Amor E Poder escrita por fdar86
Notas iniciais do capítulo
Mais um capítulo para vocês...
Lívia adormeceu em seus braços.
No outro dia, Cris despertou cedo, e ficou observando Lívia dormir. Estava se sentindo tão impotente por não poder ajudar sua melhor amiga. Não se importava mais de quem Lívia teria sido filha, nem o dinheiro na conta bancária dela. Lívia era rica, mas era muito triste, e sozinha. E viver assim não é viver. É morrer a cada dia, a cada pedaço que tiravam de si, quando alguém que ela amava falecia.
Nesse momento, Cris jurou pra si mesmo que não iria deixar Lívia sozinha. A amiga só tinha ela agora, e a sua mãe, Dona Josefa. E outros funcionários e amigos da família, que não tinham a menor preocupação com o bem estar dela, a não ser pelo salário que recebiam no final do mês.
Enfim, Cris entendeu o que a mãe sempre lhe disse, "Dinheiro sozinho não te trás felicidade". E sabia que Lívia entendia perfeitamente isso. Sempre entendeu, por isso sempre continuou calorosa com todos, inclusive com seus empregados. Lívia puxara a personalidade cálida de Dona Guilhermina, sua mãe. E, pela primeira vez, desde muitos anos, Cris sentiu-se orgulhosa pela força de sua amiga. E jurou para si mesma, estar sempre do seu lado, e não decepcioná-la.
Semanas depois.
No escritório.
Cris bateu uma vez na porta, e abriu, após ouvir a resposta.
- Oi, Cris. Que bom te ver. Tava exatamente pensando em te chamar.
- Que coincidência... Me chamar para que?
- Queria te fazer um convite.
- Que tipo de convite?
- Vou fazer uma viagem a negócios, e pensei em te convidar para ir comigo.
- Viagem? Eu? Tá falando sério?
- Claro.
- Eu nunca viajei antes, Lívia! Você tem noção do quanto essa proposta é atraente?
- Acho que sim. - Lívia sorriu. - E estava pensando em convidar sua mãe também, o que você acha?
- Nossa. A velha não irá de jeito nenhum, mas se você quiser convidar, convide.
- Não fala assim... - Repreendeu Lívia, embora não tenha conseguido evitar uma risada pela forma que Cris falava. - Então diga a ela que está convidada para um jantar na minha casa hoje. Lá eu a convidarei.
Mais tarde, Dona Josefa e Cris chegaram ao casarão, e se sentaram no sofá. Cris que já tinha uma certa intimidade ali, colocou os pés na mesa de centro, e a mãe a repreendeu.
- Psiu! Tira esse pé daí, menina!
Nesse momento, Lívia desceu a escadaria, absolutamente deslumbrante. Usava uma blusa social de seda da cor vinho, e uma calça jeans branca. Cris a observou descer degrau por degrau, em silêncio, e nem reagira ao comentário da mãe.
- Minha querida, você está linda!
- Obrigada, tia. Imagino que Cris tenha te dito que tenho um convite para te fazer.
- Na verdade, não.
Cris ainda a olhava, perplexa. Lívia estava tão linda, que nem conseguira palavras para descrever.
- Bom, então vamos primeiro ao jantar. Depois ao convite.
E Lívia caminhou até a sala de jantar, onde já estava tudo arrumado, e uma jovem que parecia ser a mètre, as esperava.
- Vão querer o que para beber?
- Eu vou querer só um suco, Karina, Obrigada.
- Eu não quero nada, querida. Obrigada. - Disse Dona Josefa, encabulada.
- De jeito nenhum, tia. Karina, coloque um pouco de suco pra ela.
- Eu gostaria de um refrigerante. - Falou Cris, finalmente.
- Ah, sabe que por um minuto eu pensei que você tinha perdido a língua? - Brincou Lívia, e Cris mordeu levemente os lábios.
Finalmente, ao terminar o jantar, Dona Josefa perguntou.
- E então minha filha, que convite é esse?
- Eu terei que fazer uma viagem à negócios, tia, e pensei em convidá-las para ir comigo. Como eu sei que vocês ainda não viajaram de avião, imaginei que seria uma boa experiência.
- Não, minha filha. Eu não tenho mais idade para essas estripolias.
- Não disse, Lívia? - Abusou Cris. - Mas eu posso ir, né, mãe?
- Com a Lívia, é claro que sim.
As duas se entreolharam, satisfeitas.
- E quando será a viagem, querida?
- Depois de amanhã pela manhã.
- E vocês retornarão quando?
- Estou pensando em ficar uns 3 dias, um pouco mais que o encontro de negócios, para que a Cris possa conhecer a cidade.
- E para onde iremos?
- Nova York. Ficaremos hospedadas no meu apartamento de lá. Estou pensando em abrir uma filial das empresas Baromantes lá.
- Que ótima idéia! - Exclamou Dona Josefa.
Cris sorriu, por saber que finalmente conheceria os EUA, e que ainda ficaria hospedada no apartamento em que Lívia viveu por todos aqueles anos, longe dela. Mas logo lembrara de uma coisa que a preocupou. Estaria ela pensando em abrir essa filial, para se mudar pra lá?
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