Alibaba’s POV.

Três dias, quatro semanas... Um mês. Meu nome é Alibaba Saluja e eu estou neste exato momento olhando o meu Mestre, Sharkkan, tentar me ensinar alguma coisa. Eu não estou prestando atenção e já estou admitindo isso faz um tempo. Minha mente está em outro lugar! Está na hora de o Grande Alibaba conquistar a bela Hanima! Como eu preciso conquistá-la!Já pedi ajuda pra outra bela e linda (porém comprometida) Beatrys , que é uma Magi. Voltando ao assunto, faz... Três dias, quatro semanas e um mês que venho sentindo isso. Preciso conquistá-la antes que seja tarde demais!

Neste exato momento ela esta treinando na torre do Capricórnio só pode! Ah aquele Sparda fica muito do lado dela! Ele é o Mestre dela... Argh, deixa.

Mas até ela têm um Djinn que parece ser compatível com o meu! Parece que o Amon sente com o Knight uma relação de pai e filho. Falando nisso por que ela tem que ser sempre tão rodeada de homens? Cara parece até ironia do destino!

-Hey, Alibaba... TÁ PRESTANDO A PORCARIA DA ATENÇÃO?

-Sim Mestre... – disse olhando para a Torre de Capricórnio olhando-a lutar com Sparta com suas Chakrams.

-Anham... Então, é a Han-Han né? Jesus, como você têm gosto estranho Alibaba! Vamos parar o treino por aqui!

-O que isso era pra significar? E ainda falta pro treino acabar!

-Nah, eu sei... Mas vou te dar um tempo pra pensar e chamá-la pra sair.

-Quê?

-É meu filho uma folguinha, se acalma e vai a chamar pra jantar. – disse ele se espreguiçando e olhando para a Torre de Libra

-Anham... Ou pelo menos você quer ir até a Torre de Libra, dá um pulinho lá e chamar a Maga First Kodor da Terra para dar uma saidinha. To certo?

-Alibaba...

-Sim Me-Mestre?

-SHARKKAN CHOPP! – Bateu em minha cabeça – Eu não dei permissão para você falar assim comigo moleque.

-Desculpe, Desculpe...

-Mas... – levou a mão à bochecha e a coçou um pouco enquanto virava o olhar – Isso não quer dizer que não seja verdade.

-E eu que tenho gostos estranhos.

Simples, magos odeiam espadachins e espadachins odeiam magos e ele foi amar logo uma maga First Kodor de cabelos marrons claros e olhos cinza. Valeu espertão. Ok, acho que vou aproveitar isso.

-Obrigado Mestre.

Cumprimentei-o logo depois de sair. Andava um pouco pensativo indo para a Torre ao lado olhando apenas ela, a dançar pelo ar com seus Chakram.  Encarei a minha frente novamente, tinha que pensar. Já fazia algum tempo (Três dias, quatro semanas e um mês) que eu me sentia assim sem fazer nada em relação a ela. Nesse tempo todo, a única coisa que eu consegui receber dela foi um não. Ela vem com a desculpa “Homem é tudo a mesma coisa” eu sou diferente! E eu vou prová-la.

Tá... Já sei que vou prová-la, mas com o que? Oooh meu! O que eu faço? Eu não sei o que ela gosta então o que irei dá-la? Aliás, eu vou realmente conseguir sair com ela? Se sim para aonde? São tantas perguntas.

Até que um barulho chamou minha atenção. Era o sinal, o sinal para o término dos treinos.

-É agora!

Corri o mais rápido possível até a Torre de Capricórnio. Queria chamá-la para lanchar/almoçar/dar uma boquinha depois do treino. Todos estão com fome então não tem como ela recusar! Quando cheguei ela estava caminhando junto a Spartos, segurando suas duas Chakrams vermelhas. Corei um pouco de canto, mas logo tornei a expressão séria. Encarei seus olhos marrons e provavelmente a deixei corada, coloquei minha mão para trás e estendi à direita. Suspirei novamente e falei:

-Hanima, deseja sair comigo para almoçarmos? Acredito que estás com fome, então não vejo o porquê de um “não”

-Humph... – virou o rosto corada – Não quero, não estou com fome.

-Heh... – Spartos riu baixinho

Eu estava quebrado. Minha boca caiu e eu não sabia mais o que fazer. Até que ouvimos um barulho, similar a um ronco bem alto. Olhei para o ruivo tentando encontrar respostas, mas ao ver o olhar dele percebi que ele tentava encontrar as mesmas respostas que eu queria. Subitamente, olhamos os dois para Hanima e ela estava com os olhos revirados, uma mão na barriga e a outra na boca.

-Então, discípula, não vejo o porquê negar.

Abaixei mais um pouquinho a cabeça na mesma posição que antes, ainda querendo ter meu convite aceito. Spartos empurrou-a um pouco e ela ficou bem na minha frente, devagar, posicionou a sua delicada mão na minha e eu dei um largo sorriso levantando a cabeça rapidamente.

-S-Só o almoço...

-H-Hai!

~xx~

Lá estava eu: andando com um enorme sorriso no rosto. Ela andava um pouco apressada e corada. Parecia estar realmente com fome. Avistei rapidamente onde eu queria levá-la: A Barraca do Tio Zé. Eu tinha parado em frente à barraquinha, ela havia continuado a andar e eu peguei a mão dela.

-Ei, Hanima, é aqui.

Então ela viu a barraquinha vermelha, com uma cortina escondendo o que tinha dentro. Parecia ser uma daquelas que eram pequenininhas ou vendiam churrasco feito na hora. Ela olhou para mim como se dissesse “Jura?” e eu apenas sorri em resposta. Então, peguei sua mão novamente e corando de canto abri a barraca.

Depois daquela cortina vermelha tinha um grande espaço como se fosse um pequeno túnel imbutido naquele lugar e era iluminado por velas enormes. Tinha um pequeno bar, onde lá ficava o Tio Zé cuidando de várias bebidas. As mesas eram colocadas no chão e o que seriam as “cadeiras” eram almofadas vermelhas ordenadas com a cor ouro. E em cada mesa tinha uma vela de cor diferente, a mesa que eu queria pegar era a de vela vermelha... Dizem que dá sorte. Enquanto isso, uma música dançante era ouvida. Guiei-a até a única mesa vermelha vaga rapidamente e quando nos sentamos fiquei encarando a cara maravilhada que ela fez.

-E ai, gostou? – sorri ainda mais

-U-Uau!

-Posso servi-los? – uma garçonete chegou em nosso lado, estava com as roupas típicas e douradas de uma dançarina de Sindria, até a máscara teve

-Por favor, o que a dama  pedir.

-Err... – ela revirou os olhos corada – Por favor, me dê o “Monstro Azul Especial Duplo”.

-Ok. Este prato é para os dois?

-Não. Esse é para mim.

Abri a boca surpreso e pude acreditar que por trás daquela máscara a menina também estava surpresa. Olhamos os dois para ela e ela ficou emburrada. Virou o rosto e bufou.

-Tá bom, este prato é para os dois. – deu ênfase no “é”

Sorri satisfeito e a garçonete saiu assentindo. Você deve estar se perguntando: “Qual o problema dela pedir aquele prato pra ela mesma?” Simples. O Monstro Azul Especial Duplo é um peixe-monstro azul inteiro,assado e temperado. Ainda por cima tem verduras pra tudo quanto é lado. “Só isso?” não né?! Ainda por cima você tem direito a tigelas de arroz quantas vezes você quiser. “T-Tá s-s-só isso? *começando a ser contrariado” o preço deixa você sem fome: 1,547 e sem a bebida. Que lindo não?

-Você gosta de Monstros Azuis? – tentei puxar assunto

-Sim... Desde que vim para a Sindria gostei de Monstros Azuis e eles são os monstros mais abundantes nos mares, mas... São tão deliciosos... – falou ela sonhando

Como era lindo observá-la. Seus cabelos marrons pareciam estar um pouco avermelhados por causa da vela e os olhos marrons pareciam estar ansiosos e enquanto brincava com o fogo da vela os olhos brilhavam. O nosso prato chegou por outra garçonete e esta tinha os cabelos vermelhos. Achei-a um pouco forte demais para carregar um peixe vinte vezes o seu tamanho e peso sozinha. Parecia estar soando por causa do peso, mas também parecia fazer questão. Percebi que ela estava sem máscara, mas não vi seu rosto. Fiquei encarando a bela feição de felicidade de Hanima quando viu o peixe gigante ser posto  na mesa.

-Bom apetite.

Espere...

-Morgianna?!

Levantamos os dois a cabeça e nos deparamos com uma Morgianna emburrada e corada. Ela estava bonita, sim, como uma daquelas dançarinas típicas do festival de Sindria. Acho que era essa a temática da Barraca hoje... Mas, o que Morgianna ta fazendo aqui?

-Yo Alibaba-kun!

-Alibaba-san.

Tá de brincadeira né?

-Aladdin! Hakuryuu! – falei esboçando um  sorriso surpreso mas que escondia um sentimento desapontado – Que fazem aqui?

-Aladdin! Haku!

Então virei e me deparei com Hanima abraçando Aladdin felizmente e colocando o em seu colo. Depois deu um beijo na bochecha de Hakuryuu que ficou corado de canto e sentou ao lado dela. A cabeça do Aladdin ficava LOGO entre os seios dela, e o Hakuryuu ficava LOGO encostado nela. Suspirei e esbocei um sorriso falso.

-Nem precisou esperar o convite... – falei baixinho – Então o que fazem aqui? – perguntei de novo

-Viemos visitar a Mor no trabalho dela, e estávamos sentados numa mesa com a vela azul no canto da barraquinha.

-Ahn...

-Então Mor, não quer sentar um pouco com a gente não? – Aladdin convidou – têm peixe pra todo mundo!

Aladdin pode ter ficado mais forte sim, depois que aprendeu certas coisas mas continuava a mesma criança brincalhona e feliz de sempre. Com esse pensamento esbocei um sorriso sincero e relaxei os ombros. Aqueles dois não iam sair dali mesmo, então... Por que não deixar a Morgianna sentar também?

-Isso, sente ai! – falei animado

Realmente o peixe era grande, daria pra todo mundo e tudo estava começando a ficar realmente divertido. Porém a idéia do meu encontro foi por água a baixo... Já era.  Pegando a faca comecei a cortar uma parte daquele peixe assado, assim como ela. De repente a música começou tocar. E algumas mulheres começaram a cantar, não só elas como todas sentadas. Comecei a conversar com Morgianna sobre essas festas e ela parecia bem feliz e com sua felicidade eu fiquei ainda mais feliz.

-Alibaba-kun! Mor! Olha a música tá animada não acham? Tá sim! – Aladdin subiu na mesa e todos olharam para ele, assim ele começou a cantar a música que todas estavam cantando. Virou se para Hanima e Hakuryuu e esboçou um sorriso convidativo – Vamos dançar! Vamos dançar!

Rimos muito da cara do Aladdin cantando, mas minha felicidade acabou quando eu vi um sorriso tímido de ambas as partes e a mão estendida de um dos lados.

-E-Então, Hanima quer dançar comigo?

-S-Sim... – ela aceitou corada

Eles levantaram e foram para o meio, entre as mesas e o bar, e começaram a dançar animadamente enquanto Aladdin ainda cantava. Meu sorriso esvaíra-se quando eu vi ela sorrir ao seu lado e Hakuryuu perder toda a sua timidez. Hakuryuu puxou a mais para perto e ela corou ainda mais com o ato, e eu senti meu sangue fervilhar. Estava pronto para dar umas surras no Hakuryuu, mas senti um toque singelo e simples em meu ombro:

-Tudo bem Alibaba? – vi a expressão séria de Morgianna

-Morgianna... Sim, estou bem. Vem dançar!

Peguei-a pela mão e puxei a para o meio, dançando alegremente com ela. Morgianna parecia estar corada, mas eu estava um pouco magoado, então eu iria esquecer isso com ela. Se acharem que eu ia fazer algo, pelo amor de Deus, parem de ter pensamentos poluídos. Queria dançar com ela, e se ela podia dançar com ele eu poderia muito bem dançar com ela.

~xx~

POV’S Hanima

-Haha, não sabia que dançava assim Haku! – ri

-Você acha que EU sabia? – falou ele rindo

-Não sei...

-Então nós descobrimos!

Ele me puxou mais para perto e eu corei. Pelo visto ele também corou, mas... Eu já sabia o porquê ele estava assim. Hakuryuu era... Não... Ele é um dos meus melhores amigos, e ele diferente de todos os amigos ele é aquele tipo de pessoa que é um irmão que nós podemos dar “selinhos”, ele era meu irmão mais velho e nós dois estávamos nos sentindo... Carentes...

-Haku... Não faça isso. Não sou eu quem você procura, e não é você quem eu procuro.

-D-D-Desculpe Han...

-Tá tudo bem!

O abracei e comecei a dançar uma dança lenta (que não existia na hora, porém eu queria dançar) e com movimentos para lá e para cá fui bailando o Hakuryuu, como se tivesse ninando-o em meu ombro. Dei um beijo em seu pescoço e o senti arrepiar um pouco.

Logo seus braços envolviam minha cintura e costas se juntando a minha dança.

-Tá tudo bem...

-Sim... – ele concordou

E então eu me descolei um pouco dele e comecei a tentar animá-lo de novo dançando mais solta e ele deu um riso divertido e eu sorri de volta. Mas meu sorriso desapareceu quando eu olhei para o lado...

~xx~

POV’s Alibaba

Eu estava dançando com a Morgianna, mas não tirava os olhos dos pombinhos. Via cada coisa que eles faziam, e cada vez mais sentia um aperto no coração. Até que eu não pude suportar. A vi dando um beijo no pescoço dele, e eles estavam dançando colados, repito colados como namorados. Minha vontade foi de parar de dançar com Morgianna até que senti uma forte força me puxando para baixo. Morgianna me puxou até os lábios dela me dando um rápido selo nos lábios. Ela estava corada e parecia estar um pouco alterada. Eu estava surpreendido, Morgianna se sentia assim por mim?

-Mor...gianna...

-Alibaba...eu... 

-ALIBABA NO BAKA!!

Ouvi um grito e nós dois viramos para onde a voz vinha. Cheia de lágrimas e afastada de Hakuryuu, Hanima estava gritando e provavelmente muito irritada. Saiu dali correndo, passando por tudo e por todos ( que estavam paralisados com o eco do grito). Soltei os braços de Morgianna e ia correr até seu encontro até que uma pessoa me parou:

-Alibaba... N-Não...

-Morgianna eu... Tenho que ir...

-Como se eu fosse deixar, Alibaba-san. – virei para frente e me deparei com um Hakuryuu irritado – Você acabou de fazê-la chorar, e se segui-la vai piorar as coisas!

Nesta hora eu me enfureci e me soltei das mãos de Morgianna, indo até o encontro de Hakuryuu. Olhei fundo em seus olhos e já estava pronto para dar um soco em seu rosto, mas isso não seria algo que eu faria então apertei os punhos e me dei por ter um sorriso cínico estampado no rosto.

-Ah, é? Então o namoradinho dela tem que proteger?

-Namorado?! Desde qua-

-Eu vi, ok?! Ela cora cada vez que você a toca, ela se sente diferente... Até o sorriso dela é maior! ELA TE DEU UM BEIJO NO PESCOÇO, E VOCÊS DANÇARAM AGARRADOS! O que era para eu pensar?

-Ela é minha irmã. – falou seco

-Heh?

-Ela é minha irmã. Pelo menos a considero minha irmã mais nova! Olhe, ela estava me consolando porque a pessoa que você acabou de dar um beijo não liga pra mim e acidentalmente a pessoa que você acabou de BEIJAR E DANÇAR É A PESSOA POR QUEM ESTOU APAIXONADO! Eu só estava carente, e eu ia fazer uma besteira! Por isso ela me ninou! – de repente todos pararam. Olharam todos para Hakuryuu, ele acabara de se confessar e nem percebeu... E quando o fez, virou o rosto MEGA CORADO e colocou a mão na boca -... Droga...

-Então... Ela gosta de quem?

De repente todos pararam novamente. Olharam para a cara de Alibaba com a expressão de “Sério?!”. Até Aladdin fez essa cara e colocou a mão na testa para completar sua desaprovação. O vento passou umas mil vezes e nada de alguém se mexer, até que uma pessoa resolve quebrar o silêncio.

-Alibaba-kun... Ela gosta de você... Só se faz de difícil... - foi Aladdin

-Heh...

...

...

...

-SÉEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERIO?

-Han, olhe o cara que você foi se apaixonar... –sussurrou o outro alto demais para eu ouvir. Ele começou a me empurrar – Vai atrás dela vai!

-TIO ZÉ COLOCA NA MINHA CONTA! – grite e comecei a correr em direção a ela

~xx~

Noite. As corujas já estão cantando, e a Lua cheia dá um contraste tão lindo quanto aterrorizador ao canto. Eu procurei-a em todo o lugar, mas nada de Hanima. Cansado, subi uma macieira beeeem, e quando digo bem é porque é beeeeeem grande e larga! Caberiam todos ali dentro sem ninguém ficar apertado. Subi com a ajuda da minha espada e consegui chegar ao “buraco” da árvore e quando entrei encontrei num canto uma pequena menina de cabelos marrons abraçada a seus joelhos e parecia estar descansando.

-Hanima...

Andei devagar e fui até ela, agachei um pouco e tirei o cabelo de seu olho e só assim percebi que ela estava acordada. Dei um pulo para trás e a observei levantar a cabeça lentamente e preguiçosamente. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, sinal de que tinha chorado muito. Ela tremeu um pouco e assim percebi que ela estava com frio, tirei meu casaco e coloquei em cima dela me permitindo ver suas bochechas coradas.

- Vamos conversar?

-Hum...

Ficamos por um bom tempo sem se falar. Eu tinha sentado ao seu lado e tinha uma grande distância entre nós, mas o suficiente para conversarmos. Fiquei fitando o chão e ela também. Mexia os dedos das mãos incansavelmente, até que desisti do silêncio e tomei um grande suspiro. Seja o que Deus quiser.

-Então... Você gosta de... Mim?

-Hein? C-Claro que não. – como eu pensei... Ela iria desmentir.

-Heh. Por que saiu correndo? – fitei-a

-A-Ah, n-não se importe com isso! E-E-Eu s-só estava triste q-que você interrompeu minha dança com o Haku! – ela riu nervosa e virou o rosto corado, ela tinha que inventar outra coisa né?

- Então... Por que chorou?

-Porque você estava com pessoas indesejadas ao seu lado. – comentou baixo de súbito, mas eu ouvi claramente

Sorri e toquei o pescoço dela, puxando-a para mim rapidamente. Ela tinha virado o rosto de súbito então tudo o que fiz, foi segurar o seu pescoço e beijar seus lábios. Fiquei alguns segundos na mesma posição, percebendo que ela estava um pouco assustada então comecei a me movimentar: aproximei-me mais dela levantando-a e colocando no meu colo. Eu não tirava nem os lábios nem a mão da nuca dela. Ia dando o beijo e entrosando mais com ela, e me surpreendi quando senti suas mãos macias começarem a massagear meus cabelos e ela começar a corresponder o beijo. Sorri sarcasticamente e comecei invadir sua boca com a minha língua sem permissão. Comecei a massagear a nuca sentindo um arrepio subir as costas dela. Explorei cada canto de sua boca enquanto ouvia seus gemidos por causa da massagem. Logo o ar já se fazia rarefeito e tivemos que separar os lábios.

E só um fio de saliva separava nossos lábios.

-Alibaba... –ouvi a sussurrar cortando o fio de saliva

-Acho que eu te amo, Hanima.

-E-E-Eu também e amo!

-Você... Gosta de mordidas? – perguntei sarcástico

-M-M-Mordidas?

-Sim... – fui até seu lábio e mordi-o puxando para mais perto do meu lábio para dar lhe outro beijo e dessa vez com mordidas, porém...

-HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY, POMBINHOS!

Pombinhos?! Só então vimos em que posição estávamos. Parecíamos que íamos fazer alguma coisa indecente (não é como se eu não quisesse...) e eu estava devorando-a com os olhos. Ela era tão perfeita e estava tão frágil agora que nem parecia ela. Olhamos um pouco para baixo da árvore e avistamos Sinbad e os outros ali em baixo. Coramos ao percebemos o sorriso brincalhão de Sinbad.

-DEPOIS NÓS ARRUMAMOS UM QUARTO PRA VOCÊS, DESCEM LOGO JÁ TÁ TARDE!

-QUARTO?!

Hanima pulou do tronco e aterrissou no chão e eu fiz o mesmo, só que eu me estabaquei no chão. Quando levantei Sinbad veio me parabenizar com um sorriso de aprovação, e Hakuryuu estava agarrando Hanima dramático perguntando se eu tinha roubado a “inocência” dela. Fomos então caminhando até o palácio de Sindria e Aladdin dormia no colo de Hanima. Estávamos apenas nós três caminhando lentamente, num silêncio profundo e as estrelas nos abençoando.

-Ne~ Alibaba.

-Sim?

-Eu gosto...

-De que?

-De mordidas.

Ela virou o rosto corada e eu dei um sorriso vitorioso. Dei um beijinho em seu rosto e continuei a caminhar. Ela ainda caminhava com o meu casaco, e parecíamos Mãe, Pai e Filho. Humph... Bem que poderia ser assim. Agora tenho mais uma missão, protegê-la e me tornar mais forte. Eu a amo tanto, que vou me tornar forte por ela e para ela. Vou conseguir você vai ver Cassim. Vou fazer dela a mulher mais feliz do mundo!

Tenho certeza que o nosso amor será abençoado pelos Rukhs...