The Chosen One escrita por Sarah Fortune
Notas iniciais do capítulo
Me perdoem por não falar muito da Nichole nesse cap, queria mostrar mais o Slender.
As árvores passavam rapidamente sobre o ser, que se locomovia como o vento. Uma bruta parada. Agora espreitava seu alvo, um homem de altura mediana, cabelos grisalhos e olhar malicioso. Com um salto, o ser se posicionou a frente do homem, que ficou pálido como a morte. Logo atrás estava uma mulher, pasma com a visão. O ser ergueu o homem pela cabeça e com um golpe o partiu ao meio. A mulher desesperou-se, e saiu correndo, mas foi subitamente puxada para trás, e algo a obrigou a se virar. A criatura posicionou o dedo indicador em frente aos lábios da moça, que gritava desesperadamente. Em seu pescoço estava um colar de ouro, seu pingente era um urso dourado com os olhos em prata.
- Eu vou pegar isso, tudo bem? – Disse ele, amigavelmente. A mulher engoliu em seco e com um aceno de cabeça concordou. Ele retirou o colar. – Bons sonhos. – Ele disse e a soltou, se virando para trás e indo embora.
Um vento repentino se estendeu pelo quarto, balançando as cortinas e arrepiando os pelos do corpo dela, que puxou por instinto o cobertor.
- Trabalho feito. – A voz do causador de tal vento falou.
- Hoje foi rápido... Tem mais coisas a fazer, ou vai passar a noite por aqui? – Ela disse se sentando na cama.
- Posso ficar só mais um pouco. – A grave voz respondeu, e sentou-se na beirada da cama, e esticou para a menina um colar. – Peguei isto para você.
- Você sabe que não gosto que faça isso. – O colar já pendia em seu pescoço magro
- É só uma lembrança. – E então ele desapareceu como faz em todas as noites.
Saiu pela janela, indo em direção à floresta, onde gostava de se divertir com as pessoas que se aventuravam a entrar ali durante a noite. Foi em direção a uma cabana, no centro da floresta, onde haviam inúmeras corujas empalhadas e alguns souvenires que pegava de suas vítimas. Relógios, pulseiras, brincos, colares e até um par de meias. No canto uma velha vitrola tocava Lacrimosa, de Mozart. Do relógio da parede surgiu um pássaro, cantando.
- Bem, chegou a hora.
- O QUE É AQUILO??? - Gritou um homem, apontando para um ser parado ao lado de uma árvore. O outro homem olhou para o local sem encontrar nada. – JURO, ESTAVA BEM ALI, PARA... – Havia um enorme corte em seu pescoço, e o sangue espirrava nos troncos das enormes árvores da floresta. O outro homem começou a correr, mas suas pernas foram arrancadas e ele foi deixado para morrer. Limpou seu terno e suas mãos manchadas de sangue e saiu da floresta.
Ela já estava em sono profundo, abraçada ao seu urso, quando ele entrou pela janela sem fazer nenhum som e ficou observando cada movimento que ela fazia, o seu troco se expandir e contrair com a respiração, o seu cabelo se movendo com o vento... Tudo. Mataria qualquer coisa que tocasse, ou ameaçasse Nichole, mas agora não só por obrigação.
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