Amor Proibido escrita por Nyah


Capítulo 8
Dias Normais




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Deixei de pensar no que acabara de acontecer, na luta que acabara de participar. Não porque tinha sono, mas porque, quanto mais eu pensasse naquilo que acabara de ocorrer, eu ia me sentindo cada vez mais mal. Estava sem sono, mas se eu acendesse a luz de meus aposentos, com certeza meu irmão acordaria, e, tendo a intensão de implicar com a minha pessoa, contaria para meus pais, fazendo com que meu pai viesse até meu quarto e me desse um esporro daqueles que a gente leva muito tempo pra esquecer, sabe? Então, tratei de ficar quietinha na cama, tentei não pensar em nada, mas isso foi meio que impossível. Por estar sem sono, eu acho que dormi meio que quase amanhecendo.

Na manhã seguinte, minha mãe acordou-me normalmente, e eu, estava com muito (mais muito mesmo) sono, porém, não podia dizer que não iria pra escola por sono. Ela diria que eu fui pra cama cedo, e que isso não seria desculpa para me fazer faltar a escola. E meu pai, mesmo que eu estivesse com dor de cabeça, iria até meu quarto e me puxaria, ou sei lá, só sei que ele faria o possível e o impossível para me fazer acordar e ir pra escola. Ele já fez isso, por isso posso dizer que ele seria capaz de tal ação. Ele só permite a eu e a meu irmão faltarmos a escola, se o problema for tão sério ao ponto de fazer com que tenhamos de ir ao hospital.

Levantei da cama, e tomei café junto da família. Tomei um banho, para ver se conseguia despertar, mas de nada isso me adiantou. Mas, mesmo assim, eu nunca, sob nenhuma circunstãncia eu iria pra escola sem nem ao menos um  banho. Eu chegaria atrasada, mas não iria sem um banho tomado. Entramos, eu e meu irmão, no carro do papai. O mesmo deixou-nos em frente ao portão de entrada da escola. Entramos.

Estava indo pra sala de aula, sem prestar atenção nos lugares por onde eu passava. Então, por causa dessa minha atitude impensada, esbarrei em alguém. Eu abri os olhos, e então, percebi que era um rapaz (por causa do uniforme). Olhei pra cima, e vi que era o anjo. Ele estava sorrindo, como sempre. Ai que ódio que eu senti naquela hora. Eu simplesmente o odeio. Não disse nada, apenas saí de perto daquela coisa e fui em direção à minha classe.

Na sala, sentei-me no lugar de sempre, e baixei a cabeça pra poder dormir. Os professores nunca me pedem nada, então, achei que não haveria muito (na verdade, nenhum) problema se eu dormisse na aula. O professor entra e começa a explicar a aula. E eu fiquei lá, dormindo. No fim da aula, Akiko me acordou, e eu, meio sonolenta, fui levantando da cadeira devagarzinho. Fomos nós duas para a sala do clube.

Chegamos em frente à porta do clube, e eu abri a porta. Abrindo a porta, encontro o tal anjo. Eu tinha me esquecido de que ele havia entrado para o mesmo clube que eu. Que desgraça essa entrada dele no clube me proporcionou. Bem, eu não posso ficar me importando com isso, não é mesmo? Tratei de colocar minha mochila numa mesa e me sentei na cadeira que encontrei perto da mesma. Eu e o grupo prosseguimos com os detalhes para o festival.

Depois de todas as atividades realizadas no clube, me despedi do pessoal e fui pra casa. Chegando em meu local de recolhimento de todos os dias, subi para meu quarto, guardei meu material e fui ao banheiro tomar um banho. Saí do banheiro e me dirigi à cozinha para jantar junto de todos da família que se encontravam em casa. Terminei meu jantar, pedi licença e todos e fui para o banheiro escovar os dentes. Após isso, subi as escadas, entrei em meu quarto, sentei na escrivaninha e comecei a fazer o dever. Lembra que eu havia dormido na aula? Então, pedi os livros e o caderno de minha amiga para que eu pudesse pegar a matéria que os professores haviam passado durante o dia de hoje. Fiquei até bem tarde, e, por estar com meu tempo muito ocupado, acabei nem pensando naquele desgraçado. Vendo que estava tarde, guardei meu material e os livros que Akiko havia me emprestado na mochila. Levantei-me da cadeira, troquei minha roupa, apaguei a luz do quarto e fui pra cama. 

É, até que hoje, eu tive um dia normal. Igual aos meus dias antes dele entrar em minha pacífica vida.


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