Diarios De Um Coração Insano. escrita por Cassie


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic. Espero que gostem.



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Fazia muito frio quando fui me deitar esta noite. Do meu quarto pude ouvir os meus pais discutindo para onde eu iria neste ano já que o ultimo não foi o melhor que tivemos. A principio não entendi muito bem o que diziam, mas era evidente que havia uma discórdia entre os dois. Para minha grande satisfação mamãe queria que eu estudasse em outra escola, mas que fosse perto de casa pra que eu não me sentisse meio desajustada em relação ao novo ambiente escolar. Já meu pai, queria me mandar para um colégio fora da cidade. “Ela precisa conhecer novos lugares e pessoas, será melhora para ela”, argumentava ele.

Eu estava muito sonolenta pra querer ouvir o resto da “conversa” quando ouvi o barulho das chaves de minha irmã Laura abrindo a porta da frente. Infelizmente ela entrou na sala enquanto os meus pais discutiam sobre minha vida e como se já não tivessem opiniões suficientes sobre minha existência ela se intrometeu na conversa. —Talvez eu tenha a solução dos seus problemas. — Disse ela com ar de inteligência. Os meus pais ficaram bem surpresos e muito interessados por sinal. — O que esta esperando? — perguntou o Dr. Kauan ansioso.

— Acho que...— começou Laura pensativa — Mamãe, você quer que Hinnary estude em um lugar conhecido e papai quer que ela estude fora de Toulouse. — ela parou. Provavelmente observando-os , logo recomeçou. Agora seu tom era de anciedade, e isso significa que esta tramando algo com sua mente maléfica, o que não é bom pra mim uma vez que sou o alvo principal de suas tramas.

Me perdi em tantos pensamentos que já não ouvia exatamente o que ela dizia, mas o êxito de meus pais fora suficiente para saber que sua idéia era boa demais pra ser recusada. Eu os ouvi darem boa noite a Laura e em seguida ela subiu para o quarto. Cada degrau em que ela pisava fazia um barulho que me incomodava profundamente. Fazia-me pensar nas possibilidades de meus pais seguirem o conselho de minha irmã arruinando terrivelmente minha vida. Laura abriu a porta do quarto e logo me virei para encarar a parede , torcendo pra que ela fosse dormir sem notar minha presença, mas minha torcida durou pouco.

Ela acendeu a luz do quarto , fechou a porta e caminhou suavemente até minha cama. Hinna — chamou ela. Não respondi e ela insistiu — Hinnary. Olha eu sei que esta acordada e não vou dormir enquanto não falar comigo.

É brincadeira né? Eu realmente não ia responder, não tinha a menor vontade de falar com ela, mas francamente é melhor da atenção a ela por cinco minutos do que aturar sua chatice a noite inteira.

—O que é? —respondi. As palavras presas entre si.

— Você estava ouvindo certo? — sua pergunta tinha tom de malícia.

— Errado!— respondi de imediato.

— Não esta acordada por acaso. Vai dizer que não ouviu uma palavra?

— Na verdade, você tem toda razão. Não estou acordada por acaso. Estou esperando dois telefonemas, um e-mail, as respostas da prova de matemática, a chegada da prima-vera e é claro, A PAZ PRA SE DORMIR NESSA CASA! É pedir demais? — eu a fitei, divertindo me com meu sarcasmo.

— Não. Eu... Só queria te preparar para o choque de amanhã. — ela sorriu.

— O que?— perguntei confusa.

— Isso mesmo, o papai já decidiu pra onde você vai esse ano. COM A MINHA AJUDA É CLARO!

—Por que é uma irmã tão cruel?— questionei um pouco insegura. Talvez por medo da resposta.

—Engraçado, o Josh é meu irmão também e não acha o mesmo.— retrucou ainda maliciosa.

— Ou ele nunca... — ainda tinha coisas a dizer quando ela me interrompeu dizendo "Boa noite Hinna"

Sem muita demora ela apagou a luz e eu voltei a ouvir meus pensamentos. Eu até tentei manter dialogo, procurava saber mais sobre a decisão tomada por meus pais, mas ela era mais cabeça dura que a estatua da liberdade, então tentei me conformar com o silêncio. Pelo menos, agora eu tinha a paz que eu precisava pra dormir.Novamente fui tomada por tantos pensamentos que não vi a noite passar. Eu sabia que Laura era capaz de tudo pra se livrar de mim , mas jamais pensei que ela pudesse ser tão baixa.

Quando o dia amanheceu, a cama de Laura já estava estendida, suas coisas todas no lugar e ela é claro bem empolgada para o café da manhã. Meus pais me chamaram para o café, meu coração se acelerou, logo pensei em dizer que estava sem fome, mas a noticia que tinha pra me dar chegaria de qualquer forma, então lavei meu rosto, estendi minha cama e desci para a sala de jantar, a empolgação de quem vai a um enterro.

Assim que entrei na sala de jantar, vi uma cena perfeita tanto quanto um comercial de TV. Uma mesa montada para o café aparentando ser um delicioso lanche, mamãe e papai se olhavam com extrema harmonia e Laura tinha os lábios retorcidos num breve sorriso.

Meus pais logo me olharam e me disseram “Bom dia Hinnary. Sente-se.” Eu os olhei friamente e me sentei sem nada dizer. Laura parecia mais um anjo do que uma irmã mais velha e por mais improvável que fosse, estava sendo gentil, com doces palavras e ate me serviu o café.

— Papai fez o seu lanche preferido. — eu continuei calada mas ela estava mesmo disposta a falar. — Olhe, aqui estão as panquecas. Você quer com caramelo ou prefere calda de chocolate?

— Eu prefiro que você cuide do SEU café da manhã que eu posso me virar sozinha. — Eu não pretendia dizer uma só palavra, mas quer pergunta espera uma resposta. Foi só o q eu bastou para papai se levantar perdendo a pouca paciência que tinha.

— É por esse tipo de atitude que sua mãe e eu decidimos mandá-la pra passar um tempo com sua tia Alexia. Tenho certeza de que ela te põem na linha rapidinho.

— O que? — perguntei confusa e frustrada. Na verdade era só isso que eu fazia ultimamente. Hunf. — Mãe eu não vejo a tia Alexia desde os meus cinco anos... — comecei a lamentar.

— SETE! — Disse Laura segura de sua afirmação.

— Quem se importa ohh coisa ruim. — assim começavam todas as nossas discussões. Por mínimas coisas. Eu detestava a insanidade e o cinismo de Laura e ela detestava minha existência.

Papai logo se alterou dizendo “Ou vocês duas param com isso agora ou eu as faço parar” Laura levaria adiante mas eu me calei, a situação já não estava nada boa, dar um motivo pra piorar era tudo que ela queria. E eu não podia dar esse gosto a ela. Não mesmo.

— Hinnary não discuta. Eu já falei com sua tia e ela disse que está tudo pronto pra te receber. Minha mãe parecia não suportar a idéia, mas não se opôs a decisão de meu pai.

— Mas mãe...— comecei a questionar mas ela me cortou imediatamente.

— Sem essa de mas. Está decidido. Você vai passar um tempo com sua tia. Acredite, ficará surpresa com ela. — mamãe foi firme porem gentil. Assenti e me dirigi ao meu quarto. Em seguida meu pai bateu na porta.

— Arrume logo suas coisas. — ordenou ele. Em seguida completou — Iremos amanhã.

Afundei meu rosto no travesseiro. Tentei me misturar as penas que o preenchiam. Era exatamente assim que eu me sentia, como uma pena, tão pequena e sem vontade própria, com uma leveza tão sutil que o vento carregava pra onde quisesse. Meus pais eram o tal vento no momento e queria me levar a um lugar total e completamente desconhecido.

To be Continued...


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