Monster High - First Horror Dreams escrita por MichieOliveira


Capítulo 5
Asas de morcego ao molho de alho


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, babado e confusão depois que a carta com o selo Tepes é aberta! XD



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A chuva ecoava do lado de fora do castelo e escondia o sol pálido da Transilvânia. O cheiro da terra molhada vagava pelos aposentos se misturando com o aroma da comida na cozinha. Estavam preparando algum prato com bastante alho.

–Alina? O que está preparando? – Draculaura respirava fundo para sentir melhor o cheiro enquanto descia as escadas e ia para a cozinha.

–Não é a Alina aqui! – informou Spectra, de costas para a porta da cozinha enquanto mexia uma colher em um grande caldeirão.

–Ah! – se surpreendeu Draculaura com a hóspede estranha na cozinha. – Bom dia, Spectra! – sorriu.

–Vocês me acolheram nesta tempestade horrível, então decidi que deveria fazer algo para retribuir.

–Mas...nossa! Realmente, não precisava!

–Claro que precisava. – Spectra colocou os pratos na mesa. – Este é meu prato favorito. Asas de morcego ao molho de alho.

Spectra serviu primeiro Draculaura e um grande pedaço de asa negra sobressaia em um molho vermelho.

Draculaura revirou os olhos e prendeu a respiração. Por pouco não desmaiou.

–Está tudo bem, Draculaura?

Um grito profundo rasgou os seus pulmões e a garota correu daquele lugar.

Draculaura perdeu-se dentro da sua própria casa gigante, procurando um refúgio. Não queria pensar que aquelas asas poderiam ser talvez de Valentine ou do seu outro amigo morcego. Seu coração batia violentamente e ela finalmente parou após andar até o subsolo do castelo, onde ficavam as masmorras. Ela ouvia passos correndo atrás dela, mas já não sabia se era o eco dos seus passos ou Spectra com aquele horrível prato.

–O que está havendo aqui? – gritou Alina, ainda com suas roupas de dormir, ao entrar na cozinha.

–Eu...eu não sei, Alina. – Spectra estava visivelmente atordoada – Eu estava aqui preparando algo para vocês e...

–Estava mexendo na minha cozinha! – acusou Alina, avançando na direção de Spectra.

–Me desculpe! Só quis ajudar!

–Escute aqui, Spectra Vondergeist. Eu sei muito bem quem é você e o que fez.

–O que eu fiz? Não estou entendendo.

–Não seja cínica. Você matou a sua família. – Alina segurou Spectra pelo braço.

–Não, eu não matei! Me solte! – era difícil se desvencilhar e mais difícil ainda ser acusada por uma estranha. O rosto de Spectra era pura aflição.

–Saia daqui imediatamente ou serei obrigada a te denunciar...-a criada a soltou com desprezo e deu as costas. – Não quero mais vê-la aqui até o fim do dia.

Spectra acariciou seu braço.

–Você vai querer me ver sim, Alina. Sabe por quê? Eu sei tudo sobre Vlad Tepes e seria mesmo uma vergonha se ele não virasse Conde depois que todos souberem o que eu sei. – Spectra sorriu misteriosamente.

Alina franziu a testa e olhou a insolente garota Vondergeist.

–Por que não começa me contando o que sabe? Não vai conseguir convencer ninguém blefando deste jeito, Spectra.

–Me expulse e nós vamos ver quem está blefando aqui. – a voz firme e ao mesmo tempo aguda de Spectra irritou Alina e a fez lançar um olhar furioso para a garota.

Spectra subiu rápido para os seus aposentos com uma idéia fixa na mente. Agora era a hora de ler aquela carta com o selo dos Tepes e tentar descobrir alguma coisa muito surpreendente o quanto antes. Sua vida estava determinada naquele papel. Com as mãos frias pela surpresa dos acontecimentos, Spectra revirou sua mala até achar o envelope. A cada peça de roupa que jogava na cama ela ouvia as passadas fortes de Alina na escada se aproximando.

–Tenho que achar logo...rápido...-ela suplicava.

Segundos depois achou o envelope e o abriu com rapidez. A carta começava assim:

“Caro Stein,

As experiências com Carmilla foram um fracasso. Tenho litros de sangue humano em minha masmorra em pequenos barris, mas não consegui reanimá-la. Uma pena, pois ela era a melhor jardineira que tive no meu castelo. Não sei ao certo o que houve. Faz quinze dias desde a sua morte.

Lurch, o mordomo do castelo, morreu e reviveu com sucesso, mas não suportou se alimentar de sangue humano. Ele tirou os próprios olhos para evitar encarar suas vítimas. Então, eu trouxe os barris. O peso na sua consciência está menor e Lurch está a cada dia mais bestial. A propósito, sei do seu interesse em olhos humanos, então estou enviando os de Lurch para você. Estão em uma caixa de música com fundo falso. (...)”

Spectra segurou-se para não ter uma reação maior ao ler esta parte da carta. Por um instante, teve vontade de vomitar. Alina bateu vigorosamente na porta trancada do quarto de Spectra.

–Saia daí agora mesmo!

“(...)Não gostaria de realizar testes com outros criados, por enquanto. Pode atrair atenção indesejada e isso é tudo o que eu menos preciso agora que me tornarei um Conde.

Espero vê-lo em breve, meu caro Stein,

Vlad Tepes”

Spectra deixou a porta do seu quarto se abrir e Alina entrou furiosa. A garota estava estranhamente pálida com tudo o que acabara de ler e desnorteada.

–Sei que está furiosa...mas estou aqui para ajudar a encontrar Carmilla e Lurch...eu tenho uma pista.

–Lurch? O que sabe do meu marido?


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