Estranho, Inevitável. escrita por Lu Medeiros


Capítulo 3
Capítulo 3 - Um Choque


Notas iniciais do capítulo

o/ Hey, para nossa alegria, consegui um capítulo pra postar hoje.. Mas eu quero comentários.. :( Ou isso, eu viro uma vampira má e não posto mais. UHASUHUSHUAHSUH
Enfim, aproveitem o capítulo, e deixem a opinião de vocês, ok?



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 -POV Edward-

As mentes dos alunos estavam agitadas e concentradas numa novata. A filha do chefe de polícia Swan, Isabella Swan. Ou Bella, como gosta de ser chamada. Eu ainda não a tinha visto pessoalmente. Só no pensamento dos demais alunos. Pareciam um bando de cachorros no cio. E Bella era o brinquedinho novo. Cidade pequena é ruim nesses momentos. E eu não tenho paciência com esse tipo de lixo mental –gosto de chamar assim os assuntos que são o centro das atenções quando há coisas mais interessantes a serem pensadas. Bem, vai ver a garota tinha alguma coisa especial. Ainda acho que é só mais uma menina tímida de cidade grande.

Estava eu com meus devaneios a respeito do assunto –inclusive me sentindo mais um dos inúteis que pensam no mesmo assunto que todo mundo, mas eu me dou um desconto enorme, já que várias mentes jogam os assuntos na minha- quando me lembrei de passar na secretaria pra assinar minha caderneta. Quando eu ia entrar na sala alguém menos do que eu bateu em mim. E um cheiro doce fez minha garganta arder mais do que em qualquer outro momento. Acho que nem no começo da minha não-vida eu tive um desejo tão grande pelo sangue humano. Eu não tinha percebido a aproximação dela. Mas como, eu saberia reconhecer a voz diferente em minha mente. Mas peraí. Não havia a voz dela. Bella estava bem na minha frente me analisando e eu não ouvia nem um suspiro em sua cabeça. Mas a novidade não me afastou do desejo: eu me inclinaria na direção de seu pescoço coberto pelos cabelos castanhos e levemente ondulados, afastaria os cabelos dali, e beijaria seu pescoço. Um beijo que significaria claramente a morte dela. A sede ardia em mim. Mas eu não podia ceder aos instintos. Havia muito mais em jogo, mas eu não consegui me lembrar o que era. Eu tinha que sair dali antes de fazer uma besteira. Eu precisa poder respirar e pensar racionalmente. Eu agi antes mesmo de concluir o pensamento. Ouvi ela se desculpar, mas eu já estava longe dela. Eu podia respirar sem medo de me tornar um monstro. E eu podia pensar com clareza. Eu consegui me lembrar de que era por Carlisle e Esme, meus pais, de que era por Alice, Jasper, Rosalie e Emmett, meus irmãos que eu devia sair dali. Eu consegui me lembrar que haveriam outras vidas correndo perigo se eu me desse o luxo de sentir o gosto mais doce que eu jamais imaginei existir. “Edward, pare de pensar nisso.” –disse a mim mesmo quando percebi que se continuasse eu poderia voltar lá e me tornar o monstro pelo qual eu tenho repulsa. Tive de me concentrar.

Comecei a andar de volta ao prédio assim que me senti sob controle, e fui para minha primeira aula pensando no porque de eu não ouvir a voz mental do meu mais novo inferno pessoal. Eu fiquei tenso ao pensar nisso. Será que havia algo errado? Se sim, seria de errado comigo, ou com ela? Eu jamais tive problemas com isso antes, e de repente. Eu não entendia. Cheguei na sala em segurança pela parte de trás do prédio e me sentei no meu lugar esperando pelo começo da aula. Tentei abstrair todas as vozes da sala; elas pensavam justamente no que eu queria, no que eu precisava evitar. Eu até que me sai bem em ignorar as vozes, mas eu ainda ouvi Jessica pensar invejosamente “A Bella vai se sentar ao lado do EDWARD! Que sortuda é essa novata sem sal.” E logo depois ouvi Angela pensar “Coitada da Bella. Vai ter que se sentar com alguém que a pouco a tratou mal. Ele deve estar se sentindo desconfortável com isso.”.

Eu sempre me impressiono com a pureza dos pensamentos de Angela. Mas o que me chamou atenção agora não foi isso. Bella assistiria a essa aula, e teria que ficar na única carteira vaga da sala, que era justo ao lado da minha. Isso não vai prestar. Prendi minha respiração, já que eu não preciso dela. E me concentrei em qualquer coisa, enquanto ela se movia insegura pra se sentar ao meu lado. Insegura seria a palavra certa? Medo? Vergonha? Não sei. Não poder ler a mente dela não me ajudou muito. Mesmo prendendo a respiração estava sendo difícil me controlar a não atacá-la. Eu podia ouvir o fluxo do sangue quente e doce por sob sua pele clara. Eu podia ver. Eu podia ver onde exatamente seria melhor “beijar” o meu inferno. Eu precisava pensar em outra coisa, mas a aula não ajudava. Eu já conhecia tudo o que o professor falava. Eu podia inclusive corrigir seus erros. Me concentrei nisso. Mas não tive muito sucesso. Cada movimento de Bella fazia que eu me distraísse. Quando o sinal tocou eu sai rápido demais do meu lugar e me encaminhei pra saída da escola. Ninguém percebeu que eu me movimentava rápido demais pra um humano.

Quando cheguei no estacionamento eu fui em direção à parte da escola que fazia fronteira com a floresta. Eu precisava caçar. Passei o resto do meu dia na missão de caça pra evitar que a criatura errada virasse a refeição. Como eu não tenho necessidade de dormir, não me preocupei com a hora que chegaria em casa. Alice saberia explicar o que houve. Então eu fiquei fora durante a noite também.

Cheguei em casa estava quase clareando. Eu precisava trocar de roupa, claro. Assim que sai do meu quarto com roupas limpas Carlisle se aproximou de mim.

-Fico feliz por ter sido tão forte, filho. - disse ele com a expressão serena.- Sempre acreditei no seu potencial.

-Eu também fico feliz, Carlisle, mas por favor, não venha me dizer que sou bom. A natureza da nossa espécie diz que não. E você é um caso a parte. Ainda acho que isso lhe seja um dom.

-Edward, pare de se torturar. Você sabe que é melhor do que isso.

-Carlisle, pare de importar com isso. Você sabe que não vai ajudar tentar me convencer de novo.

-Tudo bem.. Não vou insistir. E obrigada por se importar comigo, Edward, e com sua família.

-Não agradeça, pai.

Carlisle foi para o terceiro andar da casa, e eu desci.

Alice me recebeu com um sorriso, e um bom dia mental. O fato dela ter pensado o ‘bom dia’ me fez lembrar da mente impenetrável de Bella. Fiquei tenso, e Jasper percebeu isso.

-O que foi, mano?

-Nada demais, Jass. Só algumas adversidades. Não se preocupe.

Mas ele não me ouviu, e me acalmou. Ele não suporta que qualquer um de nós não esteja bem.


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Notas finais do capítulo

u.u espero que tenham gostado!
e tipo..
AMANHÃ É DIA DE BD2 *--------------* UHAUSHUAHSUHASUH
Comentem, e recomendem ;D



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