Seu sorriso tímido, logo desapareceu, se transformando em uma expressão seria.

– E-Eu estava.. cansado de ficar na biblioteca - Ele disse gaguejando e passando a mão em seus cabelos desalinhados, na esperança de deixa-lo arrumado, sem sucesso.

– Porque esta gaguejando? é normal ir para festas - Disse, ele fez uma careta.

– É a primeira vez que saio de casa em 2 anos, desde que.. - Ele disse dando uma pausa, não entendo o porque de tanto mistério.

– Desde que..- Disse, tentando fazer com que ele dissesse.

– Desde que me tornei um assassino - Ele disse, e deu um sorriso torto, arregalei os olhos, oque será que Nick teria feito?

– A-Assassino ? - perguntei gaguejando.

Recebi como resposta um sorriso, Nick pegou sua mascara e a colocou de volta, estendeu sua mão para mim.

– Aceita uma dança.. senhorita? - Ele disse, ainda com a mão estendida, segurei a mesma, mas não conseguia esquecer o fato de ele ser um.. assassino.

Fomos até a pista de dança, tocava uma musica calma, haviam muitos casais na pista, dançando, se abraçando e outros se beijando, dançamos lentamente, ele deslisou sua mão até minha cintura, me guiando, olhei em seus olhos azul, seus olhos quase ocultos por causa da mascara, vi que ele foi se aproximando, fechei os olhos, sentia sua respiração que agora estava aceleradas, assim como a minha, toquei em seu rosto, alisando o mesmo e buscando dar a ele conforto, senti nossos lábios se tocarem, se transformando em um beijo calmo, mas ao mesmo tempo cheio de desejo e.. paixão?, nos separamos dando um demorado selinho, voltamos a dançar, em silêncio, exceto pela musica ainda calma, agora nossos corpos estavam ainda mais colados, e seu rosto colado no meu, dançava-mos no ritmo da musica, vi alguns casais saindo da pista de dança, logo sobraram só nós e mais 2 casais, achei ter ouvido um " eu te amo " bem baixinho, mas nao tinha certeza, pois na hora eu fora interrompida por um grito irritante, Wendy.

– LIIIIILYYYYYYY - gritou, mas parou na mesma hora quando me viu - desculpe ter atrapalhado o casal, mas precisamos ir embora.

Wendy segurou minha mao me puxando para fora da mansão, acenei para Nick, que respondeu acenando de volta, chegamos no lado de fora da enorme mansão onde havia um celta preto parado, entramos no mesmo, o pai de Wendy olhou para nós e sorriu.. um sorriso malicioso, eu teria percebido se nao tivesse com a cabeça em outro mundo, no mundo de Nick, eu teria percebido se meus pensamentos nao estivessem centralizados em como seus olhos sao em um tom azul aguá, um tom jamais visto, em seus labios macios, ou em seu beijo doce e apaixonante, balancei a cabeça, na intensão de me livrar desses pensamentos, no caminho conversava com Wendy sobre a festa, logo encostei a cabeça na janela, olhando para a mesma, notei que nao estava-mos fazendo o mesmo caminho de quando haviamos vindo, isso me preocupou um pouco, mas poderia ser um atalho, senti o carro parar, olhei em volta, estava-mos em um lugar deserto, olhei para Wendy que agora estava concentrada em seu celular. O pai de Wendy saiu do carro, abriu a porta de traz e segurou meu braço, puxando o mesmo e fazendo com que eu saia do carro tambem, bateu a porta do mesmo com força, fazendo um barulho alto e perturbador, vi que Wendy voltou para o mundo real, olhou para fora do carro, arregalou os olhos e começou a bater no vidro, gritando "cuidado".

Fui puxada pelo pai de Wendy até atraz de uma arvore, ele me olhava de cima abaixo lambendo os labios, passou a mao no meu corpo, logo chegando em minha intimidade e apertando a mesma, só conseguia gritar e orar mentalmente para que alguem apareça e me tirasse daqui, toda a felicidade da festa, havia se passado, agora era como se ela nunca estivesse existido. Tive vontade de voltar para casa, nao teria medo nem de apanhar de Charlie, vi que o pai de Wendy tirava sua calça, pensem em fugir mas nao seria uma boa opção, concerteza ele estava armado, quando ele tirou totalmente sua roupa, se aproximou de mim, colocou a mao em meu pescoço apertando o mesmo, e sussurrou " fique quietinha se quizer viver ", soltou meu pescoço e começou a tirar minha fantasia, logo estava completamente despida, exeto por uma fina meia calsa branca e meu sapato tambem branco, vi que ele tirou uma arma e a colocou em minha cabeça.

– Deite no chão agora ou eu disparo - hesitei mas deitei no chão, de barriga para cima como ele havia mandado, ele agaixou até mim e penetrou, senti uma dor terrivel, tudo oque conseguia fazer era chorar e gritar, vi um monstro enorme me encarar, senti uma tontura enorme e desmaiei.

.

Acordei e ja estava claro, olhei em volta, era um lugar branco, eu estava usando uma camisola tambem branca, senti alguem apertar minha mão com força, olhei para o lado e encontrei um par de olhos no tom verde-agua me encarando, Wendy me abraçou, nao se importando se eu estava com dor, ou se seus enormes cachos vermelhos estavam entrando em minha boca, retribui o abraço.

– Que bom que acordou - me deu um beijo na testa.

Olhei para o outro lado, onde havia um sofá de couro branco, nele um garoto alto, os cabelos negros como a noite, o garoto ocupava uma grande parte do sofa, em um mundo completamente diferente do nosso mundo atual.. um lugar perfeito.

– A quanto tempo estou aqui? - perguntei, agora encarando o par de olhos verde agua.

– Uma semana.. - Wendy disse em um quase sussurro - seu amigo nao desgrudou de voce um segundo.

– Oque aconteceu ? - Perguntei, a interrompendo - quem me tirou de lá?

Ela sorriu e rolou seus olhos até Nick, o garoto jogado no sofá de couro branco. Um senhor que aparentava ter 40 anos entrou na sala, sem ao menos bater na porta, estava vestido de branco, quando me viu sorriu, seus dentes eram brancos, devia usar aquelas pastas dentais que aparece nos comerciais de tv, me examinou e disse que ainda hoje teria alta e que teria que chamar meus pais ou responsáveis.

Oque será que Charlie faria ao me ver aqui?