Skyfall escrita por Fitten


Capítulo 30
Capítulo 31 - O desaparecimento de Alice


Notas iniciais do capítulo

Hey meninas, então eu vim em paz, com bandeira branca! Não joguem pedras em mim... Então gostaria de agradecer a paciência comigo enquanto eu estava viajando estou atualizando todas as fics, espero que vocês gostem dos novos capítulos e que acompanhem a nova história (Essência do Amor) eu amaria... Bem, também quero agradecer as 5 recomendações! Vocês são incríveis, obrigado.



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Não posso ficar com você, não do jeito que você quer. Nada do que me mostrar ou me dizer vai mudar isso. Desculpe.

Eu jamais imaginaria que dizer essas palavras fosse me custar isso, essa rachadura dolorida, essa auto decepção, como se alguma coisa em meu peito esperasse mais de mim. Eu os decepcionei, e agora ambos emudeciam diante das palavras duras que eu obrigava minha voz sustentar, fingindo acreditar realmente nelas, fingindo ser forte o suficiente para suportar a dor dele e a minha própria. Com medo de me atolar ainda mais nesse lamaceiro profundo que era ele, com medo de conhecer as coisas que ele queria me mostrar, com medo de saber a verdade sobre ele e acabar descobrindo a verdade sobre mim. Como isso foi acontecer? Em que momento eu deixei de vê-lo como um inimigo e passei a enxergá-lo dessa forma que o vejo agora, no momento mais louco e inoportuno da minha vida, nas condições em que eu estava; prisioneira, com a corda no pescoço, poderia eu ter pedido algo mais insano?

Bem, havia algo bem insano na verdade, o motivo pelo qual eu sentia-me cada vez mais tensa quando pensava em Alec, o maior dos meus motivos, um motivo que eu já não via há meses...Jacob Black.

Eu deveria dizer a Alec, eu precisava, mas a idéia de magoá-lo...

Talvez eu fosse covarde o bastante para não querer cravar a estaca até o fim, sabendo que dessa forma eu abriria mão dele para sempre. Mas não era essa a coisa certa a se fazer? Eu não deveria dizer à Alec de uma vez o por quê eu não poderia dar a ele o benefício da dúvida? A razão por traz desse medo de chegar mais perto, o mesmo medo que me dizia que, na melhor das hipóteses, eu iria embora, voltaria para casa, para minha família, voltaria para Jake. Na pior das hipóteses, eu morreria aqui, e não veria o final dessa história, da minha curta e estranha história. Em ambas as opções, Alec não estava incluído, e ele merecia saber disso, só que eu não tinha coragem de dizer. Talvez por quê, lá no fundo, eu estivesse reservando um lugar para ele, um lugar que, inevitavelmente abriria um novo buraco em mim. Eu ainda não sabia em que parte Alec se encaixava em minha vida, ele era para mim uma peça em contraste contínuo com tudo que acredito, com a vida que levo. As diferenças gritavam, mas alguma coisa nele conseguia me tocar, alguma coisa muito além daqueles olhos vermelhos e daquela expressão rígida.

Agora, olhando para o perfil rígido e ligeiramente desconcertado dele, eu não conseguia encontrar minhas forças para dizer o meu adeus definitivo, não conseguia obrigar minhas pernas a se moverem na escuridão e deixá-lo bem ali, no ponto onde eu também deixaria uma parte minha. De qualquer forma, sentindo-me um lixo desprezível ou não, eu percebi meu corpo se afastando dele, como um ratinho covarde se esgueirando para longe do perigo.

Eu disse adeus, e eu não estava só brincando. Na verdade havia algo em minha cabeça há algum tempo, algo que veio como uma centelha e logo se espalhou pela palha seca de minha mente. Eram idéias meio caóticas, algo que eu queria ter dividido com Willian, mas o tempo estava correndo de uma forma traiçoeira para mim, e eu não podia mais ficar aqui esperando que os “adultos” decidissem meu futuro. Eu iria até Aro hoje e diria a ele que eu estava partindo. Se ele queria me matar, teria que fazer isso logo, eu estava cansada de jogos, eu precisava arriscar um tiro no escuro. Talvez ele acertasse Alice, talvez algo bom acontecesse afinal de contas. Bem, eu duvidava...

– Eu não tenho muitas coisas para lhe dizer. Tenho ainda menos coisas boas das quais eu me orgulhe o suficiente para dividir com você. Trezentos anos não me deram experiências suficientemente proveitáveis, algo de que eu realmente precise ou utilize na vida que levo. Na verdade as coisas mais importantes que aprendi em minha vida, foram aprendidas enquanto estive ao seu lado. Coisas que não me foram ditas, coisas que nem ao menos tive tempo de pôr em prática, de provar ou sequer entender de fato. Eu vi você um belo dia e de repende eu sabia de muitas coisas, muitas delas inconscientemente. Mas eu sei que sei, sei por quê sinto, e sei que isso é novo por que nunca esteve aqui. – Por quê ele continuava? Por quê eu ainda estava ali, hesitando em deixá-lo para traz? Na minha mente tudo se misturava até o ponto de virar uma coisa só, uma coisa grande e sem forma que paralisava meu discernimento e me fazia mergulhar num vazio completo. Eu o ouvia de costas, a meio passo de uma escolha sem volta. Eu temia encará-lo, eu temia encarar meu medo nos olhos. - Eu sei como vai terminar para mim, e eu estou bem com isso. Eu só queria que você soubesse, que quando eu me imagino feliz... É com você.

Terminar. Como iria terminar para nós? Após tantas voltas e contornos envolta de um ponto único e invisível, aonde nós iríamos parar? Me virei para ele, fazendo mais uma volta ao redor das coisas que eu julgava importantes para mim, e eu sabia agora, Alec era uma delas.

Mas eu não sabia ao certo o que isso significava agora, não sabia o que fazer com esse sentimento novo e desconhecido, por quê ele não anulava o sentimento mais antigo que eu cultivava dentro de mim, aquele que me chamava pelo nome e me despertava memórias nítidas de um tempo em que tudo era mais simples. Jake estava lá, e sempre estará olhando por mim, esperando por mim, mas Alec estava aqui, agora, e para onde quer que meus passos me guiassem desse momento em diante, ele estaria também em alguma parte de mim.

Poderia um coração ser dividido em partes? Poderia ele suportar essa separação? Eu não sabia o que esperar dessa nova conclusão, sabia apenas que não poderia mais evitá-la, que tempo em que eu talvez pudesse ter feito algo para impedir essa tormenta, havia ficado para trás há muito. Alec via isso em meus olhos, eu mesma podia senti-los faiscando como lanternas em brasa, e ele devolvia esse brilho com uma força que me alcançava mesmo longe, uma força que me buscava aonde quer que eu fosse ou pretendesse ir.

Formou-se um casulo entre nós, uma delicada membrana invisível que nos envolveu dentro de nossos próprios sentimentos confusos. Formou-se e se rompeu logo, tão rápido que perdi o momento certo do fim. Meus ouvidos aguçaram-se, pressentindo o que minha mente ainda custava a entender e assimilar. Haviam passos ecoando nos corredores acima de nós e além, nas paredes de pedra. Vinham sutis e silenciosos de todos os lados, um zumbido cadenciado que somente nossa espécie era capaz de produzir quando se movia rapidamente. Uma movimentação atípica para a quietude cerimonial do castelo Volturi. Alec ainda não percebera, e por um momento eu pensei estar ouvindo coisas. Parei. Ouvi melhor, estendendo meus sentidos para além da escuridão que nos envolvia. Os ecos chegavam cada vez mais nítidos, mas só quando as paredes começaram a vibrar com a massa que se deslocava por todo castelo, eu percebi o que estava acontecendo. Prendi a respiração e sem deslocar meus olhos do rosto imóvel de Alec, eu ouvi o eco longínquo reverberando pelas paredes de pedra. Aro estava falando com a guarda. Estava enlouquecido, o tom de seus gritos arrepiaram os cabelos de minha nuca. “Eu a quero aqui... Tragam-me a maldita mestiça aqui”

Ele repetia trovejando, e em cada pulsar barulhento do meu coração, eu podia sentir sua ordem sendo cumprida. Retesei meu corpo, por um reflexo involuntário minha mandíbula se trancou, minha postura alterou-se quase imperceptivelmente, quando dei por mim, eu já os esperava ansiosamente.

Foi bem rápido, e para dizer a verdade, lutar foi apenas uma questão de honra, de não ser levada tão facilmente aos caprichos de Aro. Eles eram muitos e vieram de toda parte, brotavam das sombras como ratos, eram rápidos e silenciosos. Alec não me deixou fazer muito, mas mesmo com os poderes dele, desviar e deter era quase tão difícil quando numa luta normal. Alec sabia tão bem quanto eu do que se tratava tudo aquilo, e acho que ele estava mais ansioso por uma briga que o próprio Willian. É claro que nós estávamos apreensivos com a exaltação exagerada de Aro, ele era bem teatral na maior parte das vezes e quase nunca abria mão daquela imagem ponderada e complacente.

Algo muito grave deveria ter acontecido para tê-lo deixado naquele estado, e tudo indicava que ele me julgava a culpada por seja lá o que houvesse o aborrecido. Quando finalmente nos rendemos, concordando num uníssono silencioso que já era hora de ceder, Alec e eu fomos levados até a sala do trono, escoltados por nada mais nada menos que vinte Volturis muito zangados. Os que não tiveram seus braços e pernas arrancados, foram ao encontro de Aro para anunciar nossa “captura”.

– Senhor, eles estavam escapando pelo corredor da ala sul, nos atacaram quando nós

os cercamos. – Explicou um dos guardas. Os outros se dispersaram pelo salão, postando-se em cada acesso direto e indireto do saguão principal com o resto do castelo.

– Nós não estávamos fugindo coisa nenhuma, estávamos...

– Eu quis levá-la até meus aposentos Aro, queria mostrar a ela as coisas de minha

família. – Disse Alec, me interrompendo num tom tão educado que me fez desistir de repreendê-lo. À nossa frente, tão carrancudo quanto jamais o vira, estava Aro. As mãos unidas sobre o queixo, os olhos leitosos fixos em mim. Numa raiva efervescente, Jane me fitava por sobre o ombro esquerdo de Aro, Marcus observava com seu olhar lânguido e distante a cena, enquanto Caius esticava-se de excitação em seu trono. Num plano de menos destaque, eu pude observar a figura discreta de Demetri pairando ao lado direito de Aro, o lugar que Alec ocupava até então. O silêncio preencheu o espaço por um momento, tornando a atmosfera pesada, a tensão emanava de todos. Eu esperei, sustentando firmemente o olhar perscrutador de Aro. Eu podia ver, ele ponderava, ruminava sozinho em sua mente. Olhar nos olhos dele era como olhar um poço sem fundo, ás vezes podia-se ver alguma sujeira boiando. Uma cobra peçonhenta apreciando a presa, armando o bote, articulando...

– Onde está ela? – Disse Aro. As palavras saíram tão pesadas quanto lanças de ferro fundido, ele queria que elas me atravessassem. Eu sabia que não era uma pergunta retórica, apesar do tom brando que ele usou, eu podia entender a ameaça intrínseca nas palavras.

– Eu não sei do que você está falando.

– Onde está ela? – Ele insistiu, ignorando minha resposta, a voz inalterada.

– Eu não...

– Pela última vez, onde está ela? - O tom metálico da voz de Aro subiu uma oitava, seus olhos ardiam. Eu respirei mais fundo, mais rápido, confusa e apreensiva.

– Eu. Não. Sei. Do quê. Você está falando! - Falei, pausando minhas palavras para que elas fossem ouvidas. Aro estreitou os olhos, a face macilenta se moldando sobre seu crânio ossudo.

– Vai me dizer o que eu quero. Por bem ou por mal. - Ele ameaçou. - Agora, novamente. Onde está ela?

– EU NÃO SEI DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO! – Gritei

– Jane... – Trovejou Aro, uma expressão ensandecida tomando seu rosto.

Foi rápido o bastante para me deixar zonza. Foi rápido o bastante para me desorientar, mas mesmo assim eu pude perceber várias coisas.

– Não, não, pare com isso, ela não sabe de nada. Pare! – Eu ouvia Alec gritando, eu via os guardas tentando contê-lo. Eu via Aro balbuciando a mesma pergunta ininteligível, e via Jane fixando seu olhar excruciante em mim. Caius observava com prazer eu me debruçar no chão, em espasmos violentos. Aro gritava, embora eu não pudesse ouvi-lo, eu li em seus lábios um nome se formando e se repetindo de novo e de novo, como uma maldição jogada diretamente a mim. Alice, gritava ele, emudecendo logo após num sussurro distante do fogo que me consumia.

Meu corpo queimava, e aos poucos, gradualmente, fosse pela dor ou pela inconsciência que se aproximava, eu senti meus ouvidos emudecerem por completo, minha visão tornar-se turva, e um leve torpor tomar conta do meu corpo. Eu conhecia essa sensação, esse torpor envolvente e frio, e o recebi com prazer. Eu sabia que era Alec, me envolvendo em sua inércia, o antídoto de Jane, o único em todo mundo, mortal e imortal, capaz de conter a fúria torturante que ela exalava dos olhos. De costas no chão frio, eu senti meu corpo se aquietando nas ondas entorpecentes de Alec, e quanto mais fundo eu mergulhava no breu, mais eu me distanciava da realidade, do caos que se instalava a minha volta. Meus olhos fecharam-se sem que minhas pálpebras se movessem, e em meu último relance, eu vi caindo como uma gota em um oceano negro e imóvel, um objeto solitário que escorregou de meu dedo indicador. Retorcido e embaçado, o anel que sempre fora grande demais para meus dedos pequenos rolou pelo chão de mármore.

Uma jóia sem nenhum valor financeiro, tosca e de aparência humilde, mas que significava para mim algo muito maior e mais valioso do que a pequena pedra irregular daquela jóia.

Significava lar. Tentei, as pressas, me lembrar de como era meu lar, mas a escuridão me engoliu completamente e eu perdi o fio daquele pensamento quente e acolhedor.

Naquela hora, eu imaginava o que estaria acontecendo fora da escuridão que me aprisionava em minha própria mente. Imaginava quanto tempo já havia decorrido, mas a desorientação de não sentir absolutamente nada era maior que minha imaginação, e eu, mesmo tentando, já não sabia se estava inconsciente ou desperta. Tentei encontrar minha voz, tentei formular um nome, uma palavra qualquer, mas pronunciar três sílabas simples - A-le-c - parecia-me impossível. Eu esperei então, como uma criança sentada no escuro, eu esperei que tudo terminasse, sempre procurando a centelha por onde entraria o primeiro sinal de vida dentro do espaço oco em que eu estava. Mas a centelha que eu esperava simplesmente explodiu de uma só vez, e quando dei por mim, eu estava sentada no chão, as costas contra a parede, o peito arfante e os olhos ardentes.

– O quê...? - Comecei a balbuciar, mas uma mão fria e grande tapou minha boca. Olhei para cima, onde encontrei um Willian tenso e ansioso.

– Shhh, fique quieta agora. - Ele olhou para traz, e a princípio eu não percebi que ele falava com alguém. Prestei atenção, olhando por sobre o ombro dele. - Tem certeza que é seguro?

– Não! Talvez... - Respondeu Alec, a voz tensa e concentrada.

– Que merda Alec. Sim ou não? - Retorquiu Willian impaciente.

– Eu não sei, está um caos lá embaixo. - Alec olhou para traz, encontrando meus olhos presos nele. Willian percebeu que ainda tapava minha boca, e com um movimento rápido ele colocou-se em pé, analisando-me com uma cautela exagerada. Percebi então que Alec o imitava, e após um minuto sendo encarada daquela forma constrangedora, eu perguntei:

– Mas que diabos está acontecendo? - Me coloquei em pé num pulo, agradecendo silenciosamente o retorno de meus sentidos aguçados e de minha agilidade que foi momentaneamente comprometida por Alec. Olhei em volta, percebendo aos poucos a mudança de cenário que me fugiu aos olhos no primeiro momento. O salão amplo e bem iluminado havia sumido, os tronos, os guardas, Aro, Jane, tudo... Estávamos agora numa ante sala semicircular mal iluminada e completamente vazia. A tapeçaria estendia-se sob nós desenhando círculos irregulares, havia apenas uma porta.

– Você está bem? – Perguntou Alec, apreensivo. Olhei para ele, depois apurei o olhar quando vi o estado de suas roupas. Ele não estava tão descomposto assim da última vez que o vi.

– Estou bem sim. Mas... onde nós estamos? – Falei, enquanto encarava a camisa de linho preto parcialmente rasgada nas mangas e com vários botões arrancados. – O que houve enquanto eu estive apagada? A propósito, muito obrigada por aquilo! – Ele balançou levemente a cabeça, num gesto humilde e discreto de agradecimento.

– Sem problemas. Estamos a salvo agora, mas não por muito tempo. Ainda estamos no castelo, a guarda provavelmente já sabe onde estamos, mas eles não vão entrar. Não sozinhos. Qualquer um que se aproximar vai ficar no escuro. – Alec olhou em direção da porta, além das paredes podia-se ouvir a movimentação do lado de fora.

– Aro enlouqueceu, Ness. – Interveio Willian. Olhei para ele e percebi os mesmos sinais de luta que arruinaram as vestes de Alec. – Ele estava te torturando por causa da vidente. Ela sumiu essa madrugada! – Arfei, um calor momentâneo me subiu a garganta. – Ele acha que nós temos algo a ver com isso. Mas eu lhe digo Ness, se não fomos nós, quem poderia ter feito algo assim? – A pergunta permaneceu no ar como uma nuvem de poeira. Minha cabeça ia e voltava mil vezes, dava voltas e mais voltas e mesmo assim não conseguia manter um pensamento sequer. Voltei ao chão, na posição em que estava. Encostei-me na parede fria e segurei minha cabeça entre as mãos, tentando de alguma forma organizar meus pensamentos.

– Eu estava fora quando aconteceu, e se eu bem me lembro da última vez que nos encontramos, nós não combinamos nenhum resgate surpresa. Alec me disse que vocês estavam juntos desde a noite passada. – Observei pelo canto do olho o rosto de Alec se inclinar levemente para baixo. Se ele pudesse corar, creio que teria feito. – Que diabos! – Bufou Willian.

– Isso é uma coisa boa não é? Quero dizer, Alice está livre agora. – Tentei dizer algo convincente ou ao menos proveitoso para aquela situação, mas nada do que eu pensava fazia muito sentido. Minha mente só repetia a mesma coisa: Eles vieram, eles estão aqui!

– Não acho que isso melhore muito as coisas para nós. Não mesmo. – Disse Willian taciturno. – Quem tirou a vidente daqui pode ser um aliado certo? Então por que esse aliado te deixou para traz? Qualquer idiota deduziria que a culpa do sumiço da vidente cairia sobre você, isso significa que quem a tirou daqui não está dando a mínima pra você Ness.

Willian estava certo, mas nós sabíamos muito pouco para deduzir qualquer coisa.

– Ela pode ter escapado sozinha. – Argumentei. Willian e Alec trocaram olhares céticos.

– Talvez, se ela conhecesse o castelo bem o bastante. Mas ela não vai chegar muito longe, não com Demetri na cola dela. – Willian andava de um lado para outro, e a inquietação dele só me deixava mais tensa.

– Por que vocês estão assim? Rasgados, maltrapilhos... – Comentei, tentando desanuviar minha cabeça.

– Por quê tivemos que abrir caminho a dentadas para te tirar das mãos de Aro. A boa notícia é que Jane não teve mais que dois segundos pra te torturar antes de Alec te anestesiar. A má notícia é que eu cheguei um pouco tarde demais. Aro tocou em você, ele conhece sua mente agora. – Suspirei. O que mais poderia acontecer de ruim para tornar essa noite uma das top dez das piores noites de minha vida? Eu sabia que estava tudo arruinado agora. Tudo que conversamos sobre planos e estratégias, todos os meus sentimentos controversos, todos os meus pensamentos expostos. Me senti quente de raiva e mesmo assim eu me sentia mais impotente do que nunca.

– Temos que tirá-la daqui Willian. Ele vai matá-la assim que conseguir nos pegar, e ele vai! – Disse Alec, a voz calma e grave tingindo as palavras de um tom tão urgente quanto um grito desesperado. Willian olhou para mim, e depois para Alec, e eu percebi no rosto dele a indecisão e o pesar duelando arduamente.

– Vamos pegar Lavínia e então partiremos. Se Aro nos quer mortos, vai ter que sujar um pouco as mãos. Ele não pode nos tocar, nós dois juntos anulamos noventa por cento da força ofensiva dele.

– Não vai ser assim tão fácil Willian. – Murmurou Alec.

– É, eu sei. Mas nós não temos escolha..


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Notas finais do capítulo

Então o quê acontecerá com Alice? Será que elas irão conseguir fugir de lá?
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