Essa é a história de Lívia, jovem rica herdeira da rede de Companhias Bancárias Baromante, que embora tenha uma posição social bastante elevada, nunca perdera sua simpatia e humildade. Por toda sua infância, fora criada pela sua babá Dona Josefa, que sempre trabalhara para sua mãe, Sra. Guilhermina Baromante, e devido a idade parecida, Lívia cresceu ao lado de Cris, filha da governanta. As meninas brincavam juntas, frequentavam às mesmas escolas, e estudavam juntas. Sempre juntas. A mãe de Lívia, embora sempre ocupada, nunca a deixara de lado, e ensinara a menina desde cedo a não fazer distinções entre poder e hierarquia. E Lívia aprendera desde a infância, a tratar todos em volta como irmãos, com o mesmo respeito, independendo do valor financeiro que a pessoa possua.

No início da adolescência de Lívia, porém, Dona Guilhermina morreu, e Lívia ficara sob a tutela de seu pai, Rodrigues. Sr Rodrigues, no entanto, era o oposto de Dona Guilhermina, e tratava todas as pessoas subordinadas a si, de forma autoritária e agressiva. Os humilhava e mostrava suas garras sempre que pudia, na tentativa de manter o respeito dos empregados, a partir de coerções. Infelizmente para os empregados das empresas, ele ganhou a presidência das redes bancárias, assim que a esposa morreu. E, como sua popularidade na organização era muito baixa, devido seu modo de tratar os empregados, começou uma década de terror e prepotência nas redes bancárias Baromante, em sua infeliz tentativa de ganhar o respeito dos funcionários.

Sr. Rodrigues sempre considerara sua esposa muito mole nos negócios, por se deixar levar pelas emoções, e via na sua filha essas mesmas características. Lívia, como a mãe, era uma jovem bastante sociável e educada, que devido a extrema simpatia, se dava bem com todos. Sempre conversava com os subordinados de sua casa, ouvia as suas preocupações, e procurava ajudá-los sempre que estivesse a seu alcance, enfim, como diria o próprio Sr. Rodrigues, ela se misturava com toda a gentalha. O pai, então, passou a acreditar que ela precisaria de um ensinamento melhor, que ele não poderia lhe fornecer por estar sempre ocupado em seu cargo de presidente. Dessa forma, ele decidira enviar a jovem à um internato nos EUA, onde ela aprenderia a ser mais fria e racional, habilidades que Sr. Rodrigues acreditava ser fundamental para qualquer tipo de liderança eficiente.

Contra a vontade, Lívia tivera que viajar para completar sua graduação no exterior, sendo consequentemente afastada de todos os seus amigos e conhecidos, inclusive Cris e Dona Josefa. Sr. Rodrigues impediu inclusive que Lívia se despedisse de seus amigos, avisando-a da viagem de última hora, já com as malas prontas no porta-malas da limosine. Ele sempre teria sido frio e calculista, e Lívia só se tornara o oposto disso graças aos aprendizados que recebera de sua mãe, Dona Guilhermina Baromante, e de sua babá, Dona Josefa.