Aratana Chansu. escrita por Shadow Shirami Mitsuko


Capítulo 1
Aratana chansu. - Uma nova chance.


Notas iniciais do capítulo

Para quem me conhece, costumo escrever fanfic com títulos e capítulos (os nomes dos capítulos) em japonês e usar umas expressões durante o capítulo, e, incrivelmente não usei nenhuma de minhas expressões nesta fic, exceto no titulo da fanfic e do capítulo, colocando a tradução logo em seguida, o que eu nunca faço. Ou seja, essa fic é simplesmente o oposto da minha outra.
Sem mais enrolação, vamos à leitura.



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Seus olhos se abriram num lugar iluminado, piscara algumas vezes para se acostumar com a luminosidade indesejada, se sentia de alguma forma cansado, e não se lembrava ou sabia onde estava, ouviu passos, inúmeros passos, sua curiosidade o impeliu a frente, quase que automaticamente para ver o que se passava.

Vários homens, fortemente armados invadiam um laboratório de pesquisa, de alguma forma essa cena lhe parecia familiar.

Ouviu se um barulho, e uma jovem loura fora descoberta, de vestido azul claro e uma tiara em seus cabelos, que ele reconheceu no mesmo instante.

– Maria. – A voz sussurrante. Sentiu algo em sua mão, um objeto que nem sabia que estava segurando começou a brilhar, olhou aquele brilho surpreso. – O que significa isso? – Disse quando o brilho se intensificou e o envolveu.

“Seu maior desejo foi atendido, terá a oportunidade de mudar o passado, mas isso dependera do que seu coração diz, tens apenas segundos para agir, ou sua oportunidade será desperdiçada.” Disse uma voz suave, porém séria.

– Mas... essa é a esmeralda falsa que o Sonic usou! Como é possível? – Olhou para a esmeralda, que parecia ter vida, e ela lhe respondeu.

“Eu sei o que passa em seu coração, o sentimento que perdura por esta menina. Concedi-lhe a chance de salva-la, a oportunidade de mudar o passado.” A voz soou doce.

O hedgehog sorriu, apertando a esmeralda em suas mãos, e o desejo de salvar sua querida Maria crepitando em seu peito.

Correu com entusiasmo, as palavras ditas pela voz ressoavam em sua mente, se sentia mais uma vez vivo, uma vontade de sorrir como a muito não sorria, enquanto a imagem sorridente da garota invadia sua mente.

Mas, seu tempo estava se esgotando, sabia que se falhasse não teria outra oportunidade com essa.

Um raio amarelo passava em alta velocidade pelos corredores, procurando a sala certa, enquanto a cena de cinquenta anos atrás se passava por sua mente, uma sensação de adrenalina percorria seu sistema à medida que corria contra o tempo, seu coração disparava freneticamente, tamanha era sua emoção, podia enfim fazer o que sempre sonhou, salvar Maria.

Passou rapidamente pelo homem armado que acabara de forçar a entrada da sala, onde ele podia ver que Maria forçava a alavanca para baixo, as lembranças daquele dia ainda passavam por sua mente, a emoção visível pelos seus olhos rubros.

Não vou falhar! Sou Shadow the Hedgehog!

Abraçou a garota antes que o projétil a acertasse e a tirou a da linha de fogo, mas recebendo o tiro de raspão. Sentia seu braço fisgar, mas não se importou. Apertou a esmeralda em sua mão com toda sua força.

Chaos Control! Concentrou toda a sua energia e desapareceu, abraçado a garota que se encontrava desmaiada.

Ambos apareceram em terra firme, mais precisamente em uma campina florida.

Shadow a colocou deitada sobre a relva, tendo cuidado para que não a machucasse, tocou seu rosto com carinho. Fechou seus punhos com força, tentando inutilmente reprimir as lagrimas de escorriam por sua face. Sentia que era hora de partir, gotas salgadas de dor e tristeza desciam pelo seu rosto e pingavam na esmeralda morta, que inesperadamente voltou a brilhar intensamente, um brilho puro.

Brilho este que envolveu Shadow, alterando sua forma, quando o brilho desapareceu, um garoto humano de mesma idade de Maria estava em seu lugar, vestido de regata preta, jaqueta e calça igualmente pretas com detalhes em vermelhos, cabelos negros com mechas vermelhas. Seus olhos eram vermelhos, Shadow se tornou um garoto humano comum, assim como Maria.

Olhou suas mãos, mãos humanas com luvas brancas, estava surpreso por aquilo.

A esmeralda desapareceu definitivamente, não deixando um simples rastro sequer.

Maria abriu seus olhos, estranhando o lugar em que acordara, mas seu susto dera lugar à admiração, o lugar era lindo. Flores de variadas espécies e cores rodeavam a campina, e o vento tratava de espalhar seus aromas pelo ambiente. Pássaros cantavam melodias doces e a brisa balançava seus cabelos suavemente.

– Que lindo! – Riu alegre. – A Terra é assim!

– Hum? – Maria acordou...

Ela então percebera o garoto a pouca distancia de si. Um pouco confusa.

– Ei? Garoto, você está bem? – Se aproximou calmamente, enquanto Shadow a olhava confuso. – Esse machucado parece estar doendo... – Disse olhando para o braço que sangrava.

– Machucado? – Disse confuso e olhou para o braço que Maria observava. – Ah, isso? Não ta doendo. – Ah! Isso? Não está doendo. – Disse e tocou o machucado, mas não conseguiu reprimir uma careta de dor.

– Ora, “não está doendo”? – Repetiu sarcástica, com o olhar demonstrando certa reprovação.

– Hum... – Limitou-se a dizer e virou o rosto, certamente constrangido.

– Deixa-me cuidar de você... – Disse com a voz mais doce e corada. Pegou o braço do garoto com cuidado, analisando o ferimento minuciosamente. – Poderia por favor tirar a jaqueta? – Corou mais do que estava.

– Cla-claro... – Gaguejou constrangido. Tirou lentamente a jaqueta, descobrindo seus braços rijos e alvos para um garoto de aproximadamente dez anos.

Ela observou o pequeno rasgo que tinha no braço de Shadow, parecia que havia sido atingido de raspão por uma arma de fogo. Pensou em deixar suas duvidas para depois, mesmo não conhecendo aquele garoto, sua natureza era sempre ajudar o próximo sem pedir nada em troca. O pensamento de nunca ter conhecido aquele garoto a atormentava, sabia que em parte era mentira, conhecia sim aquele garoto, só não se lembrava quando ou como. De alguma forma ele a lembrava um amigo, que não estava mais com ela, sem se controlar, uma lagrima.

Shadow com sua mão enluvada, aproximou a do rosto da garota, e carinhosamente recolheu aquela solitária lagrima que descia suavemente.

– Não chore... Maria... – A voz infantil soando calma, levemente doce, o que lhe era incomum, sentimentos humanos a flor da pele.

– Co-como sabe meu nome? – Perguntou surpresa, não se lembrava de ter visto algum garoto como ele, e sempre vivera com seu avô, na fortaleza espacial Ark.

– Não me reconhece? – Viu a menina negar com a cabeça. Suspirou, como iria falar-lhe que era seu amigo Shadow the Hedgehog?

– Se parece muito com um amigo meu... – Disse com ares melancólicos. – Que não pode estar comigo agora... – Disse quase inaudível, mas o garoto ouvira.

– Está enganada, olhe bem para mim! – Pediu quase suplicante.

Ela surpresa fez o que ele pedira, mesmo sem entender.

– Olhe bem nos meus olhos Maria, o que vê neles.

Ela o olhou penetrante, vendo profundos orbes rubros cor de sangue. Seus olhos azuis se arregalaram e sua face empalideceu.

– Sha-Shadow? Co-como? – A menina cambaleou surpresa.

– Foi o poder de uma chao esmerald... – Disse calmo, e dera seu meio sorriso habitual.

– Ah... As chaos esmeralds existem mesmo? – Perguntou admirada.

– Sim, mas não nesse mundo, num futuro mais adiante, elas surgiram na Terra.

– Não entendo...

– É uma longa história Maria.

– Temos tempo. – Sorriu, ele por sua vez virou o rosto levemente ruborizado.

Ela pegou em suas mãos, e correm pela floresta, sem rumo.

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§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§ 15 anos depois... §§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

As crianças cresceram, tornaram-se adultos e o sentimento que antes era uma inocente amizade, foi gradativamente aumentando e tomando altas proporções, se tornando um amor puro, que nascera das dificuldades que passaram juntos, dia após dia.

Ambos se assumiram enamorados e por fim decidiram se casar, e do fruto de tão forte amor, um laço tão forte quanto fora criado, meses depois Maria se descobrira grávida de seu primeiro filho, não tinham as melhores condições financeiras, mas tinham um ao outro.

Shadow conseguira um bom emprego, sua inteligência lhe dera a oportunidade de que precisava, se tornara um bom administrador de uma renomada empresa de segurança e com o dinheiro que conseguira com seu árduo trabalho, comprava uma casa aconchegante, não era uma grande casa, mas era confortável, como a própria Maria dissera sorrindo.

Meses depois, a criança veio ao mundo, seus olhos eram azuis como os da mãe e dos cabelos negros mesclado com vermelho como os do pai.

– Shadow, está atrasado! – Disse uma loura mulher o encarando rindo.

– Eu sei! – Disse emburrado.

Maria segurava o pequeno em seu colo, enquanto dava um cálido beijo de boa sorte no marido.

Shadow sorriu e dera um beijo na testa do filho.

O nome do menino? Sonic. Sonic the Hedgehog. Uma homenagem ao rival que devido a esmeralda que esta tinha em mãos pode salvar a mulher que se tornaria seu grande amor.

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Quando Shadow agarrou a chance que lhe fora dada pela chao esmerald, esperava somente salvar sua melhor amiga, mas o futuro lhe reservara mais do que poderia imaginar, o antes ouriço solitário e melancólico, formara uma feliz família, com quem sempre foi sua melhor amiga.

                                                     Owari


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Notas finais do capítulo

É minha primeira one-shot... e não sei se o final ficou bom...
Escrevi essa one-shot ouvindo Vocaloid, Arashi e Kalafina.
Espero não ter estragado nada kkkkkkkkk
Inexperiente em Sonic aqui...