Uncovered escrita por SatineHarmony


Capítulo 14
Epílogo




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Observou o filete do líquido rubro percorrer pela sua pele alva. Inspirou fundo, este movimento intensificando a dor que sentia por todo o seu corpo. Virou a cabeça lentamente, a maçã direita do seu rosto entrando em contato com o piso frio do seu apartamento.

Há quanto tempo ela estava ali? Talvez fizesse já três dias desde quando Orihime saíra de casa pela última vez. Não, uma semana. E o pessoal realmente não sentiu a minha falta?..., pensou, magoada.

Porém aquela não era a primeira vez. Afinal, essa foi uma das razões pela qual fora tão facilmente levada para o Hueco Mundo. Seus amigos esqueceram da sua existência. Esse tipo de coisa acontecia frequentemente com ela.

Avistou a faca de cozinha do outro lado da sala de estar. Droga, dessa vez Inoue realmente cortara-se com muita força. Observou os traços em suas coxas, antebraços e barriga. Ela admirava aquela visão — eram tão bonito como as gotículas de sangue insistiam em permanecer em sua pele.

Uma pequena poça vermelha já se formava próxima aos seus pulsos. Sua blusa também estava ficando suja. Que pena, aquela era a sua favorita.

Suspirou antes de render-se a inconsciência.

4

Abriu os olhos só para tê-los fechados novamente. A luz era muito forte, machucava a sua vista.

— Orihime, Orihime! — escutou uma voz preocupada exclamar num volume muito alto. Tentou erguer as mãos para tampar os ouvidos, mas percebeu que não conseguia assim fazê-lo.

— Mas o quê?... — perguntou, estreitando os olhos em meio à iluminação excessiva. — Tatsuki? O que houve? Por que eu não posso me mexer?

— Err, bom... — hesitou, parecendo olhar para os lados buscando ajuda. — Eu a encontrei no seu apartamento — levantou da cadeira onde estava para agarrar o pulso de Inoue. Só então a ruiva viu as fivelas que restringiam os seus movimentos —, e você estava toda machucada! Orihime! Por que não me contou que você se cortava?

Inoue baixou a cabeça, sentindo-se culpada:

— Tatsuki, calma... É só esperarmos o hospital dar alta para tudo voltar ao normal. — tranquilizou a morena.

— Não, Orihime, não é assim que as coisas serão a partir de agora. — sua voz ficou repentinamente dura, autoritária.

— Eu não farei isso de novo, Tatsuki, eu prometo. — persistiu.

— Se dependesse de mim eu aceitaria, mas essa decisão não está em minhas mãos. — confessou, lágrimas começando a formar-se em seus olhos.

— Do que você está falando? Pare, por favor, eu não estou gostando disso. — sussurrou, sem forças para falar propriamente.

— Médicos avaliaram o seu caso — passou a mão pelos cabelos, preocupada —, psicanalistas. E eles acharam que o melhor era você ser internada numa clínica.

— Num manicômio, é isso o que você quer dizer? — rebateu, irritada. — E eu não irei, ninguém me forçará a ir para um lugar daqueles.

— É uma clínica, apenas uma clínica. — retrucou no mesmo tom que a ruiva. — E você já está nela.

— Não, não, não... — fechou os olhos fortemente, esperando que tudo aquilo fosse um terrível pesadelo e que ela acordaria em sua cama, como em qualquer outra manhã.

— O seu médico chegou. — anunciou. — Eu tenho que ir embora por causa das regras. — Orihime foi capaz de escutar uma careta na voz de Tatsuki. Sentiu lábios serem pressionados contra a sua testa. — Vejo você mais tarde. Por favor, melhore, Hime. — desejou ternamente.

Escutou os passos da garota afastando-se, e a porta do quarto sendo aberta. Sentiu outra presença no local, mas recusou-se a abrir os olhos. Ela tinha uma grande vontade de levantar-se da cama onde estava amarrada e ir atrás de Tatsuki. Como ela pôde deixá-la sozinha naquele lugar sem mais nem menos?

— Está com medo, Inoue Orihime? — escutou uma voz interromper seus pensamentos.

— Sim. — admitiu numa voz trêmula. Só então notou o timbre que o homem usara. Aquela voz... Não, não era possível. Era o mesmo tom aveludado e impessoal dele...

Abriu os olhos para confirmar as suas suspeitas. Viu o cabelo negro em contraste com a pele pálida, o par de esmeraldas brilhantes pensativos como sempre.

— Não há o que temer, mulher. — os lábios brancos curvaram-se no que parecia ser um meio-sorriso. — Eu serei o seu médico pelo tempo que for necessário. — aproximou-se, parando em pé ao lado de sua cama. — Prazer, Ulquiorra Cifer.


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Notas finais do capítulo

Eu estava indo dormir quando percebi que já passava da meia-noite, então decidi postar logo o epílogo para não atormentar mais vocês T.T
Agora essa é a parte séria que eu agradeceria que vocês lessem por completo:
— Não sei se o epílogo ficou bom. Já fazia mais de duas semanas que eu não escrevia Uncovered (porque eu já tinha terminado os capítulos), então foi muito difícil escrever os personagens. Foi como se eu tivesse me "desligado" da Orihime. Sinto muito se decepcionei alguém com o resultado final.
— Planejo de agora em diante editar os capítulos, corrigindo todos os erros gramaticais, de concordância e digitação. Finalmente eu consegui entender a regra da crase õ/ Sintam-se livres para apontar erros de qualquer capítulo, ok?
— Caso ainda tenham alguma dúvida restante em relação à história, não tenham vergonha de perguntar. Sério, pode ser qualquer coisa, desde "Por que o Ulquiorra fez isso no capítulo n°..." a "Por que o título da fanfic é Uncovered?"
— Não, eu não planejo fazer uma continuação. Eu sei, é maldade dizer isso com a história tendo tal final subjetivo, mas eu decidi deixar essa tarefa para a mente de vocês. Então depende de si mesmo para achar que a Orihime finalmente ficou com o Ulquiorra ou no final das contas, sei lá, ela terminou ficando louca de vez. Quem sabe?
— Provavelmente farei uma playlist da fanfic no futuro. Deu para perceber que eu só usei músicas do The Killers nos capítulos, mas dessa vez pretendo reunir as músicas que me deram inspiração para começar a escrever Uncovered.
— Para as 50 pessoas que acompanham a fanfic e não escrevem review: muito obrigada por terem tido o interesse de ler a minha história, mesmo não tendo manifestado as suas opiniões. Espero que tenham gostado de lê-la ç.ç Ah, e eu não mordo, tá? -k
— Por último, e não menos importante (na verdade aqui é onde começa a parte MAIS importante T.T), eu gostaria de agradecer a todos que deram review, favoritaram e recomendaram a fanfic. Nesses dois meses e meio postando Uncovered, sexta-feira após sexta-feira, vocês nunca pararam de me incentivar a escrever. Até hoje, mesmo depois de todo esse tempo, eu ainda não consigo me impedir de ficar feliz toda vez que aparecia um review ou um leitor novo. Eu juro, eu chegava a gritar de felicidade quando lia as opiniões e elogios de vocês. Por favor, tanto o pessoal que deu review em todos os capítulos quanto os leitores-fantasma, POR FAVOR, deixem um review nesse epílogo. Eu quero muito me despedir de forma apropriada de cada um de vocês, então gostaria de fazer isso respondendo os seus comentários. Eu sinto que mesmo que eu escreva uma Bíblia eu ainda não conseguirei transmitir completamente como eu me sinto agradecida por tudo o que fizeram.
E é isso, a nossa jornada acabou, jovem padawan ç.ç Vocês já podem marcar Uncovered como história "lida". Quem sabe a gente conversa num outro dia? Se lembrem, vocês podem sempre deixar uma mensagem privada para mim que eu prontamente responderei.
That's it. Fin. Owari da. Finito.
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(22/09/13)
Cá estava eu, ajeitando a formatação de Uncovered (o Nyah anda trollando comigo ultimamente e.e), quando percebi que muita gente que leu ainda não deixou review (vale até comentar algo como "li sua fic, moça", poxinha ://). Booom, como eu sei que não conseguirei comovê-los com lágrimas, então queria dizer apenas uma coisa: muito obrigada por ter lido a minha fanfic, obrigada por ter tido o /interesse/ ç.ç Ah, e isso também vale para qualquer leitor que venha a ler Uncovered no futuro ç.ç