Diferente escrita por Maiumy hime


Capítulo 2
Clichê


Notas iniciais do capítulo

Um review ~So close meme~ tá, não foi tão ruim. Obrigada criaturinha kawaii que comentou :3



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Sorveteria do Limoeiro, 16:00, mesa do canto.

-Tá bom DC, agora me explica: por que raios você tá comendo slagadinho numa sorveteria?

-Sorveterias são lugares muito óbvios, só vendem sorvetes. Gosto dessa aqui porque tem salgadinhos também.

-Você realmente leva suas convicções a sério, não?

-Claro. E você, leva as suas?

-Eu não tenho mais convicções.

-Olha, uma resposta que me surpreendeu. Sabia que você não é assim tão certinha?

-O que você quer comigo afinal de contas?

-Eu sempre quis saber...qual é a graça de seguir todas as regras, métodos e estilos que a sociedade impõe?

-Não é por graça. Minha família tem uma reputação a zelar e eu, como legítima descendente dos Frufru, devo continuar com esse trabalho.

Quando voltou a olhar para Do Contra, ela viu que o garoto estava colocando fones de ouvido.

-Ei! Se não quer me escutar era só não ter perguntado.

-Foi mal, é que são regras demais pra mim numa frase só.

-Mas nem tudo é como a gente quer, DC. Ou você acha que eu não gostaria de andar com roupa de domingo, comer o que tenho vontade e fazer o que me der na telha como os outros?

-Nunca me passou pela cabeça que você realmente pensasse ou sentisse algo por coisas que não fossem você e sua família.

-Eu fui ensinada assim, a ser superior aos outros aqui do bairro e honrar o nome da família, mas isso acabou com a minha infância e está destruindo minha adolescência. Eu tenho vontade de me deixar gostar das pessoas e me envolver com elas...só que não posso.

-Você pode, se quiser.

Ele levantou a mão em sinal para ela bater, mas quando Carmem ia realizar o toque rápido, teve sua mão segurada.

-Pode conversar comigo, se quiser. Menos quando eu estiver com meus fones.

-Ok.

Ela riu e ele ia retribuir, quando viu que a loira tomou um susto.

-O que foi?

-DC...olha pra fora.

Quando virou sua cabeça, Do Contra viu a turma toda parada do lado de fora da sorveteria, todos com sorrisos maliciosos, menos uma pessoa: Mônica estava pronta pra bater em alguém.

-E lá vai a Miss Teimosia fazer barraco de novo e...foi mal, esqueci que você gosta dela.

-Carmem, você ficaria brava se eu fizesse algo que eu acho que você não gostaria que eu fizesse na frente da turma, mesmo que esse algo fosse dar uma chance da gente sair vivo daqui?

-Não entendi metade, mas acho que não.

-Ótimo, então vem.

Ele puxou-a pelo braço até o lado de fora da sorveteria, onde todos esperavam explicações.

-O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO COM ESSA PIRIGUETE LOIRA, DO CONTRA? É ASSIM QUE VOCÊ DIZ GOSTAR DE MIM? HOMEM É TUDO IGUAL MESMO...

-Errado Mônica. Eu, sou o Do Contra e não sou igual a ninguém. E que eu saiba, sou livre pra tomar sorvete com quem eu quiser.

-TOMAR SORVETE?! VOCÊS TAVAM É NO MAIOR CLIMA DE ROMANCE!

-Cuida da sua vida, Mônica. Você não gosta do Cebola? Então vai lá ficar com ele e deixa o DC ser feliz! Não é só porque você é forte, decidida e tudo mais que pode amarrar a vida dele por causa dessa sua indecisão.

-ESCUTA AQUI CARMEM...

-Mas a gente quer é saber: vocês tão ficando ou não? -Denise se pronunciou, já que a bateria do seu celular estava acabando e ela não tinha mais tempo a perder.

-SIM.

Os dois se entreolharam um pouco surpresos, afinal compartilharam uma mesma ideia.

-Então você captou e resolveu entrar no jogo? -Do Contra sussurrou pra ela.

-Claro, não sou tão burra assim.

-E aí, rola beijo pra tia Dê postar ou não?

Todos ficaram na maior expectativa até que o DC passou as mãos em volta da cintura de Carmem e puxou-a para um beijo daqueles de tirar o fôlego. Então a multidão se dissipou, comentando a loucura daquilo tudo. Denise saiu correndo para postar logo sua maior novidade e Mônica foi embora bufando, extremamente contrariada. Na porta da sorveteria, o mais novo casal do Limoeiro se separava do beijo, ambos sem ar.

-Não acredito que você me beijou na frente de todo mundo.

-Eu vivo surpreendendo. Isso vai te dar problema?

-Pode até ser, mas estou falando da Mônica. Achei que não quisesse magoá-la.

-E não quero. Só estou tentando ver se ela se decide logo com o Cebola, quero que a Mônica seja feliz.

-Então vai ficar com outras garotas até que ela decida?

-Por que outras garotas? Sabe, gostei daquela sua atitude de encarar a fera sozinha.

-Eu não estava sozinha. Sei que você não me deixaria aguentar tudo sem me ajudar.

-Então Carmem...não se assuste com a frase mega clichê que eu vou dizer agora: quer namorar comigo?

-É sério? De verdade mesmo?

-Sim. Se fizer questão posso até te levar em casa pra minha família conhecer e tal.

-Nós dois não fazemos o menor sentido juntos.

-E qual seria a graça se fizesse?

Carmem se aproximou dele, deu-lhe um selinho como resposta e os dois saíram caminhando lado a lado, em busca de suas respectivas famílias para dar a notícia.


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