Prisioneira Da Corte escrita por joycejsn


Capítulo 13
Capítulo 13




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/292766/chapter/13

– O que foi, o gato comeu a sua língua? – Perguntou Annabeth provocando com o sorriso de lado.

– Do mesmo jeito que você pode ter algo contra mim, eu posso arranjar algo contra você. Sei que você é apaixonada pelo Nathan, então querida, tome cuidado nos ensaios. – Disse me dando por vitoriosa.

Annabeth soltou uma gargalhada. Olhei desconfiada para ela, esperando por uma resposta que pudesse me surpreender. E veio:

– Vá em frente! Meu pai financia esta escola. As únicas pessoas quem você irá prejudicar será Nathan e sua mãe. E sinceramente? Será um favor que fará para mim.

Semi-serrei meus olhos tentando de alguma forma ouvir os pensamentos daquela garota arrogante. Claro que não consegui, mas estava tentando imaginar pelo seu olhar.

– Aprenda uma coisa. Quem te humilha, um dia será humilhado. Nathan se acha o anfitrião do chá da corte, não é? Acho que chegou a minha vez.

Fiquei pensando no que ela queria dizer. Logo pensei sobre o que as meninas falaram sobre Annabeth tentar algo com Nathan desde seu primeiro ano, então concluí que Nathan nunca deu qualquer tipo de liberdade, pelo menos, até agora. Ela iria se vingar? De qualquer forma, estava afetando a Liza e eu não estava gostando, apesar de não ter piedade alguma de Nathan.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, Annabeth bateu a porta. Além de estúpida e arrogante era mal educada.


LIZA’S POV


Aquela imagem de Annabeth jogando a foto para mim não saia de minha cabeça. Mas pior que isso era lembrar da foto em si. Não sei ao certo o que pensei na hora, minha cabeça virou um cenário de filme, em que todas as vezes em que eu estava olhando iludidamente para Nathan passavam rapidamente até a cena da sala de música hoje à tarde. Por que quando sentimos algo por alguém, esse alguém não nos dá importância? Será que é sempre assim? Acho que quando duas pessoas se gostam e estão juntas pode ser considerado um milagre.

Enquanto eu olhava para a foto , a minha mão tremia, até que percebi Nick expulsar Annabeth do quarto. Meu chão sumiu e inesperadamente fui puxada por uma escuridão, sozinha e sem qualquer apoio. Minha fraqueza logo me possuiu, já não podia enxergar mais nada, meus olhos estavam completamente embaçados. Correr e me trancar no banheiro foi a primeira coisa que meus sentidos conseguiram fazer. Eu não queria que as meninas me vissem naquele estado deplorável, ainda mais por um motivo fútil: garotos.

Ali, sozinha, tentei não pensar em Nathan,mas meus pensamentos me levaram além, uma vasta decepção logo invadiu o meu emocional. Estava me sentindo uma inútil. Meu sonho era poder cantar e impressionar as pessoas. Por que eu não conseguia? Eu desejava aquilo com todas as minhas forças, mas por que nunca obtinha sucesso?

Depois de um tempo afundada na solidão, no chão do banheiro. Levantei-me e fui até o espelho. Vi meu reflexo e percebi meus olhos inchados. Lavei o meu rosto e saí daquele lugar onde predominava um clima de pré-depressão. Percebi Nick me observar calada sentada em sua cama. Não disse nada, preferi assim. Saí do dormitório e resolvi ir para algum lugar onde minhas pernas me levassem.

No corredor, vi Sophie voltando de algum lugar. Ela me olhou e eu fiz o mesmo. Porém continuei em silêncio, eu segui o meu caminho e ela, o dela.

Quando me dei conta, estava parada de frente para a biblioteca. Por um instante olhei ao meu redor, estava confusa, minha cabeça estava a mil. Não conseguia organizar meus pensamentos. Voltei a fixar minha atenção para a biblioteca e avistei o filho da diretora conversando com a bibliotecária e mais alguém sentado em um dos computadores. Não tinha quase ninguém ali, então resolvi entrar. Fui direto para a sessão de livros de auto-ajuda. Peguei uns uns quatro ou cinco livros daqueles de 500 páginas cada um e fui me sentar em uma mesa ao fundo, escondida de tudo e de todos.

– Posso me sentar aqui? – Perguntou gentilmente a voz conhecida de um garoto, mas mesmo assim, não consegui identificar de primeira. Fiz que sim com a cabeça, sem me virar.

Vi pelo canto do olho a sombra da pessoa se sentando. Mas não estava curiosa em saber quem era.

Queria me concentrar nas inúmeras páginas daqueles livros. O primeiro que resolvi ler tinha o seguinte título: “Confiança frente à multidão”. Aquele foi o primeiro porque me chamou atenção. Não que eu confiasse naquele tipo de leitura, mas pelo menos alguma ajuda eu poderia ter, caso contrario, só estaria distanciando outros pensamento indesejáveis, o que já era o bastante.

Percebi o olhar de alguém fixo em mim. Esforcei-me ao máximo para me desligar do que me cercava. Mas era impossível, estava começando a me incomodar. Respirei fundo e olhei para o lado. Confesso que fiquei chocada. Primeiro, porque nunca imaginaria aquela pessoa dentro de uma biblioteca; segundo, porque jamais acreditaria que aquela pessoa se sentaria ao meu lado quando se tinha toda a biblioteca vaga; terceiro e não menos importante, porque aquela pessoa me olhava fixamente com uma expressão bondosa no olhar.

– O que você quer, Drew? – Cuspi aquelas palavras. Eu não estava em um dia bom, não iria aguentar demais provocações.

– Quero te fazer um convite. – Respondeu sorrindo. Como é que eu ainda consegui ver sinceridade naquelas palavras? Eu odiava Drew, não porque ele sempre queria ser o primeiro nas competições, mas sim pelo que fez com Emma. Eu o culpava, apesar de nunca ter ouvido sua versão da historia, mas eu não estava interessada em saber. Ele tinha total conhecimento de toda a minha raiva por ele e, até aquele momento, eu achava que era recíproca. Que convite ele queria fazer para mim? Com certeza ele queria se aproveitar de algo, ou então, era um convite para uma emboscada. Era isso, ele estava aprontando alguma coisa para mim. Então, perguntei curiosa:

– Um convite? Que tipo de convite?

– Olha, não tenho tempo para suas brincadeiras e seus planinhos maléficos, se você não gosta de mim, deixe-me em paz. Segue a sua vida e deixe o meu caminho livre. – Continuei.

– Ei! Calma aí. Tirou essas palavras dos seus livros de auto-ajuda? – Disse rindo e depois ficou sério, como se tivesse se arrependido de falar tais palavras.

– Como se atreve? – Perguntei indignada fechando os meus livros e me preparando para me levantar e sair daquele lugar, mas ele foi mais rápido e segurou o meu braço.

–Desculpe-me. Não quero ser rude, só ouça o meu convite. Se quiser, aceite. Não quero te obrigar a nada.

Ele me pediu desculpas? Eu estava estranhando aquela situação. Continuei olhando fixamente para o seus olhos verdes esperando que continuasse. Então o meu choque se tornou maior quando ouvi seu convite:

– Quer cantar comigo na competição?



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Prisioneira Da Corte" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.