Ninguém falava nada, a Renata olhava com um olhar de desaprovação para a Rafaela e pro Daniel. Será que?.... Não, que isso Camila ele não faria isso.

[...]

Ainda sem nenhuma palavra e a droga da comida não chegava.

– Então... ninguém vai falar nada? - perguntei e demoraram um pouco para responder.

– Acho que ninguém tá com animo para isso - a Viviane falou, olhando com o mesmo olhar da Renata para o Daniel.

– O que aconteceu para não terem animo?

–Nada não... - a Rafaela falou lixando a unha de seu dedão.

– Ai tem coisa. - pensei.

A comida chegou viva!

Começamos a comer... nenhuma palavra. MANO, O QUE ACONTECEU COM ESSAS PESSOAS.

[...]

Terminamos de comer e voltamos para o nossos apartamentos.

Entrei no meu quarto e peguei o celular, entrei no Facebook e vi na telinha lá:

'' 15 solicitações de amizade ''

Aceitei todas, e recebi uma mensagem. Número desconhecido.

~ Modo mensagens on ~

'' Então dona Camila, está desconfiando de alguma coisa? ''

'' Quem é você? ''

'' Alguém que só quer o seu bem ''

'' Se você quer o meu bem me fale quem você é ''

'' Com o tempo, você irá saber até lá a única coisa que eu posso te dizer é que sua confiança em um certo alguém vai acabar ;) Logo logo manterei contato beijinhos :* ''

'' PORRA! QUEM É VOCÊ? ''

~ Modo mensagem off ~

O Ser infeliz não me respondeu mais. Dei de ombros e peguei uma revista que eu troce.

[...]

Acho que algumas horas se passaram, olhei no celular, já era 12:43.

'' Do do do do do do'' meu celular está tocando... '' Do do do do do do '' Cade o meu celular?! '' Do do do do do do '' ...PORRA! MEU CELULAR, ONDE ELE ESTÁ? '' Today I'm laughing the clouds away ''

(N/a: Love is easy - McFly. )

Finalmente o achei no chão.

– Como você veio parar ai? - pensei alto. Atendi o celular.

~ Ligação on ~

– Alô? - perguntei.

– Oi, Ca é a Re, tem como você vir aqui? É importante.

– Claro, já estou indo.

~ Ligação off ~

Me levantei da cama e fui até o quarto da Re, nem escostei na porta e a Re já abriu ela.

– O que aconteceu? - perguntei.

– Então, sabe o Daniel... ele - o meu celular tocou.

– Só um minuto - peguei o celular. Olhei no visor era o Daniel. - Falando nele, olha quem ligou. - sorri.

– Não a... - atendi o telefone.

~ Ligação on ~

– Oi Dan

– Oi Ca, tava te procurando aqui no apartamento, não te achei... queria saber vamos almoçar fora?

– Claro. Que horas?

– Agora.

– Tá, vou me trocar.Beijos.

– Beijos Ca.

~ Ligação off ~

– O que ele queria? - a Renata perguntou.

– Almoçar fora, depois se me conta Re, vou me trocar... Tchau. - Nem dei tempo dela responder e entrei no meu apartamento.

Peguei uma calça preta colada, uma camiseta regata branca, uma blusa bege. Havia esfriado. Peguei um salto bege para combinar com a blusa, Fiz um coque lateral, passei um batom vermelho na boca e fiz um olho preto. Peguei uns acessórios e uma bolsa. Saio do meu quarto, e o Daniel já estava pronto. Estava um gato.

– Vamos? - ele perguntou sorrindo.

– Claro.

Ele entrelaçou nossos dedos e saímos do apartamento. Pegamos um táxi e ele me levou em um restaurante meio longe.

Fizemos nosso pedido. Eu e o Daniel ficamos trocando caricias. O telefone do Daniel tocou e ele o atendeu.

– É... Camila... é para você. - Tipo asim... o que?

Meu celular devia ter acabado a bateria.

Peguei o telefone.

~ Ligação on ~

– Alô? - perguntei.

– ANTES QUE VOCÊ ME IGNORE ., FIQUE SABENDO QUE SEU. BEIJOU.- era a Renata. Ela gritava. e a ligação estava ruim.

– O QUE? RENATA, NÃO ESTOU ENTENDENDO NADA!

– O. BEIJOU.! GAROTA! NÃO FAÇA NADA. NÃO MEXA UM. EU ESTOU INDO PARA. - ela desligou.

~ Ligação off ~

– Ela queria o que? - perguntou.

– Não entendi, a ligação cortava. - falei.

– Atá... Ca, preciso te contar uma coisa. Se eu não te falar, vai pensar que eu estou mentindo. - ele me olhou nos olhos. E segurou as minhas mãos. - A... - ele foi interrompido por um grito.

– NÃO ENCOSTE NELA! - olhei e vi a Renata correndo até nós. - COVARDE, JÁ NÃO BASTA TRAIR ELA AINDA TEM QUE MENTIR QUE A AMA! IDIOTA - ela deu um tapa no rosto dele.

– PARA RENATA! VOCÊ VAI MACHUCA-LO! - gritei.

– É PARA MACHUCAR. ESSE IDIOTA TE TRAIU, ELE BEIJOU A RAFAELA!

Meu mundo caiu, uma das unicas pessoas nesse mundo que eu pensei que nunca irei trair a minha confiança. Confio na Renata, ela é minha amiga.

– ELE O QUE? - o fuzilei com o olhar.

– Ca, eu juro, foi ela que me beijou!

– Tinha certeza que você era o garoto que eu pretendia passar toda minha vida ao meu lado. - meus olhos se encheram de água. - VOCÊ É UM IDIOTA.

Me levantei e fui até a porta, ele correu e me segurou pelo braço.

– ME SOLTA! - meus olhos estavam se afundando em lágrimas.

– Só meu ouve Ca, por favor.

– NÃO. NÃO QUERO OUVIR VOCÊ NEM NINGUÉM!

– Eu sou seu namorado! Confia em mim.

– ERA, VOCÊ ERA MEU NAMORADO.

Sai do restaurante, todos deviam estar olhando. Que se foda.

O Tempo estava escuro. Chamei um taxi.

– MAIS QUE DROGA, NÃO TEM NENHUM TÁXI AQUI DISPONIVEL? - gritei.

Um táxi chegou e eu entrei nele.

[...]

Continuei andando, já faz umas duas horas que estou andando. Por que ele foi inventar em um restaurante no fim do mundo ? Que drogas!

Vocês devem estar pensando... a Camila não pegou um táxi? Eu peguei, mais depois que falei que estava sem dinheiro o cara lá me enxotou do táxi, mesmo eu falando que ia pagar quando chegasse no hotel.

Continuei andando... Que coisa pior pode acontecer? Chover?

Senti um pingo cair em meu rosto.

– Eu e minha boca grande. - falei.

Começou a chover, uma chuva não muito forte e nem muito fraca, estava gelada a água que caia em mim.

Continuei andando... Lembrei de meu celular, fucei toda a minha bolsa, e finalmente o achei. Estava sem bateria, merda.

– O que mais pode acontecer? - falei brava,

– Ei vadia quanto é a hora? - um retardado perguntou, ele estava em uma BMW preta, linda. E seus amigos gays riam.

– O mesmo que a sua mãe cobra. - falei.

Os amigos deles fizeram UUUH.

– Ninguém fala assim comigo - ele falou e pisou fundo. Caiu lama em cima de mim.

– FILHO DE UMA PUTA! - gritei - VAI SE FUDER! - mostrei-lhe o dedo do meio.

Continuei andando, estava com frio, fome, sede, sono.

– O que mais pode piorar?

Tropeço em algo e meu salto quebra.

– NUNCA MAIS DIGO O QUE PODE PIORAR.! - gritei - O MUNDO ESTÁ CONTRA MIM, SÓ PODE.

A chuva continuava, dessa vez mais forte.

– Agora vou ter que chegar no hotel, suja, com raiva e descalça.

Continuei andando...

[...]

– FINALMETE! - gritei ao avistar o hotel - OBRIGADA DEUS, PELO MENOS ISSO VOCÊ ME AJUDOU.

Entrei no hotel e os olhos se voltaram a mim, a recepcionista, dessa vez uma diferente correu até mim com uma toalha.

– Senhorita Mercedes! - ela falou me cobrindo. - O que aconteceu?

– Tudo. - falei seca. Ela não merecia que eu a trate assim - Desculpa, é só que... - meus olhos se encheram novamente - ... hoje não é um dia muito bom.

– Precisa de alguma coisa? um lencinho? qual quer coisa pode pedir. - ela sorriu fraco.

Ela devia ter uns 18, 19 anos. Era bem nova.

– Um abraço? - ela falou e sorriu.

– Aceito. - falei e sorri.

Ela me abraçou, estava precisando disso.

– Ah, eu te sujei toda. - falei.

– Não tem problema, acontece.

Sorri.

– Me chamo Camila.

– Prazer, me chamo Mary. - ela tinha um sotaque. Um sotaque americado.

– Você não é daqui.

– Não, sou de Atlanta... Estados Unidos.

– Ah... então... melhor eu tomar um banho, obrigada! Agente se vê por ai... Mary - ela sorriu e eu sorri de volta. - Tchau - acenei.

– Tchau - ela sorriu e acenou de volta.

Entrei no elevador e fui até a porta do meu apartamento. Pensei bem antes de abrir. Não estava afim de ver a cara do Daniel...

Fui até o apartamento da Re, bati na porta. A Viviane a abriu.

– Oi Ca... - ela me olhou bem - O QUE ACONTECEU? VOCÊ ESTÁ... - Ela parou e pensou um pouco - A Renata contou não é?

– É. -abaixei minah cabeça - Vi, você é minha amiga não é?

– Claro.

– Você se importa de ir no meu quarto e pegar minhas coisas?

– Claro, mais por que?

– Não quero olhar para a cara do Daniel.

– Você vai dormir aonde?

– Não sei, em outro quarto.

– Dormi com agente!

– Não quero encomodar.

– Que isso.

– Ok, se pega lá para mim?

– Claro, vou lá pegar. Se o Daniel não estiver lá eu te chamo.

– Ok.

Ela foi até o meu apartamento e abriu a porta.

Viviane's Pov

Não acredito que o Daniel estava beijando a Rafaela! Mais que filho de uma mãe. A Camila enfrentou altos e baixos para conseguir ter um pouco de sucego e esse idiota vai tertar estragar.

~ Flashback on ~

O pessoal tava dormindo, ai a Rafaela fala:

– Vamos nos separar em quartos. O Daniel fica com a Camila no da Ca e você e a Re dormem no meu. Eu durmo com o Alex - ela sorriu maliciosamente - E o Gabriel e o Beto dormem no do Alex.

– Beleza - falei.

Nos ajeitamos nos quartos e fomos dormir.

Dia seguinte -

Acordei com a Renata me chamando.

– VIVIANE! ACORDA VADIA! - ela gritava em meu ouvido

– Que foi?

– Preciso que você vá comigo até a cozinha.

– Pra ?

– Pegar água, não quero ir sozinha! - ela fez um bico.

– Tá.

Fomos até a sala e vimos a Rafaela encostada na parede e o Daniel a encarando. A Rafaela pegou no pescoço do Daniel e eles se beijaram.

Eu e a Renata ficamos olhando. O Daniel não a empurrou.

Puxei ela de volta ao quarto.

Ficamos nos encarando, até que batem na porta.

Abri e era o Beto.

– Bom dia flores do dia. - awt, que fofo - Então, vamos tomar café?

– Primeiro babado, depois café. - falei.

– O QUE ACONTECEU? Me conta TUDO.

Contamos o que aconteceu.

– O QUE??????????? TIPO ASSIM, O QUE?

– É, Eu tenho que contar para a Camila. - a Renata falou.

– Não! E se foi a Rafaela que beijou ele? Deixa o Daniel falar, se ele foi beijado ele vai falar para Camila, até lá. Nem um piu

– Ok. - ela falou decepsionada.

Voltamos para a sala.

– Ei, vamos comer no hotel? - o Daniel falou.

– Claro. - falei seca.

– Vão se trocar então.

~ Flashback off ~

Entrei no apartamento, estava vazio.

– Vem - chamei a Camila ela veio.

Entramos em seu quarto e começamos a arrumar as coisas dela. Ela colocou seu celular no carregador e o ligou.

– Nossa, 5 chamadas perdidas, da Márcia. - ela falou.

Camila's Pov.

5 chamadas perdidas, nossa.

Liguei para a Márcia.

~ Ligação on ~

– Alô? - ela falou.

– Oi Márcia, é a Camila.

– Ai! Graças a Deus você ligou. Estava preocupada - sua voz tremia ao falar, devia estar chorando.

– Você tava chorando? - perguntei.

– É que... Ca, tem como você voltar para São Paulo antes? - ela perguntou. Olhei para a Viviane.

– Acho que sim, mais por que?

– Quando você voltar... - ela começou a chorar - você... saberá... - ela desligou.

~ Ligação off ~

– O que aconteceu? - a Viviane perguntou.

– Vou voltar para São Paulo.

– POR QUE?

– Não sei, a Márcia parecia triste, estava chorando. Deve ser importante. - abaixei minha cabeça - está decidido, vou voltar para São Paulo.

– Tem certeza?

– Absoluta.