Mein Teil escrita por Vlk Moura


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Mais um, esse é meio parado, mas logo teremos mais ações.



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  - SH... - alguém fez subindo a escada.

  - Shh... para quê? - era a voz de Aaron. - Ele é pesado, você podia me ajudar a carregá-lo.

  - Quer acordar a Haru? - Gabor falou e pareceu parar de andar. - Espero que Bruehl já tenha arrumado a cama desse encrenqueiro.

  De quem falavam? Era de madrugada ainda, olhei no celular, 02h00, quem estaria chegando esse horário? Isaac! Eu quase me levantei, mas algo me fez parar.

  - Ela já deve ter acordado com todo esse seu escandalo. - Gabor falou. Aaron o xingou, eu me encolhi nas cobertas, por que Isaac estava sendo carregado?

  - Vá ver se ela já acordou e depois venha me ajudar aqui, eu não o aguento.

  - Ele não tem um olho deveria ser mais leve do que nós. - Gabor riu, ouvi um gemido, era de dor, mas não sabia dizer de quem havia partido. - Ele está acabado.

  Gabor caminhou até a minha porta, tapei a cabeça, ele abriu e fechou ao ver que eu dormia.

  Não sei dizer se ele ajudou Aaron, apenas ouvi a porta do quarto do novato se abrir, alguém soltou um gemido, ouvi o barulho da cama, agora a dor vinha dele, do novato.

  - Ele está horrivel. - era a voz de Bruehl. - Você foi descuidado...

  - Como eu poderia saber? - era a voz dele, era vacilava em certos tons. - Como eu iria saber que fariam isso em público?

  - Faziam com você no colégio, por que não em um restaurante? Por favor, você não pode ser tão inocente assim. - Cadell falou.

  - Desculpa. - ele pareceu se encolher.

  - Ela irá se sentir mais culpada do que já se sente sobre tudo isso. - Bruehl falou. - Você é muito cruel com ela.

  - Mas não é porque quero... - ele pareceu tentar se mover mais bruscamente.

  - Fique quieto. - Aaron reclamou. - Bruehl vá ligar o chuveiro e encher a banheira, vamos dar um banho nele.

  - Nós dois? - Bruehl estava segurando uma risada. - Desculpa, mas não gosto de ver homens pelados.

  - Fique quieto e me ajudo, não me importo com o que você gosta ou não. - Aaron falou brutamente.

  - Des... desculpa, eu só estava brincando...

  - Não é hora para isso. Vamos nos livrar logo de ter de cuidar dele, está tarde e devemos voltar a dormir, você ficará bem sozinho?

  - Vou sim. - Isaac falou.

  Alguém o ergueu da cama e ouvi o chuveiro ligado, aparentemente os quatro se auxiliavam na hora de dar banho em Isaac que algumas vezes gemia, não sei dizer o porque dos gemidos, se eram dor, ardencia ou... enfim. Após alguns minutos o colocaram novamente na cama e foram cada um para seu quarto.

  Voltei a dormir...

  Acordei eram nove horas, coloquei minhas pantufas que eram sapos e fui para a cozinha tomar o café, quando cheguei me deparei com todos sentados a mesa, me cumprimentaram alegremente. Fingiam bem...

   - O Isaac voltou para casa ontem? - eu perguntei enquanto servia a salada de frutas.

  - Voltou e foi tarde. - Bruehl me respondeu, todos haviam ficado sérios diante a minha pergunta. 

   - Nem ouvi nada... - eu sorri. - Se não se importam vou ficar no meu quarto por enquanto até arranjar algo para fazer. - eu me levantei. - Quando ele acordar digam a ele que preciso conversar com ele.

   Eles confirmaram, cínicos.

   Liguem o computador. Comentarios sobre os últimos textos, o trecho de uma música: 

When our friends talk about you
All it does is just tear me down
Cause my heart breaks a little
When I hear your name

  Sério memso que uma música do Bruno Mars, o senhor mistério está muito apelão. Por que Bruno Mars?

  Não comentei...

  "Eu sei aonde você mora, tome cuidado, posso fazer coisas inesperadas."

   Era um comentario estranho ameaçador... Por que teriam feito isso?

   Eu iria ter que me mudar se alguém ficasse sabendo disso, ter que deixar todos, a Líder, o Vice, Bruehl, Aaron, Isaac, Gabor, Cadell... Eu não queria, só de pensar eu senti aum vazio enorme. Eu posso estar fazendo isso se tornar algo enorme e talvez não signifique nada. 

  A campainha... Ela me tirou do desespero mental no qual eu havia mergulhado, eu percebi que até minha bochecha havia se mergulhado em lágrimas. 

  - Você se tornou alguém fraco. - falei comigo mesma e atendi o telefone que começou a tocar.

  - Haru? - era o Vice, eu confirmei. - Estamos no shopping quer vir se encontrar conosco? - a pessoa subiu as escadas acompanhada da Governanta. 

  - Aaron - ela bateu na porta. - o médico está aqui. - m-é-d-i-c-o...

  - Não foi nada grave... - o médico falou. - aparentemente não tem nada, mas quero que o ajudam a se despir irei avaliá-lo corretamente.

  - Vocês estão naquele próximo ao colégio? - eu abri a porta do meu quarto e coloquei a orelha par afora tentando ouvir o que se passava no quarto do novato. 

  - Estamos. - a Líder falava comigo. - Vamos, venha se encontrar com a gente, vamos ao cinema também...

  - Só tempo de me arrumar e já me encontro com vocês.

  - Certo, iremos te esperar.

  Tomei banho, coloquei uma calça jeans, uma regata e uma cmaisa de alça caida por cima, era verde com a regata que era preta, peguei algumas mexas do cabelo e amarrei para trás. Coloquei meu tênis surrado de sempre e minha bolsa suja que me marcava. Eu nunca havia saido com amigos antes, para dizer que nunca eu havia ido com os meninos que me encontraram na festa a uma loja para comprar meu material assim que cheguei aqui há seis anos, iriam completar seis anos...

  Toc toc... Bati na porta do quarto do novato depois que não encontrei ninguém solto pela casa. A Governanta saiu, abriu a porta apenas o suficiente para que seu corpo passasse, não consegui ver o que havia dentro dali.

  - Estou saindoc om o pessoal da escola... - ela se assustou. - Não se preocupe estou indo com o motorista e nada irá acontecer.

  - Mas... Você está indo sozinha, não pode ir assim.

  - Posso sim e estou indo, só avisei para não se assustar caso não em encontre em casa, qualquer coisa me liga ou eu te ligo, mas acho que não será necessário. - eu sorri. - Estou indo.

  Ela entrou no quarto, eu terminava de descer as escadas quando ouvi o grito assustado de Gabor, passos sairam do quarto, corri para o carro e mandei o motorista correr.

  - Eles irão atrás da senhorita... - o motorista me olhava pelo retrovisor.

  - Eu sei, mas até lá irei me divertir um pouco, e o que pode dar errado se estarei com você me esperando? - ele riu.

  Fui diretamente para o cinema, ou melhor, bilheteria. Eles me esperavam lá, estava todo o grupo que me cumprimentaram assim que cheguei.

  - Que bom que veio. - o Vice sorriu, eu havia percebido que eu ainda não sabia o seu nome nem o da Líder.

  Os dois estavam bem juntos e era um dos assuntos que eu e os meninos comentavamos, enquanto as meninas falavam de eu apenas ficar com eles. Comemos algo e tomamos vários sorvetes antes de dar o horario do filme, entramos, ficamos em silêncio o que eu achei que não aconteceria. Quando saimos comprei outro sorvete e todos juntamos mesas na praça de alimentação e ficamos conversando.

  - Como o Isaac está? - uma das meninas me perguntou. - Fiquei sabendo do que houve ontem a noite...

  - Eu não sei como ele está. - flaei e todos me olharam. - Não me deixaram o ver.

  - Será que é tão ruim assim?

  - Pelo que o médico falou não, mas eu não sei dizr com certeza já que ele ainda estava fazendo avaliações quando sai de casa correndo.

  - Correndo? - o Vice me perguntou. - Por que correndo?

  - Não teriam me deixado vir... - eu sorri.

  - Seus pais? - um dos meninos perguntou, eu neguei com a cabeça.

  - Meus... - eu parei para pensar, amigos quase irmãos, talvez. - Amigos que cuidam de mim. - eu sorri. - Já faz um tempo qua não vejo meus pais. - eu sorri novamente. - Seis anos que não os vejo.

  - É o tempo que você está no colégio, não é? - a Líder me perguntou. eu confirmei. - Você também é do grupo dos caçados? - eu a olhei. - Algumas familias como nós estamos sendo procurados, muitos querem nos ver presos. - ela sorriu. - Eu faço parte disso, porém não me afastei dos meus pais, minha irmã foi para a Europa e acharam melhor eu ficar por perto. Eu não reclamo, mas tenho medo do que pode acontecer comigo... - ela fitou o sorvete.

  - Eu te entendo... - falei. - Eu e meus irmãos fomos todos afastados devido ao risco que corriamos, somos em cinco e um casal de gemeos, porém ninguém pode ficar junto, dois estão na Europa, um nos Estados Unidos, outro na Ásia, em algum lugar por lá, e eu estou aqui.

   Ficamos em silêncio por um tempo...

   - Haru! - eu ouvi um grito atrás de mim, eu reconheci a voz, seria inconfundivel o grito de Bruehl me achando.

  Era exato a quando eu cheguei ali e me escondi com medo de todos, o grito aliviado dele quando me achou escondida dentro de uma das dispensas depois que eu passei um dia inteiro escondida. Era o mesmo alivio em sua voz.

  - Nunca mais me assuste assim. - eram as mesmas palavras. Eu o olhei, ele estava me abraçando na frente de todos e sendo exagerado na frente de todos também.

   - Hey... Hey! - eu o afastei. - Calam, eu só vim me divertir um pouco, okay? Vocês faziam isso o tempo todo com a minha idade, por que eu não posso?

  - Porque não. - ele falou. - Você não pode sair sozinha.

  - Não estou sozinha, muito pelo contrário. - eu mostrei o pessoal que o cumprimentaram.

   - Você não é o tardo peladão? - ele perguntou olhando para o Vice. - Enfim... Vamos voltar para casa agora.

   - Não. - eu me sentei novamente e lhe dei as costas, ele pareceu ficar assustado. - Não mandei vir me buscar, ainda vou ficar com eles.

   - Haru. - ele falou firme, eu o olhei indiferente. - Haru, você vai voltar para casa comigo agora ou...

   - Ou o quê? Você vai me deixar de castigo, vou ficar sem computador, sem TV ou sem poder sair de casa? Por favor Bruehl, você não é meu pai e nem meu irmão, e lá em casa a única pessoa que tem autoridade para me deixar de castigo é a sua mãe e até onde sei você não é ela, então volte para casa e deixe-me ficar com todos pelo menos uma vez, me deixe me divertir com outras pessoas que não seja você e os outros meninos.

   - Haru... - ele ficou assustado, mas não só ele, pude ver os olhares do pessoal do grupo. - Haru... você... - ele respirou fundo. - Certo... Mas tome cuidado. - ele falou com a voz quase sumindo. ele começou a andar em direção a saída do shopping.

   Eu me voltei para o sorvete que havia começado a derreter. Suspirei, eu nunca havia tido uma explosão de sentimentos como essa, mas era necesssário, eu sabia que precisava deles para cuidar de mim, porém eu não poderia ser limitada a ter amizades a sair e me divertir, afinal eu também preciso de diversão.

   - Haru... Você não foi muito má com ele? - uma das meninas me perguntou, sua voz saiu baixa demais, quase não consegui ouvi-la.

   Olhei para trás ainda podia vê-lo andando meio cabisbaixo.

   - Não. - falei. - Você sabe que desde que cheguei aqui essa é a primeira vez que estou saindo com alguém que não tenha sido contratado pelos meus pais? Primeiro porque vocês tinham medo de mim, segundo porque nunca me deixaram interagir o suficiente para ter amizades, vocês são os primeiros a me chamarem para algo, eu precisava curtir isso um pouco.

   Voltamos a andar pelo shopping, as meninas pararam em uma loja de roupas enquanto eu continuei andando com os meninos até pararmos em uma loja de jogos e eu ver alguns dos que eu tinha em casa e comecei a conversar com eles. 

   - Acho bom eu ir voltando agora. - falei olhando a hora.

   - Certo, vamos te levar até o carro. - a Líder falou sorrindo. 

   Andamos tranquilamente pelo shopping e encontramos até algumas pessoas do colégio.

   - Mês que vem irei fazer uma festa de aniversário. - a Líder falou para todos. - Eu realmente quero que vocês compareçam lá. Depois irei lhes dar os convites bonitinhos.

  Concordamos, eu andei sozinha pelo estacionamento, porque acharam que meu carro estava na rua e não dentro do shopping e como disseram ser seguro eu segui sozinha. Entrei no carro o motorista perguntou como havia sido o meu dia, eu isse que bom e contei sobre a abordagem de Bruehl, ele disse que minha atitude foi muito cruel. Comecei a me sentir a pessoa mais malvada do mundo já que todos diziam que eu havia sido má com ele.

  Cheguei em casa agradeci pelo passei, fui para meu quarto e assim que abri a porta encontrei Aaron e Bruehl sentado mexendo no meu computador, eu realmente assustei, eles me olharam, porém apenas Aaron sorriu.

  - O... O que vocês estão fazendo?  -será que viram a mensagem?

  - Buscando onde podemos comprar os remédios para Isaac. - Aaron falou. - Ele falou que quando você chegasse era para ir falar com ele.

   Guardei a bolsa, peguei minhas coisas fui par ao meu banheiro e tomei um banho. Quando sai os meninos ainda mexiam, não me olharam, fui par ao quarto do novato. Ele estava deitado, tinha alguns curativos espalhados pelo corpo e o tapa-olho era diferente.

  - Você está bem? - perguntei olhando-o preocupada. Ele me deu espaço para poder sentar.

   - Estou sim e você se divertiu? - eu confirmei e me sentei ao seu lado.

   - Como se sente? - perguntei olhando para os machucados. - Me contaram mais ou menos o que aconteceu, mas quero saber de você.

   - Não quero falar sobre isso. - ele falou e sorriu. Seus olhos azul-escuros me hipnotizaram por alguns breves segundos. - Quero te fazer uma pergunta. - eu o olhei, ele se aproximou de mim. - Você ainda está com aquelas marcas no pulso? - eu havia me esquecido dos roxos, olhei para meus braços, já haviam sumido. - Que bom que sumiram. - ele segurou uma de minhas mãos com uma das suas e passou o polegar por onde antes havia a marca. - Por que você escondeu aquilo por tanto tempo?

   - Porque era vergonhoso. - eu me livrei da sua mão. - Ver tudo aquilo é vergonhoso, sabe o quanto me puni por não tê-lo protegido daqueles pervertidos? - ele pareceu se assustar. - Ficar perto de mim apenas tem te machucado, aogra eu entendo porque nos últimos dias você mal tenha falado comigo.

  - Não é verdade...

  - É sim Isaac, eu sei que é. - eu virei o rosto, eu havia me empolgado falando aquilo, minha voz havia almentado. - Todas as vezes, ou pelo menos a maioria das vezes que você saiu do colégio comigo fizeram aquilo com você.

  - Ontem tentaram fazer e você não estava comigo... - ele sorriu. - eles realmente são pervertidos, mas fazem isso para chamar a atenção, então usam o senhor pobre inocente como objeto sexual.

  - Por que você não reage? - eu me virei para ele bruscamente, seu rosto estava mais próximo do que eu esperava.

  - Porque se eu reagir sserei punido pelos pais ricos deles e não tenho dinheiro para poder me defender. - ele falou calmamente.

  - Por favor Isaac, não deixe que façam mais essas coisas com você...

  - Tentarei. - ele sorriu e passou a mão pela minha cabeça. Ele me abraçou, apoiou minha cabeça em seu peito. - Fiquei preocupado com você, vi o comentario que fizeram em seu blog sobre saberei onde você mora... - eu me afastei assustada.

  - Você não contou a eles, contou? - ele negou, eu me senti aliviada. - Você sabe o que vai aocntecer se qualquer outra pessoa souber, não é?

  - Você terá que se mudar e deixar todos nós para trás. - eu confirmei. - Não se preocupe, não irei contar a ninguém.

   Bruehl não falou comigo no tempo em que ficou em minha casa, os outros continuavam normais, porém todos sumiram faltando dois dias para a minha folga nos estudos acabarem.

   Voltamos as aulas, eu e Isaac, ele tinha alguns curativos pelo corpo, porém muitos já não eram necessarios.

   A Líder havia me entregado o convite para sua festa, eu havia ficado feliz em saber que ela me convidara para uma festa, perguntei se poderia levar companhia e ela perguntou se era o Isaac, confirmei o que provocou mais um de seus comentários sobre a minha relação e a do novato.

   - É formal? - o novato em perguntou enquanto almoçavamos. confirmei. - Terei que me vestir de pinguim?

   - Sim. - falei rindo. - Será engraçado vê-lo dessa forma.

   - Do que você está rindo? Terá que se vestir de menina e usar salto, isso sim é engraçado. - ele riu. - você estava muito bonita na festa do colégio daquela forma feminina... - eu corei, ele riu ainda mais. - não precisa ficer vermelha, é algo com que todos concordaram até mesmo o Lugos. - eu fiquei confusa. - O que você chama de vice. - eu ri. E depois corei. - Por que ficou mais vermelha? - ele riu ainda mais. - Você e ele têm alguma... Você sabe, alguma coisa?

   - Não! - eu respondi muito rápido. - digo... Não. Por que eu teria?

   - Você quando está perto dele fica toda alegrinha e sorridente...

   - Ele sempre faz essa pergunta só que ao contrário. - ele pareceu confuso. - Pergunta se tem algo entre mim e você. - eu ri. - Vocês dois viajam muito com essa ideia.

    - Telefone para a senhorita. - a Governanta falou.


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Notas finais do capítulo

Mais ações entrarão no próximo capitulo, prometo ^.^



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