Entre O Sol E As Estrelas escrita por Ju Black


Capítulo 5
Alguém é trancada num mundo diferente.


Notas iniciais do capítulo

HELLO, SWEETIES!
Como vocês estão? De boa? Ouvindo muito Green Day...?
Cara, eu tô assistindo muito Doctor Who, provavelmente é esse o motivo esse capítulo.



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– Tá errado. – disse o Victor pela 9568431 vez.

– E como... – soltei a corda e a flecha foi parar quase fora do alvo –... Eu ‘tô acertando no alvoc

– Ah, é simples, você é uma sortuda.

Estávamos somente nós dois na arena. A aula já havia terminado a, pelo menos, quinze minutos, mas o garoto-preocupado-com-a-amiga me fez ficar, dizendo que eu tinha que aprender pelo menos o básico de qualquer arma e que eu não deveria quase-dormir numa aula tão “importante” como aquela. Sinceramente, eu acho que ele está convivendo muito comigo.

Carllos tinha ficado até a metade do “discurso”, mas ele viu uma garota filha de Afrodite – Victória Gabriella, acho – e foi atrás dela. Hmm.

– É, é, tá certo. – respondi, levantando de novo o arco e atirando, sendo que dessa vez eu errei o alvo por pouco.

– Ainda não precisa de ajuda? - ele pegou o arco da minha mão e colocou uma flecha no lugar. Depois recolocou-o em minha mão e segurou a corda por cima do meu braço. – Agora, você solta. – Soltamos a corda juntos.

– Certo. Acho que terminamos por hoje, então, né? – eu disse, morta de vontade de sair dali e ir ao refeitório.

As semanas passaram, definitivamente, muito rápidas. Logo, tinham três semanas que eu estava no acampamento.

Eu conheci muitos dos campistas do acampamento, descobri que a grande maioria dos campistas estava ali somente durante o verão e que também tinham os que ficavam o ano todo.

Passei por várias aulas e, definitivamente, a que eu mais gostei foi a de Mitologia. A maioria das pessoas achava um saco, mas desde criança eu gostava; não me pregunte como.

Ah, claro, também teve as aulas de esgrima (que era praticamente todo dia), de estratégia, canoagem, astronomia, blá blá blá...

A única coisa que ficou na minha mente foi: Onde ‘tá aquele garoto que eu conheci na festa?

Manhã de Sábado, lá estava eu, tendo um maravilhoso sonho que tudo o que tinha acontecido naquela semana tinha sido um sonho (é, um sonho dentro de um sonho, fuck the logic), que tinha uma mesa cheia de doces e que algumas daquelas maravilhosas flores de lótus estavam lá e...

– …STARSHIPS WERE MEANT TO FLYYYY, HANDS UP AND TOUCH THE SKYY, CAN’T STOP ‘CAUSE WE’RE SO HIIGH, LET’S DO THIS ONE MORE TIME…

…então eu acordo com alguém dançando e jogando travesseiros em mim. Daí eu fiz o que? Abri os olhos e vi alguém dançando e parecendo uma cobra com braços para cima, o que não tinha sido bom para alguém que tinha acordado cedo num Sábado.

– Puta que pariu, vei, para com essa viadagem, Carllos! – berrei com os olhos semi-abertos.

– …STARSHIPS WERE MEANT TO FLYY, LET’S DO THIS ONE LAST TIME... – continou ele, dançando e cantando.

– Argh, meus olhos sangram. – Ouvi a voz de Victor em algum lugar.

– Os meus também. – disse, jogando um travesseiro que estava jogado no chão no Carllos (Viado).

– EXATO, AGORA LEVANTEM LOGO QUE TEM AULA DE ESGRIMA.

– De novo, saporra?

– Exato, levantem logo.

– Não. – respondemos eu e Victor ao mesmo tempo, tacando dois travesseiros no Carllos e voltando à fechar os olhos.

– DAN DAN DAN DAN WE’RE HIGHER THAN A MOTHERFUCKER DAN DAN DAN DAN DAN WE’RE HIGHER THAN A MOTHERFUCKER DAN DAN DAN…

– Argh, tá bom, já tô levantando! - falei. “Não se pode dormir nenhum dia até dez horas nessa porra?”

– Não, Ju, não se pode dormir mais que dez horas no Acampamento.

– M-mas... - comecei a reclamar.

– Anda logo que a gente tá atrasado.

–... Não, John, não com essa força. – repreendeu o instrutor de Esgrima à um garoto. Ele tinha mais ou menos dezenove anos, pele branca, olhos verde mar e cabelos pretos, seu nome era Percy Jackson. Ele até tinha vindo me cumprimentar no dia em que eu cheguei, mas a Bruna tinha mandado ele cair fora.

Percy olhou o relógio – Acabou o nosso tempo, pessoal. Pratiquem, mas não com as outras pessoas. – disse, se direcionando aos filhos de Ares.

Quando finalmente fomos liberados para sair da arena, eu fui andar pelo acampamento. Tínhamos o almoço naquela hora, mas não estava com fome, o que era um milagre.

Fui andar perto do riacho. Algumas náiades me olharam quando eu cheguei perto, mas não disseram nada. Tirei os meus sapatos para conseguir andar melhor sobre as pedras e pulei em cima de uma que formava um caminho para o lado contrário de onde eu estava e quase escorreguei, porque a pedra estava um pouco coberta de lodo.

– Você aqui. – ouvi uma voz - O que uma esfomeada como você faz fora do refeitório na hora do almoço?

– Esfomeados que nem eu dão um tempo às vezes. – respondi, pulando para a próxima pedra.

– Dão um tempo, é? – perguntou Victor, pulando para a pedra em que eu estava.

– Nem se aproxim...

Tarde demais. Ele se jogou contra mim e nós dois caímos no riacho, que apesar de parecer raso era um pouco fundo.

– Seu... seu... filho da puta! – berrei.

– Ei, respeita a minha mãe. – Antes que eu pudesse ao menos nadar para o outro lado, me puxou para baixo.

– Daora você – a cada palavra que eu dizia jogava mais água nele – por que tinha que me derrubar?

– Porque é legal te irritar, simples.

– Hm, sei como é, é legal te irritar também. – eu disse, toda encharcada e tentando sair da água, sendo que o meu jeans e o tênis não estavam colaborando, mas ainda assim jogando água nele.

Se não fosse por aquele sonho, o dia definitivamente teria sido ótimo.

Uma mulher bonita, de cabelos pretos lisos e vestido azul estampado estava deitada em uma cama. Seus olhos e sua expressão demonstravam cansaço, apesar de ela parecer estar em um sono profundo.

Ao redor da cama, um ciclo de eletricidade a rodeava. Em seu sono conturbado, ela se moveu, desconfortável. Já ao redor do próprio ciclo de eletricidade, estava um aposento de pedra rústico completamente sombrio.

– Você não acha que ela pode acordar, acha? - perguntou um homem à outro que estava ao seu lado.

– Aquele sonífero foi muito forte, a gente tem pelo menos quarenta e duas horas até o mestre vir buscá-la, depois disso, nós podemos começar a se preocupar.

O sonho mudou.

Um homem vestido com uma capa preta e apoiado numa bengala estava andando em campos completamente escuros.

Ele andava como quem não tinha rumo, completamente sozinho. Às vezes dava um sorriso psicopata, completamente sem motivo; pelo menos para mim.

– Logo, logo ela estará em minhas mãos... - dizia, completamente risonho.

E aí eu acordei, sem lembrar de nada.


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Notas finais do capítulo

Para pa para pa para para pa a para pa pa
Esse capítulo é para a minha maninha que tá fazendo aniversário hoje, feliz aniversário, Liv!

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