Descendentes E Seus Ancestrais escrita por Kida Okumura


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas! Tudo bem com vocês? Obrigada por acompanharem a fic! Fico muito feliz que alguém leia e goste do que eu escrevo. Agradeço a vocês, que me inspiram mais que tudo! Bjos, Kida!



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O cheiro de água e poluição adentrou as narinas de Elisa, fazendo-a fechá-las. Carregadores iam e vinham com sacos enormes no ombros, fazendo seus trabalhos e deixando o cais movimentado.

- O nosso navio está logo ali na frente. - disse Sebastian. De longe, podia-se contemplar-se as enormes velas brancas, o casco feito de pinho e a palavra que define a vida de Ciel e Elisa: "Vingança".

- É perfeito, Sebastian. - disse Elisa.

- Incrivelmente...grande... - Chad estava abobalhado com o tamanho do navio.

Ao chegarem perto da rampa de embarque, dois homens, um loiro e outro moreno, e uma mulher ruiva estavam parados ao lado da rampa. Apesar da época, a mulher vestia uma calça de couro marrom, colete, botas e uma blusa branca por baixo do colete.

- Sejam bem-vindos, capitães. - a mulher se dirigiu à Elisa e Ciel. Lise, como sabia o caminho, ia ficar na cabine do capitão, enquanto Ciel apenas ia apreciar a paisagem. - Meu nome é Anne e sou a cozinheira.

- Meu nome é James. - disse o loiro - Sou o primeiro intendente.

- E eu sou Carlos. Sou um simples marujo.

- Prazer em conhecê-los. - disse Ciel.

- Eles são demônios amigos meus, que navegam há muito tempo. - disse Tommy.

- Então, vamos logo começar a nossa viagem. - disse Elisa. Todos estavam muito empolgados por estarem vivenciando uma experiência única em suas vidas.

O dia passou rápido e a noite chegou, fria e sombria. O jantar estava sendo servido na sala de jantar do navio. Sebastian explicou para eles o porque da viagem. Os três navegantes ficaram felizes por eles não serem piratas.

- P-piratas?! - indagaram as Triplets, tremendo.

- Sim. Com certeza são o pior tipo de seres humanos que existem... - disse James.

- Eu gostaria de ser uma pirata. - disse Elisa. - Se aventurando por aí, fazendo o que bem entende.

- Mas eles são vistos com maus olhos pela sociedade. - Chad disse com a boca cheia de frango.

- Eu não ligo para a opinião da sociedade... - disse Elisa limpando a boca.

- Existe um grupo de piratas que abrange uma tripulação enorme e três navios. Seus nomes não podem ser pronunciados. É como se eles escutassem toda vez que uma pessoa fala e eles vão atrás dessa pessoa.

- É apenas uma lenda, Carlos. - disse James.

- Não. Eu já os vi com meus próprios olhos. - disse Carlos.

- E como eles se chamam? - perguntou Elisa. Carlos pegou um pedaço de carvão e um pedaço da blusa e escreveu o nome do grupo que abrangia os piratas mais sinistros do mar. "Fúria dos mares" estava escrito. Chad não achou o nome muito assustador.

- Todos os descrentes que pronunciaram esse nome foram os últimos a morrerem de toda a tripulação dos navios afundados. Dizem, também, que se você mergulhar no mar onde os navios foram afundados, você pode escutar os gritos de horror da tripulação que morreu. - continuou Carlos.

- Com certeza é de arrepiar. Mas, - disse Ciel - nós somos piores que eles. - todos assentiram, concordando com a afirmação realista de  Ciel.

Após o jantar, todos foram dormir. Mas Ciel e Elisa não ficaram no mesmo quarto e ambos não conseguiam dormir. Quando Ciel saiu para respirar o ar noturno, Elisa já estava ali fazia tempo, apreciando a beleza das estrelas no céu.

- Não consegue dormir? - perguntou Ciel.

- Não. Toda vez que penso nesta viagem, lembro que é uma corrida contra o tempo. Ou eu pego a bola, ou ela pega. A que pegra deve matar a outra. - Elisa parecia triste - Ela tinha me prometido que nunca ia procurar pela bola e eu prometi a mesma coisa à ela. Acho que ela também cruzou os dedos na hora da promessa... - os dois riram suavemente.

- Minha mãe sempre dizia que seu caminho está traçado nas estrelas. - disse Ciel depois de um tempo. - Mas eu descobri que quem traça o seu caminho é você mesmo. - Elisa entendeu o que Ciel quis dizer. Ele disse que ela podia pegar a bola. Ou melhor, que ela conseguiria pegar.

- Eu vou descansar. - disse ela por fim. Ciel ficou revisando cada passo que ele deu no caminho que trilhou para si mesmo, não se arrependendo de nada no caminho.

Três semanas se passaram e nada da bola aparecer. Todos estavam entediados, sem nada para fazer. Peter e Jen jogavam xadrez em um canto, as Triplets faziam tranças uma no cabelo da outra em outro canto e Chad estava tentando pegar uma cor, sem muito sucesso, ficando exposto ao sol.

- Ah, cara! Como eu queria que aquele grupo de piratas estivesse aqui se fossem de verdade... Como era o nome deles? Fúria dos mares? - disse Chad. Elisa o encarou. Ele lhe deu uma piscadela que a deixou corada.

Exatamente vinte minutos depois, James grita:

- Navios à vista!

Elisa e os outros correram para a borda do navio, afim de ver os navios. Eram três enormes navios, dispostos de modo que o do meio ficasse um pouco mais à frente. E se aproximavam numa velocidade excepcional, com a bandeira que indicava "piratas" no topo de um mastro. As velas totalmente negras.

- Seus amiguinhos chegaram, Chad.


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