Imaginário. escrita por Lia Sterm


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal,tudo bem?
Me chamo Lorena e acompanharei vocês nessa Fanfic.
Essa história é mais uma das loucas histórias que chegam de repente em minha cabeça.Torço para que gostem! ;D
O capítulo de hoje será um pouco sem graça,mas é que é apenas o começo de tudo.Nos próximos é que a história começará a se desenvolver.
Boa leitura,e mandem reviews ^^



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Não conseguia acreditar que depois de todo esse tempo vivendo por aqui,eu teria que disser adeus á esse lugar. O pior de tudo era se despedir dos amigos que consegui, principalmente de Bia, que era minha vizinha e melhor amiga á cerca de 11 anos.

Mas infelizmente a situação atual de minha família está dificil e digamos que, estamos sendo obrigados á se mudar. Meu pais estão desempregados e nossa renda atual é muito baixa. Eles precisam urgentemente de um novo emprego, e todos dizem que Nevier City que iremos é perfeito para arranjar uma renda por lá.

Minha mãe, Alexia, então decidiu que nós deveríamos se mudar, e infelizmente é isso que iremos fazer hoje.

Eu já havia me despedido dos pouquíssimos amigos que consquistara á longo do tempo, e já havia arrumado as malas.Agora não teria nada para se fazer, eu já havia feito tudo e daqui á duas horas iríamos para uma nova cidade.

Como eu ainda tinha um pouco de tempo, decidi rapidamente ir na casa de Bia. Eu já havia me despedido dela, mas queria vê-la novamente. Somos muito ligadas, muito unidas, apesar de sermos opostas uma da outra.

Parei em frente á sua casa , e então bati na porta de cor branca que se encontrava naquela casa rodeada por flores lindas. A mãe de Bia trabalhava com jardins, fazendo que sempre houvesse flores e plantas na entrada da casa. Eu achava simpático, natureza sempre me atraiu, me trazia tranguilidade.

Em poucos segundos, a porta foi aberta. Bianca se encontrava nela, com uma cara de interrogação, ela deveria estar á pensar que eu já havia ido. Seus pequenos olhos azuis estava cheios de lágrimas, ela parecia ter chorado, por qual seria a razão disto ter acontecido?

–Bia!-Falei sorridente.

–Lory!Já estava pensando que você havia viajado.-A garota então limpou um pouco seu rosto, passando a mão então pelos olhos e retirando as lágrimas.-Que bom que ainda está aqui, já tinha batido saudade,sabia?-Disse Bianca ao me abraçar.

–Ainda faltam 1 hora e meia, eu acho.-Respondi saindo do abraço.-Você sabe que sentirei muito a sua falta, né? Você pode ser chata, irritante, patricinha, animada demais... Mas gosto muito de você!

Ela assentiu e me deu mais um abraço, pude ver lágrimas em seus olhos novamente, pude então perceber que ela chorara por causa de minha partida. É, séria realmente dolorozo disser adeus á alguém com quem convivo á 11 anos.

–Não fique assim...-Falei para ela.-Ainda iremos nos ver!

–Eu espero...-Bianca respondeu triste.

–Enquanto ainda não chega a hora,vamos fazer alguma coisa juntas, não?Sei que gosto de ficar sozinha, mas não iremos nos ver por um bom tempo.

–Ok!- Disse Bia parando de chorar e logo me puxando para seu quarto euforicamente.- Vamos escutar músicas, tenho um monte de músicas da sua banda favorita.

–Epica?-Perguntei surpresa.-Você nem curte Epica!

–Ah, mas digamos que se é a banda favorita da minha mana, eu tenho que escutar, certo?-Respondeu ela rindo.

Sorri. Bianca sabia o quanto eu gostava desta banda, me lembro do dia em que a garota me entregara um CD com todas as músicas atuais da Epica, eu adorava-os.

Colocamos então a música para tocar, a primeira á ser escutada foi Cry For The Moon, essa música era demais.

O tempo foi passando, a ficamos curtindo o belo som que estavamos á escutar. Foi divertido.

De repente fomos interrompidas com a mãe da Bia, Valerie, avisando que meus pais, John e Alexia, estavam me chamando, já estava na hora de ir.

–Não acredito!Já?- Pude ver a expressão facial de Bianca mudar rapidamente para uma feição triste e desanimada.

Eu a entendia, era uma situação triste, uma sentiria a falta da outra.

–Bem, é.-Respondi.-Vamos comigo, as bagagens já devem estar no carro.

Bia assentiu com a cabeça e me seguiu em direção ao carro.

Caminhávamos devagar em direção ao velho carro de meu pai.

–Está pronta para ir, filha?-Perguntou ele ao me encontrar lá, junto de Bianca.

–Sim, estou.-Respondi assentindo.

–Então vamos querida, diga adeus á Bia.-Falou ele.

Abracei Bianca fortemente, sem que percebessemos, as duas já estávamos á chorar, afinal, eram 11 anos de amizade, me lembro bem de quando tudo começou.

Bianca se mudou para a casa ao lado, eu tinha 5 anos na época e ela também, viramos grandes amigas, apesar de Bia ser bem diferente de mim. Bianca é patricinha, mas não é metida nem um pouco, brinco que fui abençoada por Atena ao ter uma vizinha patricinha que não fosse riquinha ou mimada. Além disso, ela adora ir em festas e tem vários amigos. Eu sou o aposto dela, são os pouquíssimos que andam comigo, e meu estilo é mais ou menos um emo gótico, odeio ir em festas e qualquer coisa parecida, e também prefiro ficar sozinha do que conversar com alguém.Enfim, somos mega diferentes, mas isso não atrapalhou em nossa amizade.

As pessoas valorizam isso na gente, por sermos tão opostas mas tão unidas.

Ao me despedir de Bianca, entrei rapidamente no carro e acenei para ela e sua mãe me despedindo, meus pais fizeram o mesmo.

Pronto, eu não á veria por bastante tempo. Não poderíamos comer brigadeiro juntas, eu não escutaria suas reclamações sobre meu modo de se vestir, eu não poderia mais rir quando ela encontrasse uma pequena barata por sua casa e gritasse estericamente...

Era triste, mas eu teria que aceitar.

Logo depois a longa viagem até a minha futura cidade começou. Eu estava triste, iria sentir muita falta de tudo aquilo. Dos amigos, da escola, da casa...Enfim, de totalmente tudo.

Encostei-me na janela do carro e fiquei olhando as árvores e casas que apareciam conforme o carro passava por ali, eu não poderia ter uma visão nítida das folhas caindo como sempre caiam nessa cidade no Outono, mas ainda sentia a alegria que isto transmitia. Eram coisas bastante bonitas de ser ver. Fui me distraindo, e sem querer, adormeço. Acordara cedo, e eu ainda estava com sono.

Passou certo tempo e acordei com minha mãe me chacoalhando, ainda zonza por ter acabado de despertar, perguntei:

–Hã?O-O q-que foi?-Esfreguei os olhos, sonolenta.

–Ora, já chegamos pequena!-Respondeu ela sorrindo.

–Eu dormi a viagem toda então?

–Sim.- Minha mãe então disse,dando uma risadinha meiga.

Com prequiça desci do carro, que estava parado em frente á uma casa.A casa era um pouco velha, de madeira, tinha dois andares e estava com algumas árvores ao redor dela.

O local onde estávamos também era bem deserto, pelo visto moraríamos um pouco longe da cidade.Mas creio que só cerca de 3 quilômetros.

–Essa será nossa nova casa?-Perguntei anciosa.

–Sim filha, essa mesma.-Assentiu papai, erguendo os dedos e apontando para a entrada, de modo que significasse para minha entrada.

Dei um sorriso e entrei para ver como ela era, eu pegaria depois as malas.

Abri a porta de entrada, que como a casa, também era de madeira. Estava tão silencioso, que meu primeiro passo ecoou por toda a mobília, fazendo-me ter um pouco de medo. Tudo parecia um cenário de filme de terror, pela casa ser bastante velha.

Mas as coisas eram organizadas e bonitas, apenas não estara acostumada com tanta tranquilidade.

Por dentro esta casa era bonita, aconchegante. Mas tinha a aparência de que fazia muito tempo que não fora cuidada. Percorri por todo o local, conheci a cozinha, a sala que continha até uma lareira, e outros cômodos.Logo fui ver meu quarto, que deixei por último, pois gostaria de ver tudo primeiro e depois onde eu iria dormir.

Fazia parte de mim deixar as melhores coisas para depois.Era super interessante segurar a curiosidade.

Ao entrar no meu quarto, automaticamente dei um grande sorriso. Ele era lindo!Suas paredes eram pintadas em uma cor cinza neutro, que mais parecida com branco, ele tinha prateleiras já com alguns livros, era no segundo andar e ele era super simples, aposto que quase todas as garotas diriam: "Nossa,que guarto mais sem graça!", mas eu não! Eu nunca curti exageros e nem luxo, e aquele quarto era perfeito para meus momentos naquela casa.

–Filha!Então está olhando seu quarto?Gostou dele?-Minha mãe chegara atrás de mim.

–É lindo,obrigada!-Sorri.

–Que bom pequena, estamos sem grana e isso foi o máximo que podemos fazer.-Falou minha mãe, dando de ombros e logo abrindo um sorriso.

–Ah mamãe, você sabe que eu não curto luxo e nem nada desse tipo.Essa simplicidade está demais, eu amei, sério.

–Fico feliz com isto!Olha,trouxe suas malas.-Alexia colocou então as malas em meu novo quarto.

–Eu iria buscar mãe, não precisava.

–Mas eu já peguei, então...-Falou ela.

Agradeci e ela se retirou do quarto. Guardei algumas coisas, o bastante para deixar o pequeno quarto organizado.

Já se passavam 5 horas que eu estava lá. Tomei um banho rápido e deixei a água quentinha percorrer todo o meu corpo.

O banho acabou, vesti um vestido simples e amarrei meu cabelo. Desci e me encontrei com papai tomando um café na mesa.

–Já arrumou tudo querida?-John perguntou.

–Sim, como está o senhor?-Perguntei indo em direção á cozinha, que ficava perto da sala de jantar. Abri um ármario de lá, e um som oco percorreu meus ouvidos, a casa pelo visto era velha. Peguei salgadinhos que eu havia comprado para comer enquanto chegavamos aqui, mas como dormi a viagem toda eles sobraram.

Voltei para a sala de jantar com o pacote em mãos, John logo diz:

–Irá gostar muito daqui,já viu o jardim?

–Jardim?Tem jardim aqui,pai?-Fiquei animada.

–Claro!Não me diga que ainda não deu uma olhada...-Ele abaixou o jornal que lia no momento, olhando em minha direção e argueando as sobrancelhas.

–Eu não vi, hehe.Mas estou indo ver agorinha!Onde é?

–Na parte de trás da casa, naquela portinha ali.-Disse meu pai apontando em direção de onde seria então,o jardim da casa.

Fui em direção a ele, eu sempre gostei de jardins e de lugares tranquilos, me fazem pensar melhor.

Haviam muitas árvores, o chão dele era todo gramado, existiam muitos tipos de flores e eu me sentia leve com tudo isso.

O jardim era grande e bonito, pelo visto minha mãe teve tempo decora-lo, mesmo não estando com muita renda, mas sabia que eu adorava a natureza.Decidi então pegar um livro e ir ler ali, o local era perfeito para uma leitura.

Fui á caminho de meu quarto, e elogiei o jardim para meu pai, John.

Corri e pequei um livro que gostava, ele abordava a vida de uma vampira, era ótimo.

Voltei ao jardim, empolgada com ele. Sentei-me perto de uma árvore, e fiquei á ler a história.

Estava tudo muito bem, mas havia algo que me fazia não conseguir se concentrar, era como se estivessem me observando, eu sentia a presença de alguém ali, mas não havia ninguém lá.

–Que estranho...-Falei olhando em torno do jardim.-Ah, não teve ser nada!-Disse não dando mais atenção á aquilo.

Passei cerca de 1 hora lendo e decidi ir para o meu quarto, ligar para Bianca dizendo que cheguei bem de viagem e depois dormir.

Amanhã seria um longo dia, mas ainda bem que eu ainda estava de férias, seria péssimo se logo depois eu tivesse escola.

Terminei de falar com a Bianca e me deitei na cama pensando em como tivemos sorte.Quando nossa família estava quase indo abaixo, um grande amigo de meu pai, que é o prefeito dessa cidade, ofereceu essa casa para nós, já que era uma casa abandonada que pertencia á prefeitura á um tempo e não serviria para nada. A casa é linda, apesar de ser velha, é linda! Eu iria gostar muito de morar aqui, pelo visto tudo seria muito bom.

Foram nesses pensamentos que adormeci, eu teria uma nova vida amanhã.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam: REVIEWS,por favor!
Beijos e até logo galera.