Acordei, sentindo muito frio. Abri os olhos vagarosamente, só para perceber que eu havia dormido em uma espreguiçadeira, lá fora. Um cobertor preto estava no chão ao meu lado, provavelmente eu tinha que destapado no meio da noite. Olhei para o lado, e, para minha surpresa, Vivi estava na mesma situação que eu. Puxei a sua coberta até o queixo e dei um beijo em sua testa. Não acredito que já faz um ano desde o nosso reencontro...

1 ano atrás: (Narrador)

– Vivi! Nossa, quanto tempo! - exclamou Luffy, dando seu habitual sorriso. Ela sorriu de volta e balançou a mão, em aceno.

– Oe, oe! Finalmente! - Usopp disse, se metendo na conversa.

– Pois é! Mas, como chegou aqui? - indagou Chopper. Mas são uns intrometidos mesmo, só pode.

– Ah... Pode parecer estranho, mas eu decidi tirar umas férias... Passar alguns anos vagando por aí. Pell* veio comigo, não se preocupem. Estamos em um navio de meu pai... - falou Vivi sorrindo. Como Sanji tinha sentido falta desse sorriso.

– Ei, minna! Por que estão aí reunidos e... - a ruiva deixou todas as compras caírem no chão. - VIVI! - ela correu em direção a amiga e pulou em cima da mesma, dando um abraço nela. O loiro fez uma careta estranha, como se quisesse dizer que a azulada era dele.

– Então essa é a amiga de quem você tanto fala? - perguntou Robin, calmamente.

– Mas que bela dama! Pode me mostrar sua calcinha?

– I-isso é u-um... E-E-E-ESQUELETO! - Vivi arregalou os olhos e se "escondeu" atrás de Nami. A mesma deu uma risadinha.

– Não se preocupe. É resultado de uma Akuma no Mi... Você se acostuma.

– Então t-tá bem... - falou ainda relutante. - E aquele ali? - apontou para um certo cyborg.

– É o Franky. Ele cuida do navio. É, a aparência não é das melhores...

– Do que estão falando? Eu sou SUUUUUUUUUUPER!

E seguiu mais ou menos assim. Todos foram convidados por Sanji para ir até a cozinha, onde o loiro fez um delicioso jantar, dando atenção especial para a azulada. Fizeram as apresentações, deram boas risadas... Era como se Vivi nunca tivesse partido. E realmente, era não tinha mesmo. Pois ficara sempre nas lembranças... Apesar da trágica despedida. Os dois contaram a todos a história, e também que resolveram reatar. O que levou Nami a lançar um olhar magoado para Sanji. Após a refeição, enquanto Sanji lavava os pratos, a ruiva decidiu se aproximar e esclarecer as coisas.

– Sanji... - disse ela, assustando o cozinheiro.

– Ah, olá, Nami. Você me assustou... - ele suspirou e deu um pequeno sorriso. - Sabia que você viria falar comigo...

– Mas é óbvio. Não me lembro de termos terminado nem nada... - Sanji fez uma careta, fazendo a navegadora rir. - Não esquenta. Só vim dizer que está tudo bem. Claro que iria acontecer uma hora ou outra.

– Nossa, realmente muito obrigado. - ele sorriu para Nami, que retribuiu.

– Boa noite, vou deitar.

– Durma bem.

Assim que ela saiu, uma nova pessoa adentrou a cozinha.

– Desisto de tentar lavar a louça - se virou para ver quem era. - Vivi-chwan! Quer que eu faça um chá? - logo o garoto foi mudando de personalidade.

– Quero sim, arigatou. - falou, sentando-se e observando enquanto o namorado preparava o seu chá. - Então... Aquela tal de namorada, era a Nami-san? Pensei que fosse a Robin, sua nova nakama...

– Nem... Mas, tudo bem pra você?

– Claro. Afinal, é passado, não?

– Sim. - passado alguns minutos, uma pergunta surgiu na mente do loiro. - O que você vai fazer agora?

– Eu estava pensando nisso... Esses anos longe de vocês, foram bem difíceis. Sei que um dia terei que voltar para Alabasta e me tornar rainha. Mas isso será em um futuro distante. Então, resolvi que irei navegar com vocês, até o dever me chamar. Se bem que, o capitão tem que deixar, certo?

O cozinheiro sorriu para ela. E, movido pela vontade de ambos, deu um beijo nela, que logo foi seguido de muitos.

Presente: (Sanji)

– Hum... Oe, por que está me encarando? - perguntou Vivi, esfregando os olhos.

– Você estava tão linda... E também fiquei me lembrando de nosso reencontro, um ano atrás.

– Realmente, foi coisa do destino, não? - enquanto dizia isso, ela se levantou de onde estava e sentou-se ao meu lado, me abraçando.

– Pois é. Ei, quando você acha que irá voltar para sua terra natal?

– Não sei. Mas vamos deixar o futuro, para o futuro. Porque o único lugar onde eu quero estar agora, é aqui, com meus nakamas. Com você.

–-

Escrevi essa fic porque eu queria escrever sobre uma frase que eu gosto muito. Ela meio que foi uma base para o final. Me inspiro nela, e acho-a linda: "O amor verdadeiro supera tudo". E nessa caso, seria o tempo. Pessoalmente, acho que a separação de ambos ajudou muito, para ver que o amor era verdadeiro, mesmo.