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Todo o meu mau humor, a revolta pela mudança repentina e a mal criação com meu pai havia cessado. Meu estado de espírito estava cintilando, e Laura e papai já estavam de saída. O jantar foi ótimo, tia Alexia cozinha muito bem e todos nos divertimos com os flash backs que papai contava relembrando os tempos que tia Alexia atrapalhava sem querer os romances de mamãe tentando ajudá-la.

— Já são quase oito horas Alexia, e você sabe como Annabeth fica preocupada quando viajamos durante a noite.— papai a lembrara com humor.

— é eu sei sim, mas se quiserem posso ligar pra ela e vocês vão amanha cedo. — sugeriu tia Alexia na intenção de tranqüilizar minha mãe.

— Agradecemos a preocupação tia mas se sairmos agora estaremos em casa antes de meia noite. — agradeceu Laura gentilmente.

— Tudo bem. Então sugiro que peguem a ponte Amour Éternel. Não há transito nesse horário, assim ganharão tempo. — ela era pratica em tudo que fazia. Papai gostou muito da dica, se ela não sugerisse a ponte ele teria ido pelo caminho que viemos. O que faria a viagem levar cerca de trinta a quarenta minutos a mais.

Papai se despediu de tia Alexia e de mim, em seguida Laura veio me abraçar, o que foi estranho pois ela raramente fazia isso, me apertou forte dizendo “ pode não acreditar, mas vou sentir sua falta pirralha” eu sorri. Gostei daquilo e respondi. “ também sentirei a sua.” Eu estava sendo sincera. E isso foi bom. Nunca tivemos aquele tipo de aproximação. “ Oh ruiva, vê se cuida da tia Alexia. Ela não é muito certa das idéias.” Ela sorriu e acrescentou “ assim como você.” Todos rimos. Papai disse que me amava e eu disse que também o amava e pedi desculpas pelo mal comportamento durante a viajem. Laura disse baixinho “amo você maninha” fiquei pasma. Nunca esperei isso dela. Eles entraram no carro e foram embora.

Tia Alexia logo disse “ E ai vamos ver o seu quarto?” ela fechou a porta da frente e seguimos para um quarto que ficava junto a outros em um corredor próximo a sala. O quarto era muito bonito. Tinha a porta branca e a maçaneta dourada, a janela era grande e de vidro e não tinha grades, uma cortina em tom pastel cobria delicadamente o acabamento nobre que a janela possuía. A cama tinha colchas rosa perolado, ao lado um criado mudo com detalhes dourados e um vaso de rosas combinando com o restante da decoração.

O quarto do andar de cima tinha a pintura vermelha com diversos detalhes brancas. A cama era espaçosa, coberta por um lençol branco e almofadas vermelhas. A esquerda tinha um closet como se fosse um quarto dentro do outro. A direita era da mesma forma, mas era um espaço reservado para leitura.

Achei os dois quartos perfeitos, mais o que estava com a decoração em tons de rosa e pastel foi de minha preferência. Tia Alexia me ajudou a levar as malas para o quarto. Organizamos as meias e calcinhas nas gavetas, os vestidos e casacos nos cabides e tinha uma parte especial para calças.

Depois disso ela me levou pra conhecer a casa. Mostrou-me toda a ala leste e disse que a oeste veríamos na manhã seguinte. A casa era realmente grande, a biblioteca tinha muitos livros em estantes que iam do chão ao teto. Ela me levou ate a sauna, nunca havia estado em uma. Vestimos roupões, fizemos as unhas e hidratação nos cabelos. Conversamos muito e nos divertimos tanto que perdemos a hora, já era quase meia noite quando fomos nos deitar. Tia Alexia disse que cuidaríamos do jardim pela manhã, depois me levaria pra conhecer a cidade e me matricular no colégio.

CONTINUA...