Eu andava calmamente pelas ruas do meu bairro tomando um dos melhores milk shakes que eu já tinha provado e com um fone de ouvido, escutando as melhores músicas do mundo. Eu sempre fui um pouco tímida, mas como por lá eu não conhecia ninguém, dançava nada discretamente enquanto voltava pra casa, despreocupada com os olhares confusos das pessoas ao meu redor. Não me preocupei com a hora, e pra falar a verdade queria demorar chegar em casa, no Brasil não tinha nada para fazer, eu não tinha mas amigos lá e tranquei minha faculdade no Canadá.

Quando cheguei em casa ainda ouvindo bem alto músicas, ouvi alguém falando, parecia ser à alguns metros de distancia, mas percebi que era apenas minha mãe falando algo pra mim. Tirei apenas de um lado o fone de ouvido e perguntei – Que? – já que não tinha entendido. Minha mãe disse que precisavam conversar comigo, ali perto estava sentado meu pai também, ambos sérios e quietos, eu fiquei confusa, nunca tivera uma reunião séria em família por isto não sabia como lidar com a situação. Só pausei We Are Never Ever Getting Back Together da Taylor Swift que tocava no momento e tirei o outro fone de ouvido, indo em direção ao sofá perto de meus pais.

_Então, pensamos muito e decidimos que...

_O que mãe? Eu falei ansiosa já com um sorrisinho no rosto

_Você vai poder voltar para o Canadá

_Sério? Obrigada mesmo – falei alto e os abracei feliz, depois levantei – vou ligar pra Justin e...

_Não, espera

_Que dia a gente vai?

_Então, na tarde ou na noite do dia do seu aniversário. Nós vamos com você, só pra terminar de ajeitar uns papeis lá, você vai morar lá no apartamento que morávamos e eu e seu pai vamos voltar para o Brasil, aqui é melhor pra gente, a família está toda aqui.

_Ah, obrigada por confiarem em mim, fiquei muito feliz

_Então e antes de irmos, a gente pensou em fazer uma festa de aniversário pra você aqui , já que você não teve de quinze anos

_Mas mãe, meus amigos e o Justin está lá no Canadá, como eles vão vir?

_Então, a ou vai ser aqui no Brasil ou não vai ter festa, você quem sabe

_Prefiro ficar sem festa, já estou ganhando um presente, posso ir agora?

_Pode

Fiquei realmente muito feliz, corri pra ligar para Justin, já que agora tudo parecia estar se acertando. Quando eu fiz quinze anos meus pais não puderam fazer a festa e então prometeram fazer de dezoito anos, mas eu não ficaria muito feliz com a festa se fosse aqui no Brasil, queria meus amigos do meu lado. Fiquei pensando em como seria morar sozinha agora, com meus pais em outro país, seria difícil, mas melhor.

Justin’s POV

Fiquei feliz em saber que tudo finalmente se resolvia, os pais de Marina aviam a deixado voltar para o Canadá e morar sozinha, isso será muito bom.

Passei a tarde muito feliz, afinal, o amor da minha vida voltará para perto de mim e agora tudo dará certo, pois aquela minha ex-namorada já tinha sido presa, ela já tinha feito alguns atos criminosos antes, mas a policia ainda não tinha a encontrado. Até que meus pensamentos foram interrompidos quando meu celular tocou, era um numero desconhecido, mas eu atendi.

Ligação on

_Alô, quem é?

_Justin?

_Eu mesmo

_Justin, é a mãe da Marina, tudo bem?

_Tu-do – dei uma risadinha falsa, achei muito esquisito, pensei que ela me daria Instruções de Como Namorar Com a Sua Filha.

_Então, te peço desculpas primeiro, por ter pensado coisas ruins de você. Bom, te liguei por que estou pensando em fazer uma festa surpresa pra Marina aí no Canadá e preciso da sua ajuda

_Claro ótima ideia, adorei. Te ajudo sim

Conversamos por um longo tempo, decidindo tudo que teria na festa, ela propôs suas ideias e eu as minhas e entramos em um acordo. Imaginei rápido toda a festa e como seria incrível, com certeza Marina ia ficar muito feliz, pela festa, por ver seus pais junto a mim e por estar de volta ao Canadá. E ela sendo feliz, eu também ficaria.

Noticias ruins abalam nossos dias, as boas mudam e viram nosso dia do avesso, ou seja, pode dar mais prejuízo receber uma boa noticia. Mas vamos combinar que esses prejuízos fazem até bem quando estamos felizes, não é?