Outlaw escrita por Reckless


Capítulo 5
Bolinhos de geleia deixam de ser indefesos


Notas iniciais do capítulo

Sei que estou desde novembro sem postar. E se é que fez falta a alguém, sinto muito! Mas estou de volta, e pretendo ser mais breve agora. Muito bem, queridos lindíssimos e prezados leitores, apreciem esse capítulo que fiz em uma madrugada de insônia.
Preciso pedir desculpas principalmente por:
a) O CAPÍTULO HORRIVELMENTE CHATO
b) a demora por um capítulo chato
c) e só.
Aproveitem!



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POV's Percy Jackson

Leiam com atenção, agucem os sentidos, pois estão prestes a ouvir a história de como eu fui agredido brutalmente por um bolinho de geleia. 

Tudo começou com uma tarde ensolarada, na qual eu decidi ter a atitude cavalheira de levar a garota espatifada, machucada, abatida e semelhante a um pão mofado depois de atravessar janelas e viadutos para conhecer a cidade que ela provavelmente nunca havia visto antes. E estava tudo correndo bem, perfeitamente bem, o que era até estranho para mim. Nós conversamos sobre, bem, coisas que duas pessoas que pretendem iniciar uma amizade conversam. Eu descobri que Annabeth tinha um gato em Los Angeles, chamado Jophrey, que era sua paixãozinha de infância na época em que ganhara o gato. Descobri também que é apaixonada por livros, especialmente os que abordam temas como arquitetura e monumentos antigos, e que algumas pessoas costumam chamá-la por Annie. São poucas, mas ela adora o apelido, pois a faz lembrar de uma de suas atrizes de televisão preferidas, Anne Hathaway. 

Agora Annabeth havia passado a bola para mim. Estávamos a este ponto envolvidos em uma conversa sobre a minha vida, completa e totalmente chata, mas que de alguma forma interessava a Annabeth. Bem, desviávamos o assunto, comentando sobre Thalia e Luke, e o porquê de ambos terem rejeitado o convite para o passeio pela cidade, quando dois garotos que poderíamos também chamar de Encrenca Na Certa decidiram atrapalhar a nossa conversa. Travis e Connor Stoll adoravam atrapalhar, e infelizmente faziam isso muito bem. 

Eu mal tive tempo de praguejar a eles, porque alguém com um familiar cheiro de tintura para telas me agarrou pelo braço, e me arrastou até o canto do balcão. Gritando, sorrindo e tagarelando, Rachel provavelmente tentava me contar alguma coisa, e digo mais: sem o menor sucesso, pois tudo o que ela falava naquela velocidade meu cérebro processava no idioma oficial da Rússia ou de Saturno.

- Percy, você não vai... - Rachel começou, gesticulando e sorrindo, mas parou de repente, e se tornou sóbria. Lançou um olhar acelerado a Annabeth por trás dos ombros, e depois me encarou, rígida.

- Quem é aquela garota? - Rachel me perguntou, e estalou os dedos diante de meus olhos. Só então eu percebi que não havia sequer ouvido o que ela disse. - Percy!

- O que? Ah, sim, me desculpe. - Disse apressado, abaixando a cabeça. - Aquela é Annabeth, ela veio à cidade com minha prima Thalia e um velho amigo. 

Rachel levantou uma sobrancelha.

- E quanto a Calipso?

Meu coração poderia ter explodido neste momento.

- Rachel, não tem nada a ver com isto... - Senti minhas bochechas queimarem. - Annabeth é amiga de amigos meus, nós não estamos... - Antes que eu precisasse concluir a frase, avistei Luke e Thalia entrando pela porta. Luke cutucava e conversava com Thalia, tentando fazê-la rir - e aparentemente conseguindo, sem demonstrar medo de morrer a qualquer momento. Forçar a barra não é uma coisa que se deve usar com Thalia Grace, anotem aí. 

Rachel se virou na mesma direção que eu, e na ausência de seu olhar eu uni minhas mãos, olhando para cima, agradecendo a Deus por ter dois belos e oportunos amigos, que me poupavam de conversar sobre um término de namoro que provavelmente me faria chorar como um idiota. Não que eu não fosse um. 

Eu acenei freneticamente para Thalia, Luke e Annabeth, que agora haviam se sentado em uma mesa colocada em frente a entrada, gesticulando um aviso de que eu já iria me unir a eles. Dirigi um último olhar a Rachel.

- Podemos conversar depois? Meus amigos estão me esperando.

Rachel sorriu, e assentiu com a cabeça.

Entendido isto como uma despedida, eu me dirigia aliviado à mesa onde meus amigos estavam, quando ouvi Travis gritar de outro canto.

- Ei, Percy! - me dirigi a ele, arrastando os pés. Ao lado de Travis estavam, agora, Clarisse La Rue (que como novidade não ficou muito feliz em me ver), Connor, Chris Rodriguez, Will Solace e Charles Beckendorf. - Quem é aquela garota ali? A dos cabelos loiros e cacheados.

Arregalei os olhos, de repente me sentindo mais aguçado.

- Ela lhe interessa em algo, Travis? Pois saiba que...

Travis, assim como todos que estavam à sua volta, riu. Em seguida, ele me deu leves tapinhas no ombro.

- Já entendi, Jackson. Tudo bem, somos amigos. - Ele me deu socos no peito, em gesto de amizade. - Amigos não pegam o que os outros pegam.

Todo meu sangue decidiu se localizar em minhas bochechas naquele momento.

- O que? Não, eu não... - disse, apressado.

- Não precisa se explicar, Percy. - Travis sorriu. Seu sorriso sumiu no mesmo instante, e reapareceu ao olhar para a mesa onde estavam Annabeth, Luke e Thalia. - E quanto a outra? - Perguntou Travis, erguendo o pescoço para enxergar por entre as pessoas que andavam pelo bar.

- O que? - Perguntei, realmente confuso.

- Estou te perguntando - começou Travis, com um sorriso carregado de malícia estampando seu rosto - da forma mais óbvia possível, já que a loira já tem evidente dono, se eu estou de passe livre para presentear a mim mesmo com a outra amiguinha, a morena gostosa. - Eu senti uma vontade incondicional de socar Travis, e só não o fiz provavelmente porque não sabia socar. Apesar de eu não ter o mínimo interesse em um incesto com Thalia, ela era minha prima - o que já criava uma sensação de desconforto em mim quando alguém se dirigia a ela com segundas intenções, afinal, ela era minha prima, e eu me sentia responsável por não deixar que ela sofresse com esse tipo de salafrário estúpido. E também porque desde que conheço Luke por Luke, sei que ele é doido por ela. - Libera? - Perguntou Travis, levantando uma sobrancelha.

- Que se dane, eu não tenho nada com a vida dela. Se ela gostar de passar uma noite na cama de cada canalha que existe nesta cidade, eu só posso lamentar diante da felicidade deles. - Disse com evidente raiva. Eu saí andando em direção à mesa de meus amigos, e Travis, que parecia não ter se dado conta do recado, me seguiu sorridente. Eu revirei os olhos ao senti-lo andando atrás de mim. 

- Foi mal pelo atraso - me desculpei apressadamente com meus amigos ao chegar na mesa. Puxei uma cadeira para me sentar, entre Luke e Annabeth. Travis puxou uma cadeira mais próxima de Thalia do que o humor de Luke aprovara - ele olhava de esguelha para Travis como se planejasse jantar seus órgãos passados na farinha de rosca. 

- Eu sou Travis, Travis Stoll. Amigo de Percy. Vocês são novos aqui? - Perguntou ele, passando os olhos por todos os três.

- Eles estão aqui temporariamente, Travis. 

- Ah, entendi. - Travis me olhou desinteressado, e em seguida achou algo mais divertido no que se focar. - Green Day? Você é fã de Green Day? - Disse Travis, sorrindo animado para Thalia. A garota olhou para baixo, encarando a estampa de sua própria camiseta. - Ah, é, eu... Reparei na camiseta. - Disse Travis, apontando a camiseta de Thalia.

E porra, que cara idiota, pensei. Qualquer porte masturbação ambulante como Travis olharia para a escrita na camiseta de Thalia e nem repararia a que banda se referia, afinal a estampa ficava relevada bem acima dos seios dela - e digamos, não eram nem de longe pequenos. Qualquer punheteiro olharia para a camiseta e não se daria ao trabalho de ler o que estava escrito, nem que a escrita estivesse insultando a mãe do cara. Foi uma sorte de Travis ter achado a banda como um motivo para ele secar os seios de Thalia. E seria um azar para o mesmo se Luke soubesse fazer macumba com o olhar, porque amigo, vou te contar...

Agora Travis, Annabeth e Thalia conversavam animadamente sobre bandas de música e outras coisas do gênero. Eu encarava a cena com a maior cara de tédio e ódio - do mais velho dos Stoll - que já foi feita sobre a Terra, e só faltou Luke ter um espasmo quando Travis cheirou os cabelos negros de Thalia e disse que eles cheiravam a menta, canela e flores do campo. 

Alguns minutos de papo jogado fora depois, eu já estava com tanto sono e tanta vontade de matar Travis que a sensação era a de que tinham me injetado mil tipos de drogas diferentes na veia. Tamanho era o sono que por um momento senti uma leve mão apoiada em meu ombro. Esfreguei os olhos, pouco assustado, e percebi que a mão em meu ombro era real. Virei meu rosto o suficiente para detectar uma mão com unhas delicadas e pulseiras com pingentes dourados e pequenos. Cabelos em tom caramelo cacheados caiam sobre um vestido cor-de-rosa muito claro, delicadamente rodado. Me virei completamente na cadeira, assustado. O movimento foi tão rápido que meu braço atingiu brutalmente um daqueles bolinhos de geleia, que eram a especialidade de Senhor D., e se espatifou em meleca rosada na minha camisa. Peguei um guardanapo de papel, novamente derrubando metade das coisas que estavam sobre a mesa, e me coloquei a limpar apressadamente a geleia da minha roupa. A mão que estava sobre meu ombro pegou o guardanapo de minha mão, e disse docilmente, enquanto esfregava em movimentos suaves o guardanapo em meu peito: 

- Deixe eu te ajudar.

Ergui os olhos para a figura, e senti meu coração dando voltas quando me deparei com uma garota de belos olhos azuis, e um sorriso adorável. Seu perfume era tão doce quanto um campo de rosas seria.

- V... Você deveria... Não deveria estar no México? 

A garota sorriu.

- Olá, Percy. Sou bem vinda de volta? - Ela estudou meus amigos com seus olhos azuis-esmeralda. - Ah, vejo que encontrou velhos ou novos amigos. Olá, amigos de Percy. Sou Calipso, a namorada dele.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Mereço? Mereço? Se tiver eu continuo!



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