Logo de manha Seth rumou para a sala onde estavam as jóias. Seu cosmo, logo começou a reagir com elas.

- Hoje terei o sitro e a estrela.

Saiu e indo para a sala do trono chamou por seus guerreiros. Akin já tinha acordado há muito tempo, olhava o céu azul pela janela, tivera vários pesadelos durante a noite e sentia-se mal. Há vinte e quatro anos que não os tinha e agora pareciam surgir com tudo.

- "Maldita Uaset." - levantou, sentindo o cosmo de Seth chamando-o.

--------------------------------------------------FLASHBACK--------------------------------------------

Desde que voltara de Uaset, Akin nunca mais foi o mesmo. Se era uma pessoa cheia de virtudes, agora não passava de um jovem inescrupuloso e arrogante. No templo, o que fazia por devoção, começou a fazer por interesse, o que pagava mais teria mais tempo e orações junto ao deus. Passou anos assim, até que um dia Seth apareceu para ele.

Estava numa sala reservada contando o dinheiro da ultima oferenda.

- O dinheiro o satisfaz, não é?

Assustando, por pouco não deixou as notas espalharem.

- Quem está aí? - olhou ao redor.

- Já parou para pensar que pode ter muito mais que isso? Dinheiro um dia irá acabar, mas um nome gravado na história será eternamente. - um homem de capuz apareceu diante dele.

- Quem é você?

- Um amigo. Será lembrado por gerações como o homem que destruiu Uaset.

- Uaset?

- Sim. Sei que guarda um ódio mortal de lá e deseja vingança. Tem um poderoso dom por ser descendente do sacerdote Amen-hotep. Ao lado de Seth, terá tudo isso.

- Apesar de ser seu sacerdote, nunca o vi.

- Terá a chance de vê-lo agora e se tornar seu guerreiro.

O homem retirou o capuz revelando seu rosto.

- Seth?!

Levantou da cadeira e ajoelhou.

- Perdoe-me meu senhor, jamais pensei que teria a honra da vossa presença.

- Levante-se Akin, guerreiro da traição.

- Guerreiro?

- Sim. Junte-se a mim. Destruiremos Uaset e terá sua vingança.

- Será uma honra meu senhor.

----------------------------------------------------------FIM DO FLASHBACK--------------------------------------------

Akin descia as escadas, faltava pouco para ter o seu desejo realizado. Na sala foi o ultimo a chegar.

- Mandou me chamar, Senhor? - ajoelhou perante o deus.

- Sim. Vamos brincar um pouco com eles.

- Como assim?

- Quero as jóias de Hathor e de Chu, mas quero que o combate entre essas portadoras seja isolado. Divididas são mais vulneráveis. Imotep e Sadiki podem cuidar disso?

- Como quiser. - respondeu os dois.

- Enquanto os outros, ataquem a cidade, quero que mantenham o restante ocupado.

- Sim.

- Podem ir.

MM esperou o sol nascer para entrar, encontrou com seus amigos no refeitório, estavam silenciosos e preocupados principalmente os sete. Saga temia o estado de Ishitar, Mú não queria deixar Ank a mercê de Hawa, o mesmo pensamento era de Kamus. Shura não parava de pensar em Akya, Miro lamentava por Hatshe. Shaka tentava entender por que o cosmo de Isi havia diminuído e MM resignava a voltar. Por precaução Akhenaton mandou separar as portadoras que também tomavam o café silenciosas.

Só se encontraram na porta do palácio. Akhenaton seguia na frente, elas no meio e os dourados atrás. A caminhada seguiu silenciosa. Nefertite, vendo que Akhenaton não olhava foi até eles.

- Oi Afrodite.

- Oi Tite.

- Queria agradecer vocês pela ajuda. - dirigiu-se aos que ia, mas não olhando para Kamus.

- Foi um prazer Nefertite. - disse Mú olhando Ank que seguia a frente. - pena que temos que voltar.

- Não se preocupe Mú. - Afrodite aproximou. - cuidarei da Ank e de você também mocinha. - sorriu para ela. - "não se preocupe Kamus." - disse por cosmo ao amigo.

Saga olhava Ishitar, já tinha um plano em mente. Miro evitava fitar Hatshe.

- Vou voltar para junto deles.

Nefertite saiu sendo acompanhada atentamente pelo aquariano. Andaram mais um pouco parando em frente ao portão do céu.

- Quero agradecer a vocês pela ajuda. - disse Akhenaton aos cavaleiros. - Atena, muito obrigado. - voltou a atenção para ela.

- Foi um prazer Osíris.

- Espero que a paz retorne ao seu mundo. - Saga estendeu a mão para o deus.

- Obrigado. - ele retribuiu

Eles se encararam.

- "Está cometendo um erro. - disse por cosmo o geminiano. - poderíamos ser de uma grande ajuda. Queria poder ajudar sua irmã."

Akhenaton ficou surpreso, porem não demonstrou.

- "Eu sei, mas é melhor irem." - respondeu.

Ank aproveitou a distração de Akhenaton e abraçou Mú.

- Cuide-se 'hedj'. - disse no ouvido dele.

- Você também Ank...

Tite, Tari, Hatshe, Isi e Akya olhavam para os dois. Queriam demonstrar do mesmo jeito dela porem não podiam. Kamus continuava na sua postura fria e impassível. MM distraia brincando com a areia pelo pé. Shura e Miro conversavam tentado se distrair. Shaka de olhos abertos fitava Isi discretamente. Saga só aguardava o momento de Ishitar abrir o portão, tinha em mente que quando os amigos passassem e chegasse a vez dele, empurraria Kanon. Ishitar estava indiferente a tudo.

- Cuide-se Akhenaton. - Atena estendeu a mão para ele.

- Você também. - segurou a mão dela entre as suas.

Afrodite notou o olhar de um para o outro.

- Adeus.

Houve uma forte explosão, a sirene ecoou por toda a cidade. Olharam para o lado do barulho, casas estavam em chamas. Sentiram também o cosmo de Seth.

- Akya, Isi, vão para o começo da cidade. - Ishitar tirava a sua ankh. - Tari leve Akhenaton de volta, Hatshe, Ank e Tite vão ajudar as pessoas. - e voltando para os dourados. - e vocês entrem logo.

Elevou seu cosmo e estava prestes a abrir o portão...

- Não vamos a lugar nenhum. - disse Saga.

- Há vão sim. - o portão estava aberto. - nem que eu tenha que manda-los a força.

- Experimente. - Saga deu um passo a frente.

- Não me desafie.

Saga e Ishitar elevaram seus cosmos.

- Não vão brigar agora. - Atena parou no meio deles. - temos assuntos mais relevantes. Kanon, Dohko e Miro vão ajudar Akya, Ishitar e Isitnefert. Mú, Kamus e Aldebaran ajudem Nefertari. MM, Shaka, Saga, Aioria ajudem Ank e as outras, o restante ajude no incêndio.

Akhenaton olhou para a deusa, contrariou uma ordem sua, mas conseguiu separa-los pelo menos por enquanto.

Cada um seguiu as ordens. Quando chegaram, o cenário era de caos, tudo estava sendo consumido pelo fogo.

- Kamus, seria de uma grande ajuda. - disse Aioria.

- Vou buscá-lo. - disse Saga.

- Enquanto isso vamos tirar essas pessoas daqui e tentar apagar o incêndio. - Afrodite tomou a frente.

Formaram duplas. Aioria e Afrodite; Shaka e Ank; Hatshe e Shura; Aiolos, Tite e MM.

- Ankhesenamon.

- Sim Shaka.

- Poderia me levar até onde está a Isitnefert?

- É melhor não. - disse. - Akhenaton não irá gostar.

- Não me importo com isso. - disse categórico.

Ank se assustou um pouco, ele sempre era tão calmo.

- Desculpe-me.

- Tudo bem. - sorriu. - sei que está preocupado com ela.

- Um pouco. - corou.

- Te levo até ela.

Ank avisou Dite e saiu em companhia de Shaka. Saga passava pelo ultimo portão do palácio, pensava em Ishitar e no desmaio que ela tivera na noite anterior.

- “Preciso ficar de olho nela.” - pensou.

Encontrou com os dois deuses e seus companheiros no salão principal.

- Saga?

- Atena. - reverenciou. - Akhenaton. - nem o olhou. - onde está Nefertari? - indagou não vendo a portadora.

- Foi encontrar-se com Ank.

- Kamus precisamos de sua ajuda.

- Tudo bem.

- Eu vou com vocês. - disse Mú.

- Pode ir Mú, ficarei aqui. - Aldebaran se prontificou, sabia que o amigo estava preocupado com alguém.

- Assim que chegarmos mandaremos alguém para cá. - disse o geminiano. - vamos.

Os três saíram. Akhenaton olhava os sair.

- Não vou conseguir separa-los. - suspirou. - acho que as deusas do destino estão agindo por esses lados.

- Tudo vai acabar bem Ton. - disse ignorando a presença de Aldebaran. - o amor que eles sentem só vai fortalecê-los.

- Assim espero.

Kamus, Saga e Mú seguiam rapidamente.

- Akhenaton não conseguiu nos manter afastado. - disse Saga.

- Como assim? - indagou o ariano.

- Não notou que ele queria que fossemos embora?

- Achei estranho, mas não pensei que fosse isso. Por quê?

- Ainda não descobri. - disse o geminiano. - mas ele não nos escolheu por acaso.

- Está certo Saga. - disse Kamus que até então estava calado.

- Certo? - ele parou.

- Houve um motivo para Osíris querer que voltássemos para a Grécia.

- Qual?

- Mú, não notou que o cosmo de Ankhesenamon diminuiu?

- Notei, mas pensei que fosse pela batalha, nem deu tempo para elas se recuperarem.

- Não só o cosmo dela, como o de Akya, Hatshe, Tite, Isi diminuíram.

- E não é por causa das batalhas. - afirmou o geminiano.

- Isso mesmo. As portadoras têm uma lei, que não podem se apaixonar sobre o risco de perder seus cosmos.

- O que?! - exclamaram os dois.

- A partir do momento que Akya, Hatshe, Ank, Tite e Isi se apaixonaram, seus cosmos sofreram uma redução.

- Isso é um absurdo. - disse Mú.

- Não é. Tanto que Akhenaton foi obrigado a nos mandar para a Grécia. Ank se apaixonou por você Mú, Hatshe por Miro, Akya por Shura e Tite por...mim...

- E Isitnefert?

- Shaka.

- Como sabe que eles...?

- Tive um palpite. A maneira como se olham, principalmente Miro.

- Mas o cosmo da Ishitar não diminuiu. - disse Saga. - ele se mantém intacto... - ia se manifestar, contudo ficou calado, já entendera a situação. - “ela não está...”

- Por isso Tite e Hatshe perderam as jóias e é o que provavelmente vai acontecer com Isi e Akya. Elas estão vulneráveis e Seth cada vez mais forte. Será uma vitória esmagadora.

- Não se pudermos impedir. - falou Saga. - não vamos deixá-las a mercê deles.

Kamus e Mú concordaram.

- Vamos.

Shaka e Ank corriam para onde Isi e as outras estavam. O virginiano notou que o cosmo de Ank estava do mesmo jeito do de Isi.

- Ank.

- Diga.

- O que está acontecendo com o seu cosmo e o da Isi?

- Nada. - limitou-se. - estamos só cansadas.

- Não é isso.

- No momento certo saberá. Vamos.

Ank apressou-se. Shaka limitou-se a segui-la.

As chamas estavam incontroladas, para piorar, o clima seco alimentava novos focos.

- O que faremos? - indagou Tite preocupada, pois o fogo tomava outros rumos. - se ao menos Ank estivesse aqui.

- Vamos continuar a tirar as pessoas. - disse Hatshe.

- Tudo bem, Shura me ajude...

Um vento mais frio começou a soprar, a temperatura aos poucos abaixava, pequenos flocos de neve caiam do céu.

- Neve...? - murmurou Tite olhando para o alto. - Kamus?

Ela virou para trás, Kamus caminhava na direção deles, acompanhado por Saga e Mú.

- Que bom que chegou. - disse Aioria.

- Estão todos fora das casas?

- Sim.

O aquariano tomou a frente, elevando seu cosmo, disparou o pó de diamante, com a temperatura baixa, o fogo perdeu calor e acabou por si mesmo.

Os moradores aproximaram de Kamus e o agradecia. Ficou sem jeito, afinal não estava acostumado a manifestações de sentimentalismo, apenas acenava. Tite de longe o observava, aquele jeito frio era só fachada, por debaixo do bloco de gelo existia uma pessoa calorosa. Kamus sentindo-se observado olhou para frente, Tite o olhava e com isso corou um pouco. Ela começou a caminhar em direção a ele.

- Oi Kamus.

- Oi...

- Obrigada.

- Não fiz nada. - disse sem graça e desviando o olhar.

Tite apenas sorriu.

- Como estão todos? - Tari acabava de chegar.

- Não deveria estar no palácio? - indagou Hatshe.

- Não podia ficar parada alem do mais... - ela viu Kamus e Mú. - vocês não deveriam estar lá?

- Aioria e Aiolos, - chamou Kamus. - só Aldebaran está com Atena, vão.

- Sim. - respondeu o sagitariano.

Os dois saíram.

- Tite, cadê a Ank? - indagou Mú.

- Eu não sei.

- Ela foi levar Shaka até onde Isi estava. - disse Dite.

- Para que lado fica? - Saga passou a frente.

Quando Nefertite iria apontar, uma torre de luz vermelha subiu aos céus.

- Ishitar... - murmurou Saga saindo correndo.

Mú e Shura foram atrás.

- Precisamos levar essas pessoas daqui. - disse Nefertari. - Kamus ajude Tite. Afrodite ajude Hatshe... - foi interrompida.

- Eu te ajudo. - MM estava parado atrás dela.

- É melhor não ficarmos perto um do outro. - sussurrou de forma que só ele escutou.

- Sei que seria melhor, mas não vou conseguir ficar longe de você. - disse de forma que só ela escutasse. - não vamos perder tempo.

Minutos antes da torre de luz subir aos céus...

Akya, Isi e Ishitar corriam para o local onde sentiam cosmos inimigos. Atrás delas seguiam Kanon, Miro e Dohko.

- Dá para esperar! - gritou Miro.

Isi parou.

- Você são rápidas.

- Miro me faz um favor?

- Diga.

- Volte e cuide de Hatshe.

- Âhn?

- Ela está sem a jóia, corre mais riscos.

- Tudo bem. - disse o escorpião.

- Enquanto a vocês, vão para o palácio, precisam proteger Atena e Osíris.

- Mas... - murmurou o libriano.

- Seth pode aproveitar que estamos separadas e atacar. Vão.

- Está bem. - disse Kanon. - iremos.

Os três retornaram.

- Agora é só nós. - disse Akya.

- Então vamos.

Do alto de uma construção sete pessoas as observavam.

- Elas se dividiram como Seth disse. - falou Hadimi.

- Vocês terão que enfrentar os cavaleiros de Atena. - disse Imotep. - estão com as portadoras de Maet, Hórus e Ísis.

- Eles não serão problemas. - disse Isoke. - vamos.

Hadimi, Isoke e Kaimah sumiram.

- A traidora está com elas. - Akin a observava. - vou brincar um pouco.

- Tefnut também está indo atrás dela. - disse Hawa olhando-os ao longe. - junto com um de Atena.

- Ele não será problema. - Imotep analisava o virginiano. - vou eliminá-lo.

- Chega de conversas, vamos. - disse Akin.

Os quatro sumiram aparecendo no portão de entrada da cidade. Sadiki estendeu o braço direito lançando contra elas uma bola de energia. Percebendo o ataque Ishitar ergueu uma barreira, que subiu até os céus.

- Sejam bem vindas portadoras. - Hawa sorria cinicamente.

- Por que não desistem e se entreguem. - Ishitar segurava sua ankh, seu corpo foi revestido por sua armadura.

- É vocês que deveriam se entregar. - disse Imotep.

- Nunca. - Akya já estava vestida com sua armadura.

- Acho que está sobrando alguém. - sorriu Isi olhando para Hawa. - dois adversários, será interessante.

- Não lutarei com você. - ele fitava um ponto atrás delas.

- Isi! Akya! - gritou Ank.

- Ank, o que está fazendo... - Isi notou o virginiano. - "o que ele está fazendo aqui?"

- Está sem sua jóia Ank. - disse Ishitar.

- Posso lutar. - ela olhou para Hawa. - vou ganhar.

- Tudo bem, mas tome cuidado.

Segundos depois, Saga, Shura e Mú chegavam.

- Ank. - o ariano aproximou.

- O que está fazendo aqui?! Não deveria estar protegendo Atena e Osíris?

- Aiolos, Aioria, Aldebaran, Dohko e Kanon estão com eles. - disse Saga fitando Ishitar.

- Que seja. - a portadora de Toth voltou o olhar para Akin.

Ank afastou de Mú parando ao lado de Ishitar.

- Ishitar.

- Sim Ank.

- Pode criar uma barreira? Não quero que Mú se intrometa na luta.

- O mesmo de Shaka. - disse a portadora de Hathor.

- E de Shura. - disse a de Chu.

- Está bem, mas creio que o cavaleiro de Gêmeos irá rompê-la. Já fez isso uma vez.

- Precisamos mantê-los presos.

- Como...? - Ank brincava com a areia. - já sei.

Ela contou seu plano as outras.

- Boa idéia Ank. - sorriu Isi. - não resolverá muito, mas teremos tempo suficiente.

- Está certo. - disse Ishitar. - vamos.

Os quatro que estavam atrás as olhavam intrigados. Ank começou a caminhar em direção a eles. No meio, ajoelhou e colocou as duas mãos na areia. Ao redor dela a areia começou a umedecer e se espalhar indo em direção aos dourados.

- O que ela está fazendo? - indagou Shura.

- Não sei... - disse Mú. - o que...

Por pouco não desequilibrou, olhando para o chão viu que afundava. Os outros também se encontravam na mesma situação.

- Estamos afundando. - Shaka tentava levantar os pés.

- Parece areia movediça. - Shura tentava cortar a areia.

O geminiano tentava se mexer.

- Droga.

Foram afundando até o meio do peito, de modo que não podiam mexer com as mãos. Nessa hora Akya apareceu atrás de Ank.

- Solaris. - deu um soco na areia.

A área umedecida começou a solidificar, os dourados ficaram presos. Ishitar parou diante deles e criou sua barreira. Agachou para ficar da mesma altura de Saga.

- Está barreira é mais resistente que a outra.

Saga a olhou com ódio.

- Ishitar...

- Fiquem aí. - voltou para junto das amigas.

- "Quando eu sair daqui, você vai ver. Vai ter volta."

As quatro portadoras posicionaram-se.

- Nos encontramos novamente Ishitar. - sorriu Akin.

- E desta vez não saíra com vida.

- Será?

- Tenho certeza. - sorriu.

A portadora de Toth não perdeu tempo e iniciou uma luta corporal. Hawa olhava de maneira perva para Ank.

- Voltamos a nos ver Tefnut e dessa vez espero que o cavaleiro de Atena não se intrometa.

- Pode ter certeza.

- Vamos ver o quanto melhorou desde a nossa ultima batalha.

Hawa avançou sobre Ank que defendia sem maiores problemas.

Sadiki e Akya se analisavam esperando o melhor momento para o ataque.

- Hoje roubarei sua jóia.

- Experimente.

Sadiki partiu para cima dela dando socos e chutes. Akya se defendia usando sua técnica de fogo.

Isi começava a ficar irritada com o sorriso irônico de Imotep.

- Sofrerá uma derrota humilhante, portadora de Hathor.

- Eu não teria tanta certeza.

Ela partiu para cima de Imotep.

Saga tentava se mexer, assim como Mú, mas seus esforços eram em vão.

- Quando eu sair daqui, ela vai ver que não se brinca com Saga de Gêmeos.

- É um bando de orgulhosas. - disse Shura observando a luta de Akya.

- Não consigo mover nada. - disse Mú.

Shaka não lhes dava atenção, olhava com atenção a luta de Hathor.

-----Ishitar---- (n/a: as lutas estão separadas para melhor leitura, mas elas acontecem simultaneamente)

Tanto o guerreiro da traição quanto a portadora de Toth não conseguiam acertar um ao outro. No ultimo ataque, os pulsos se chocaram provocando uma deslocação de ar. Respiravam um pouco ofegantes.

- Continua forte Ishitar. - disse Akin. - seu poder é incrível.

- O mesmo digo de você.

Akin deu um passo a frente, Ishitar acompanhou o movimento dele percebendo sua intenção.

- Fico lisonjeado pelo seu elogio. - sorriu, mais um passo e estaria em cima da sombra dela.

- Não está querendo usar seu truque novamente, está? Não caio nessa.

- Sei que não e nem é minha intenção.

Ishitar o olhou desconfiada.

- Quero uma luta de verdade com você. Quero ver até onde vai seu poder.

- Que seja. - começou a elevar seu cosmo. - suprema intervenção.

Ela concentrou seu cosmo nas mãos e disparou seu ataque. Akin ascendeu seu cosmo e parou o ataque.

- Como...?

- Precisa caprichar Ishitar. Tem que lançar um ataque desse nível para poder, pelo menos me provocar um arranhão.

O cosmo de Akin aumentou bruscamente.

- Mar do caos.

Uma grande quantidade de energia juntou-se nas mãos de Akin que a lançou. Ishitar criou uma barreira para defender-se porem a energia de Akin foi superior a dela e com isso foi atingida indo ao chão.

- Ishitar! - gritou Saga.

-----Ank-----

Ank defendia-se de todos os ataques e aproveitando uma distração de Hawa o lançou longe.

- Tem grande força física. - disse levantando. - gosto de mulheres assim.

- Seu gosto pouco me importa.

- Atrevimento me fascina.

- Vou calar sua boca. - Ank elevou seu cosmo. - tempestade elétrica!

Ela disparou seu ataque contra ele.

- É inútil. Absorção.

Formou um escudo com as mãos e através dele sugou toda a energia de Ank.

- Tefnut... - balançava a cabeça negativamente. - não aprende... - os olhos cor de âmbar brilhavam de maneira maligna. - jamais poderá me acertar. Jamais.

Numa velocidade incrível Hawa parou em frente a Ank que assustada ficou sem ação, com um sorriso nos lábios, fechou o punho direito e a acertou em cheio.

Ankhesenamon caiu a metros de Hawa. Levantava aos poucos e tossindo cuspiu sangue.

- Não vai me atacar Tefnut?

Ela não disse nada, elevou seu cosmo e preparou para atacar porem Hawa apareceu novamente na frente dela.

- Vamos brincar um pouco. - ele tocou em seu braço.

Ank soltou um gemido de dor, sentia que suas forças estavam sendo sugadas.

- Até que você é forte. - disse afastando. - sinto um grande poder.

Ela o olhou, seu corpo estava todo fraco e sem forças caiu de joelhos no chão.

- Sessão tortura. - seu sorriso saiu diabólico.

Hawa começou a bater nela. Na barreira Mú, elevava seu cosmo. Sentia um ódio terrível e na certa mataria o sem piedade.

------Akya----

Sadiki com um sorriso irônico defendia de todos os ataques de Akya.

- Muito simples. - deu um soco no estomago dela.

Akya recuou alguns passos.

- Não aprende que essas técnicas não funcionam comigo?

- Solaris. - a portadora de Chu partiu para cima dele.

- Idiota. Presas da serpente.

Sadiki lançou seu golpe, porem Akya conseguiu se esquivar e acerta-lo. Ele sentiu uma forte dor no estomago.

- Doeu? - devolveu o sorriso irônico.

- Sua vadia, pelo feito de conseguir me atingir vou te dar um presentinho.

A portadora preparou-se. Sadiki elevou seu cosmo e ele aumentava a cada minuto.

- Serpentes diabólicas.

Akya esperava um ataque vindo da frente, contudo do chão começou a surgir varias serpentes.

- O que... ?

As serpentes envolviam o corpo dela e nesse processo a mordia.

- São venenosas e o veneno espalha depressa.

- Droga.

Akya tentava e livrar delas, mas a medida que se livrava de uma outras duas apareciam.

Sadiki cruzou os braços.

- Vou esperar pacientemente sua morte. - gargalhou.

As serpentes já tomavam conta de quase todo o corpo dela e para piorar o sangue escorria pelos ferimentos. Akya foi envolvida por completo indo ao chão.

- Fácil.

Shura tentava se soltar, com todos aqueles ferimentos Akya não sobreviveria.

------Isi------

Isi começou uma serie de chutes e socos em Imotep que defendia sem problema o que a deixava com mais raiva. Seu cosmo estava fraco.

- Isso é tudo que consegue Hathor? Pouco.

Imotep deu lhe uma rasteira e antes que ela fosse ao chão deu lhe um chute. Ela parou de pé a poucos metros.

- Não me subestime.

- É uma adversária fácil.

- Dança de Hathor!

- Barreira da escuridão!

Em torno de Imotep apareceu uma barreira negra, o golpe de Isi atravessou-a.

- Inútil.

- Não cante vitória. Dança de Hathor!

Novamente o golpe dela atravessou.

- Desista Hathor.

- Nunca! - ergueu o sistro. - Dança de Hathor!

- Refração. - Imotep girou os braços.

O golpe de Isi bateu contra a barreira, porem não a atravessou e sim voltou. Com o impacto foi jogada longe.

------Ank-----

Ank estava caída bastante machucada, sua frágil armadura estava em pedaços, o guerreiro de Seth aproximou e agachou diante dela.

- Ankhesenamon...está num estado deplorável, mas não menos bela.

- Como...?

- Desde a primeira vez que te vi pensei comigo: ela vai ser minha. - o olhar dele era perverso.

- Maldito.

- Mas pelo que percebi o cavaleiro de Atena simpatiza com você.

- O que...

- Não suporto concorrência, por isso vou matá-lo.

- Não toque nele!

- Quer defendê-lo? - ele sorriu. - que tipo de morte terá.

Ank notou que ele fitava um ponto, acompanhou o olhar dele, ele olhava para a barreira.

- Se encostar nele...

- Vai fazer o que? Olha só o seu estado. - acariciou o braço dela. - não pode fazer nada.

- Cretino.

- Nada, mas proponho um acordo.

- Acordo?

- Sua vida pela dele.

- Como?

- Posso deixá-lo vivo se concordar vir comigo.

- Você é louco!

- De certa forma. O que me diz?

- Nunca.

- Então... - ele levantou. - vai ser fácil, ele está preso na areia, não vai ter chance de salvação.

Ank desesperou, tinha esquecido completamente que ele estava preso. Na barreira Mú estava apreensivo.

- Vou usar seu próprio golpe contra ele.

- Espere.

Reunindo o restante de forças que lhe restava, ela levantou.

- O que quer?

- Não é obvio?

A portadora recuou um passo, Hawa era um crápula.

-Será uma troca justa, você por ele.

- Se eu aceitar vai deixá-lo em paz?

- Sim.

Mú tentava ler os pensamentos dos dois, mas estava tão desnorteado que não conseguia.

Ank virou para vê-lo, ao notar que ele a fitava abaixou o rosto.

- "Me perdoe." Tudo bem eu vou com você.

- É inteligente. - deu um passo em direção a ela. - vamos celebrar.

Receosa deu um passo atrás, Hawa segurou seu braço e a puxou colando seus lábios nos dela. Ank sentiu-se mal, não queria que outro homem a tocasse daquele jeito e uma forma tão rude e impetuosa, mas por Mú agüentaria. O ariano olhava estarrecido, não acreditava que Ank estava fazendo aquilo.

- "Ank...? Será que..." - lembrou que ultimamente ela o tem evitado.

Entretanto fez a associação errada, esquecendo completamente do que Kamus havia dito sobre o cosmo dela.

------Akya-----

- Essas portadoras são decepcionantes. - Sadiki caminhava até ela porem... - o que... - caiu de joelhos no chão, sua perna estava ferida. - ela me acertou? - ele a olhou.

Para a surpresa dele uma luz dourada começou a surgir em torno da portadora, seu corpo começou a pegar fogo, matando todas as serpentes.

- Não é possível. - ele levantou.

Akya estava de pé. Respirava ofegante e tinha o corpo todo machucado.

- Essas cobrinhas não me assustam.

- É mais resistente que pensei, mas... - sorriu. - já olhou para o estado do seu corpo? Não sei ser reparou, mas a sua armadura...

- Eu sei. - a proteção dela tinha reduzido apenas para a caneleira esquerda, o peito e o braço direito. - mas não se preocupe com isso.

- Já que diz. Prepare-se, pois desta vez não vai escapar.

Os dois elevaram seus cosmos e dispararam contra o outro.

- Solaris!

- Serpentes diabólicas.

Chocaram-se, Akya foi acertada e o restante de sua armadura virou pó, Sadiki permaneceu de pé.

- É inútil. - sentiu uma dor no ombro esquerdo. - o que... ? De novo? - a fitou. - “se continuar assim ela vai me matar, terei que usar outros métodos.” - sorriu de maneira maléfica.

Akya continuava deitada, mas consciente. Seu corpo todo doía e parecia que o veneno começava a fazer efeito: já não via e ouvia muito bem.

- Akya.

A portadora escutando uma voz conhecida levantou a cabeça.

- Shura?

Diante dela estava Shura de Capricórnio.

- O que está fazendo aqui?

- Assistir sua derrota. - sorriu.

- Como... ?

- Entregue a jóia para Sadiki, quem sabe ele possa deixar que viva.

- Por que... ? - com muito custo conseguiu erguer o restante do corpo. - está a favor de Seth?

- Não, estou a favor da justiça. Uma pessoa fraca como você não merece possuir objeto tão precioso.

Akya o olhou perplexa. Aquilo não podia ser verdade, fechou os olhos. Na barreira, Shura tentava alerta-la que era um truque de Sadiki.

- Akya.

Abriu os rapidamente.

- Mestre?

Um homem vestindo uma túnica branca estava parado na frente dela.

- O que faz... ?

- Chu está decepcionado com você. Pensei que seria uma boa portadora, mas não passa de uma fraca, foi desperdício treinar você.

- Mestre... ?

- Vou puni-la em nome do deus Chu. - o homem ergueu a mão. - solaris.

Uma bola de energia partiu da mão dele acertando-a em cheio. Ela caiu de bruços e com muito custo virou-se, seu mestre já não estava mais ali.

- Para onde...

- Oi Ya.

A portadora gelou, aquela voz, aquela voz... olhou para a direção, seus olhos encheram de água.

- Ha... Hakor...

Um garoto de cabelos cacheados e olhos roxos estava parado diante dela.

- Hakor. - sorriu.

- Por que não foi nos salvar! - gritou.

- Hakor... - as lagrimas desceram.

- Tinha que ter nos salvado, por que nos deixou morrer?

- Eu... eu tentei chegar a tempo. - conseguiu levantar. - juro.

- Chamei por você, enquanto eles me golpeavam.

- Eu...

- A cada grito de dor, gritei pelo seu nome.

- Eu tentei... - Akya chorava muito.

- Papai e mamãe também chamaram por você, mas você nos abandonou. Abandonou-nos!

- Hakor.

- Isso não serviu para nada. - tirou uma correntinha do pescoço e atirou nela. - nada!

- Me perdoe. - caiu de joelhos. - me perdoe... me perdoe.

- Não devia ser chamada de portadora, não conseguiu nem salvar sua família.

Shura estava com ódio.

- Maldito, está usando a imagem do irmão.

- Hakor me perdoe. - continuava a chorar.

- Eu te odeio Ya!

Akya o olhou, aquilo era a ultima coisa que imaginava escutar.

- Odeio! E por ter nos matado, merece morrer.

- Hakor?

O garoto apontou o dedo para ela.

- Não Hakor...

- Seu coração vai parar de bater. - a voz dele mudou. - encontre com sua família no inferno. Picada final.

Hakor disparou, Akya estava tão atordoada que nem se defendeu, um raio de luz a atingiu no peito atravessando-o.

- Ha-kor... - foi ao chão derrubando a estrela.

- Akya!!! - gritou Shura.