O Lago De Callibri escrita por Joana Hunter


Capítulo 1
Capítulo 1 A casa do lago


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem...

Aceito ideias, opiniões e críticas construtivas.

( Na sinopse não fala muito da parte que mais gosto ( a fantasia ) mas a história está cheia de mistérios e fantasia, e posso dizer que ao encontrar o corpo ele tem uma grande surpresa...).



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“ Eu não queria, não queria mesmo estar lá. Foi o meu primo Zack que me empurrou no lago. Disse que eu era um mensageiro e coisa e tal. Quando eu caí no lago, eu pensei na minha avó eu só queria me desculpar por algumas coisas que disse. Pensei que ia morrer por que não sei nadar. Eu até tentei subir para a superfície de novo, mas alguma coisa me puxou, aí eu acordei aqui, não conheço ninguém nem tava fazendo nada de errado eu juro.” – Disse o menino pequeno e magricela que parecia ter seus 7 anos. Ele estava trêmulo e sujo, todo molhado depois de ser resgatado do lago.

19 anos depois...

– E aí cara, você tá bonitão hein... – Disse Arthur. Eric riu.


– Tô falando sério, se eu fosse mulher eu pegava você. – Arthur brincou.




– Cale a boca. – Disse Eric.












– Te deixava mortão. – Disse Arthur.







































Neste momento Andrea, uma mulher loira que era muito bonita, a namorada de Eric, entra no quarto onde estavam Eric e Arthur e dá um caloroso beijo em Eric.
















































































– Uau! – Diz Arthur.
















































































































Andrea ri.




















































































































– Oi . – Ela diz.




















































































– Oi, se ele der mancada, eu tô aqui... – Arthur responde.






































– Calado! – Diz Eric dando um tapa na cabeça do amigo.










– Só pra lembrar. – Diz Arthur.


– Você não quer ir mesmo? – Perguntou Eric.

– Não, não... divirtam-se.

Eric e Andrea foram para a festa. O evento comemorava mais um aniversário da empresa de Eric da qual Arthur era sócio. Depois de algum tempo, Vitor, um funcionário da empresa chegou à festa e foi até Eric.

– Eric Golden, ótima festa! – Disse Vitor.

– Obrigado, mas foi Arthur quem organizou.

– Ele está aqui?– Disse Vitor.

– Não, não pôde vir. - Eric respondeu.

– Ótimo! Excelente ocasião para eu apresentar minha ideia... – Disse Vitor

– É sobre trabalho? - Eric perguntou.

– Sim, é uma ótima oferta que... – Dizia Vitor.

– Me desculpe, mas, estamos numa festa. Não é um momento propício para discutirmos isso. Além do mais, Arthur também faz parte da empresa. Ele precisa estar presente em qualquer decisão que diz respeito à empresa. Com licença, aquele é Roberto?! Eu preciso falar com ele. - disse Eric interrompendo Vitor.

– Está bem. – Disse Vitor meio sem graça.

– Roberto, você veio!

– Eu não deixaria de vir, filho... – Disse o velho.

– Fico feliz por isso. E você como está?

– Velho e enferrujado, mas ainda dou pro gasto.

– Não diga isso. Sinta-se à vontade, temos música, bebidas e gatinhas. – Disse Eric apontando para um grupo de mulheres que sorriram.

– Acho que não estou tão enferrujado. – Disse o velho. Eric riu.

Andrea se aproxima de Eric.

– Eric, meus pais chegaram. – Disse Andrea

– Legal, onde estão?- disse Eric

– Estão numa das mesas do fundo. – Disse Andrea

– Ok, então vamos até lá. - disse Eric

– Sr e Sra Gray, que bom que vieram. - Disse Eric quando se aproximou dos pais de Andrea.

– Sua festa está ótima. – Disse o sr Gray, um cara desses do estereótipo magnata cinquentão, com o cabelo magnificamente bem penteado, equivalente ao da sra Gray que sempre estava envolvido em um coque excepcionalmente bem feito.

– Obrigado. Divirtam-se! - disse Eric

– Estamos nos divertindo... E vocês, como está a relação? – Disse a sra Gray.

– Estamos bem, sua filha é de mais! – Eric respondeu.

– Já pensaram em se casar? – Perguntou o pai de Andrea.

Eric ficou calado por um tempo, afinal, ele nunca havia pensado nisso. Mas não parecia ser uma ótima ideia.

– Papai! – Disse Andrea repreendendo o pai.

– Bem, eu acho que somos muito jovens. - disse Eric.

– Eu me casei com 17 anos, além disso estão namorando há algum tempo, presumimos que se gostem.

– Bem, nós... – Disse Andrea esperando uma resposta de Eric.

– Nós vamos pensar sobre o assunto. – Disse Eric com um sorriso forçado.

– Ótimo! – A mãe de Andrea disse. Eles se divertiram na festa até seu fim. Todos os convidados já haviam ido embora, apenas Eric, Andrea e um funcionário de Eric, que estava muito bêbado ainda estavam lá.

– Eu... eu amo muito você!!! – Disse Jason ( o funcionário bêbedo).

– Sim, eu sei que ama. – Disse Eric puxando Jason para fora do grande salão onde havia sido a festa. Quando já estavam lá fora, Eric chamou um taxí para Jason.

– Eu te levo pra casa. – Eric disse a Andrea indo até seu carro e abrindo a porta para ela.

– Pensei que fôssemos ficar juntos hoje... – Ela disse ao entrar no carro.

– Ah, você sabe... O Arthur está em casa, deve ter levado um monte de mulher pra lá, você não vai querer ficar lá. - Eric disse.

– O que você acha sobre o que meus pais disseram? – Ela disse.

– Concordo, a festa estava mesmo boa. – Ele disse distraído.

– Não, eu digo sobre o casamento. - Ela disse.

– Ah, eu acho que é meio cedo para isso. - Eric disse.

– Bem, já estamos juntos há um ano e meio e... – Ela disse.

– Um ano. – Ele interrompeu-a corrigindo. - Eric disse.

– Não, temos um ano e meio de namoro. – Ela disse.

– Lembra aquela vez que você pediu um tempo?! Ele durou seis meses... – Ele disse ao direcionar o olhar para ela, querendo provar que tinha razão. - Eric disse.

– Mas ainda estávamos juntos. Porque está dizendo isso? Você ficou com alguém? – Ela disse.

– Bem, eu... – Ele disse meio embananado.

– Eu não acredito que fez isso!Para o carro! – Ela ordenou.

Ele obedeceu e ela saiu. Ele foi atrás.

– Gata, espera... – Ele dizia tentando acalmá-la.

– Você só pensa na sua empresa e no seu amigo retardado! Quer saber, fica com ele.

– É, talvez seja melhor ficar com ele! – Disse Eric que voltou para o seu carro.

– O que? – Andrea perguntou surpresa com a ação dele.

Ele fechou a porta do carro e acelerou sem hesitar. Andrea ficou no meio da rua e teve que chamar um taxí. Quando Eric chegou em casa se surpreendeu. Nada de mulheres, nem bebidas. Arthur estava lá sozinho. Eric sentou-se no sofá da sala onde Arthur estava.

– Você foi rápido, hein... – Disse Eric a Arthur.

– Você também, não curtiu com sua gata hoje? – Perguntou Arthur maliciosamente.

– A gente terminou. – Respondeu Eric.

– O que? Por que? – Ele perguntou surpreso virando-se para o amigo.

– Ela é uma idiota. – Eric disse.

– Por que? Eu acho ela legalzinha. – Perguntou Arthur curioso.

– Ela disse que você é retardado.

– Que vadia. Você me defendeu não é?!

– Não só por você, mas deixei ela no meio do caminho.

– Legal! – Arthur disse.

– O que você tem? Está quieto de mais. – Eric perguntou.

– Nada, sonho estranho. – Disse Arthur.

– Sonhou com a Dona Marta? – Eric perguntou.

– Eu disse sonho, não pesadelo. – Arthur disse. Eric riu.

– Ela odiava você... – Disse Eric relembrando tempos de infância. Arthur riu.

– Bons tempos... – Arthur disse.

– Bons tempos – Eric respondeu... Eu estava pensando. Acho que nós poderíamos tirar férias... Deixamos o Jason no controle da empresa, o que acha?

– Legal, pra onde vamos?

– Eu conheço um lugar sensacional.

No outro dia Eric fez uma reunião na empresa comunicando todos sobre as férias surpresa. Estava tudo certo no controle da empresa ficariam Jason e Vitor. Neste dia ele e Arthur foram embora mais cedo. O celular de Eric, agora com inúmeras ligações de Andrea foi arremessão em uma fonte da cidade. Eles arrumaram as coisas e saíram naquele mesmo dia à caminho do lugar sensacional que Eric mencionara. Eles dirigiram no carro de Eric na noite daquele dia e mais uma boa parte do outro dia. Até que entraram em uma grande estrada cercada por árvores.

Arthur liga o rádio. A estação sintonizada era uma rádio de Jazz.

– Que é isso cara! – Disse Eric mudando para uma rádio de rock.

– Você precisa de músicas mais animadas. – disse Arthur mudando para uma rádio latina.

Na bagunça que os dois estavam arrumando com o rádio acabaram sintonizando, sem querer em uma rádio desconhecida. Havia apenas um chiado e um cantar de pássaros que só podia ser ouvido com muito silêncio. Eric depois de alguns segundos ouvindo a misteriosa rádio colocou de volta na rádio de rock, onde agora se ouvia a música Back in Black do AC/DC.

– “AC/DC” back in black, animada o bastante. – Disse Eric.

Logo após, Eric entrou numa estrada de terra cercada por um tipo de floresta que no final de seu longo percurso dá acesso à uma grande casa antiga. A casa tinha dois andares e à sua frente localizava-se um grande lago que não terminava por ali. O lago era cercado por árvores centenárias e não ficava muito longe da casa. Ao sair pela porta dos fundos da casa e andar poucos metros chegava-se em uma pequena ponte que terminava no lago. Havia lá um barco.

– Sabe, Eric, eu assisti floresta maldita... – Disse Arthur já fora do carro olhando para a velha casa.

– Ah, é?!... – Disse Eric retirando algumas malas do carro.

– Não, é sério, mas sabe qual a diferença?! Eles levaram garotas. Aposto que tem uma família deformada e canibal morando por aqui e quando nos verem, vão querer nos comer... no bom sentido do mau sentido, ou seja, no sentido literal. - Arthur disse.

– E qual seria o mau sentido do mau sentido? - Perguntou Eric.

– Não vai querer saber... - Disse Arthur.

– Humrrum... Quer me ajudar a carregar isso? - Eric disse.

– Claro, claro... Mas você entra na casa e aparece naquela janela lá de cima... se sobreviver até lá, eu vou.

– Tudo bem. – Disse Eric tirando um molho de chaves velhas do bolso e abrindo a porta da casa. Ele lá entrou e minutos depois apereceu na janela de cima, como combinado. Então o medroso Arthur subiu com mais malas. Quando acabaram de subir com tudo que levaram, tiraram os plástico que protegia os velhos móveis de poieira. Ligaram o gerador de energia e ligaram uma pequena televisão de plasma que levaram. Se acomodaram no confortavel sofá cor de vinho da sala.

– Então, como vamos nos divertir nesse fim de mundo? – Arthur perguntou.

– Caçando, pescando, fazendo trilhas e sei lá, tem muita coisa pra fazer aqui. – respondeu Eric.

– E vamos caçar o que aqui?! Cervos? – Perguntou Arthur caçoando do amigo.

– O que mais você queria? Caçar seres sobrenaturais como naquele seriado de tv? – Eric respondeu com sarcasmo.

– Até que seria legal! – Disse Arthur. O vento deu um forte assopro que bateu as janelas que estavam abertas.

– Retiro o que eu disse, retiro o que eu disse. – Disse Arthur assustado.

– Foi só o vento seu lerdo. – Disse Eric rindo.

– Sempre é o vento nos filmes de terror. – Se defendeu Arthur.

Eles dormiram e no outro dia quando acordaram comeram algumas coisas que levaram. Depois saíram para caçar. Eles ficaram um bom tempo correndo pela mata com uma espingarda atrás de pequenos animais, mas não conseguiram pegar nenhum. Talvez pela falta de prática. Depois foram pescar no grande lago, conseguiram pegar poucos pequenos peixes.

No outro dia novamente tentaram caçar. Eles andavam atentos em meio à floresta e faziam silêncio. Alguma coisa se meche na árvore. Eric aponta sua arma, espera outro movimento do animal e atira. O tiro foi certeiro e o animal morto caiu um pouco mais à frente. Eles correram para ver a proeza. Era um corvo.

– Olha só, eu acertei! – comemorou Eric.

– Grandes coisas, um corvo. – Disse Arthur debochando.

– E você que não caçou nem mesmo um corvo?! – Respondeu Eric.

– E quem pescou mais peixes ontem? – Respondeu Arthur.

– Aposto que pesco mais peixes que você. – Disse Eric.

– Aposta aceita. Se eu ganhar vai ter que lavar minhas roupas. – Disse Arthur.

– E se eu ganhar, você lava as minhas. – Disse Eric.

Eles foram pescar, desta vez foram com o barco mais longe que da vez anterior. Eles pararam o barco movido à motor num canto do lago e jogaram as iscas. Ficaram lá por uns 20 minutos até que a isca de Eric puxou. Na água desta direção o barro se espalhava e bolhas apareciam.

– Arthur, olha isso. – Disse Eric quando percebeu o que acontecia.

–Para de puxar! – Disse Arthur.

– Eu não estou puxando. – respondeu Eric. De repende emergiu da água suja de barro um pedaço de tecido, muito sujo de barro. Rapidamente mais partes desse tecido apareceu.

– Liga o barco, vamos dar o fora daqui. – Disse Arthur.

– Não, espera. – Disse Eric. – Nesse momento apareceu uma mão apareceu.

– Droga! É um corpo. – Disse Arthur chegando mais perto para ver melhor. Eric desceu do barco e puxou o corpo para a terra firme.



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