Meu Herói escrita por Lari Duda


Capítulo 10
Vilão misterioso e maluco


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos leitores ^^
Peço desculpas pela demora para postar, mas esse capítulo é diferente... Muitas ideias e mais ação.
Espero que gostem e boa leitura :)



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Mary Jane acordou com uma grande ressaca. Percebeu que Peter já não estava mais ali. A garota não se lembrava de muita coisa, mas sabia que tinha passado a noite com ele. Sabia muito bem o que tinha acontecido.

– Ai que droga! Maldita dor de cabeça! – resmungava a ruiva levando as mãos sobre a testa.

Ao levantar da cama aos poucos, notou que havia um bilhete em cima do criado mudo ao lado da cama. Era de Peter.

‘’Você parecia um anjo dormindo, não quis te acordar...

Desculpe, mas eu tive que ir embora. Nova York precisa de mim.

P.S: A noite foi ótima, você me surpreendeu. Você é muito linda e sexy.

Peter.’’

Quando terminou de ler, Mary Jane sorriu e logo foi tomar um banho e se vestir. Ela também tinha gostado muito da noite anterior. Foi especial para ela, apesar de estar completamente louca e fora de si. A única certeza que ela tinha era que queria repetir a dose.

* * *

Peter chegou em casa por volta do meio-dia. Tia May estava com o almoço na mesa.

– Oi querido.

– Olá Tia May.

– Como foi sair ontem?

– Foi ótimo. – Peter sorriu para si mesmo. Para sua sorte, Tia May não viu, pois assim perceberia que algo mais havia acontecido.

– Está com fome? Eu fiz macarrão com queijo.

– Estou sim.

Peter serviu-se e almoçou com sua tia. Foi bom, pois aproveitaram para conversar sobre diversos assuntos e passar mais tempo juntos. Após passar um bom tempo fazendo companhia para Tia May, Peter subiu para seu quarto, onde poderia lembrar-se da noite anterior e refletir um pouco.

– Não creio que fiz isso... – Peter sussurrou para si mesmo admirado. Na verdade, não esperava que sua primeira vez fosse com Mary Jane. Eles começaram a namorar há pouco tempo, ainda era cedo para isso acontecer... Desejou muito ter um momento assim com ela, mas queria que sua primeira vez tivesse sido com Gwen, porque ele tinha certeza que a amava. E o que ele sentia falta era do amor. Mas agora não importava mais.


De repente, Peter ouviu barulhos estranhos na cidade. Pareciam estouros, algo realmente estranho. Resolveu checar o que estava acontecendo. Vestiu-se como Homem-Aranha e saiu pela janela do quarto, lançando sua teia pelos edifícios. Deu um giro no ar e parou em cima de um prédio bem alto. Observou tudo ao seu redor, pois dali tinha uma ótima visão de Nova York, o que o fez se deparar com uma criatura estranha, verde e de trajes roxos. Parecia um duende maluco e neurótico, voando em cima de um jato planador, e lançando bombas de gás pela cidade inteira, prejudicando várias pessoas que passavam pelas ruas e eram atingidas, ou as que estavam dentro de um carro prestes a sofrer um acidente. A criatura tinha uma ótima mira, e conseguiu acertar todos os seus alvos.

O Homem-Aranha imediatamente salvou várias pessoas antes que fossem feridas e, em seguida, se aproximou da estranha criatura, que ria sem parar de toda aquela desgraça.

– É bom você parar com isso agora mesmo, seu maluco!

– Ora, ora... Se não é o famoso Homem-Aranha?! Me faça parar. – ele jogou uma bomba em um carro da polícia, estacionado próximo à torre da Oscorp, provocando grandes estragos.

– Pare com isso agora mesmo! Quem é você?

– Você está de cara com o Duende Verde, meu caro. Vamos! Dê o seu máximo para me derrotar! Você não é o ‘’herói’’? – Ele debochou e se afastou rindo, jogando as bombas para todos os lados, o que fez aumentar ainda mais a fúria do Homem- Aranha, que imediatamente lançou sua teia por uma torre e com o impulso de seu deslocamento, deu um chute no Duende maluco, que quase caiu de seu jato.

– Ah, mas olhe só! Eu consegui te irritar? – o Duende riu e na mesma hora empurrou Peter tão forte que ele caiu do jato. Para se salvar, o Homem-Aranha acionou sua teia para um dos grandes prédios, que impediu uma queda grave.

O Duende Verde tinha uma força incrível. Peter estava confuso. Como uma criatura com aparência tão idiota como aquela conseguia ser tão forte? Só poderia ser uma mutação. Mas quem estaria por trás disso? Era mais um mistério que o Homem-Aranha precisava resolver.

Peter tentou lutar com o Duende novamente, mas ele se afastou e sumiu no céu. O Homem-Aranha tentou persegui-lo, mas foi inútil. O Duende Verde realmente havia desaparecido no ar. Mas ele iria voltar. Disso Peter tinha absoluta certeza.

* * *

Na manhã de segunda-feira, Peter acordou muito cansado. Por mais que tenha tido o final de semana inteirinho para estudar, não teve cabeça para nada disso. Não conseguia se concentrar. Não conseguia pensar em outra coisa, senão no misterioso Duende Verde e quem estaria por trás desse novo mistério.

Sentia uma forte dor de cabeça, pois dormiu muito pouco. Levantou da cama e se vestiu depressa. Não podia chegar atrasado para a aula. Pegou sua mochila e saiu de casa sem nem ao menos tomar um café. As imagens do misterioso Duende Verde não saíam de sua mente.

Chegando no Colégio de Ciências de Midtown, Peter dirigiu-se para a sala depressa. Nem sequer procurou por Mary Jane. Estava muito preocupado com as provas. Não queria decepcionar Tia May. Certamente ela ficaria muito desapontada se ele tirasse notas baixas. Afinal, Peter sempre foi o orgulho de sua tia por ser um dos melhores alunos da classe.

Ao passar pelo corredor correndo, Peter encontrou Gwen. Ela notou a expressão preocupada no rosto de Peter e se aproximou.

– Peter! Está tudo bem?

– Oi, Gwen. Não é nada...

– Você parece preocupado! O que foi?

– Preciso ir para a sala.

– Não quer me contar o que houve? – os olhos azuis de Gwen brilhavam ao olhar para Peter, que a partir daquele momento, não conseguiu mais mentir para ela.

– Tá... Olha só, Gwen... Estou ferrado.

– O que foi? Me fala!

– Duende Verde. Eu encontrei. Eu tentei lutar com ele. Não consigo me concentrar. Eu não estudei! Eu preciso...

– Ei, calma! Não estou entendendo nada. Quem é Duende Verde?

– Uma criatura estranha. Uma mutação. Não sei quem ele é, mas é um cara mal. Ontem ele estava jogando bombas de gás e explosivas pela cidade inteira! Eu tentei lutar com ele, mas ele é forte demais! Quando eu fui atacá-lo novamente, ele se afastou e sumiu.

– Nossa! Então esse é o nome dele? Eu o vi ontem! Mas foi algo muito breve...

– Fique longe dele, está bem? Tome cuidado, por favor... Não quero que se machuque.

– Tudo bem, Peter. Mas não se preocupe, eu posso te ajudar agora com as provas se quiser... Para a nossa sorte, a primeira aula é vaga e eu também preciso dar uma revisada nas matérias.

– Obrigado. – um sorriso de alivio e gratidão formou-se no rosto de Peter.

– Tudo bem. Vamos até a biblioteca, antes eu vou buscar meus materiais no armário.

– Ok. Te encontro lá. – Peter afastou-se para ir até seu armário também. No caminho, encontrou Mary Jane. A garota parecia estar procurando por ele também.

– Pete! Você está bem? Eu fiquei sabendo que lutou com um cara estranho ontem! – a ruiva acariciou o rosto de Peter.

– Oi. Sim, é verdade... Mas eu te explico tudo depois. – Peter beijou os lábios dela. – Agora eu realmente preciso estudar... Não quer vir comigo?

– Ahh... Tem certeza? – Mary Jane fez uma careta. A garota definitivamente detestava estudar.

– Ora, vamos. Gwen vai me ajudar!

– Gwen? – Mary Jane sentiu ciúmes. – Não sei se isso é uma boa ideia...

– Não se preocupe, lindinha. Somos apenas amigos.

– Está bem então... Pode ir, eu deixo.

Peter sorriu e beijou a ruiva. Em seguida, caminhou depressa ao encontro de Gwen na biblioteca. Harry estava sentado próximo dela. Os dois pareciam gostar da companhia um do outro.

– Peter! Venha aqui! – Gwen chamou.

– Eu trouxe meus materiais também. – Peter sentou-se ao lado dela. – Não sabe o quanto eu fico grato por querer me ajudar.

– Está tudo bem... – Gwen pegou os livros. – Então... Por onde quer começar?

– Por física. É a próxima prova. E falando sério, é a matéria que eu mais estou indo mal. Não sei por quê...

– Calma. Você só precisa se concentrar. Tente esquecer o que aconteceu.

– Isso é meio difícil...

– Com licença... Você é Peter Parker, não é? – o garoto estranho que conversava com Gwen resolveu se enturmar.

– Sou eu mesmo. – Peter assentiu com a cabeça.

– Ah, esse é o Harry, Peter. – Gwen fez uma breve apresentação.

– Harry Osborn. – o garoto completou. – Como vai?

– Vou bem e você?

– Também... Soube que você é filho de Richard Parker, o famoso amigo do Dr. Connors.

Peter fez que sim.

– Conhece o Dr. Curt Connors?

– Claro! Principalmente meu pai, Norman Osborn. Ele é um dos chefes da Oscorp. – Harry puxou uma cadeira e sentou-se na frente de Peter. – Gwen não te falou nada sobre isso?

– Desculpe... Nem me passou pela cabeça... – Gwen deu um sorriso sem graça.

– Legal. – Peter sorriu por um instante.

Passaram uma aula inteira estudando. Peter procurava ao máximo se concentrar. Gwen estava ajudando muito. Peter não conseguia parar de olhar para ela. Sempre linda e delicada. Ela nunca mudava aquele jeitinho meigo de falar, de se expressar... Peter ainda sentia algo forte por ela. Percebeu que não queria se afastar dela, não queria esquecê-la realmente.

Harry não parecia ser chato ou metido, como achava que era. Sentiu curiosidade em conhecê-lo melhor. Pensou até na possibilidade de se tornar amigo dele. Mas o que o deixava mais curioso era conhecer Norman Osborn. Qual seria a função dele na Oscorp? Como ele seria? Peter decidiu conversar com o colega mais vezes.


Antes de sair da escola e ir para casa, Peter procurou por Gwen. Encontrou-a saindo do laboratório de ciências. Ela estava guardando seu jaleco.

– Gwen, espere!

– Peter?

– Obrigado! Graças a você eu consegui me concentrar nas provas. Eu acho que fui bem, pois eu fiz todas elas com tranquilidade.

– Que bom! – Gwen sorriu. – Fico feliz que tenha conseguido.

– É... Verdade. – Peter retribuiu o sorriso.

Ambos ficaram em silêncio por alguns instantes.

– Você é uma ótima pessoa, Peter. Você sempre foi esforçado, dedicado e focado. Nunca deixe isso de lado. Nunca deixe de ser quem você é. – Gwen aproximou-se de Peter e o beijou no rosto. Em seguida, a garota se afastou para ir embora. Peter apenas ficou admirando sua atitude, enquanto tocava sua bochecha.

Ela realmente se importava com ele. Gwen nunca teria coragem de deixá-lo. Mesmo sabendo que poderia ser melhor para ela tentar esquecer o garoto que não era mais seu, ela sempre estaria presente. Sempre estaria lá quando ele precisasse.



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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam?
Por favor, peço mais uma vez que deixem um review. Realmente preciso saber o que vocês estão achando da história.
Obrigada! :)