Othernization XIII (Interativa) escrita por Midorix


Capítulo 3
III - Xune




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O barco navega nas águas salgadas gentilmente, enquanto uma pequena luz invade boa parte do transporte. Nas pequenas sombras, que geralmente ficam nos cantos ou em lugares próximos à porta vermelha, não há nada além do vazio e uma pessoa, ou melhor, uma nobody.

Esta tem os cabelos negros, enrolados como leve furacão, e bem longos, presos em duas marias chiquinhas. Estava simplesmente dormindo como a Ximênia, só que a diferença é que a sua posição é sentada. Babava ao extremo, tipo o cachorro cujo lambe muito o seu dono. Embora pareça estar tudo ótimo, é ao contrário, pelo menos nos sonhos dela.

Paixão, desgosto, ira, morte e depressão. Isto é o resumo, mas parece que a causa de tudo isso é a sua beleza, e também os tarados.

A coitada tremia os seus braços e torso, vivendo atormentada por sentimentos cujo ela nem sente. Todavia, deu-se para ouvir os barulhos da caminhada de alguém. Isto foi o porquê da garota ter acordado, e valeu a pena ter interrompido o seu sono, já que um menino de cabelos loiros punk, olhos azuis e sobretudo preto continuava andando, com incerteza, à algum lugar aleatório, sem percebê-la.

Os lábios de Xune transpareceram de felicidade. Então, ela estralou todas as partes de seu corpo, principalmente costas, braços, ombros e mãos, com intenção de se despreguiçar. Após isto, correu doidamente em direção do garoto e...

– Oioioioioioioioioioi...! - ...pulou em cima dele.

– Maso... Ai! - Ele esteve desconfortado - Mas o que está fazen... Baralho! Ai, ui! Porta! - A menina estava levando Roxas à abaixo do navio, e a cabeça do loiro batia nas pedras.

Minutos depois, finalmente chegaram ao destino. Assim, ela aliviou a sua "vítima", soltando-o.

– Pare um minuto! Quero saber o motivo de ter...

– Meu querido... - Ela olhava de uma forma que parece que irá estuprá-lo, somente parece, óbvio - Não é todo dia que aparece algum visitante de Neverland como você. - Agora, tinha expressão neutra.

– Isso é motivo pra ficar me arrastando!? - Irritou-se levemente Roxas.

– Sim, é sim... - De repente, riu continuadamente igual uma mistura de louca do hospício com aquela menininha de anime com voz fofinha e fina.

– Tá bom, tá bom, PARA! Te entendo! - Ele tampava os ouvidos.

– Não, não, não, não! Não é... - Gargalhava mais e mais, nem conseguia parar, inclusive perdia o ar.

– Calma, calma! - O de sobretudo acabou sendo obrigado a ajudá-la, para que parasse com a palhaçada toda.

– Vixi! Obrigada, Roxy. - Ficou encarando-o por moderado tempo - ... ... ... Não me peeeeegaaaaaaaaaaaa, hahahahahaha! - Correu tipo uma criança de seis anos.

– ... ... ... Okay... - Ficou meio tenso, por causa da situação - Mas... Vou ter que vir mais aqui, certo...? Ah, soda-se. - Ele tem criado um "desafio" à ele próprio.

Em vários dias, Roxas foi visitando o mesmo lugar, embora tenha que aguentar a "moça de um monte de personalidades". O menino nunca repara nessas coisas psicológicas, porém acabou tendo que tirar essa conclusão.

Foi repetindo o processo por alguns dias, contudo, de repente, o loiro parou de ir no mundo do Peter Pan (ou Peter Pão). Quando Xune reparou na grande ausência dele, uma semana depois, ela se sentiu isolada outra vez.

– "Droga, por que aquele saco de banha fofa não vem mais aqui...?" - Suspira.

Passou-se horas e a mulher nova toma uma decisão, assim que percebe os seus poderes prateados.

– "Quer saber? Eu nem tenho nada para fazer além de me treinar, é um dos meus passatempos favoritos de qualquer maneira!"- Alegrou-se.

Ou seja, na sala onde o menino tem sido levado, foi transmitido as formas de batalha. A moça conseguiu destruir os bonecos de palha toscos a partir de ondas de prata, sombra líquida também prateada e alteração de formas em lâminas altamente perigosas. No entanto, ela observa que tem a capacidade de paralisar e sufocar os oponentes.

Este treinamento foi feito apenas duas vezes por semana no período, pois ela geralmente explora, olha no topo do barco grande, brinca com os inimigos na base de presentes de susto ou dorme.

Em uma de suas observações no alto, acaba encontrado mais uma pessoa polêmica, não-nativa do local. O sujeito tem os cabelos vermelhos. Mais rápida que Papa-léguas, desceu do aonde estava e correu atrás.

– Espera, espera, espera, ESPERA! - Xune estava desesperada e, mais uma vez, animada.

– Wow, o que é que foi!? - Axel (de novo) se assustou com a atitude dela, porém ele achou engraçado, falando de forma divertida e rindo de leve.

– De onde você vem, rapaz? - Perguntou a adolescente.

– Por qual motivo quer saber disso? - Ele alinhou a sua sobrancelha direita para cima, enquanto a esquerda, à um pouco abaixo.

– Jamais quero ficar mais nesse inferno. Gostaria de ir com você.

– Já não bastava a Ximênia...?

– Quem? Ah, que se dane! Vamos logo, vai!

– ... - O ruivo ficou lá parado, pensando nas consequências, todavia nem tinha nada demais - Tá bom, me siga... Posso saber o seu nome?

– Nue + X = ... - Ela quase explodiu o cérebro, mas decidiu por fim - Xune, okay?

– Tudo bem. - Axel sorriu luminosamente.

Assim, levou-a para as fumaças negras e ambos desapareceram, como ele fez com a outra menina.

***

– Nossa, que castelo enorme! - Olhava com boca aberta igual uma criança cujo nunca viu um algodão doce.

– Sim, aw... - Ele sequer conseguiu se segurar e acabou dando risadas, tampando a boca com duas mãos.

– Certo, certo... Vou explorar, tudo bem?

– É cla... Hahahahaha lol hahahahahahaha... - Ninguém nunca viu uma gargalhada de bêbado como esta, além da moça de olhos azuis.

– Bem... Por onde começar...? Ah, aquela porta! - Ela adora ficar explorando novos lugares. Mais feliz impossível, foi apressadamente ao indicado.

– Hum... - Abriu a porta devagar - Wo! - Levou pouco de susto com o teletransporte cujo está na sua frente no momento - Isto vai ser interessante! - Correu para dentro e acabou sumindo outra vez.

***

– Quer dizer que tem medo daquele menino? Por quê? - Isto foi uma novidade na opinião de Midorix. Ela tomava delicadamente uma xícara de chá verde.

– É, e nem é necessariamente medo... - Como sempre, Ximê falava timidamente.

– Tipo... Ele é uma... - Foi interrompida com a chegada da Número Três - Weeee, temos mais uma convidada! Seja bem vinda, manola! - Transpareceu um belo sorriso.

– Peraí... Do que está falando? - Xune olha desconfiada.

– Aw... Bem... Você é a Número Três agora... Não? - Mido coça a parte de trás do couro cabeludo.

– Número Três do quê? Da putaria!? - Irritou-se a moça de cabelos negros.

– WHAT!? Não é isso! Que ideia é essa!? É da Othernization XIII! - A de mechas verdes arregalhou os olhos castanhos esverdeados. Não esperava por isto.

– Acho bom que seja isso. - Xune rosnou e agora olhava ameaçadora.

– ... O que é putaria...? - Perguntou Ximênia, inocente.

– É bom que não saiba, cara criança. - Falou claramente e mais nobre possível a Número Um. Depois olhou em direção à irritada - Sinceramente, nem entendi a sua atitude. Poderia explicar melhor?

– Posso sim. Essas merda de pessoas só querem conversar comigo por causa de minha beleza! Que absurdo! Aposto que você, provavelmente Ximênia, está fazendo isso nesse momento!

– Uma bobagem! Eu converso com as pessoas por eu ser simpática e bem social, e não pela beleza, como geralmente as vadias humanas fazem.

– É sério?

– Claro que sim! Tem uns manolos cujo conheço e não são bonitos, mas nem vai ser por isto que vou parar de falar com eles, falo com todos como irmãos normais, e acabou! Que se soda a aparência. Outra coisa: Sou a Midorix, não Ximênia.

– Ainda bem! Pelo menos, você tem a cabeça mais aberta do que os caras que tentaram me pegar... - A de cabelos pretos suspira de tristeza e raiva - ... Então, quem é a Ximênia que Axel falou? - Ficou curiosa.

– Sou eu. - Falou baixo, a loira.

– Putz, ela é a Número Dois? Que fraca! - Riu um pouco a Xune.

– Maso... Hunf! - Ximênia teve a vontade de matar a recém-chegada, mas acabou se abaixando, guardando as palavras só para si mesma.

– Mas, moça, a classificação dos membros, em números, não tem nada a ver com o poder, tem a ver com a chegada. Sou a primeira, porque criei a organização. Ximênia foi a primeira a chegar, e por isto, é a número dois. Você é a número três, pois foi a segunda a chegar. - Esclareceu a The Crazy Mother.

– Ah, entendi! Então, desculpe-me, Ximê...

A tímida olhou meio brava.

– Mesmo que eu fosse realmente fraca, nunca é motivo para me insultar assim. - Após isto, voltou a ficar na sua.

– Nem se estresse, Número Dois. Às vezes, nós, seres vivos, erramos mesmo... - A líder falou vergonhadamente - Ops! Esqueci que preciso lhe dar uma frase, Número Três.

– Como assim? - Xune alinhou suas sobrancelhas.

– Por exemplo: Tenho a frase The Crazy Mother. Já a Ximê, tem a The Passion Lost Child. Quem escolhe o nome sou eu. Para isto, me baseio em tudo o que a pessoa expressa, passou ou tem.

– Você é "A mãe louca" por quê? - A moça teve impressão da Número Um já ter se dado, o que é mentira.

– Meu elemento é fauna, e cuido dos animais como filhos. Além disso, sou bem animada.

– Percebi... Então, qual vai ser o meu?

– Hum... - Midorix pensou um pouco - The... Beauty... Hater? Parece nome de um troll da internet... - Coçava a nuca - The... Siren of Anger...?

– Que merda, Mido! Comparou minha beleza com sereia!? Essa porta é pecado, sabia!?

– Pecado...? Ei, The Sin of The Beauty é perfeito para ti! - A "da fauna" ficou extremamente alegre, por ter escolhido mais fácil.

– Pelo menos, isto... - Suspira a de cabelos negros outra vez.

– Espera, por que ainda está em pé? Eu lhe ofereço um sorvete!

– Prefiro ficar em pé mesmo, mas aceito o picolé.

– Tudo bem, então. - Midorix sorriu simpaticamente, mandando uma águia enviar o alimento azul à Número Três.

– Obrigada, Número Um. - Pegou o produto da ave, que saiu voando à algum outro lugar, e passou a lamber, consumir.

– Agora, o mais importante: Qual é o seu nome?

– Xune. Para que quer saber?

– O nome é importante para eu poder falar uma declaração. - Disse Mido, pegando novamente o pequeno papel, e falou - "A partir de agora, eu irei te considerar como membro de minha Othernization XIII, como Número Três: Xune, The Sin of the Beauty. Contudo, eu me apresento como Número Um: Midorix, The Crazy Mother.".

– Que bom, né...? O que faremos agora?

– Ora, conversaremos! Eu preciso questionar mais a respeito de você.

– Está bem. O que gostaria de saber? - Xune cruzou os braços, à espera de perguntas.

Obteve um longuíssimo bate-papo.


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