O Cavalo De Bronze - Fic Interativa escrita por CarpeDiem


Capítulo 18
Conversas


Notas iniciais do capítulo

Então, tenho que pedir desculpas pelo meu tempo gigantesco sem postar, mas é que estava sem inspiração para história e também tenho me dedicado mais aos estudos, mas enfim, espero que me perdoem pelo tempo sem postar.

Esse capítulo ocorre logo depois de "Âmbar".



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Mila Blocklengust –

  Não sabia direito o que havia acontecido, mas Artur me puxava pelos corredores do castelo com uma mão, enquanto segurava na outra mão o pote estranho com o líquido verde, estava atordoada demais, o suficiente para só poder correr e não raciocinar direito o que havia acontecido.

  Depois de alguns minutos correndo, que parecera uma eternidade já que minha cabeça estava doendo muito por causa do impacto contra o chão, chegamos a um estranho corredor que não tinha ninguém, o que era estranho já que praticamente todos os corredores tinham agentes do Ministério da Magia, mas rapidamente me lembrei de onde estávamos ao ver a porta vermelha ali parada. Artur largou minha mão finalmente e puxou sua varinha e sussurrou um feitiço, e a porta deixou de ser vermelha para se tornar uma de madeira escura, com um número dois dourado destacado e embaixo do número uma escritura em runas antigas, que eu não pude identificar o que significava já que nunca me interessei muito pela matéria. Artur me puxou e me jogou para dentro do que parecia ser um quarto, fechando a porta logo em seguida.

-Onde é isso? – Perguntei olhando ao redor, era um lugar bem estranho, e no mínimo desorganizado, tinha uma cama grande, uma pequena janela por onde entrava vento, e tudo parecia ser tomado por mesas e papéis estranhos, muitos estavam escritas em um alfabeto estranho. Ele olhou para mim e disse:

-Bem vinda ao meu quarto. – Foi ali que eu percebi uma estante cheia de troféus e um gorro dos Abutres de Vratsa.

-Abutres de Vratsa? Mas você não ia jogar no... - Antes que eu pudesse terminar minha fala ele fez um sinal de silêncio, e logo depois colocou o frasco com o líquido verde sobre uma escrivaninha.

-Seu pai realmente não lhe conta muito sobre os negócios.

-O que meu pai tem a ver com isso?

-Simples, seu pai é que vai me levar para os Abutres.

-Mesmo assim, o que foi aquilo? E como viemos parar no seu quarto?

-Primeiramente sente-se. – Me sentei em cima da cama enquanto ele puxou uma cadeira.

-Você já conhece aquela porta, ela te leva a “casa dos amantes”, mas não necessariamente só para aquele lugar. Você deve saber que Tobias foi um dos melhores bruxos que já passou por esse instituto, talvez o melhor, mas quando ele criou aquilo não sabia de todas suas utilidades. No segundo ano eu descobri aquela porta e toda a história, é óbvio que eu tinha um medo tremendo de ser descoberto pelo próprio Tobias, por isso decidi me livrar dessa memória, mas antes deixei um mapa em um caderno na sessão reservada, com dados suficientes para qualquer um que olhasse achar a porta. É óbvio que Tobias descobriu e usou sua ótima legilimência para vasculhar minha memória, que por sorte estava guardada no meu quarto, até porque eu sou uma droga na prática de oclumência. – Ele pausou por alguns segundos sua explicação, e após ver que eu estava prestando atenção, continuou.

-Bem, depois de alguns anos eu acabei achando minha memória guardada, e após me lembrar de tal fui atrás do caderno, e adivinha, ele tinha sido levado da biblioteca, sabe por quem?

-Newt. – Respondi.

-Isso mesmo, bem, foi aí que eu voltei para ver o local novamente, e adivinha quem eu acho? O Newt. É óbvio que vocês se conhecem muito bem, afinal, cresceram juntos praticamente. – Meus olhos se arregalaram.

-Como... Como você sabe disso?

-Bem, não é difícil saber um pouco sobre a vida de vocês dois após ler alguns artigos em jornais mais velhos, mas voltemos ao assunto... Aliás, uma imagem vale mais que mil palavras, então me deixe lhe mostrar a cena. – Artur puxou sua varinha e encostou-a na cabeça, tirando uma memória e depois a colocando em um pequeno frasco de vidro e me entregando.

  Ele andou rápido pelo quarto pegando uma vasilha profunda e derramando uma água estranha dentro, para logo depois me entregar.

-Acredito que saiba fazer o processo. – Balancei a cabeça afirmando que sim e logo depois derramei a lembrança sobre a água, para instantaneamente afunda minha cabeça.

  Estava em um quarto escuro, que rapidamente me lembrei ser o da “casa dos amantes”, vi duas pessoas paradas se olhando, uma era Newt, que usava seu fardamento, uma calça com sapatos negros e um moletom cinza com o escudo das harpias no lado esquerdo do peito. Também reconheci quem estava ao seu lado, era Artur, vestido praticamente do mesmo jeito, só que ao invés de um moletom, tinha apenas a camisa com o emblema dos peregrinos do lado esquerdo.

-O que está fazendo aqui? – Perguntou Newt com seu habitual tom de superioridade, cheguei a sentir vontade de rir diante daquela situação.

-Faço a mesma pergunta a você.

-Não sei como chegou aqui, mas...

-Você sabe muito bem como eu cheguei aqui, Newton Lachowski.

-Então você era o dono do caderno... Entendo. Bem, esse é um lugar que eu gostaria de ter, é extremamente confortável, e guarda uns segredos bem interessantes.

-Uma pena, porque este lugar já me pertence.

-Acho que não... Petrificus Totalus! – Uma luz saiu voraz da varinha de Newt.

-Protego!

  E então por um momento os dois começaram a se atacar dentro do pequeno quarto, até o momento em que Artur lança um sectumsempra contra Newt que cai desmaiado sobre a cama.

-Merda... – Artur corre até a cama e começa a usar um contra-feitiço para curar Newt. Ao terminar, sente uma pancada forte, Gabriel estava logo atrás dele, e eu pude ver Artur paralisado, tinha sido atingido pelo petrificus totalus de Gabriel.

-Você... Não se lembrará de nada. Legilimens! – Gustavo lançou o feitiço, disposto a pagar a memória de Artur, e logo após terminar foi até Newt que ainda estava desmaiado e o colocou no ombro.

  Senti minha cabeça ser puxada e quando vi estava de volta ao quarto de Artur. Estava ofegante e minha cabeça doía muito.

-Como você se lembra disso? Ele usou o Legilimens em você, como é possível?

-Digamos apenas que Gabriel Silver não é o melhor em legilimência. Bem, alguns dias depois eu me encontrei novamente com Newt, um novo confronto, só que dessa vez eu consegui adentrar a mente dele, e você se impressionaria com o tanto de lembranças que ele tem de você, e uma delas me chamou atenção... Uma bastante peculiar, em uma casa de campo no interior da Escócia...

-Você é um patife! – Me joguei pra cima dele em busca de dar uma tapa em seu rosto, mas seus reflexos de artilheiro o salvaram.

-Fique calma. Seria interessante se você se acalmasse para eu poder continuar a explicação. – Me contive e sentei novamente na cama, enquanto ele voltou à cadeira.

-É bem simples, depois de ler um pouco sobre a raça de Carlos Magno descobri que ele é controlado a distância por uma varinha, ou seja, a de Heleno, logo, uma interferência na magia deve ter acontecido. Mas é óbvio que isso não foi armado por mim, se quer mesmo saber.

-Então por quem foi? E mais do que isso, por que me contou que sabia sobre o meu...

-Casamento.

-É. Com o Newt, não faz sentido, e ainda pegou esse pote, para quê?

-Bem, o pote eu não tenho um motivo, mas é óbvio que essa substância atraiu Carlos Magno de alguma maneira, e bem, se quer realmente saber o motivo de eu ter lhe contado tudo, é bem simples, eu quero que me ajude, mais especificamente cinco vezes, sendo a primeira no dia da viagem a Rua do Ouro.

-Eu não...

-Eu invadi a mente do Newt, eu sei do trato de não falar nada para ninguém sobre o casamento.

-Que seja. – Senti meu sangue ferver, nada me deixaria mais feliz naquele momento do que lançar um Avada Kedavra nele e vê-lo morrer na minha frente, só Merlin sabe como eu odeio ter que obedecer aos outros, mas saí dos meus devaneios após ouvir alguém batendo na porta.

-Vai pra de baixo da cama! – Disse Artur me colocando rapidamente de baixo da cama, para logo em seguida ele ir abrir a porta.

  Vi ele e outra pessoa conversarem, pela voz eu reconheci quem era a outra pessoa, Alan Ackerman, só não sabia o que ele estava fazendo ali.

-Você tem o que eu queria? – Disse Ackerman.

-Sim. – Artur puxou alguma coisa e o entregou. Olhei melhor o que tinha debaixo da cama dele e vi uma cópia do quadro “Embarque para Citera”, achei engraçado, Artur não era do tipo de pessoa que parecia ser ligado à arte, mas logo depois voltei a prestar atenção quando Ackerman saiu dali. Saí de baixo da cama o mais rápido possível.

-O que estava falando com Ackerman?

-Não é de seu interesse. Na verdade, é melhor você voltar para seu quarto. – Artur puxou sua varinha e sussurrou o feitiço novamente, a porta de seu quarto virou uma madeira cinza, semelhante à porta do meu quarto, abri a porta e esperei não haver ninguém acordado.

-Não se esqueça do nosso acordo. – E foi à última coisa que eu ouvi. 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Bem, esse não foi o melhor capítulo, mas foi necessário para explicar alguns detalhes da história que eu tinha deixado em aberto.