– Essas flores são tão lindas! - disse Vivi correndo para ir pegar uma flor branca que estava nascendo perto de uma grande árvore - Esta aqui é ainda mais bonita que as vermelhas, não acha?

– Ér.. claro, Vivi - sorri enquanto ela colocava a rosa em meu cabelo. Não acredito que ela ainda acha um lugar para por ela, pois já tem umas dez, daqui a pouco vai cair, e eu vou ter que arrumar tudo - Mas você não acha que está na hora de parar para descansar?

– Claro! Até porque, se eu me sentar um pouco e observar melhor, talvez ache flores que estejam escondidas! - essa mulher é louca! - Aí, como não tem espaço em você - ela riu - você pode coloca-lá no meu cabelo!

– Eu adoraria .. mas acho que você tiraria o brilho dela, Vivi-chan - observei ela corar e piscar os olhos. Sorri, e ela também

– Já disse pra parar de fazer isso .. Sabe que eu tenho vergonha! - ela abaixou a cabeça.

– É, mas é melhor eu dizer isso, do que "apressar as coisas" que nem aquele cabeça de marimo, não é? - Nós nos olhamos durantes alguns segundos e caímos na risada.

Depois de um tempo ainda rindo, nos sentamos em cima de duas pedras que estavam por ali. Vivi se encostou na árvore que estava atrás e fechou os olhos. Bem baixinho, falou:

– Estamos andando a mais ou menos quanto tempo, Sanji-kun?

– Eu diria que uns vinte minutos.

– Ah.. eu estou tão cansada. Acho que vou dormir um pouquinho.. - dizendo isso, ela encostou a cabeça no meu ombro, fazendo eu arregalar os olhos.

Recuperado do mini susto, eu acariciei os cabelos azuis dela. Tão lindos, assim como a sua dona...

Enquanto isso..

– Usopp, Chopper, eu estou com fome! Tem certeza de que não podemos comer essa flores? Parecem tão gostosas! - reclamou Luffy, após 5 minutos de caminhada.

– Oh claro, tão gostosas quanto aquelas árvores que vimos a um minuto atrás, né? - zombou Usopp - Não era você que estava louco por umas aventuras? Pare de reclamar.

– Mas não estou achando nenhuma aventura! E ficar entediado me dá fome! Chopper, você não tinha trazido biscoitos?

O nakama arregalou os olhos, tentando esconder, em vão, a mochila nas costas.

– N-não, eu não t-tenho nada.. E nós estamos caminhando a 5 minutos, você acha que aventuras aparecem assim do nada?!

– Mas é claro, aventuras deveriam aparecer a qualquer hora! - ela parou, fazendo Usopp bater em suas costas - Escutaram isso? ..

– Ei, Luffy, tome cuidado! Avise quando for parar, por fav - ele parou também - Pensando bem, eu ouvi alguma coisa sim..

– V-vocês devem e-estar imaginando c-coisas.. eu não escutei nada! - falou Chopper, tremendo. Ele correu e se escondeu "atrás" de Usopp.

Nessa hora, uma menininha saí de trás das árvores. Ela tinha cabelos loiros compridos, que estavam presos em duas chiquinhas. Os olhos eram verdes e grandes, e encaravam os amigos com curiosidade. Usava um vestidinho azul claro, que ia até os joelhos, e sandálias brancas. Sorriu.

– Olá! Quem são vocês? Por que entraram em minha floresta?

– A pergunta é, quem é você? - Usopp tomou a dianteira - E como assim sua floresta? Não é muito pequena para mandar nisso tudo?

– Ah, então vocês não sabem.. - o sorriso dela ficou ainda maior - Eu sou a Mayu, aquela que odeia o amor.

10 minutos depois..

– Sanji-kun, você escutou isso? - perguntou Vivi, preocupada. Sim, eu tinha escutado, e não estava gostando nada disso.

– Escutei. Você acha que poderia ser algum animal selvagem? - Encarei-a.

– Pode ser, mas acho que não. Durante o caminho todo, eu não vi nenhum pegada. - ela me encarou de volta - Acho que é uma pessoa.

– Bem.. você está certa. Ou quase. Sou uma criança, prazer, Mayu. - disse uma garotinha saindo das árvores. Estou sentindo que algo ruim vai acontecer..

– Q-quem é você? - gaguejou Vivi.

Passei um braço pelos seus ombros e olhei para a menina, que continuava sem responder.

– Ela perguntou quem é você.

– Isso está ficando repetitivo. Já tive que esplicar umas 10 vezes para um garoto infantil com um chapéu de palha.. mas ele não me interessava. Eu quero vocês. Ou melhor, VOCÊ. - Ela disse, apontando para mim.

– Eu? O que você quer comigo?

– Ah, vejo que também são ignorantes. Mas eu vou ter tempo de contar a minha história para você.. - ela sorriu, com uma cara de dar medo. - Vamos, então?

– Você pirou? Eu nunca vou deixar a Vivi-chan sozinha!

– Então, terá que ir a força! - ela lançou uma rede em mim. Como se isso fosse me deter. Tentei me libertar, mas, por incrível que pareça, não consegui.

– Sanji-kun! Consegue sair? Temos que voltar!

– Vivi-chan.. não tenho como me libertar. Volte para o navio, por favor. - Eu realmente não queria sair por aí gritando palavrões na frente de minha amada. Então, eu teria que ser capturado mesmo. - Vou voltar, eu prometo.

– Tudo bem - disse ela com os olhos cheios de lágrimas - Não deixe essa criança ganhar de você - ela se virou, e saiu correndo.

Vivi-chan on

Ela correu durante meio hora, refazendo todo o caminho qual tinha percorrido tempos antes, mas por alguma razão algo parecia errado. Parou e olhou para os lados.

Isso mesmo, ela estava perdida.