Sweetie Guardian escrita por lols


Capítulo 28
Twenty-eight


Notas iniciais do capítulo

Ai gente, me desculpem por não ter respondido os review's, deu preguicinha.
Enfim, já estou arrumando tudo para a proxima historia. Vão ler né?
Ah, obrigada para a coisa linda que recomendou minha historia. Obrigada mesmo. Fiquei muito feliz, de verdade *-*
Prontas para o antepenultimo capitulo?



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Meus olhos prestam atenção nos movimentos de meu irmão. Assim que a flecha o atinge e é sugada pelo seu ser, ele começa a revirar os olhos, tremer e espumar pela boca. Lagrimas escorrem de seus olhos e dos meus proprios. É realmente uma droga ter que fazer isso com o meu irmão gêmeo.

- Olhem. - diz alguém. Faço o que a pessoa diz e olho para o céu. 

Ao longe, um enorme grupo de anjos com asas douradas começam a pousar no campo de batalha. Sei quem eles são e o que estão fazendo aqui.

Para quem não sabe, os anjos que estão pousando no campo são os que chamamos de 'Salvadores'. Eles acolhem os feridos e dá as opções: morte ou salvação para os guerreiros. E também dizem as consequencias dos atos de todos nós. 

Eu ainda estou em cima de meu irmão, que treme feito um louco, quando sinto uma mão em meu ombro.

- Acabou, Allie. Pode se levantar, doce guardiã. - sussurra uma voz suave em meus ouvidos. 

Olho uma vez mais para meu irmão e saio de cima dele. O anjo Salvador me olha com olhos de companherismo e ao mesmo tempo, de piedade. 

- Está tudo bem, jovem criança. Iremos cuidar dele. - diz, tocando em meu rosto. O sangue de meu irmão se desprende de minha pele e o pedaço que eu tenho dele em minhas mãos some. 

Estou em prantos por ter feito tudo isso com meu irmão. Quero lhe pedir perdão. O anjo Salvador sente isso em minha mente. Ele sorri.

- Pode pedir quantas desculpas quiser para ele depois, doce anjo. Agora preciso cuidar dele. Vá para junto dos outros. A batalha aqui está terminada. - fala, naquele mesmo tom doce que um adulto diz para uma criança que não entende muita coisa. 

Aceno com a cabeça, fazendo que sim e saio de perto. 

Andando pelo campo de batalha, percebo a devastação que fizemos ali. Anjos e Demonios estão caidos ao chão, um amontoado ao outro, como se não se importassem mais para saberem quem é quem. Não importa tanto quem está ou não morto em uma guerra, porque no fim, todos vamos a algum lugar proximo e viramos amigos por uns 5 segundos.

Olho para meus amigos que ainda estão de pé, e vejo que até mesmo eles estão cheios de sangue nas roupas e em qualquer outro lugar. Para minha enorme sorte, sei de quem são os sangues.

Entenda, o sangue dos celestes e dos obscuros não são como o de um humano. Aos anjos, ficamos com o sangue prata, para os que gostam de aparecer como mulheres e os dourados, para quem acha melhor ser homem. Para os demonios-mulheres, ficam com o sangue cinzento e os demonios-homem, o sangue negro.

Me aproximo de Jennifer, que está toda cheia de sangue prata e cinzento. Toco seu rosto com a ponta de meus dedos e minha melhor amiga sorri para mim.

- Tinha me esquecido de como você é uma boa lutadora. - comenta Jennie, rindo de mim.

Reviro os olhos.

- Grande coisa. - bufo. 

Seus olhos brilham para mim.

- Vejo que recebeu uma nova benção. - diz ela.

Concordo com a cabeça. De fato, recebi uma nova benção. Agora sou um Anjo Guardião e um Anjo Vingador. Dificilmente isso acontece, mas não é impossivel. Nada é impossivel para anjos.

Abraço o restante de meus amigos. Diana, Silena, Dougie, Brit... quase todos estão aqui. Quase todos. Brian está lá, estirado no chão, sendo atendido por dois anjos salvadores. Um aperto em meu coração ao ver meu conselheiro ali, impotente e tremendo dos pés a cabeça.

Sinto a mão de Jennifer em meu rosto e viro-me para ela.

- O que foi? - pergunto.

Jennie dá um suspiro e olha para Diana, que também suspira e acena com a cabeça.

- O que houve? - continuo a perguntar. 

Diana toma a frente, tentando dar um sorriso. Mas seu sorriso é forçado demais que até mesmo uma criança pode perceber isso.

- É que pudemos vir uma coisa... - começa ela e depois se cala, olhando para Jennifer.

Jenny me olha nos olhos.

- Eu e Diana sabemos onde Harry está. - diz ela.

- E onde ele está, Jennie? Me conte! - exijo, tentando sair de suas mãos. Mas ela me aperta um pouco mais, querendo e tentando me acalmar.

- Espere. Nós já a levamos para lá. Respire fundo. - fala. 

- Não posso me acalmar. Quero saber onde meu protegido está!- quase grito para ela. 

- Alison, se acalme. - pede Diana.

- Não vou me acalmar!

Os dois anjos da morte suspiram para mim. Devem estar pensando que sou uma criança teimosa. E tenho que dizer que concordo com isso. Foi assim que Ele me fez, e assim serei. Para todo sempre.

- Alison, nós sabemos onde ele se encontra. E sabemos o estado que ele está. - diz Jennifer. 

- O que isso quer dizer? - pergunto, sem compreender.

- Quer dizer que ele está muito machucado e pode morrer, Allie. - fala Diana, séria.

Meus olhos se arregalam. Não pode ser. Não pode mesmo. 

Dou alguns passos para trás e as olho. Suspiro fundo, tento me acalmar.

- Me levem agora para ele! - falo, não parecendo nem um pouco calma.

Elas me olham e então levantam vôo. 

POV Harry

Não faço a minima ideia de onde estou. O grandalhão me prendeu em um tipo de mesa redonda e feita de pedra. Meus pulsos estão muito machucados, tamanha é a força que foram presos nas cordas.

Estou todo suado e cheio de sangue. Não consigo respirar direito. Não enxergo direito. Acho que nunca apanhei tanto em toda a minha vida.

Com a visão meio turva, olho para os lados. A volta de onde estou, muitas velas negras estão acesas, como se estivesse presenciando minha morte.

Passo a língua nos lábios, tento deixa-los umidos mas não consigo fazê-lo. Não posso fazê-lo.

A dor no corpo é muita, mas não é tanta como a de meu coração. Onde meu doce Anjo está? Por que Alison não aparece de uma vez? Tenho uma coisa tão importante para falar para ela.

Fecho os olhos e me lembro do nosso beijo a frente de casa. Como foi delicioso sentir aqueles lábios pressionando os meus. Aquelas doces mãos acariciando-me. E aquela voz suave chamando por mim.

Lagrimas escorrem de meus olhos.

Até que escuto alguém se aproximando. No mesmo momento abro os olhos, com medo do que pode estar a acontecer.

E minha visão é tomada por um dourado saboroso. Sinto todo o meu corpo relaxar só de ver olhos azuis cristalinos me fitarem. Sorrio para ela.

- Allie eu... - começo, mas então tusso feito um condenado. Tomo folego. - Allie, eu amo você. 

Quando finalmente consigo dize-lo, deixo que a escuridão tome conta de meus olhos.


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