Amor E Auto-hipnose escrita por Rdxsan


Capítulo 2
Capítulo 02: A sala de aula


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo aí, meu povo ^^



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– Todos irão...? - pergunto. - Sim.. - ele responde. - Então, OK. Pode confirmar minha ida. - ele sorri, agradece e sai. Sigo andando pela grama até chegar na porta principal. Subo pela escada para o segundo andar, e vou para a porta que dá na minha sala. - Aê, ô atrasadão! - alguém grita, e me joga uma bolinha de papel. Olho para a mesa do professor e vejo que o mesmo não se encontra. - Ué... o professor não está...? - pergunto. O professor a quem eu perguntei a presença era o mais pontual de todo o colégio. Eu estava dois minutos atrasado... - Se ele não está aqui, né, ô idiota...! - a mesma pessoa que me jogou a bolinha diz. Pego meu livro na mochila e bato na cabeça da mesma. - Já dá para calar a boca. - e vou para o meu lugar. Passados alguns minutos de alvoroço, alguém abre a porta, e não é o nosso professor. - Bom-dia, alunos... Eu sou o professor Alexandre, estou aqui para substituir o professor de vocês. - ele diz. Logo alguém pergunta o porquê dele estar ali. - O professor de vocês sofreu um acidente de carro e quebrou as duas pernas. - essas palavras fizeram o alvoroço parar na mesma hora. - Não se tem muitos detalhes do que aconteceu... - ele completa a notícia. Justamente o professor Borges...? Tão querido pela nossa turma... - Então, vamos fazer um minuto de silêncio pela melhora dele.


         E o silêncio segue por um minuto.


         – Então... abram seus cadernos. - era uma aula de física como outra qualquer. Uma revisão de eletricidade e magnetismo... Eu estava é doido para poder tomar um chá de frutas vermelhas na mesma porcelana da manhã de hoje, ao som de Lynne, da Hatsune Miku. E as horas vão se passando, os outros professores dão suas aulas. - Soube que você vai para a festa da Amanda. - alguém toca no meu braço. Viro para onde eu ouvi a voz, e era um daqueles garotos tipo "valentão" do colégio. - Sim, vou. - digo. Ele faz uma cara feia e me encara. - É bom que não tente nada com ela, entendeu?? - ele me faz a pergunta. Fico com a expressão indiferente. - Saiba que não estou indo por causa dela. - essas palavras o deixaram mais calmo, voltando aquela cabeça sem cérebro (só músculos) para a aula. Então o sino toca. Eu pego as minhas folhas de partitura - eu toco violino - e meu lanche - incrivelmente eu levava lanche de casa, afinal, o que eu como não vende na cantina - para comer. Todos descem na maior correria, e eu sigo andando normalmente. Apenas um garoto e uma garota ficam conversando bem baixinho no canto da sala. O que iriam fazer...? Bem, não é problema meu, mesmo. Então eu vou andando pelo corredor - vazio - para ir ao pátio. Na verdade não fico no pátio, fico na escada anterior a ele, pois é muito barulho lá para eu ficar aguentando. Então eu abro o pote com o lanche. Um mille feuille. Minha mãe faz os melhores doces... fico com água na boca, mas antes de dar a primeira mordida, me dou conta que irei encontrar a pessoa que me ama na festa.


Mas... já é hora de cair a ficha, ao menos para mim. Ela não me ama. Eu a amo, e ela sequer sabe da existência dos meus sentimentos por sua pessoa. Eu soube que... a imaginação controla o mundo. Basta forçar na sua mente algo positivo que você queira que aconteça, irá acontecer. Naturalmente. Esse é um princípio da auto-hipnose. "Relaxe seu corpo e repita a frase positiva que você quer na sua mente. Verá que ao longo dos dias sua mente ficará mais relaxada." - mas será que isso funciona com o seu redor? Pode funcionar com o meu eu, mas e com alguém? Alguém que eu ame... uma garota perfeita, chamada Emily... Emily, tão graciosa, com seus cabelos curtos e levemente loiros, o óculos de haste prateada, olhos castanho-claros, quase da cor do âmbar. - Ela me ama, ela me ama... - vou dizendo para mim mesmo, tentando me convencer do fato, enquanto dou uma mordida no doce. Até esqueci que eu trouxe as partituras... então as pego e leio. Chaconne de Bach... é uma música bem difícil, mas eu tentei tocá-la, e estou treinando há uma semana, para me apresentar no festival de talentos do colégio. Não sou bom nos esportes - sou sempre o último a ser escolhido em times - , porém sou ótimo nas matérias normais, seja qual for. Álgebra, geometria, geografia...



         – Ei, ei, o sinal já vai tocar. - alguém me segura pelo ombro. Olho para cima. É uma garota da minha sala. Ela também gosta de ficar andando pelos corredores na hora do intervalo. - Ah, olá, Sabrina. - digo. - He... está lendo o quê aí? Hm? Comendo doce? Parece gostoso, hehe, vou pegar um, tá? - ela parece uma metralhadora falando. Não tem ponto final nas frases dela. Ela pega um doce do meu pote e o mordisca com prazer. - Está delicioso... é sua mãe que faz, né? - só agora eu percebo que eu, sim, converso com outras pessoas. Esqueci que eu falo com ela no fim das aulas, pois tenho que esperar minha mãe me buscar para me levar até a aula de violino. - Sim... acho que hoje ela irá preparar Rugelach ou Madeleines... não se preocupe, eu irei trazer alguns dos doces para você também. Minha afirmação a faz saltitar de felicidade e me dar um beijo no rosto. Mas tal beijo não me traz reação alguma. Eu gostaria mesmo é de receber um beijo de Emily. Então o sinal toca. Eu me levanto e sigo com Sabrina até a sala, e a mesma dupla de antes está lá, conversando no mesmo canto. Eu, hein... Sentamos todos, e logo a turma toda volta. O mesmo alvoroço de sempre. - Agora é hora de falar sobre a atualidade... - digo. É aula de geografia. O professor logo chega com sua filha de livros e nos dá bom-dia, falando que iria ligar o projetor de vídeo para apresentar um filme sobre os efeitos do aquecimento global. - Não acha que é um tema meio desgastado para o ensino médio? - pergunto. Todos olham para mim.


         – Só você mesmo para enfrentar o que o professor quer fazer, Charles. - Sabrina diz. - É justamente por vocês estarem no ensino médio que é bom relembrar certos assuntos. - ele diz, ligando o projetor. - Então vamos lá, alunos... - o professor diz.



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Notas finais do capítulo

Em breve, terceiro capítulo:
As partituras da vida.



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