Imaginário. escrita por Lia Sterm


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 12 aqui, lindos e lindas.
Caramba, tou até agora pulando de felicidade com a recomendação da Mei Chan. Muito obrigada, eu simplesmente adorei ela, recomend diva, e ri
muito com a parte de fazer palhaçadas no chão até sua mãe ir lhe enternar numa clínica, kkkkkkkkkkkkk.
Obrigada por todos os reviews, favorites e as recomendações que recebi até agora, vocês são demais, sério!
Enfim, boa leitura, galerinha, trago-lhes o capitulo tão esperado, muitas revelações virão! Se preparem! *o*



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Olhava distraída para a janela do carro, Dave me levava á caminho de casa, dirigindo um automóvel que ele pegou por aí. Era errado roubar carros, mas precisavamos, e além do mais, ninguém saberia.

Fitei o céu, que estava coberto por estrelas, e "retornei ao mundo" quando, sem motivos, Dave parou o veículo.

–O que foi?-Perguntei. Ainda não estávamos em casa.

–Temos que parar aqui, se chegar na sua casa com um estranho e em um carro roubado vai ser bem complicado explicar.-Ele respondeu.

–Tem razão.-Comentei.-Vamos descer aqui então e ir andando para casa?-Perguntei para o garoto.

–Exatamente!Estamos bem perto do seu lar, então, não fazerá tanta diferença..-Disse Dave, olhando-me pelo retrovissor.-Vamos.-Ele abriu a porta do carro, saindo do veículo e logo abrindo a minha, para que eu me retirasse de lá.

–------------------------------------Pouco tempo depois...----------------------------------

Dave, para de ser louco!-Esbravejei, por Dave estar dançando em plena rua.

–Dance comigo, senhorita!-O garoto me puxou pela cintura, colocando minhas mãos em sua nuca e locomovendo-se lentamente com um belo sorriso, como estivessemosá dançar uma valsa.

–Seu bobo! Como pode dançar no meio de uma calçada onde todos podem lhe enxergar?-Reclamei baixinho, mas Dave não deu atenção.

–A sua casa é no meio do nada, não há pessoas que possam ver a gente dançar, Lorena.-Ele deu de ombros, continuando á se locomover na lenta dança.

Ficar perto demais de Dave me dava borboletas no estômago e um nervosismo que sempre tomava conta de mim, fazendo com que minhas mãos suassem e minha respiração falhasse. Era estranho esse novo sentimento, eu nunca senti nada iqual. As vezes eu pensava que talvez fosse algo de minha mente também, por Dave ser meu primeiro amigo de verdade, eu poderia suspeitar estar gostando dele, o que seria pouco provável, mas eu não conheço o que sinto.

–"Porque isso é tão complicado"?-Perguntei para mim mesma. Estava sendo atormentada por toda essa confusão que é minha mente.

–Está destraída, ein?-Dave tirou-me de meus devaneios.

–Estou pensando.-Suspirei, confusa com tudo o que passava por minha cabeça. Eram coisas demais pra mim.

–Parece ser cheia de pensamentos e assuntos para se tratar, não é mesmo? Disse Dave, pausando a dança e olhando em meus olhos.

–Talvez...-Respondi, desanimada.

–Se eles lhe pertubam, deve esvazia-los da sua mente, e se eles lhe fazem bem, os valorize.-O garoto avisou, logo sorrindo com sua típica face meiga e apaixonante.

–Eu não sei se isso me faz bem ou mal. Mas é... Diferente.-Respondi, Dave ficou sem entender.

–Seja o que for, eu estarei aqui para ajudar, não importa o que aconteça. Saca isso, não é?-Dave brincou com minhas mãos, tocando em cada pequeno dedo, como se fosse um brinquedinho á ser observado.

–Você, como sempre, querendo me ajudar e me proteger. Eu não mereço isso.-Bufei.

–É obvio que merece, você merece tudo, pelo menos por mim.-O menino respondeu, fazendo-me se impressionar com a sua resposta e não ter o que disser. Aquilo que ele falara significou muito pra mim. Eu seria importante para Dave?-Venha, vamos apressar os passos, precisamos chegar logo na sua casa.-Ele cortou o silêncio, embaraçado com o que disse. Mas eu nem seguer pude entender.

Caminhávamos em direção á minha casa rapidamente, andando pela rua deserta e fria que me deixava com receio. Mas estar com Dave me fazia bem,não importa aonde. Com o garoto era facil caminhar por locais assim, ele me deixava "protegida" e sempre muito bem. O local que fui morar era o digno cenário de filme de terror, com direito a árvores por todo lado, casas velhas e estranhas, etc. Um vento forte e gélido passa repentinamente por mim, sinal de que a alva e linda neve começaria a aparecer nesse inverno. Com o frio que senti, abracei meus próprios ombros esfregando minhas mãos em minha pele, para me aquecer.

–Tome meu casaco, parece estar congelando.-Dave ofereceu seu casaco, percebendo meu comportamento e pondo-o sobre meu ombro.

–Obrigada.-Sorri, agradecida.

Com passos longos e rápidos, logo chegamos em minha casa.

–Depois dessa noite horrível, aqui estou eu, novamente em casa.-Disse ao chegar lá, dando de ombros.

–Deve estar cansada, não é mesmo? Com certeza essa noite não foi nada boa.-Dave comentou.-Nos vemos amanhã, boa noite.-O garoto se despediu,caminhando para longe dali, mas eu o chamei.

–Dave, espera.-Disse, o impedindo de sair.

–Sim?-Ele perguntou.

–Porque você sempre me protege ou cuida de mim? Desde que nos conhecemos, você é sempre assim.-Perguntei, querendo muito saber o motivo de todo esse afeto.

–Não é nada em especial, eu espero pelo menos não revelar no momento.

–Porque?É algo importante?Conte-me, de qualquer modo eu irei entender.-Expliquei, o fazendo olhar para os lados compulsivamente, parecia estar com receio ou medo de revelar isso a mim.

–Não é bom saber no momento.-Ele explicou.

–Não? Diga logo, Dave, eu entenderia muito bem.

–Não é facil de entender, Lorena. Se eu falar isso, você supostamente se afastará de mim, eu sei disso.-O garoto disse, tocando com as costas das mãos em minha face pálida, como se me avissase sobre isso.

–Eu nunca faria isso, nunca!-Respondi, tocando nas suas gélidas e pálidas mãos que se encontravam no meu rosto, se aproximando um pouco mais do garoto.

–Eu duvido.-Ele sussurou, fitando meus lábios discretamente, por causa de minha aproximação, mas logo se afastando, com as mãos trêmulas.

–Eu nunca me separaria de você, Dave.-Deixei escapar.-Porque não fala pra mim?-Insisti, já brava.

–Se eu disser, promete que vai continuar falando comigo ou pelo menos mantendo contato?-O menino então quis saber, aparentemente nervoso, olhando em minha direção.

–É claro!-Dei de ombros, sem entender.-Eu juro que sim.-Garanti, sorrindo meiga.

–Então está bem.-Dave respondeu nervoso, e eu continuava sem entender. O que seria tão importante?

–Comece.

–Quando seus pais se mudaram para esta casa, eu poderia muito bem fingir que não existo e tentar me adaptar com pessoas vivendo aqui. E era isso que eu faria, até que vi você.-Dave se encosta em uma árvore que se encontrava ali, fitando a grama úmida do chão, talvez pensando em como continuar á falar.

–Até que me viu?-Não consegui entender, ficando com uma face duvidosa.

–Seu modo original de se vestir, sua paixão por livros, sua beleza estonteante, seu sorriso meigo, seu modo ingenuo e fofo de ser... Enfim, tudo isso mudou minha vida.-Corei em cada palavra do garoto, e meu coração batia cada vez mais forte, mesmo não entendendo muito a situação.

–O que? Como assim?-Perguntei, e repentinamente Dave olha em minha direção, seus lindos e ao mesmo tempo sombrios olhos verdes me faziam entrar em transe, além de sua linda pele pálida e seu repicado e chamativo cabelo preto. Aquele garoto era o mais bonito e o mais divertido que eu já conheci.

–Talvez se assuste e fique chocada, mas... Eu vou contar.-O garoto disse, ainda totalmente estranho e com um nervosismo percebido por mim. Sorri ao saber que ele contaria, e fiquei totalmente anciosa, mesmo não sabendo o que Dave poderia revelar.

O mesmo caminhou até mim, um vento forte e gélido circulava por nós dois, mas eu não me importava com o frio, eu queria saber o que ele tinha á revelar.

–Lorena Collins, eu estou perdidamente apaixonado por você.-Ele explicou, e a cada pequena palavra que escutei, meu coração parou. Fiquei imóvel, sem acreditar. Minhas mãos ficaram trêmulas e meus olhos arregalados, apenas pensava em uma coisa: "Eu era a garota mais feliz do mundo se ele estivesse á falar sério."

–Preciso ir.-Dave percebeu que não respondi, eu simplesmente estava chocadíssima com a situação.

–Não!-Segurei por impulso sua mão rapidamente, o impedindo de ir.

–O que foi?-Perguntou, embaraçado.

–V-Você...Está a-apaixonado p-por m-mim?- Disse nervosa e atrapalhando-me com as palavras.

O pálido menino apenas suspirou como resposta.

–Dave...-Sussurei, ainda não conseguia falar direito, isso era totalmente diferente pra mim.

–Eu nem deveria ter falado isso, não é mesmo? Agora está assim, sem reação e totalmente em choque.

–Deveria parar de ser bobo. Não entendo porque ainda não percebeu.-Pensei alto, olhando em sua direção, com um sorriso brincalhão.

–O que eu não percebi, Lorena?-O garoto ficou duvidoso.

Coloquei minhas duas mãos em seu rosto, ficando bem perto de sua face.

–Eu te amo, Dave. Eu te amo muito, seu louco.-Sussurei, nervosa e com diversos sentimentos de afeto e emoção que tomavam conta de mim ao estar na presença do garoto. Minha respiração falhava e meu coração palpitava cada vez mais rápido, haviam borboletas no meu estômago, minhas mãos suavam e eu estava trêmula. Eu sentia coisas inexplicáveis, e se isso era amar, eu não prefereria acabar nunca com isso.

Dave, ao escutar o que falei, abriu um sorriso largo, sua feição era surpresa. A mão gélida do garoto tocou levemente minha face, me fazendo estremecer com o toque. Um arrepio tomou o meu corpo e as batidas do meu coração eram cada vez mais aceleradas. Pude sentir a "respiração"do garoto mais perto de mim, nossas faces estavam praticamente coladas. Por impulso, coloquei uma de minhas mãos em sua nuca, e Dave, com sua a outra mão, segurou minha cintura. Cada toque do garoto e cada segundo daquele momento era valioso.

–"Meu primeiro beijo..."–Pensei comigo mesma, eu nunca havia beijado ninguém, o que era estranho para as garotas de 16 anos atualmente, mas eu nunca achei alguém que valesse a pena, até que encontrei Dave.

Deixei-me levar pelo momento, eu amava aquele garoto, e não deveria ter medo de sentir isso, apesar de todas as diferenças e obstaculos.

Dave me olhara profundamente, seus doces e ao mesmo tempo sombrios olhos me deixavam cada vez mais apaixonada. Sem perceber, já estavamos á aproximar nossos lábios lentamente e á fechar os olhos no mesmo ritmo da aproximação. O hálito quente de Dave estava próximo de meu rosto e logo nossos lábios se uniram, estremecendo-me ainda mais do que a última vez. Toquei seus cabelos pretos e repicados enquanto o beijo acontecia. A sensação de juntar os macios lábios do garoto aos meus era inédita, eu estava adorando isso. Eu fervia por dentro, sentimentos fortes e emoções á flor da pele. Nossos lábios se encaixavam perfeitamente, como se fossem feitos um para o outro. O ar então foi necessário, e tivemos que se separar.

Se olhamos, sem o que disser, eu estava totalmente alegre, o meu primeiro beijo foi com a pessoa que eu amava, e foi o melhor beijo que alguém poderia ter.

–Eu também te amo, pequena princesa.-Ele cochicou, sorrindo abertamente e acariciando meu rosto.Sorri também, feliz e surpresa com o acontecido. Os sentimentos ficavam cada vez mais claros.

O abracei, deitando minha face sobre seu peito, sorrindo. Era bom ter Dave por perto.-

Acho que é melhor entrarmos.-Ele avisou. -Se sua mãe ou seu pai aparecerem aqui irão ter uma surpresa a vendo com um tremendo desconhecido.

–Um...-Disse, dando um selinho em Dave.-Desconhecido...-Falei, imterrompendo com outro selinho.-Muito...-Selinho.-Lindo.-Disse por último, rindo.

–E uma...-Ele fez o mesmo que eu, dando um selinho.-Princesa...-Falou, dando outro selinho.-Muito...-Selinho.-Fofa.-Completou, dando uma gargalhada.

Sorrimos, e eu o abracei mais uma vez. Nós não queríamos que esse momento acabasse.

–A gente se vê amanhã? Promete estar lá e falar que me ama e que não foi um sonho ou algo do tipo?-Perguntei para Dave.

–Sempre.-Ele respondeu.


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Notas finais do capítulo

Heeeeey, e aí?
O cap foi um pouco dificil de se fazer, eu estava com um imenso bloqueio de criatividade, não sei se ficou bom :/
Descrevi bem os sentimentos e o beijo? Eu só tenho 11 anos, nunca beijei, então, fica um pouquinho difícil escrever algo do tipo .-. Mas, espero ter ficado bom '-' #MedoDosLeitoresOdiarem
Estou tentando fazer capítulos cada vez mais rápidos, a previsão é que eu poste 3 por semana ou mais.
Enfim, deixem reviews. Amo vocês, leitores lindos!
Abraços o/