One More Time In Nárnia escrita por Loren


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

haaai! o último cap. foi curto, mas este aqui vou colocar um pouquinho maior (ficou maior?), para dar mais...impacto (?) enfim, aproveitem!



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Quando Cris gritou, toda a tripulação assustou-se, Caspian percebeu a movimentação e fez sinal para que todos continuassem seus trabalhos.

Avistou ao longe Dark com Cris e Lúcia e deduziu que Cris iria contar tudo para Lúcia. Suspirou. Gostou da menina quando a viu, forte, decidida, corajosa e parecia ser leal, mas Caspian não sabia se poderia confiar nela. Parecia ser fiel, viu ela treinando com a espada na floresta e viu que ela tinha habilidade. Mas Drinian o alertava sempre, apesar de ter razão. Havia boatos que uma ladra estava por aí, roubando as colheitas e a carne, desconfiaram dela quando chegou em Cair Paravel, e após ela ter salvado a vida de Ripchip, e este pedir ao rei para deixa-la entrar na Marinha, ela contou sua história antes que descobrissem e confirmou que era a ladra. Foi uma decepção. Depois, todos perderam a confiança nela, exceto Ripchip e Dark. Não era fácil para ninguém conviver com um descendente da Feiticeira Branca. Caspian suspirou, se o passado dela não tivesse sido tão...complicado, poderia confiar nela, mas como rei, tinha que pensar em seu povo.

Drinian se afastou, Edmundo não compreendeu nada.

–-Caspian, o que houve?

–-O que houve? Houve alguma coisa?

–-O que acontece com aquela menina? Por que todos a tratam de um jeito estranho?

–-É uma longa história e não sou eu que devo lhe contar.

Edmundo calou-se e deu de ombros, não esta muito interessado, apesar de uma pontinha de curiosidade estar ali dentro dele. Caspian, para amenizar o clima, perguntou.

–-Ainda sabe usar a espada?

Edmundo sorriu.

–-Com toda certeza.

–-Veremos.

*E desceram ao convés. Os homens pararam para olhar, Lúcia ainda ouvia a história de Cris. Edmundo pegou uma espada e Caspian a sua, e então, que comece a dança! Se apresentaram, deram três toques na espada e preparem-se, começou a dança!

Edmundo foi o primeiro a contra-atacar, Caspian se defendeu, Edmundo continuou com os golpes e Caspian, incrivelmente defendeu todos. Edmundo atacou por cima, por cima, por cima, Caspian defendeu, defendeu e defendeu, até que Edmundo o atacou por baixo, mas Caspian foi rápido e defendeu novamente, então, foi o que precisava. Atacou Edmundo por cima, que desviou-se para trás, retomaram o fôlego, um sorrisinho sapeca vindo dos dois, ooh pela juba do leão, qual seria o próximo passo?

Edmundo levantou a espada que bateu na de Caspian por cima, Edmundo deu uma rodadinha, abaixou-se para não ser atacado e aproveitou o momento para tentar atacar Caspian pela perna, que este a levantou e tudo rapidamente caro leitor, tão rápido, que os marinheiros gritavam contentes pela astúcia de seus reis. Mais algumas investidas de Edmundo, sempre deslocando-se do mesmo lugar, ora ali ora lá, até que Caspian investiu e toco na espada de Edmundo, Caspian virou o corpo tentando alcançar Edmundo com a espada, mas este se defendeu conseguindo abaixar a espada de Caspian para baixo e colocando sua própia sobre o peito do adversário, mas o outro deixou a sua à milímetros do pescoço de Edmundo. Gritos de marinheiros. Palmas. Caspian tocou amigavelmente no ombro de Edmundo.

–-Ficou mais forte, meu amigo.

E girou a própia espada. Edmundo comentou humildemente.

–-É...é o que parece.

Após as palmas chegarem ao fim, Drinian gritou para todos.

–-Vamos lá, mãos à obra.

E os marinheiros se dispersaram, voltando à seus afazeres. Um marinheiro chegou para Edmundo, entregando-lhe uma bebida refrescante após o duelo.

–-Majestade.

–-Obrigado.

Edmundo se recostou na beirada do barco, Lúcia já tinha acabado de conversar com Cris faz algum tempo. As duas estavam recostadas na beirada, para onde Edmundo andava. Lúcia queria confiar em Cris. Sabia dos riscos, mas ela pareceu tão...vulnerável quando contou sua história, que Lúcia não teve coragem para critica-la. Quando acabou de contar a história e agradecido a Lúcia pelo bom ato, as duas desceram para o convés.Conversavam calmamente, Dark estava aos pés de Cris novamente. Quando Edmundo chegou perto, antes mesmo que pudesse dizer algo, Edmundo assustou-se com o lobo e apontava para o lobo, e antes que fizesse qualquer movimento, Lúcia o alertou.

–-Acalme-se Edmundo, ele...é do bem.

–-Do bem? Como pode ser do bem? Ele é descendente dos lobos da...

–-...Feiticeira Branca.- cortou o lobo- Sei disso. E não me orgulho, mas nada posso fazer em relação a minha...descendência geológica.

Edmundo abriu a boca para dizer algo, mas Cris se levantou.

–-Não se incomode, Dark e eu já estamos saindo. Temos trabalho a fazer. Majestade- inclinou-se para Lúcia- “Pequeno Rei”- e inclinou-se para Edmundo.

Cris e Dark saíram da vista, Edmundo estava espumando, Lúcia sorriu tristemente. Edmundo bebeu do copo e escorou-se na beirada. Já mais calmo, Lúcia estava absorta e perguntou.

–-Edmundo, será que se a gente for de barco até o fim do mundo a gente...cai pela beirada?

–-Relaxa Lúcia. A gente está muito longe de lá.

Disse Edmundo, tentando tranquilizar a irmã. Enquanto isso, um pequeno ser saia de dentro do barco, totalmente irritado e limpando a calça que julgava estar suja ou infectada, mas cá entre nós, não havia nada ali.

–-Já vi que estão falando besteiras vocês dois.

–--Está se sentindo melhor?- perguntou Lúcia à Eustáquio, após ele escorar-se como Edmundo e cruzar os braços.

–-Estou, não graças à vocês. Sorte que eu tenho uma saúde de ferro.

–-Uma simpatia como sempre- comentou ironicamente Ripchip- Vê se não cai.

–-Eu não caí, só estava absorvendo o choque.

Edmundo tentava ignorar o irritante primo, ora bebia ora o olhava estressado ora fazia caretas para o primo.

–-Mamãe disse que minha percepção é apurada, por causa da minha inteligência.

Nesse momento Edmundo engasgou-se com a bebida, queria rir tanto quanto Lúcia.

–-Ele vai acabar nos colocando em apuros.

Disse Ripchip, completamente cheio de razão. Eustáquio se estressou e apontou o dedo dizendo.

–-Vou te mostrar assim que chegarmos à civilização, eu contatar o Consulado Britânico e denunciar todos vocês por rapto.

Eustáquio se chocou contra Caspian e ficou paralisado. Eustáquio só sabia falar. Poucas vezes fez algo. Ora francamente, ele nunca fez nada, essa é a verdade. E estava paralisado ao ver Caspian, mais alto e mais forte que ele. Mas sustentava um sorriso brincalhão e disse.

–-Rapto é? Engraçado, pensei que tinhamos salvado sua vida.

Eustáquio rebateu.

–-Me trouxe contra minha vontade! Num lugar, que francamente, não tem nenhuma higiene.

Pobre Eustáquio, incompreendido por todos e todos rindo do pobre Eustáquio.

–-Parece um zoológico ali embaixo.

–-Esse rapaz só sabe reclamar?- perguntou Ripchip.

–-Você ainda não viu nada.

Completou Edmundo. Sabia muito bem como era o primo. Estava contente por estar em Nárnia, mas estaria muito mais se Eustáquio não estivesse ali. Sabia que sua estadia em Nárnia não seria completamente calma.

^.^

–-Terra à vista.

O grito foi vindo do céu, o marinheiro que visa todo o mar ao redor e fica de olho em todo o mar. Caspian subiu rapidamente para o lado de Drinian, os marinheiros foram para seus postos, Lúcia e Edmundo olhava ao longe as ilhas, Eustáquio ignorava tudo.

Já ficava tarde, estava anoitecendo. Caspian mirava ao longe com sua luneta a praia.

–-As Ilhas Solitárias. O porto estreito.

Disse Drinian.

–-Que estranho. Nenhuma bandeira de Nárnia à vista.

Disse Caspian preocupado e passando a luneta para Drinian e logo após, para Edmundo.

–-Mas as Ilhas Solitárias sempre foram de Nárnia.

–-Parece suspeito.

–-Acho melhor a gente desembarcar. Drinian?

Drinian hesitou por uns instantes.

–-Me perdoe Majestade, mas a cadeia de comando começa pelo Rei Caspian neste navio.

–-Tudo bem.

Edmundo ficou desapontado por não ter sido ouvido, mas não havia outra escolha.

–-Vamos usar os botes, Drinian, pegue alguns homens e vá até a praia.

Disse por fim Caspian se retirando, mas antes que pudesse sair, foi parado por uma menina com o cabelo preso frouxamente em um coque.

–-Majestade, eu gostaria de pedir a vossa permissão para poder ir junto até as Ilhas Solitárias.

Drinian intrometeu-se.

–-Por que? Para poder roubar dos pobres?

–-Ao menos não roubarei nada do Peregrino da Alvorada, não concorda Capitão Drinian?

–-Ora...

–-Drinian- deteu Caspian.

–-Não se preocupe Majestades, não pretendo roubar nada. Mas entrei na Marinha por um propósito e quero ajudá-los.

–-E qual seu propósito?- perguntou Edmundo.

–-Tentar consertar os erros.

–-Permissão concedida.

Disse Caspian. Drinian olhou para o rei acusadoramente, como quem não aprova uma atitude. Cris sorriu e Edmundo, cá entre nós, sorriu, discretamente, mas sorriu apenas por ter visto o sorriso da menina.

–-Obrigada majestade.

E se retirou. Antes que Drinian dissesse algo, Caspian retirou-se também e o minotauro gritou as ordens.

–-Homens aos botes, baixem à vela e preparem para largar âncora.

Todos se mexiam rapidamente, homens vão, homens vem, lá, aqui, cá, ali novamente. Até que os botes já iam suavemente para encontro com as Ilhas Solitárias.

–-À frente, a emoção do desconhecido nos espera.

Disse Ripchip sempre valente e animado para mais alguma aventura, saltou do bote, depois Lúcia e assim foi com os outros.

–-Não podia ter esperado até de manhã?

Disse Eustáquio birrento como sempre. Ripchip parou e deu uma lição com suas palavras para Eustáquio.

–-Não há honra para dar as costas para a aventura rapazinho.

Eustáquio fez cara feia.

–-Escutem...-disse Lúcia- cadê todo mundo?

Caspian ia na frente, Edmundo atrás e depois Lúcia. Enquanto isso, Ripchip tentava o máximo de ser cordial para com o grosso de Eustáquio.

–-Me dê logo essa mão rapazinho.

–-Eu consigo sair sozinho.

Bom, a tentativa resultou em tropeçar no próprio degrau e seu pé cair na água, não causou muitos estragos, apenas fez Ripchip suspirar sem paciência. Ia ser uma longa viagem.

–-E é parente de sangue de vocês?

Disse Caspian surpreso. Lúcia olhou desapontada e continuou subindo. Subiram todos cautelosamente, sem fazer o menor ruído, somente o barulho de alguma gaivota ao longe, Caspian preparou seu arco, Lúcia prestava atenção em cada detalhe, Edmundo deixava a mão à postos perto da espada e Cris estava calma, calma demais para um momento tenso como aquele. O sino foi tocado. Lúcia assustou-se, Eustáquio quase voltou para o bote, Caspian e Edmundo ficaram quietos. Alguns pássaros debandaram. Caspian voltou a andar e ia para uma rampa que levava para dentro da cidade.

–-Ripchip, fique aqui com os homens de Drinian e proteja o lugar. Nos vamos entrar, se não voltarmos ao amanhecer, mande nos procurar.

–-Sim majestade.

E lá se foram os cinco entrando para um lugar desconhecido. Edmundo já tinha a espada em mãos, Caspian sempre pronto com a mira e Lúcia segurando uma outra espada. Os únicos diferentes eram Cristine e Eustáquio, apesar dos dois estarem totalmente diferentes.

Cristine estava completamente calma, caminhava com cuidado por certo e mantinha a mão sobre a espada, mas seu rosto estava límpido de qualquer outro sentimento se não a paz. Eustáquio tremia e só estava com eles, para não ter que aturar o irritante do rato e para ser protegido. Em certo momento, Eustáquio espiou por uma fresta de uma janela e encontrou uma família ali no canto, quieta e com medo. Eustáquio tremeu, saiu de perto e disse em voz alta para os outros que se encaminhavam para uma espécie de igreja ou templo.

–-É, parece tudo abandonado, já podemos voltar?

Edmundo fez uma careta, o que iria fazer com o primo? Tentando achar algo para ele, fez uma proposta.

–-Você quer ficar aqui de guarda, ou ajudar?

Eustáquio viu uma ótima solução e saiu correndo para perto da grande porta onde estavam os outros.

–-Ah tá, boa ideia primo, é bem..lógico.

Todos se entreolharam, Caspian tirou um punhal e deu para Eustáquio. Este ficou impressionado, nunca havia tocado em alguma arma.

–-Deixa comigo, pode deixar, numa boa!

–-Cristine, você não vem?

–-Não majes...Lúcia. Perdão. Mas vou ficar aqui e...ajudar seu primo.

–-É, ele vai precisar.

Disse Edmundo. Caspian, Edmundo e Lúcia entraram no lugar, estava escuro, frio e sujo. Edmundo usava agora sua lanterna, ainda bem que haviam esquecido ela em Nárnia. Havia sinos suspendidos acima e no centro do lugar, havia uma espécie de mesa de pedra, pequena e deformada, alta e redonda, havia ali um caderno, com nomes riscados.

–-Quem são essas pessoas?- perguntou Lúcia.

–-Por que riscaram os nomes?- perguntou Edmundo.

–-Parece algum tipo de...tarifa.-comentou Lúcia.

–-Mercadores de escravos.- adivinhou Caspian.

Antes que qualquer um dissesse algo, ouviram gritos e barulhos altos. Homens estranhos desciam pelas cordas dos sinos. Prontos para batalhar. Caspian acertou um com a flecha e depois a jogou longe, pegou sua espada e juntou-se a Edmundo e Lúcia que já lutavam contra os outros talvez dez ou oito homens que haviam ali. Lutavam, até ouvirem um grito e olharam para a porta por impulso. Eustáquio estava com o punhal sobre a garganta, um homem o segurava e fechou a porta detrás de si.

–-Se não quiserem ver este aqui gritar como uma garotinha- disse o estranho homem- eu sugiro que entrenguem as armas.

–-Garotinha?- indignou-se Eustáquio.

–-Agora.

Lúcia jogou a espada com força, brava no chão, Caspian colocou a sua com cuidado no chão.

–-Eustáquio.-disse Edmundo decepcionado com o primo.

E jogou a sua espada.

–-Algemem todos eles!-gritou o homem novamente.

Os homens não foram nada delicados, algemaram eles com força bruta, apertaram seus pulsos e os seguravam com força.

–-Vamos levar esses dois ao mercado- disse o homem puxando Eustáquio pela orelha- mande os outros pra masmorra.

Caspian gritou indignado

–-Escute aqui seu tolo insolente, eu sou seu rei!

Edmundo tentou se soltar, mas só recebeu um tapa na cara.

–-Você vai pagar por isso!

Gritou Edmundo. De repente, outro homem esquisito apareceu, com os cabelos até os ombros, um chapéu com uma pena levantada, vestes compridas e um colar pesado e comentou.

–-Na verdade, outra pessoa vai pagar. Por todos vocês.

Quando iam começar a levá-los, Lúcia gritou.

–-Espere! Onde está Cristine?

Ela perguntou, todos pararam. O primeiro homem, que segurava Eustáquio deu uma risadinha.

–-Se refere, aquela ali?

E apontou o punhal para a porta e a porta se abriu, mostrando Cristine com um filete de sangue escorrendo da testa e amarrada nos pulsos e na boca.

^.^


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Notas finais do capítulo

*Não sei se escrevi muito bem essa parte da luta. Espero que tenham gostado. (;
haaai, again! well, obrigada para todas aquelas que leram até o fim! SE alguém gostou pode deixar um coment, viu? até o prox. cap. o/



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