Amor E Poder escrita por fdar86


Capítulo 9
Capítulo 9




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Nesse mesmo dia, à noite, Cris resolveu visitar Lívia no casarão dos Baromante. Não conseguiria dormir sem saber o que estava acontecendo. Precisava ouvir de Lívia uma razão para tantos acontecimentos estranhos. Será que ela estaria doente? Ou simplesmente com problemas?


Lívia atendeu a porta com o rosto intranquilo. Parecia estar preocupada com alguma coisa. Desconfiada, Cris perguntou:


-  Está esperando alguém?


-  Não.


-  E eu posso entrar para conversarmos? Se for um mal momento, eu ......


-  Pode entrar.   -  Disse, cortando as palavras de Cris.  -  Você não incomoda.


-  Fiquei preocupada, você não foi trabalhar hoje.   -  Disse Cris, sentando-se no sofá mais próximo da porta, na sala de estar do casarão dos Baromante.


Lívia sentou-se ao seu lado, e manteve-se a olhar para o chão da sala. Não sabia o que responder. Nem como dizer.


- Eu estou com um problema...  -  soltou, penosamente.


- Você irá resolvê-lo logo, tenho certeza...


- Você acha?  -  Perguntara, com os olhos cheios de lágrimas.


- Acho, claro. Você é Lívia Baromante, uma mulher linda, forte, e dona da maior rede bancária do país. Todos gostariam de ser iguais a você.
Lívia chorara baixinho, preocupando Cris que cada vez prestava mais e mais atenção à jovem moça do seu lado.


-  O que está acontecendo?


-  Eu pensei que pudesse. Pensei que pudesse ser forte igual a meu pai, e amorosa  igual a minha mãe. Mas eu estava enganada.


-  Como assim?  -  disse, sem compreender do que Lívia falava.


-  Lembra da July? Você ouviu uma discussão nossa na empresa.


-  Claro.  -  Respondeu, imaginando como ela poderia esquecer, se aquela discussão a havia deixado totalmente desnorteada.


-   Ela sofreu um acidente ontem a tarde. Os pais dela me ligaram dizendo que ela ficava repetindo o meu nome enquanto dormia. Eu saí da empresa correndo, desnorteada, e fui até lá... e...


Cris permaneceu olhando-a, em silêncio, imaginando o que ela poderia dizer para continuar aquela frase, mas sem sucesso. Não tinha a menor idéia do que estaria por vir.


-  E quando eu cheguei lá, eu soube que ela tinha tido uma falência de orgâos, e havia falecido.  -  concluíra a frase, em meios aos soluços. Cris a abraçou, tentando acalmá-la, enquanto ela continuava:  -  Se eu tivesse saído antes.. se eu tivesse... Ela reclamava tanto de minha falta de atenção... Eu não consegui fazê-la feliz... não consegui... - pausa para um choro baixinho - Eu tentei... E-eu tentei...


-  Eu sei que você tentou. E tenho certeza que ela também sabia disso. Não é a toa que a primeira pessoa que ela chamou no hospital foi você.


-  Por que? Por que todos que eu amo me deixam?  - Disse, amarga, tentando conter o choro.


Cris a olhou, confusa. Será que todo esse sofrimento a havia deixado meio transtornada, ou a própria Lívia nesse momento estaria se sentindo assim, confusa, e não lembrava mais do que havia lhe dito? Decidira perguntar. Engasgara em sua garganta.


-  Vocês não estavam terminadas?


-  Sim...


-  E você não disse que não a amava mais?


-  Como namorada. Mas ela era minha melhor amiga, Cris. E, em Nova York ela foi minha única amiga. Ela era a minha família.


Lívia chorava descompensadamente, enquanto Cris tentava consolá-la, sem grande sucesso. Realmente a vida de Lívia era muito triste, sempre perdera todos que participaram de sua vida, e que foram importantes para ela, a começar pelos próprios pais. Devia ser muito triste, ter uma vida tão solitária. Queria ajudá-la de alguma forma, falar alguma coisa que aliviasse seu sofrimento, mas inconscientemente ela sabia que naquele instante o mais importante para Lívia seria aquele abraço; aquele apoio silencioso que estaria lhe dando apenas por permanecer a seu lado naquele momento doloroso.


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