Wonderwall escrita por jooanak


Capítulo 2
First Kiss


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês! Espero que gostem e se gostarem deem review! Beijos



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Assim que o primeiro raio de sol iluminou o céu, eu acordei. Era por volta das 6h35. A maioria das pessoas odeia acordar cedo, principalmente nas férias, mas eu achava extremamente prazeroso. Logo que acordei saí da cama e fui pegar meu livro, depois que encontrei Sam, não tive tempo de terminar de lê-lo. Conforme eu avançava as páginas cada vez eu tinha menos vontade de ler e mais vontade de ir ao parque, talvez Sam estivesse lá!

Sem pensar duas vezes, tirei meu pijama e botei um vestido amarelo, peguei minha bolsa, meu iPhone e desci as escadas, minha mãe ainda estava dormindo; peguei um papel e escrevi nele “Fui ao parque, não sei se volto para o almoço. Beijos, Quinn.” Botei meu fone de ouvido e saí de casa ouvindo o doce som da voz de Whitney Houston e seu “I look to you.”

Cheguei no parque pontualmente as 8h02 e me sentei embaixo da mesma árvore do dia anterior. Peguei meu livro e comecei a ler, mas a cada página que avançava, eu olhava por cima do livro para ver se via a silhueta do garoto loiro de olhos verdes passava por ali.

Nada.

Continuei lendo e e a cada palavra que eu lia, ficava cada vez maisa decepcionada. Pontualmente as 10h, venci-me pelo calor insuportável e fui para casa.

Ao chegar em casa, minha mãe ainda estava dormindo, amassei o bilhete que havia escrito e fui para o meu quarto. Me deitei na cama e peguei no sono. Sonhei com Rachel.

Porque diabos eu sonhei com ela? Não faço ideia. Nos últimos tempos eu tentava me afastar cada vez mais dela. Ignorava suas ligações ou suas mensagens. Mas no sonho, sonhei que eu estava no parque quando vi ela e Sam de mãos dadas.

Ele flertando com ela.

Ela flertando com ele.

Rachel passou sua mão suavemente sobre seus cabelos loiros mantendo seus olhos fixos nos dele, e no momento seguinte, os braços fortes de Sam envolveram-na em apenas um movimento e ele a beijou apaixonadamente e fervorosamente. Acordei assustada. Que sonho! Eca. Porque a Berry tinha que se meter em tudo? Desci as escadas e me deparei com um almoço extremamente cheiroso.

— Finalmente a princesa acordou.

— Bom dia – bocejei.

— Já passa do meio dia Quinn.

— Legal. – murmurei indiferente

— Aliás, posso jurar que vi um garoto passando por aqui no mínimo umas cinco vezes enquanto você dormia. – quando ela falou isso, meu corpo gelou e um arrepio muito ruim tomou conta de mim.

— Co..como ele era???? – gaguejei.

— Loiro, tinha um skate. Era bonito. Tem algo que eu preciso saber Lucy? – ela arregalou os olhos

— Meu nome não é Lucy. E não, não sei do que você está falando.

O almoço permaneceu silencioso, minha mãe e eu não falamos sobre nada. Depois do almoço, lavei a louça e fui para o meu quarto. Botei um filme e fiquei assistindo. O filme não era bom. Decidi ir ao parque, quem sabe Sam estivesse lá, afinal, eu adoraria vê-lo, mesmo que só mais uma vez...

Saí da casa e assim que cheguei ao parque, sentei-me sob uma palmeira, estava exausta. Estava aproveitando a pequena rajada de vento que tinha quando minha visão escureceu e percebi que alguém estava com as mãos em meus olhos.

— Ai meu Deus? – eu falei insegura.

— Adivinha quem é. – Sam falou e eu dei um sorriso.

— Não sei quem é. – falei.

Ele tirou as mãos dos meus olhos e me puxou para trás fazendo com que eu caísse em seu colo. Ele riu. Uma risada alta, gostosa e totalmente sexy.

— Te vi hoje de manhã.

Dei de ombros.

— Você estava saindo do parque.. 

Continuei em silêncio, mas sorrindo por dentro. 

— Ai eu fui até sua casa, mas não quis ver se você estava lá. Sabe como é né.

 Ficamos em silêncio, apenas ouvindo o canto dos pássaros e o sopro do vento quando Sam resolveu quebrar o silêncio.

— Você quer tomar sorvete?

— Eu adoraria. – eu sorri.

Fomos tomar sorvete e ficamos nos olhando. Mais tarde Sam me levou para casa e eu sonhei com ele de novo. E foi assim o verão inteiro. Sam e eu passávamos horas conversando e rindo. Ele me contava da vida dele e imitava alguns personagens de alguns filmes, e mesmo que fosse ridículo, era fofo.

Sam era fofo.

Sam me ensinou a andar de skate e me ensinou coisas que os garotos faziam, apesar de não me interessar muito por isso, era divertido, porque eu estava com ele. Eu o ensinei a tomar sorvete sem se lambuzar e ele me ensinou como flertar com uma garota. Construímos uma amizade forte, mas ambos queríamos mais. Ao menos era o que eu achava.

No fim do verão, faltava pouco mais de duas semanas para as aulas começarem e hoje era, infelizmente, meu aniversário. Por volta das 04h37 recebi uma mensagem de Sam que dizia “Saia da cama AGORA e me encontre no parque.” Mas que diabos era aquilo? Eu queria dormir. Eu ia voltar a dormir quando uma segunda mensagem chegou “Vamos Quinn”. Mesmo de mau-humor, saí da cama, botei um short florido e uma blusa branca e penteei meu cabelo.

Apesar de ser cedo, era bom, minha mãe não estava acordada, assim eu poderia fugir de todos os “felizes aniversários”, “aproveite seu dia”, “como está ficando velha essa nossa garotinha”. Sem pensar duas vezes, desci pelas escadas o mais silenciosamente que eu pude. Estava escuro ainda. Abri a porta do fundo e saí de casa, fui para o parque em procura de Sam, eu o avistei ao longe, encostado em uma árvore. Seu cabelo estava desarrumado e ele usava uma bermuda jeans e uma camisa azul. E como de costume, estava com seu skate. Assim que me viu, Sam veio em minha direção e me abraçou. Um abraço apertado. Um abraço caloroso. Um abraço que me permitiu sentir o cheiro do seu shampoo de morango e seu perfume.

— Feliz aniversário Quinn. – ele sussurrou em meu ouvido.

— Obrigado. – eu falei bocejando. – Mas que caralho a gente tá fazendo aqui à essa hora?

— Bom, eu não comprei presente, mas eu planejei uma coisa para você – ele sorriu e estendeu a mão. – Vem comigo?

Eu assenti e dei minha mão para ele. Sam me puxou pelo parque e me levou para as montanhas. Ele literalmente me fez subir pelas montanhas. Era uma caminhada de uns dez minutos, e digo, subir uma montanha, mesmo que pela estrada, era cansativo. Quando estávamos na metade do caminho, eu estava exausta.

— Sam, eu estou morta – falei me jogando no chão.

— Estamos quase lá.

Caminhamos por mais um tempo até chegarmos lá em cima. Eram 5h36 e ainda estava tudo escuro. O que mais me espantou foi o que eu vi. Havia um pano quadriculado no chão e em cima dela uma cesta com chocolates, doces, frutas e café e para completar o pacote, o sol estava nascendo. O nascer do sol era uma coisa tão linda de se ver e ainda mais ali, com Sam ali. Os raios de sol abraçavam as montanhas e as árvores e depois se espalhavam pelas construções. Era lindo e me deixou boquiaberta.

— Feliz aniversário Quinn. – Sam falou.

— Sam... Eu... Ai... – eu gaguejei.

— Para de falar e vamos tomar café de manhã.

Fiquei olhando para Sam.

— Sam, isso é. Isso é lindo. Foi o melhor presente que eu já recebi.

As bochechas dele coraram o que foi realmente fofo.

— Eu não tenho como te agradecer por isso.

Ele sorriu e eu me aproximei dele. Eu gostava dele, eu era uma mulher forte e precisava tomar controle da situação. Eu queria aquilo tanto quanto ele. Nossos rostos ficaram há centímetros um do outro, mesmo ele sendo bem mais alto que eu.

— Tomara que isso possa mostrar o quanto estou grata. – falei usando voz mais provocadora que eu tinha.

Aproximei meus lábios dos deles e o beijei. Um beijo quente. Um beijo fervoroso. A cada segundo que eu o beijava, um calor enorme percorria o meu corpo. Sam passou suas mãos em minha cintura e eu passei minhas mãos em suas costas. A cada beijo que dávamos, um outro começava. Nem tinha tempo para recuperar o fôlego e eu não queria parar de beijá-lo, mas eu tinha que parar. Mordi seu lábio e dei uma risadinha e ele parou de me beijar.

— Você poderia dar isso de presente de aniversário para mim no próximo ano. – Sam riu.

— Você ia gostar? – eu falei sorrindo.

— Eu ia amar. – Sam falou me puxando para perto dele me beijando de novo. E de novo. E de novo. E acredite quando digo que foi apenas uma das primeiras vezes naquele dia.


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