O Livro Da Nossa Vida... escrita por halmina


Capítulo 3
Chegada / 1ª Vista: Estranha, Desastre e Lágrimas


Notas iniciais do capítulo

Eu já não entrava aqui à imenso tempo... o.o Mudou muita coisa. kkkkk
Bom, primeiro, peço desculpa pela demora para atualizar. Aos leitores, às pessoas que são personagens desta fanfic, e à minha koi-chan linda.
Ela é que me fez atualizar a fic. e.e kkkkkk O cap é dedicado à Ushio Chan. ^^
Dois nomes mudaram nesta história. Para quem começou agora, eles já estão mudados nos primeiros dois capitulo.
Yui e Zico.
Ficará assim.
Mas, uma nota, o nome Zico veio de um k-idol, meu bias. Porém, nesta fic é só um nome, não uma pessoa que exista mesmo.
Agora, vão ler.



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(Lucas)

- Lucas... Lucas, filho? Chegámos... - a minha mãe dizia, tentando acordar-me. Não me lembrava quando tinha adormecido, mas foi algo entre a conversa aborrecida sobre a nova casa, e as melosidades irritantes entre os meus pais...

- Já? - perguntei espantado.

- Filho... Foram quatro horas de viagem. - ela disse, confusa.

- Ahh... Desculpa, eu dormi na maior parte. - respondi, saindo do carro.

- Não faz mal Lucas... - ela comentou, dirigindo-se para a traseira do carro - Olha... O apartamento é no 7º andar, ok? - explicou a minha mãe, entregando-me a chave, e as minhas malas - Já está mobilado, por isso apenas tens de procurar o teu quarto. Nós temos de ir visit... Temos de ir a um sítio.

- Fica bem Lucas. - o meu pai disse, de dentro da viatura, esperando a minha mãe entrar nela, e arrancando de seguida.

- Aaa... Eles me abandonaram? Isto é sério? - perguntei, rindo amargamente, com a nova desilusão.

Bom, o que eu poderia fazer? Para além de ir para o apartamento, nee... Peguei nas malas, e fui até ao hall do prédio, arrastando-as. Agora que olhava bem, era um prédio Grande? Fino? Caro? Algo parecido com isso de certeza... Ostensivo. Encaixava-se no género de coisas que os meus pais quereriam ter. Não me admirava nada que o meu quarto fosse do tamanho de um apartamento de solteiro normal. Mesmo sendo dentro de um apartamento...

Aff... Porque aquelas malas eram tão pesadas? Será que eu as tinha enchido de pedras sem me aperceber?! Talvez só tivesse roupa a mais, como qualquer garoto rico... Quando cheguei a meio do hall de entrada parei, cansado. Sentei-me em cima da mala grande, aliviado por ela fazer muito bem de banco. Suspirei.

- Injustiça. - murmurei entredentes.

- O que é injusto? - alguém exclamou, perto do meu ouvido.

- AHHHH! - guinchei, desequilibrando-me com o susto, e caindo deitado no chão. Aquilo tinha doído muito. Quem foi o desgraçado que se atreveu a fazer isto?!

- Bem Oi. - a pessoa disse, recuperando-se do choque. Eu é que fui assustado e ela (sim, era uma garota) é que entra em choque. Muito bom

- Oi. - respondi emburrado, aceitando a mão que ela me estendeu.

- Eu sou a Ayumi. Mas podes me chamar de Ayu, ou Yumi. Mas cuidado, eu tenho uma amiga chamada Yummi, e ela não gosta que me chamem isso perto dela. Ela é meio estranha. Não tanto como eu, nee... Mas... - ela interrompeu o raciocínio, que eu certamente não seguia, e se virou para mim de novo - Como te chamas?

- Lucas. - respondi, assustado com as mudanças dela. Tanto de humor como de personalidade.

- Lucas-chan! - ela disse, mais para ela própria do que para mim.

- É... Acho que podes me chamar assim.

- Bom, Lucas-chan... Queres vir conhecer o pessoal? - ela perguntou entusiasmada.

- O pessoal?! - perguntei confuso.

- Sim, as pessoas legais deste prédio. E daquele também. - respondeu, apontando para o prédio do lado.

- Talvez noutra hora... Agora podias levar-me ao 7º andar?

- Claro. Aproveitas e conheces a Cinthia. - ela riu, extasiada.

É sério, aquela garota estava me assustando... Olhei para ela, reparando na aparência dela. Tal como a própria, era diferente do padrão. O cabelo castanho escuro era adornado por várias madeixas roxas, verdes e rosas. Um dos olhos era castanho, deduzo que da cor original. O outro estava roxo, obviamente por causa de uma lente. Visual Kei descrevia aquela garota. Desde as botas roxas, rosas e laranjas, aos shorts com cinta liga, e ao colete negro com fivelas. Wow, a roupa dela era muito linda. Deixava as coxas dela à mostra. E que coxas...

- Lucas-chan Podes parar de encarar a minha roupa? - ela pediu, sorrindo, e eu desviei os olhos para o seu rosto de novo - Eu sei que não é muito normal ver alguém assim vestido. Mas vais ter de aceitar...

- Eu gosto de Visual Kei. - comentei.

- Que bom! - ela guinchou, pulando no meu pescoço - 7º andar, nee? Vamos lá. Antes que... - foi interrompida por um grito de dor agudo, vindo algures de perto - Isto comece. - ela completou, sombria.

Puxou-me pelo braço, em direção a uma qualquer saída.

- O que está acontecendo Ayumi?! - perguntei assustado. Aquele grito... Não tinha sido nada bom. Um grito de dor pura. De sofrimento Um grito perigoso.

- Nada! - guinchou nervosa - Nada Lucas...

- Nada? Peço desculpa, mas eu não consigo acreditar em ti.

- Não é isso! É que...

- Ahhhhhh! Larga-me Yui! Porque estás fazendo isso?! - ouvi o mesmo grito, seguido de uma conversa chorada - Eu não Te fiz nada.

- A mim não. Mas vai dizer isso à minha irmã! Tu... Não imaginas... O quanto a fazes sofrer... A Ayumi não está bem, e a culpa é tua.

- Minha?! - guinchou a garota, ela devia estar a sofrer - Só porque aquela vadia não sabe apaixonar-se por homens não comprometidos?... - riu de escárnio - O Zico era meu muito antes de ela o conhecer. E ele vai continuar sendo meu. Só meu!

- Isso é o que tu pensas Mina! - gritou firmemente a agressora, que aparentemente se chamava Yui, fazendo com que o mesmo grito de dor fosse ouvido - Eu não vou ver a minha nee-chan a sofrer por causa de pessoas asquerosas como tu...

- Lucas-chan - a garota do meu lado chamou, receosa - Podemos ir agora? - perguntou num sussurro.

- Claro. - respondi atordoado - Mas me...

- Ahhhhhhhhhhhh! - ouviu-se o berro mais estridente de todos, e depois um silêncio assustador.

- Espera um pouco. Eu tenho de resolver uma coisa. Não saias daqui... - a expressão dela era tenebrosa, completamente fechada, tão diferente da garota alegre ou assustada que eu já tinha visto. Cada vez me metia mais medo...

Vi a garota afastar-se, em direção a uma esquina, com os punhos fechados e uma expressão assassina no rosto. Parecia que ela conseguia ouvir algo que me escapava totalmente. Fiquei estático no lugar, como Ayumi me tinha mandado, e esperei pelo desfecho dos acontecimentos...

Uma porta abriu-se no final do corredor, sendo fechada violentamente depois. Podia apostar que era onde estavam as participantes da briga.

- Vocês podem fazer menos barulho?! - gritou Ayumi.

- Nee-chan! - disse Yui espantada - Mas não devias estar com o novo morador lá em cima?

- Devia. Mas tu começaste cedo de mais, e ele acabou ouvindo tudo. - ela respondeu, furiosa - Por isso faz o favor de acabar logo com isto, antes que o Lucas fuja do prédio, nee

- Mas...

- Deixa! Eu acabo. - ela exclamou, e em seguida o som de um punho a chocar com a pele alheia.

- Wow... Que rapidez Ayu-chan. - Yui riu estridentemente, ao abrir a porta.

- Eu sei. Agora trata de que ela acorde noutro sítio. - Ayumi disse, rindo-se, e caminhando até ao sítio onde eu estava. Apenas tive um relance de uma cabeça adornada de cabelo roxos, que deduzi ser da irmã dela.

- Ok. - disse baixinho a pessoa, passando por mim rapidamente.

- Então Lucas-chan Onde é que nós íamos? - Ayumi perguntou, sorrindo.

- Tu assustas-me. - comentei, seguindo a garota, que se encaminhava para um elevador.

- Eu sei. Olha... Desculpa obrigar-te a ouvir aquilo. A minha irmã é super protetora, mas eu não preciso dela para isso. - ela disse, com o semblante sombrio, que logo se iluminou - Queres conhecer a Cinthia-chan? -  ela perguntou com estrelinhas nos olhos.

- Aaa... Claro, nee. - respondi, receoso. - Ela e a irmã eram completamente malucas, imaginem as amigas...

- Boa! Anda, anda... - ela exclamou, me puxando. Era bem mais forte do que parecia... Ela apertou o botão do elevador, e esperou.

- Vamos a casa dela? - perguntei, estranhando.

- Não... Ela é do prédio ao lado.

- Então porque vamos de elevador? - cada vez estava mais confuso...

- Vais ver. - ela comentou, ao rir-se estridentemente assim que o elevador chegou. Ela abriu a porta, puxando-me para dentro. E, do nada, pôs a gritar na cabine vazia.

- Cinthia! Eu sei que estás aqui! Acorda. Aparece. - ela exigiu, aos gritos, batendo com a mão na madeira do elevador.

- Ahh... Porra Ayumi. Vai acordar outra pessoa. - ouvi um resmungo, vindo de dentro da parede do elevador.

Mas... Eu não sei. É fisicamente possível estar dentro de uma parede? Claro. Mas, pelo que eu tinha visto desta garota louca, eu não esperava menos das amigas.

- Tenho aqui um rapaz que te quer conhecer. - Ayumi comentou, puxando uma tábua a metade da altura do cubículo.

- E? - a voz resmungou - Sabes que não balanço para esse lado... - ela riu baixinho.

- Ele tem potencial. - Ayumi ditou, quando conseguiu arrancar a tábua da parede. Potencial para quê? Algo me dizia que eu não ia querer descobrir.

- A sério? - a garota do elevador perguntou, parecendo curiosa, e ausente de todo o sono e mau-humor de há dois segundos atrás. Uma cabeça colorida surgiu através da fenda que Ayu-chan tinha deixado na parede - Ele é bonitinho.

- Sim, ele é. - Ayumi sorriu - Agora podes sair desse buraco e vir aqui cumprimentar o novo morador como deve ser?

- Claro! - ela exclamou, espremendo-se para sair do buraco na parede.

Ela estava a sair da parede de um elevador! Havia um lugar para dormir no elevador. E havia uma pessoa a sair de lá! Quão louco é isso? Bastante. Algo me dizia que, se eu conhecesse todas aquelas pessoas que Ayumi me queria apresentar, eu acabaria por me tornar tão louco como elas.

Mas eu nunca me importei com um pouco de loucura na minha vida.

Afinal, não é isso que faz a vida valer a pena?

Na minha opinião, a vida só serve para algo se for vivida. E que maneira melhor de viver do que com uma pitada de loucura misturada?

- Bom dia, eu chamo-me Cinthia. - a rapariga da parede apresentou-se, estendendo a mão para mim, que eu logo tratei de apertar. Ela era... Bem educada. Aí está algo que eu não esperava de alguém que dormia dentro de paredes.

- Eu sou o Lucas. - respondi.

- Ah, és o garoto novo. A Ayumi tem falado de ti sem parar nos últimos dois dias. - ela comentou, tentando ajeitar as suas roupas.

- Dois dias? - perguntei assustado, mas ela só me conhecia há cerca de meia hora. Como aquela garota já sabia de mim antes disso? Ela era... Sinceramente assustadora.

- Foi quando descobrimos que alguém se ia mudar para aqui. - ela explicou, devendo ter visto o olhar horrorizado no meu rosto.

- Ok. - disse baixinho, enquanto me afastava da Ayumi.

Ela metia-me medo.

Ela pensava que me metia medo.

Ela só não sabia os motivos reais. Acho que não.

Pensava que eu a achava estranha pela roupa, pelo estilo, pelo entusiasmo, pelas mudanças de humor Ok, talvez as mudanças de humor fosse uma das grandes razões.

Mas era outra coisa. A miúda parecia ter escrito psicopata, desequilibrada e inocente por todo o corpo. Ela assustava-me... De uma maneira que ninguém tinha feito antes. E eu nem sequer sabia bem porquê.

Só sabia que não me queria manter perto dela.

- Ela não te vai fazer mal! - Cinthia gritou, os olhos transbordavam de raiva, ao abraçar a amiga. Ayumi parecia um cachorrinho chutado pelo dono.

- Peço desculpa Lucas. - ela sussurrou, com lágrimas a escorrer silenciosamente pela cara.

Eu tinha feito Ayumi chorar...


*oooOoOoo**O**ooOoOooo*


Lucas sentiu as suas próprias lágrimas escorrer pelo rosto, ao lembrar-se da dor que tinha infligido à amiga no início do seu relacionamento.

Ele tinha sido um idiota. Julgando todos antes de os conhecer. Foi um dos principais motivos de dor na sua adolescência.

Ninguém tinha gostado dele, só aqueles que queria o seu dinheiro. Era isso que acontecia com todos os ingénuos garotos ricos, não era?

Porque ele esperava ser diferente? Naquela altura ele realmente não sabia nada...

Agradecia a todos os seus amigos, por não o terem abandonado mesmo depois de ele ser realmente cruel para todos.

Principalmente Ayumi.

Ele tinha magoado Ayumi com tudo o que podia. Tantas vezes. Lembrava-se das lágrimas de Ayumi, no dia em que se conheceram. E recordava com pavor total o olhar que tinha recebido de Cinthia. E de Yui, e Nicole.

Todas elas, magoadas por uma simples razão: Ayumi também estava.

Lealdade real. Amizade palpável.

E ele era apenas quem tinha magoado Ayu-chan...

Nunca, nunca em toda a sua vida, se iria perdoar pelo que fez Ayumi sofrer. Pelas vezes em que a viu chorar por sua culpa.

Hoje em dia ele percebia porque as amigas dela o tinham repreendido. E amava Ayumi, pela sua força e instabilidade. Ele...

- Lucas? - perguntou alguém, metendo a cabeça dentro do escritório de Lucas.

- Sim, amor? Podes entrar. - o escritor disse baixinho, fechando o documento que estava a escrever, depois de o guardar.

- Está tudo bem? - Yoru questionou, preocupado, caminhando rapidamente até ao seu marido.

- Não. - Lucas sussurrou, abraçando o maior - Yoru... Eu era um idiota.

O moreno encostou a cabeça ao ombro de Yoru, e desmanchou-se em choro.

Por muito que tentasse, ele não conseguiria parar as lágrimas. Era como se tivessem destruído a barreira que as continha. E agora era necessário esvaziar toda a água que se continha atrás dela

- Está tudo bem amor. - Yoru tentou confortá-lo, dizendo coisas doces e reconfortantes ao ouvido do seu pequeno, e passando a mão nas suas costas - Tu eras um idiota, mas agora tudo mudou. És um novo homem. Um lindo homem. Com um coração ainda mais bonito.

- Como podes saber?

- Nós conhecemos-te bem. - comentou alguém da porta, entrando apressadamente no escritório.

- Ayumi.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? Comentários. ^^
Bem, koi-chan, mudei o teu nome como pediste.
Ah, desde já, peço desculpa à outra pessoa que teve o nome mudado, sem saber disso. Essa pessoa tem total conhecimento das minhas razões para o nome ser mudado. Mas peço desculpa na mesma. =/
Vou tentar atualizar o mais rápido possivel, por isso... Pode demorar. kkkkk
BjsS



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