Os Três Escolhidos - 1 - A Sombra Da Noite escrita por HenryDixon, Rflpires, Pedro 2Mz


Capítulo 1
Rafael




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Meu dia começou bem, acordei com um balde de água na cara, já era quase hora do almoço, e como sempre, eu não havia dormido direito por causa dos pesadelos (todo semideus tem pesadelo, que provavelmente vão se realizar). Nessa noite, sonhei que um cara estava chegando ao acampamento com seu sátiro, só que com sérios problemas, vários monstros apareciam de todos os lados, para tentar mata-los. Vi vários campistas correndo para tentar ajudar o garoto e seu sátiro. Mas eles estavam muito lentos, não iam conseguir chegar lá em tempo. Os monstros iam matá-lo. Quando vi dois semideuses, montados em pégasos, passando por todos em uma velocidade incrível e ficando entre o garoto e os monstros. Eu sabia muito bem quem eles eram. Era o meu melhor amigo, Lucas Dixon, e claro, eu. Depois disso eu acordei todo encharcado, e xingando todo mundo.

– Por que você fez isso? - Gritei levantando em um só pulo da cama

– Calma, calma, sou eu, o Lucas, você não vai me bater com o seu caduceu né?! - Quando vi que já estava com o caduceu na mão pedi desculpas

– Cara, foi mal, mas isso é jeito de acordar alguém? - Perguntei indignado.

–Sei lá Rafael, deu vontade! - E nós dois caímos na risada, até que ele falou:

– Vou sai daqui de dentro pra você se trocar, já está quase na hora do almoço, vai rápido ai.

– Beleza, vaza daqui logo!

Depois de me trocar, e colocar a camisa laranja do acampamento, eu fui encontrar o Lucas no refeitório. Ele estava com os seus colegas de chalé, e eu fui me sentar com os meus. Meu pai é Hermes, na minha mesa se você não tomar cuidado, você sai de lá até sem roupa. Os novatos sempre sofrem. Eu, como sou um dos mais velhos, sou o conselheiro chefe. Ninguém faz brincadeiras comigo, primeiro porque eu que comando todas as brincadeiras. A mesa estava uma bagunça, até que chegou a hora de ir fazer as nossas oferendas aos deuses. Quando chegou minha vez joguei parte da minha pizza nas brasas e pedi em silencio: “Pai, se o senhor estiver me ouvindo, faça com que aquele pesadelo não aconteça. Estou com um mau pressentimento”, e fui me sentar de novo.

De tarde, eu fui praticar esgrima na Arena. O Téo, nosso diretor do acampamento estava ensinando como se defender com a espada para uns novatos. Quando ele me viu ele veio na minha e direção e disse:

– Você aqui de novo? Você não cansa não? - E começou a rir. E claro, como nós somos amigos há muitos anos, eu também comecei a rir e falei.

– Claro que não! Você acha mesmo que eu ia deixar você ensinar esses novatos a se defender? - Aí que todo mundo começou a rir mesmo. Téo me olhou e disse em um tom de superioridade:

– A é? Então vamos lá, eu contra você, pode ser?

– Claro! Você quer atacar e eu me defender ou ao contrario? - Perguntei.

– Você defende então! - E virou para os garotos e falou – Crianças aprendam como se luta. – Eu peguei o meu telefone, que se transformou em uma espada e o Teo pegou uma espada.

Ele me atacou. Eu desviei fácil. O Téo estava começando a ficar sem graça. Então eu pensei: “deixo ele me acertar ou o desarmo?”. Preferi continuar só defendendo, até ele desistir. Quando ele desistiu, eu já estava morto, todo suado, só que sem nenhum arranhão. Téo estava pior ainda, como ele que atacou, ele estava muito mais cansado, e os novatos, todos de boca aberta. Depois disso eu o chamei, e ele deixou os campistas treinando sozinhos, e nós fomos para a Casa Grande.

Quando chegamos, eu falei para ele sobre o sonho que eu tive, sobre o garoto sendo atacado por vários monstros, e que alguma coisa muito grande estava por vir. Ele ficou me encarando, provavelmente pensando no porque que tantos monstros estariam atacando um só garoto. - Ele se levantou e falou:

–Você esta pensando o mesmo que eu? - E eu respondi:

– Se você estiver falando que talvez esse garoto seja, provavelmente, um filho dos três grandes... Sim, eu estou pensando. - Ele concordou com uma cara séria. E após alguns minutos de silêncio, disse:

– Exatamente, só pode ser. Um semideus só não iria chamar a atenção de tantos monstros ao mesmo tempo... – Ele parou, provavelmente odiando a ideia. Mas completei sua fala:

– A menos que ele seja uma filho de um dos três grandes.

– Exato! A última vez eu vi tantos monstro juntos, foi na batalha contra Cronos, em Nova York, enquanto eu ainda nem era um campista, ou melhor, nem nascido. Agora o acampamento está no Brasil, e depois de uns anos você e o Lucas chegaram ao acampamento, e desde então tem sido tudo tranquilo.

Não falei nada, apenas esperando ele complementar o seu pensamento. Mas fiquei impaciente, provavelmente por causa do TDAH -Que quase todos semideuses possuem- mas não aguentei mais. - Então o que você me diz?

– Volte para as suas atividades normais, finja que nada aconteceu. Já está quase na hora do jantar, e amanhã haverá caça a bandeira. Prepare a sua equipe e, como sempre, vença mais uma.

Eu saí andando naturalmente, pensando no que eu ia fazer, quando eu vi o Lucas jogando vôlei. “Ele falou para eu agir normalmente” Pensei. Fui até lá jogar com ele. Mais tarde, depois do jantar, nós nos reunimos na fogueira, para separar os grupos da caça à bandeira. Quem sempre tirava pra escolher era o chalé 11, ou seja, o meu, e o chalé 5, de Ares. Fomos eu e o Matheus Clarkson para perto da fogueira. Como o meu grupo havia ganhado a ultima competição, eu escolhi primeiro e falei:

– Chalé 7 de Apolo, está comigo. - E o Clarkson falou logo depois:

– Chalé 1 de Zeus comigo. - No final ficou assim: o primeiro grupo: Chalé 11, Chalé 7, Chalé 6, Chalé 9 e o chalé 10 que eram os mais numerosos; e o segundo ficou com os outros chalés, que tinham uma ou duas pessoas.

Depois disso, teve as cantorias, o chalé de Apolo, como sempre, animou todos com suas canções e seus instrumentos. Lucas liderava no violão. Eu achava o violão uma coisa, literalmente, dos deuses. Tanto que pedi a ele para me ensinar a tocar, mais para tentar conquistar uma menina – A menina. E a fogueira ficou linda como sempre. E no chalé de Afrodite, lá estava ela: a garota mais perfeita do acampamento, mas que nem ligava pra mim. Carol. Perfeita, simplesmente perfeita. Eu passei a noite toda olhando para ela. Até que tocou o sino do toque de recolher, e fui para o meu chalé.




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