Future Love escrita por Ju Cullen


Capítulo 3
Nostalgia


Notas iniciais do capítulo

Um bom capítulo para todas!
Nos vemos nas notas finais.



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Narrado por Isabella Swan

A nostalgia de ontem me fez acordar hoje com uma dor de cabeça terrível. Se hoje o Jake não vier aqui, farão dois dias que não nos vemos. Talvez ele esteja um pouco arrependido pela atitude que teve e de não ter conversado comigo.

Era estranho ter que escolher entre uma amizade ou tentar dar a chance ao seu melhor amigo lhe fazer sentir como uma mulher.

Isso nunca havia passado pela minha cabeça. Era difícil escolher.

Se eu nunca desse uma chance a ele, não saberia como seriamos. Talvez possamos dar certo como um casal, e quem sabe Jake é “a minha alma gêmea”.

Nunca fui de acreditar em contos de fada, até porque fazendeiros não escutam essas histórias só por cima. Nossos pais preferem nos contar fatos reais, para que não sejamos bobos, iludidos. Essas histórias de ‘Cinderela’ e ‘Bela Adormecida’ os professores do primário nos contam.

Então, por outro lado se não desse certo a nossa amizade acabaria, pois o clima iria ficar insuportável demais entre nós dois.

Mas por que não? Por que não dar uma chance?

Se não tentarmos, nunca saberei como foi.

Então é isso. Vou falar ao Jake que lhe darei uma chance, isso se ele vir aqui hoje.

Desci para tomar o café matinal logo estava apreensiva, tentando imaginar como falaria para ele. Além de estar morrendo de medo.

–O que há com você, Bells? –indagou minha mãe

–Nada... Nada –respondi ainda com o pensamento longe

–Sei –resmungou duvidosa

Permaneci comendo Muffins e um copo de leite. E estava delicioso!

Fiz a mesma tarefa monótona de todos os dias: alimentei Black, e arrumei uma parte dos fundos da casa. Já estava enjoada com a espera desses Cullen. Ainda faltavam dois dias para que eles viessem pra cá e essa espera estava me matando.

Quando chegou a tarde fui almoçar e depois acabei me decidindo que iria na casa de Jake. Ele ainda deveria estar atônico para aparecer aqui que deve ter sentido receio, talvez até por vergonha.

Caminhei silenciosamente, absorta em meus pensamentos, pela curta estrada que levava até a sua casa. E com todo o silencio que me perseguia eu me sentia cada vez mais ansiosa. Tudo isso para encontrar o meu futuro namorado. Isso soa até estranho.

–Ei eu estava indo na sua casa –falou alguém ao meu lado

Era ele

–Ah, oi –disse meio confusa –Uma carona? –perguntei suplicante

–Claro – Jake respondeu com um sorriso. Mas não era aquele sorriso.

Subi e coloquei meus braços ao redor de sua cintura. Em seguida tivemos um momento silencioso constrangedor, até que comecei.

–Sabe, eu andei pensando sobre o seu pedido. Aceito ficar com você, mas isso não significa que eu lhe ame Jake, até porque fui pega de surpresa. Então, vou me esforçar ao máximo para que seu sentimento seja correspondido. Mas caso não dê certo eu não quero que a nossa amizade se desfaça. Não vou arriscar um namoro para perder a sua amizade –falei tudo de uma vez só, conseguindo só depois respirar e tomar fôlego.

Ele sorriu. Riu, se mexeu, desceu do cavado e me surpreendeu com suas palavras:

–Então, Isabella Marie Swan, aceita ser a minha namorada?

Choquei ao vê-lo ajoelhado no chão. Isso era tão romântico!

–Aceito –disse alegre, descendo e abraçando-o em seguida

Então nos beijamos. Um beijo que estava começando com uma imagem descobridora. Sua língua era calma e seus movimentos também.

Jake me agarrou pela cintura e me girou, para que logo em seguida começássemos a nos beijar com intensidade. Sua língua explorando cada canto da minha boca.

Mas tínhamos que ir com calma, esse era o primeiro instante do nosso namoro.

–Ei, calma –foi o que consegui falar quando me desvencilhei dele

–Estou eufórico Bella, muito alegre e cheio de expectativas para lhe conquistar.

Pode apostar que você também irá retribuir esse sentimento, vou fazer de tudo para que isso aconteça.

Sorri. Era apenas isso o que eu podia fazer.

Depois de darmos alguns beijos, voltamos para minha casa, pois ele não queria que eu voltasse sozinha. Jake disse que iria fazer o pedido aos meus pais hoje a noite. O que será que eles iriam achar?

Quando cheguei em casa ele me deu um selinho escondido, para que ninguém percebesse. Isso parecia até um pouco romântico!

Fui ver Black e em meio aos meus pensamentos, me peguei resmungando para ele. Não adiantava, eu sempre fazia isso. Ele poderia não falar, mas sempre gostei de desabafar com o meu cavalo.

–Sabe, é meio estranho beijar o meu melhor amigo –hesitei –Não que eu tenha desgostado, mas é como se fosse beijar meu próprio irmão que não tinha.

Esperei alguns minutos na esperança de que ele me desse um sinal, mas esqueci que um animal não fala.

–Não senti nada quando ele me pediu em namoro, só um nervoso em minha barriga. Mas será que isso é um sentimento de paixão? Para mim estar apaixonado, ou começar a se apaixonar é quando você sente o coração bater mais forte e fica muito, muito nervoso, tanto que até começa a se distrair.

–Tudo bem, eu sei dessas coisas por que já me julguei apaixonada por alguns menininhos do primário e da sexta série. Mas depois disso, sai fora desses sentimentos estranhos e não agi dessa maneira com mais ninguém.

Eu estava tão absorta naquela conversa que até parecia que ele estava me escutando e raciocinando para logo dar-me um conselho.

–Mas mesmo assim, espero que tudo dê certo e que esses sentimentos se aflorem em mim, por que perder o Jake eu não suportaria!

Fiquei ali pensando comigo, alisando os pelos de Black e sentindo um vazio em meu peito.

Depois de muita nostalgia, voltei para terminar de arrumar a minha casa, já que estava de férias poderia me dar o luxo de fazer o que quisesse o dia inteiro. Já estava tarde, minha mãe olhou-me desanimadora, sabendo que estava fugindo dos serviços que beneficiariam as nossas incríveis e futuras visitas.

Arrumamos alguns materiais de construção que acomodamos para os fundos. Ali iriamos construir uma pequena área fechada para guardarmos muita palha e deixarmos as galinhas chocarem seus ovos. O local estava sendo construído desde o mês passado, mas paramos pela falta de dinheiro. Agora os materiais haviam chegado e meu pai começaria amanhã a termina-lo. Depois, me daria todo o serviço da pintura e decoração.

Enfim, já se passavam das oito horas da noite e aqui estava Jake, parado em minha porta.

–Oi –falei beijando-o

–Oi. Cadê os seus pais? –perguntou apreensivo

Apontei para a sala, onde os dois estavam sentados, conversando.

Coragem!

Jake foi até eles, cumprimentando-os e depois me chamou para perto de si, proferindo suas palavras tão esperadas.

–Renée e Charlie eu queria falar sobre um assunto sério com vocês.

–Diga Jake! –disse minha mãe

–Então, é que eu e Bells –ele hesitou – Bem... eu vim aqui para pedir a mão dela em namoro

Com isso, ele se ajoelhou em frente aos dois, sorrindo, mas com um semblante muito nervoso.

Eles me olharam e em seguida também sorriram.

–Bom, impedir que vocês não fiquem juntos nós não podemos, mas se for para isso, tem de namorar direito, respeitar os limites e não deixar que esse namoro atrapalhe nada em vocês.

Nossa, minha mãe simplesmente despejou todas essas palavras de um vez só.

–Tudo bem tia Renée. Vamos respeitar tudo direitinho –ele disse em uma felicidade só

Mas talvez eu não estivesse tão feliz assim.

Jake agradeceu aos dois e me abraçou. Depois ficamos ali, conversando sobre tudo.

O tempo passou rápido, até que ele foi embora e nos despedimos apenas com um selinho. Estava sendo muito estranho ter que forçar a beijá-lo.

Uma parte de mim queria, mas a outra já estava com medo de correr os riscos que poderíamos ter.

–Bells, eles vão chegar amanhã! –falou a minha mãe

–Ok –foi só o que consegui dizer

Mas não seria daqui a dois dias?!

–Ah, querida meus parabéns por estar namorando –disse minha mãe alegremente –Jake é uma boa pessoa

Sorri para ela.

–Não se esqueça que você tem que ir amanhã na escola para dar o nome da universidade que quer cursar.

–Nossa, tinha até me esquecido. E agora mamãe, não sei o que eu quero –falei apavorada

–Não se preocupe, vai achar algo até amanhã. Já pensou em medicina veterinária? –perguntou

–Não sei mamãe, talvez. Vou pesquisar os cursos da Universidade do Texas, até porque é a mais perto de casa

–Tudo bem, vá dormir Bells, pois amanhã o dia vai ser longo

Ainda não estava tão tarde, então aproveitei para pensar em algum curso.

Medicina veterinária parecia muito legal e se fizesse esse curso, com certeza daria ênfase a animais de grande porte, preferindo cavalos. Esses eram sim a minha grande paixão. E ainda eu teria a vantagem de ficar perto do campo.

A principio esse seria o meu destino, cursar medicina veterinária. Se eu não gostar depois mudo de curso.

Narrado por Edward Cullen

–Edward, a mamãe chamou todos nós na sala-disse Emmett na porta do meu quarto

–Estou indo

Arrumei meu notebook em cima do criado mudo, depois desci até lá e vi o estado em que Esme estava.

–O que aconteceu aqui? –perguntei

–Eu vou ser curta e grossa: arrumem as malas, pois amanhã nós estaremos partindo para o Texas

Todos haviam se olhado nesse momento.

–Mas mamãe, nós não iriamos só daqui a dois dias? –perguntou Alice

–Sim, mas eu não vou permitir que a nossa família fique saindo linchada de um lado da porta e pelo mesmo, outras pessoas querendo especular e vir até aqui para ver a nossa humilhação. Além disso, o banco virá aqui para supervisionar, então isso significa que a situação se tornará mais maçante aina!

Eu nunca tinha visto minha mãe daquele jeito. Ela estava chorando. Lágrimas e mais lágrimas escorriam pelo seu rosto.

–Mas mamãe, eu não quero ir amanhã. Ainda nem arrumei as minhas coisas –falei

–Edward já chega. As coisas não são do jeito que você quer. Vamos todos partir amanhã e assunto encerrado!

–NÃO É JUSTO- gritei me dirigindo ao quarto

Não era justo mesmo!

Ter que abandonar a minha casa por causa dos erros de meu pai. Eu não queria sair da minha casa, do meu conforto, para morar sem nenhum luxo na casa de parentes que nem eu sei quem são.

Eu estava triste, comecei a arrumar as minhas coisas, fazendo muito barulho.

Cheguei até a quebrar um vaso que estava em cima da minha estante.

Porcaria de vida. Tudo isso foi só uma fachada, até porque ter que entregar a casa e morar de favor como se fossemos mendigos com certeza não era dignidade.

Depois de tudo o que já tivemos, agora temos de sair assim?

Só podia ser brincadeira mesmo!

–Edward nós precisamos conversar –disse repentinamente Alice na porta do meu quarto

–Ah claro, veio aqui para me julgar?

–Edward, você não pode continuar assim. Nós vamos morar de favor e se você continuar agindo com esse comportamento de criança mimada, tudo vai ir por água abaixo. Como os Swan vão querer alguém audacioso e prepotente morando com eles?

–Alice, vê se me esquece –murmurei irritado

–NÃO EDWARD –gritou – Eu não vou esquecer você coisa nenhuma. Eu te amo, poxa. Você é o meu irmão e só quero o seu bem!

–Se esqueceu que eu não sou o seu irmão! –falei com raiva, sem medir as palavras

Então me dei de conta da babaquice que havia falado. Mas já era tarde, ela já estava fora do meu quarto. Procurei-a para tentar pedir desculpas mas não quis me ouvir.

Idiota. Era isso o que eu era. Um tremendo idiota!


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Notas finais do capítulo

Queridas, o que acharam do capítulo Três? Com certeza eu posso garantir: a partir de agora, os nossos protagonistas irão ter um contato, digamos, um pouquinho irritante.
Opinem, cometem e sintam-se a vontade para dar novas ideias.
Amo vocês, minhas leitoras.



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