Diarios De Um Coração Insano. escrita por Cassie


Capítulo 34
First Kiss




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—O que queria me pedir?— perguntei recordando o assunto que ele deixaria morrer.



—Não me parece justo, por isso peço que esqueça tudo bem?— pediu com um sorriso meigo que quase me fez concordar.



—Não, seja o que for eu farei. —respondi surpreendendo-o.



Ele afagou meus cabelos, afastando-os de meu pescoço. Logo entendi o que ele queria, e tombei minha cabeça para o lado, dando-lhe a permissão que esperava. Senti sua respiração morna tocar minha pele, e logo seus lábios alojaram-se ali. Em seguida, uma dor fina, enquanto sua mordida perfurava-me.



Logo minha visão estava embaçada, e sua voz cada vez mais distante.



—Queria que pudesse ficar mais tempo aqui comigo. Mas ainda não é o momento. Até breve minha pequena estrela.—



Foi a ultima coisa que ouvi. Ao acordar meus olhos percorreram o ambiente em que eu me encontrava e percebi estar no quarto de Lysandre. Procurei por Dimitry, mas imagem que se formou em minhas vistas foi um tanto mais quente. Castiel estava ali, com cara de poucos amigos e uma expressão corporal intimidadora. Esfreguei os olhos sentando-me no que parecia ser a cama de Lys e o encarei.



—Castiel? — sussurrei seu nome e tive a súbita impressão de ver seu corpo enrijecer ao som de minha voz. Seu rosto já não estava tão severo e isso causou-me um alivio e uma alegria estranha porém magnifica. Ele por sua vez, permaneceu calado encarando-me. Lysandre saiu dali sem dizer palavra alguma nem tão pouco olhar-me. Aquele silencio era martírio e eu sentia cada parte de mim sendo corroída por ele. No entanto, não tinha vontade alguma de dizer-lhe o quer que fosse não sabia o que dizer e nada do que eu dissesse seria suficiente para expressar tudo o que eu queria. Ele vacilou o olhar em direção a porta e seus pés descompassados o levaram embora de forma imperceptível. Recostei a cabeça na parede e cerrei os olhos apertando-os com força enquanto me lembrava do quão idiota eu era.



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Castiel passou por mim com passos pesados e rosnou algo que não pude distinguir. Rosa e Leigh olharam-me confusos e eu levantei-me em direção a porta. Abri os lábios para chamar o ruivo, porém ele já havia entrado no carro e numa arrancada brusca saiu dali. Era realmente difícil entende-lo, mas tentar seria inútil. A única certeza que eu tinha naquele momento era de que Hinna precisava de mim. Corri até o quarto para ver como ela estava e a encontrei batendo levemente a cabeça na parede e murmurando consigo mesma. Perguntei-me se eles haviam discutido, mas pela forma como Castiel passou por mim conclui que nem mesmo isso.



—Hinna? — chamei aproximando-me vagarosamente. A pequena me olhou com olhos calorosos e abriu-me um sorriso.



—Lys...— sussurrou lançando-se em mim. A abracei amigável lembrando-me da primeira vez que ela esteve em meus braços.



~Le flashback on...



Estava na praia com Rosa e Leigh quando percebi uma agitação numa área de risco no mar perto de alguns rochedos lodosos. Ao me aproximar percebi alguém se afogando e pela voz desesperada que tentava gritar suspeitei que fosse ela. Tive a certeza quando vi algumas mechas avermelhadas balançando na agua junto a um corpo pequeno e magrelo que buscava incessantemente por ar. sem pensar duas vezes lancei-me ali e com ela nos braços nadei até a praia um tanto abespinhado por ninguém ter tomado uma atitude. A deitei na areia desfalecida e iniciei os primeiros socorros. Ela cuspiu uma pequena quantidade de agua e após alguns minutos a ajudei a levantar. A levei para comer um doce e uma chuva iniciou-se nos obrigando a voltar para casa. Chegamos encharcados na minha casa que era mais perto que a dela. Peguei minha menor camisa um short que eu costumava usar para correr no fim da tarde e emprestei para ela que os vestiu após um banho quente. Na tevê coloquei um filme para que ela assistisse enquanto eu banhava e me trocava. Instantes depois e eu já estava ali ao seu lado compartilhando uma vasilha de pipoca e copos de Coca-Cola. Entre uma conversa e outra caímos no chão numa briga de cosquinhas na qual a ruiva me venceu. Teve vantagem pelo pouco tamanho que a fazia se desprender facilmente de meus braços. Terminamos em olhares profundos onde me perdi no amarelo intenso que coloria seus brotos. Sensações confusas invadiram e uma força inexplicável me atraia cada vez mais, fazendo com que eu me aproximasse cada vez mais. Meus lábios procuravam os seus e antes de encontra-los ela empurrou-me assustada e levantou-se indo em direção a janela. Afastou a cortina olhando para a rua.



— Acho que vai demorar a passar. — disse enquanto ela observava a chuva cair.



—É, também acho. — ela disse desviando o olhar em minha direção sem olhar-me.



—Quer ligar para casa? Sua tia deve estar preocupada. — sugeri e ela assentiu. Lhe entreguei o telefone e ela o fez rápido, trocou poucas palavras com a tia e me entregou o aparelho gesticulando para que eu atendesse. Alexia disse para aguardar até as oito horas e se a chuva não passasse queria que eu preparasse um lugar para Hinna dormir. Assim eu fiz e lhe cedi minha cama uma vez que todos os quartos da casa estavam ocupados pelo exército de empregados que meus pais contrataram. Durante a noite a moça tremia de frio e eu lhe cobri com meu edredom, cobrindo-me em seguida com alguns lençóis mais finos. Minutos depois fui surpreendido por ela que deitou-se ao meu lado cobrindo-me com os cobertores que ela usava.



—Não acho justo que passe frio por minha causa. — ela disse. Tentei questiona-la mas ela insistiu dizendo que não se incomodava em dividi-los. Ela não possuía um pingo se quer de maldade e isso me encantou ainda mais. Dormimos assim, bem próximos um do outro e a sensação foi maravilhosa. Confortável tanto quanto nas noites em que dormi com minha mãe.



~Le flashback off...



—Vocês... — comecei e fui interrompido com um “não” que me soou frio e amargurado. Eu não sabia o que fazer. Ela parecia frágil e eu tinha medo de estar me aproveitando disso... Medo de magoa-la ainda mais. Contudo, ela me olhava de forma diferente e ao me aproximar seus olhos não estavam tão apavorados como há semanas atrás.



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Lysandre entrou no quarto com uma leveza que me lembrou Zet, minha mente estava confusa e dançava entre o real e o imaginário. Ele se aproximou e eu o abracei. Ele me retribuiu de forma doce e aberta e pronunciou uma palavra que dava inicio a uma pergunta a qual eu já sabia que ele faria. O interrompi respondendo um “não” e ele engoliu a seco respirando fundo e encarando-me incansável. Seu rosto se aproximava cada vez mais e eu estranhamente esperava por isso. O queria por perto. O mais perto possível. Lembrei-me da primeira vez que estive aqui, e da maneira impulsiva que atuei quando ele tentou fazer isso pela primeira vez. Eu já não estava tão apavorada e no lugar de agredi-lo e correr eu simplesmente me aproximei sentindo nossos lábios se colarem levemente. Ele acariciou meu rosto com o dedo indicador o polegar e com os lábios ele contornava os meus como se fizesse um reconhecimento do lugar. A sensação era confortável e suavidade de sua pele em contato com a minha parecia mágica. Sua língua pediu passagem e eu me assustei afastando-me num pequeno pulinho, o que o fez sorrir sutilmente. Colocando uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha ele se aproximou novamente e voltou a me beijar. Dessa vez enlacei seu pescoço e correspondi a cada gesto, ignorando e apreciando todas as sensações estranhas que aquela experiência nova e desconhecido me proporcionava.




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