorava tudo. Chegando no beco, eu estava com topa a roupa suja de sangue, as mãos também. O sangue ia escorrendo do meu rosto para a garganta e depois para o tórax. Eu peguei o lençol onde eu durmo e pressionei o corte, para pará-lo. Então peguei a mesma faca e me cortei novamente. Eu gemi baixo, pois vi um certo movimento na casa de Emily. Eu estava chorando. Me cortei mais três vezes, até ficar com as formas do rosto diferentes. Enxuguei o sangue, peguei uma garrafa d'água - água velha e quente - e joguei no rosto. Agora o lençol, chão, eu... tudo rubro. No que eu me tornei por causa de amor? Como ela vai me amar desse jeito agora?


NÃO!


Ela me ama! Eu sei disso! Eu sei que ela me ama!! Então eu peguei meu tablet e comecei a jogar qualquer coisa, para descontrair. Que bela imagem cruel, a luz da lua iluminando meu beco sujo, onde estou rubro, jogando algo em um aparelho eletrônico extremamente caro. Mas eu não parava de chorar. As minhas saudades pela escola, pela família... tudo isso voltava como uma torrente em meu coração, em minha alma. Não adiantava eu jogar ou escutar qualquer música - se bem que eu ficaria bem mais triste e depressivo. - Eu sei que você tá saindo com aquele cara, Emily! - alguém fala alto. Levanto-me e espio pelo canto da grade - eu a cobri com um outro lençol - e vejo Emily discutindo com alguém. - Você não pode sair falando essas coisas sem saber nada! Para a sua informação, o Lúcio é gay! - ela responde. Lúcio é gay...? Essa eu não imaginava. Mas espere.


Não...


Se ela está discutindo assim com alguém... é por quê ela está namorando...?!

Não pode ser...


Empunho a faca Wusthof Culinar PEtec na mão, para qualquer coisa dele tentar agredí-la. Só que eu acabo escorregando e faço um barulho alto na grade, vejo de relance que os dois se viraram. - Quem está aí?! - o garoto grita. - Para com isso, Bernardo... deve ser algum morador de rua, sei lá. - Emily diz. - Ele está espiando a gente! Eu vou acabar com a raça dele! - mais uma frase. - Bernardo, chega! Você fica sempre querendo arranjar briga com qualquer um! Eu acho que estou namorando com uma boa pessoa, não com um brutamonte! - essa frase de Emily apunhala meu coração... ela realmente estava com outro. Mas eu farei de tudo... para mostrar que o meu amor por ela vale mais a pena do que esse nojento... então os dois vão embora. - Ao menos não presenciei nenhum beijo... - digo, aliviado. Vou até o meu cubículo e pego meu MP4. Passo a lista de músicas e não me decido em qual música colocar. - Ah, vai essa mesmo. - A Tale of Six Trillion Years and a Night, da IA. Então eu vou escutando músicas até o cair da noite. Esperando algo... que eu não imaginava.


...


Um bater na grade tira minha atenção. Olho pelo lado, mas não consigo ver com nitidez quem é. Coloco o lençol por cima do rosto e do corpo, me levanto e sigo. Finalmente consigo identificar quem é. Meus olhos brilham. Emily... - Olá, senhor... é... eu falei com a minha mãe que poderia ter um morador de rua por aqui... então ela me pediu para eu mandar essa cesta básica. - ela me mostra a cesta. Abro a porta. Parece que ela não consegue ver meu rosto... talvez eu realmente não queira que ela veja. Não agora. - Obri...gado... - agradeço, pego a cesta. Quando eu me viro, apenas vejo por um segundo uma expressão de susto por parte dela. Mas quando eu volto para tentar falar algo, ela já tinha ido. Fecho a porta e volto para o meu "lar". Como algo da cesta - um pão - e durmo.


...


Acordo. Sinto o bater da água no meu rosto... - Que droga, esqueci completamente da chuva. - digo. Eu só trouxe 3 lençóis. Um está sendo usado para dormir - está ensanguentado - outro para cobrir a grade... e mais um que eu não sei o que fazer com ele. Agora, eu tenho que achar algo para prender esse lençol na grade... - Terei que comprar pregos e martelo... - olho para o meu dinheiro. Ainda dá para comprar bastante coisa, ainda mais com essa cesta que a mãe de Emily me deu. Mas o pior será... eu ter que sair assim. Pego o lençol limpo, me enrolo, guardo as coisas no cubículo e saio. Sigo procurando alguma loja de construção, e sinto que todas as pessoas me olham. Talvez pelo meu rosto cortado, ou pela aparência suja e horrenda. Porém, danem-se eles. Vou andando até que acho a loja que eu quero. Entro. Logo sinto alguém me puxando. - Nem venha pedir dinheiro. - um dos seguranças da loja diz. - Acho que não se deve julgar pessoas pela aparência. Eu trouxe dinheiro. - digo. Ele me obriga a mostrar o dinheiro. (Que pena que eu não trouxe minha faca)... Então eu mostro e ele me deixa entrar. Peço pregos e um martelo. Recebo a mercadoria e volto para o beco. A chuva agora cai muito mais forte... tiro o lençol de cima de mim e começo a pregá-lo nos cantos das paredes, para fazer um pseudo-teto. Um canto, dois cantos, três cantos, quatro cantos... OK. A água ainda passa, mas eu estiquei bastante, então ao menos baixar e rasgar... o lençol não vai.
- OK... agora... - entro no cubículo e pego novamente meu tablet e começo a jogar. Então olho para o canto, e vejo vários papéis... me lembrei. É tudo o que eu tenho anotado sobre Emily. No chão, fotos dela.


Essa é a minha vida de stalker...


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Notas finais do capítulo

Em breve, décimo capítulo:
Lynne.



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