Vigaristas escrita por Juh, Amanda, Taís


Capítulo 39
Vingança


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos *-*

Recebemos uma linda recomendação à qual dedicaremos somente no próximo capítulo.

Antes de iniciarem a leitura deste, gostaríamos de dizer que amamos muito vocês, se possível sentem-se bem confortavelmente, inspirem e expirem o ar com calma, tomem um suco de maracujá, façam uma oração, pensem em coisas boas, lembrem-se que vocês amam de paixão as escritoras... Que são maluquinhos por elas e que as querem vivas, porque elas precisam terminar a fic *-* Por último... Sejam bonzinhos nos comentários, sim?!



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Faziam três bilhões novecentos e trinta e quatro mil contagens pausadas, mais oitenta e seis minutos de voltas no quarto, mais vinte e quatro de respirações prolongadas e sete décimos de segundos que estava contando a merda dos farelos daquele teto esperando o Sasuke voltar...



ONDE AQUELE FILHO DA MÃE SE METEU???




Um café da manhã romântico não leva esse tempo, nem uma tele mensagem. Uma serenata de amor? Verifiquei pelo vidro da janela emperrada, e nenhuma espécie de Sasuke tocando um violão havia por ali. Argh!



Nem as mulheres na época da ditadura, nem as bruxas queimadas por heresia, nem a Britney se divorciando e perdendo a guarda dos filhos sofreram mais que eu!


A tonta aqui esperando o Sasuke voltar sei lá de onde, quando os MIB- Homens de preto vieram me seqüestrar no muquifo! Eram os escravos do Itachi!


Céus, eles nos encontraram!



Por isso Sasuke não voltara, coitadinho devia estar sendo torturado e eu aqui pensando besteiras a seu respeito. Ele não me abandonaria, não depois da noite passada. Então precisava aplicar meu super plano que era... Não resistir! Isso mesmo, mamãe sempre me ensinou, todo mundo que reagi a um seqüestro, ou assalto se ferra no final até parece que não assistem jornal! E como tenho um extinto de preservação de vida apurado, fiquei quietinha enquanto aqueles tolinhos tampavam minha boca pensando que eu gritaria. Tsc! Não mesmo! E gastar minha linda voz? Eu não...



Não tinha motivos pra me desesperar... Sasuke viria me salvar, aquele homenzinho havia participado da terceira guerra mundial, isso sim! Sabia lutar, atirar, matar, dar cambalhotas e todas essas coisas que só os que salvam as mulheres indefesas no final, sabem fazer.



Mas não podia ignorar que estava seqüestrada, sob a dura vigilância de Itachi, estava sendo maltratada na condição de prisioneira e se antes não sabia o significado da palavra sofrimento, acabo de descobrir...




— Precisa de mais alguma coisa?— perguntou um dos empregados.




— Este suco de uva está meio doce demais e este croissant é o pior que já comi na vida. Não tem uma cor de esmalte melhorzinha não? Esta saiu de moda na semana passada!— disse me ajeitando no meio das almofadas francesas. Estes empregados dele eram muito mal treinados, onde já se viu? Sem nenhuma noção das novas tendências... Cruzes!



— Irei providenciar senhorita.



— Não demore. —disse e ele assentiu saindo do quarto. Da ultima vez que pedi um prato de iguarias da malásia, ele havia demorado a trazer, parecia ter dado a volta ao mundo pra consegui-lo... Incompetente!



Pra completar toda estas torturas ainda atrapalharam os flashes back’s que estava tendo da noite passada adentrando o quarto, só que desta vez... Era Itachi.



— Podemos conversar?— perguntou sem expressão. Eu apenas assenti. — Então... Você é a esposa do meu irmão bastardo que voltou para se vingar. A falida Haruno. — disse encarando-me.



— Vejo que andou pesquisando no Google. — disse irônica. — Onde está o Sasuke?



— Pensei que pudesse me responder.



— O quê? Sasuke não está sendo torturado numa cadeira elétrica no porão da casa?



— Sakura sem joguinhos! Não vê que não pode mais me enganar?— perguntou irritado.



— O que quer Itachi? Que eu te conte um plano que não sei qual é, um plano do qual se quer faço parte? Pensei que Sasuke também tinha sido pego, mas acabo de ver que ele simplesmente me deixou!— disse sentindo-me aflita. Sasuke viria me buscar, não viria? Sim, ele viria!



— Seja sincera comigo e conte-me a verdade. — disse de repente parecendo exausto ao sentar-se na ponta da cama em que eu estava.



— Não tenho mais porque mentir... Você já descobriu tudo. — disse refletindo sobre como começar. — Assim que meu pai faleceu e descobri a falência, me casei com Sasuke, acreditando que ele fosse rico e vice-versa. Só depois descobri que ele era um golpista, nós combinamos que eu o ajudaria e assim que tivéssemos dinheiro o suficiente iríamos nos separar, de forma que cada um ficasse com metade de todo o dinheiro... Eu não fazia idéia de que estávamos subornando os acionistas da tua empresa, não sabia de toda essa estória, só descobri sobre você no dia da festa, através daquele cartão que me deu... O mesmo sobrenome me fez peitar o Sasuke que acabou me contando. — Fiz uma pausa analisando-o, seu olhar estava paralisado nos meus, sem expressão, então fitei um canto qualquer tomando coragem para continuar. — Todas as ações estavam em meu nome pra que você não o descobrisse, você havia se interessado por mim e eu era sua sócia, então Sasuke me ofereceu dinheiro para continuar por um mês, foi quando tivemos todo aquele tempo juntos... De alguma maneira me afeiçoei a você. —disse baixando a cabeça. — No dia da festa beneficente, quando me disse todas aquelas coisas, fui embora de casa sem cumprir com o prazo e sem pegar o dinheiro.



— Por quê?— perguntou fazendo-me encará-lo.



— Acha que não sei que é uma merda ser milionária num dia e no outro não ter nada? Isso aconteceu comigo Itachi e ia acontecer com você também, só não quis compactuar com isso. Eu não sabia que ele tinha desfalcado a empresa, tanto que estava La dentro com você na hora em que descobriu que havia sido roubado. Sasuke me ajudou a sair de La, pra que não me matasse. Desde então estamos fugindo de você.



— Gosta dele?— perguntou.



— Do que isso te interessa?



— Posso te entregar a ele se me devolver o que pegaram. — disse e eu soltei uma risada sem humor.



— Você não conhece o Sasuke... Quando ele quer algo, não pede, ele rouba! Ele virá me buscar e quando isso acontecer é melhor que se entendam. — afirmei.



— Então vou deixar que ele venha até mim... Ou melhor, até você. Faremos uma troca, meu dinheiro por você. — Itachi disse ao mesmo tempo em que seu aparelho tocou, ele mostrou o visor pra mim e sorriu, como se já previsse que logo fariam contato. — Pensei que não fosse ligar nunca... — Disse debochadamente, apertando o botão do viva-voz.



— Estou disposto a negociar. — Sasuke disse e meu coração se agitou. Ouvir sua voz era o suficiente para me sentir segura novamente.



— Sakura está bem aqui... É só me trazer o dinheiro!— Itachi e disse e Sasuke do outro lado da linha riu.



— Acha mesmo que me importo dela estar aí? Pode ficar de brinde, abata em minha conta. — Sasuke disse pegando-nos de surpresa, Itachi olhou-me e senti os olhos arderem. Sabia que Sasuke estava atuando, mas pareceu tão real!—Devolverei 30% do dinheiro das ações, e você me assegura de que não intervirá na minha fuga desta vez. ­— Impôs Sasuke.



— Esteja aqui as meia noite. — Itachi disse desligando o celular, encarando-me.



— Ele está blefando é claro!— Disse numa risada nervosa. — É um homenzinho difícil... Não é muito de mostrar sentimentos, mas é piradinho por mim, então pra encurtar o processo, que tal se acertar logo com ele e me devolver? Hm? Acho uma boa idéia, poupamos tempo e de quebra vocês ficam amiguinhos. Sim, porque não vai querer Sasuke como inimigo, ele é altamente treinado e maligno. Corre veneno podre em suas veias! Não queira ver aquele homem bravo, certa vez ele mordeu minha barriga, sabia?! Fora que deixou boa parte do teu exército no além. Por acaso já viu aquele homem atirando? Pra qualquer um seria uma missão difícil enfrentar seis de uma só vez... Mas pra Sasuke? Tsc! Pra ele é fichinha! Difícil é escrever Arnold Schwarzenegger sem olhar no Google, o resto é morango com açúcar! E além do mais...



— Shiiiii... — Disse Itachi aproximando-se de mim ainda sentado na cama, colocou seu dedo indicador sobre meus lábios fitando-me. — Basta destes assuntos pesados... Que tal relaxar? Gosta de música?— Perguntou-me fazendo-me unir as sobrancelhas sem entender. Tudo bem que eu estava na condição de sua refém naquela masmorra chique, mas me forçar a dançar Britney a estas horas não rola! Ele apenas segurou minha mão fazendo-me levantar, guiando-me pelo vasto corredor. Ufa! Até que enfim saí daquela prisão... Ninguém merece ser seqüestrado viu! Ficar deitada naquele quarto confortável, esperando as unhas secarem enquanto aguarda teu prato favorito chegar por intermédio destes empregados lerdos, não é nada fácil!



Itachi abriu uma das portas à esquerda, fazendo-me apreciar o belo piano de caldas no centro de uma sala vazia... Havia apenas preciosas obras de arte nas paredes estofadas cor púrpura. Apesar de ser bem requintado, tava na hora de dar um upgrade naquilo! Não sabe que as tendências do momento são Vermelho marfim? Tsc!



Sentou-se diante do piano, enquanto arregaçava as mangas do smoking preparando-se para tocar, enquanto eu estava ali em pé tentando entender porque não me matava logo? Não... Ele preferia me torturar, tocando música clássica... Não tinha nada mais retro, não? Argh.



— Mozart. — Disse sentindo-se superior por saber tocar aquele treco, mais antigo que minha tataravó! Respirei mantendo a calma, ele tava querendo me humilhar... Mas eu tinha meu orgulho e não me dei por ofendida, levantei a barra do vestido cumprido que me dera pra vestir, apoiando as mãos no piano e dando impulso para me sentar, logo afastei-me com as pernas afim de deitar, escorando o cotovelo para segurar a cabeça, e fiquei a olhá-lo, jogando todo meu poder de sedução. Se fosse o Sasuke ali, ficaria de pé dançando Gime More, but... Pra variar não tinha alternativas!



Os castigos só haviam começado... Passei o dia tomando licor, degustando pratos novos, tomei um banho na Hidromassagem que pra meu gosto era grande demais... Preferia a minha que á estas alturas estava explodida. Argh. Escovei os cabelos, fiz uma maquiagem, contei até mil na língua romana e suspirei, pensando quando é que chegaria à hora em que Sasuke me salvava e vivíamos felizes para sempre.



— Cansada?— Itachi entra analisando minha apatia. Dei de ombros. — Preciso que me acompanhe. — Música velha de novo?Nãaaaaaao.



Estávamos mais uma vez no corredor, desta vez entramos num cômodo do qual já conhecia... Era seu escritório, dali tínhamos uma bela vista de seu império, através da parede de vidro que formava uma sacada com vista para piscina, jardim e o gramado no qual cavalguei certa vez. Tsc!



— Sente-se, por favor. — disse induzindo-me a uma cadeira bastante macia e ajoelhou-se à minha frente segurando meu queixo. — Você tem sido usada até aqui... Isso vai mudar!— Disse pegando cordas e uma fita prateada que brotara a seu lado de repente. Senti-me aflita, quando começou amarrar minha mão no braço da cadeira. — Me desculpe... É necessário. Prometo trocar estas cordas por pulseiras de ouro branco quando tudo terminar. — Ele disse ouro branco? Por que Sasuke não puxara essas partes legais do irmão, heim?Argh. Quando terminara de me amarrar, pegou uma mordaça colocando-a em minha boca e prosseguiu. — Ele não vai ficar com nada... Vou matá-lo. — Disse calmamente, e antes que pudesse gritar, grudou minha boca com a fita e as lágrimas mudas caíram sobre minha face. Calmamente andou até sua mesa olhando vagamente seu relógio de pulso, enquanto tamborilava os dedos na madeira.



Logo entraram dois seguranças armados dentro da sala, que estava num silêncio sepulcral. Todos pareciam saber exatamente o que se seguiria. Como se já tivessem assistido a este filme, quase que entediados e isso só me afligia ainda mais. Eu só conseguia pensar nele, no meu Sasuke. Minha mente implorava pra que todas estas coisas incertas tomassem um rumo bom para todos e... E que raios de sensação estranha é esta que não sai do meu peito? Argh.



A ansiedade explodia em minhas veias, podia sentir o peso do olhar de Itachi sobre mim e o nervoso que se instalara... Quando os três homens apontaram para a porta que se abrirá num instante... Sasuke... Ele viera! O sentimento de alívio em vê-lo passou no mesmo instante em que dois revólveres foram engatilhados em sua cabeça, Sasuke também estava com a arma apontada pro Itachi e o mesmo apontara uma arma para mim.



Apesar de sentir medo, não fiquei intimidada... Tudo o que importava era Sasuke. Ele viera... Entre o choro eu só conseguia lhe lançar um olhar suplicante.



Desista da vingança sasuke! Desista!



Queria poder gritar, dizer-lhe que Itachi não queria negociar coisa nenhuma...



Me salve Sasuke! Nos salve!



Desista dessa maldita vingança!




— Ora, ora... Que audácia de sua parte matar um segurança meu e sujar meu tapete persa com sangue, uma vez que eu havia dado ordens claras a meus homens que não atirassem em você. — Itachi disse calmo num breve manear de cabeça fingindo frustração, por enquanto que ainda mirava aquele revolver bem na minha cara.




— É só uma demonstração de que posso fazer ainda pior. — Sasuke deu de ombros.



— Aposto que sim... — disse Itachi forçando um sorriso. — Sabe... Quando descobri que tinha um irmão, confesso que senti inveja por você ter sido criado longe de nosso pai. O cara era o verdadeiro diabo! Sua mãe me deve por isso, irmão. — riu seco ao falar. — Mas aí eu levantei umas informações sobre vocês, e descobri que eram mais pobres que meus empregados. Uma velha miserável e um garoto pobre de periferia... Me senti vingado na mesma hora! Não esperei de um pobre ignorante como você que viesse até mim humilhar-se por um exame de DNA e sua parte na herança de nosso pai, era o mínimo que sua raça ignorante faria... Eu subestimei você, Sasuke! Por enquanto que eu esperava o revoltadinho bastardo... — dizia, mas Sasuke o interrompeu.



— Esqueceu-se de olhar abaixo do seu nariz empinado de merda, não é mesmo?



— Tem razão, foi ignorância de minha parte me descuidar dessa forma... Como não imaginei que um pobre coitado estivesse agindo pelas minhas costas? — disse sarcástico. — Você fez tudo o contrário, poderia vim até mim como um cidadão agindo conforme as leis, mas não! Você foi para o lado errado, fez tudo do seu jeito... Chantageou meus acionistas, colocou Kiba dentro da minha empresa e até mesmo usou sua esposa como espiã! Você tem sangue Uchiha, não há como negar, irmão! É mais parecido com o papai do que imaginei...



— E você é um mero covarde que se esconde atrás do dinheiro e dos seguranças... Os papéis por aqui estão invertidos não acha? — perguntou Sasuke provocando-o. Engraçado... Ele ta mesmo provocando o cara que ta com a arma apontada para minha cabeça? É isso mesmo produção? Argh! Assim não dá para eu confiar em ti, Sasuke.



— Você é tolo, irmão... É tão imaturo! — Itachi disse balançando a cabeça negativamente. — Achou mesmo que ganharia de mim? Você pode até ter chegado longe... Mas no fim sempre ganhará quem tiver mais poder. O poder é a soberania! — disse entre dentes olhando bem no fundo dos olhos negros de Sasuke.



— Os Intocáveis da academia irrefutável da soberania do poder... Bando de babacas egocêntricos. Experimente tirá-los deste poder e eles entrarão em desespero. Digo por experiência... — devolveu Sasuke com um sorriso de canto nos lábios, e Itachi gargalhou alto.



— Você perdeu Sasuke, está encurralado em minha casa, prestes a levar uma bala no meio da testa, e ainda tem a coragem de me confrontar?



— Atire e nunca mais verá a cor do teu dinheiro, está em suas mãos.



— Isso poderia acabar de outra forma... Antes de morrer papai teve um ato digno de pena, acho que tentou se redimir talvez. Ele pediu para que perdoasse nossa mãe e contou sobre a possibilidade de você existir, pediu-me para que cuidasse de vocês... — contava Itachi quando Sasuke irritado o interrompeu.



— Não estou aqui para escutar suas historinhas dramáticas que não me valem para nada! — Sasuke ralhou. — Vim até aqui para negociar.



— Ah, sim, sim... Vamos negociar. — concordou e depois me lançou um olhar sereno abaixando a arma em seguida. Caminhou até sua mesa sentando-se em sua cadeira, sendo acompanhado pela mira de Sasuke. — Vamos lá, abaixem essas armas. Estamos num ambiente familiar... Irmãos e cunhada. Nunca vi tantos Uchihas reunidos em minha vida! Ora, sejamos educados, não se trata família dessa forma...



Uhum, Itachi... Muito bem, uma salva de palmas para você! Tsc! Não se caça a família mandando assassinos perseguirem eles de carro, nem os manda atirar em você, nem o seqüestram, nem os negocia... Nem os amarra e amordaça, muito menos tramar e condenar o próprio sangue. Não se trata família dessa forma, né Itachi?



Senhor nos dê muita sorte, para Sasuke e para mim, porque beleza nós temos de sobra!



Os seguranças do Itachi abaixaram suas armas conforme a ordem, e fiquei embasbacada quando lentamente Sasuke abaixou-se largando a sua também! Colocou a arma no chão sem despregar os olhos de Itachi, levantando-se em seguida. Legal... Estávamos desprotegidos. Pelo menos os revólveres estavam temporariamente fora de questão, tiroteio por hora não ia rolar, então era só negociar e dar o fora. Mas... Ainda não saquei o plano que ele tinha para me soltar. Eles vão me soltar não é mesmo? Ei... Eu to aqui também pessoal!




— Coloque as mãos na cabeça e chute a arma... — Itachi pediu, e Sasuke apenas o fuzilou com os olhos. — Acabou! Você está encurralado, olhe bem para aquela janela ali... — disse apontando para a grande janela do local. — Ali, entre aquelas árvores, ou melhor, em cima delas, há um atirador com a mira exatamente em você, consegue ver? Está cercado, então não tente fazer nada se quiser sair dessa vivo e com Sakura. Terei a piedade de deixar você com vinte por cento do que me roubou e vivo, não me teste a paciência... — ameaçou Itachi, e então Sasuke com um chute fraco lançou a arma na direção de Itachi que a pegou do chão e colocou-a em cima de sua mesa junto da sua.




— Satisfeito? — Sasuke perguntou arqueando uma sobrancelha, depois caminhou despreocupadamente sentando-se numa poltrona que ficava a frente da grande janela de vidro, como se fizesse piada do atirador que estava lá fora mirando em sua cabeça. Definitivamente Sasuke é maluco! Argh.



— Soltem-na — ordenou Itachi para os seguranças que vieram até mim desatando as cordas com cuidado, depois tiraram a mordaça. — Desculpe-me Sakura querida, em momento algum quis lhe machucar. Agora nos faça o grande favor de levantar-se, quero que seu marido veja como a tratei bem... — disse. Lentamente me levantei, estava com as pernas bambas e os pulsos dormentes. Imediatamente busquei o olhar de Sasuke, necessitava falar, gritar, espernear para que ele corresse dali, era tudo uma armadilha de Itachi. Mas a voz não estava muito a fim de sair, travou. Talvez fosse o medo de dedurar Itachi e ele mandar o atirador atirar em Sasuke... Argh. — Venha até aqui, querida. Pegue este notebook e leve até seu marido, por favor.



Andei até Itachi em alerta, peguei o notebook de sua mesa levando-o até Sasuke que o pegou imediatamente de minhas mãos, pude sentir seus dedos gelados tocarem minhas mãos. Meus olhos marejaram ao encontrar com os seus e eu temi muito por ele. O sentimento que esmagava meu peito se contorcia. Estava desesperada...



— Faça a transferência irmão, como nós combinamos vinte por cento fica com você... Nada mais justo. — disse Itachi mentindo descaradamente. Sasuke rapidamente abriu o notebook, concentrando-se no que digitava e eu fiquei congelada a sua frente, esperando por uma migalha de atenção, talvez um simples olhar. Não sei. Precisava criar coragem para lhe falar alguma coisa, alertá-lo da traição do irmão. Foi quando ele finalmente me olhou nos olhos...



— Não faça isso, por favor... Ele vai matá-lo depois, Sasuke — sussurrei o mais baixo possível e ele voltou a se concentrar no computador, ignorando-me por completo. What? Meus olhos não agüentaram ficar sem resposta, derramando lágrimas pesarosas, ele estava prosseguindo com seu plano maluco. Sasuke está cego! Não! Por favor, não!



Minha mente implorava por sua desistência, mas Sasuke estava determinado mantendo-se concentrado na transferência do dinheiro para conta do Itachi, quando de repente os dois seguranças postaram-se atrás de Sasuke voltando a mirar suas malditas armas em sua cabeça. Itachi surgiu ao seu lado na poltrona, colocando também seu revólver na cabeça de sasuke, que mantia seu tom glacial e sereno. Louco!



— Sinto muito irmão, mas no mundo dos negócios quem dá as regras sou eu. Passe todo o meu dinheiro, e aí sim, pensarei sobre sua proposta de conseguir fugir...



— Vamos lá então... Atire! Irei para o inferno feliz em saber que nunca mais verá seu dinheiro. — provocou Sasuke tirando as mãos do teclado.



— Pense melhor, a não ser que queira ver Sakura morrer por sua causa. Depois disso, farei questão de deixá-lo vivo para viver com a culpa e na amargura de não tê-la salvado... — ameaçou mudando a direção de sua arma, agora apontada pra minha cabeça...



— Quando é que entenderá que não me interesso pela moça?



— Pague para ver, então... MAS EU QUERO A DROGA DO MEU DINHEIRO! — Itachi disse exaltado fazendo-me pular de susto.



— Tenho escolha? — indagou Sasuke desistindo, voltou a se concentrar no computador, passando todo o dinheiro para Itachi que sorriu satisfeito assim que Sasuke o fechou. Levantou-se passando o notebook para minhas mãos, assim que o fez segurou meu rosto com ambas as mãos, analisando minhas feições por um tempo, pregando seu olhar negro indecifrável nos meus, por fim apoiou sua testa na minha. Pude sentir sua respiração quente em minha pele, e comecei a chorar mais e mais. O que ele estava fazendo? Itachi provou que não hesitaria em matá-lo, aquilo fez meu coração se despedaçar.



— Não vim aqui somente pelo dinheiro... — confessou num sussurro baixo colando seus lábios nos meus. Eu sabia que Itachi estava ali, muito próximo de nós e com a arma apontada para mim, mas naquele momento aquilo simplesmente não me importou. O beijo de Sasuke fez com que eu me esquecesse de tudo a nossa volta, apagando todo o momento de terror que estávamos passando. Ele segurava meu rosto e pressionava seus lábios nos meus com certa urgência, ambos sabíamos que aquele beijo era uma despedida. Oh Sasuke... Não! Senti um vazio imenso no peito quando gentilmente ele foi afastando-me de si. E a última coisa que vi antes dele me empurrar com força total em cima de Itachi foram seus olhos, gravei aquele olhar comigo... Não sabia se seria a ultima vez que os veria abertos.



Cai em cima de Itachi, com o impacto que nos levou ao chão. Enquanto isso, num piscar de olhos, Sasuke de maneira ágil deu uma cotovelava num segurança acertando-o em cheio no rosto, por reação o cara levantou o braço com a arma para atirar, mas Sasuke o segurou torcendo-o e fazendo com que o homem atirasse no outro segurança, que foi atingido duas vezes no peito, caindo em seguida morto. Girou o pescoço do segurança agarrado a si, matando- o também e só então virou-se bruscamente correndo na direção de Itachi, ainda próximo a mim.



Tudo aconteceu numa fração de segundos, passando em câmera lenta pelos meus olhos...



— Nãaaaaaaaao... — soltei um grito desesperado quando houve o primeiro disparo.



Itachi atirou com seu revólver atingindo-o no peito, Sasuke resistiu ao tiro dando outro passo a frente. E então veio o segundo petrificando-me ao ver que Sasuke levara outro tiro no peito. Dessa vez com o olhar estático ele levou a mão junto ao ferimento, fitando os próprios dedos ensangüentados, e num eco abafado por meu inconsciente incrédulo, escutei o terceiro disparo certeiro que o atingiu jogando-o para trás com o impacto fatal. O atirador do outro lado havia acertado em suas costas estilhaçando os vidros que quebraram-se como se abrissem caminho para receber Sasuke que cambaleou para trás de encontro a grande janela de vidro, seu corpo caiu janela abaixo.



NÃO!



Percebi que não conseguia gritar por estar comprimindo o ar estancado dentre os pulmões. Puxei uma lufada de oxigênio tentando enxergar em meio ás lágrimas que transbordavam minha visão, concentrei-me nas pernas que rapidamente se ergueram para correr. Debrucei-me sobre a visão de seu corpo boiando na piscina... Metros abaixo. Podia ver a água ganhando a coloração de seu sangue enquanto um capanga o retirava de lá.



Voltei-me a fim de pegá-lo. Ainda havia esperança... Sasuke não pode morrer. Não pode me deixar. Não...



Dei de cara com Itachi que me segurou pelos braços.



— Está acabado.



— NÃO... ME LARGUE... — gritei empurrando-lhe para sair corredor a fora, mas ele me seguira. Corra Sakura, corra! Ele tem que estar vivo... Tem que estar!



— SAKURA ESPERE...



— ME DEIXE EM PAZ! — gritei descendo as escadas que davam na sala quando me senti sendo puxada novamente. Ele havia me alcançado, mas nada e ninguém iria me impedir de socorrê-lo. Bruscamente levei minhas unhas a seu rosto, deixando marcas de garras com sangue pela bochecha e um rosnado de dor. Foi o suficiente pra que pudesse correr.



Vivo! Tem que estar vivo!



Com as pernas enfraquecidas me lancei no chão ao lado de seu corpo que estava largado ao lado da piscina, levando minhas mãos em seu rosto.



— Sasuke... Volte... Por favor, volte! — sussurrei em meio ao choro desesperado, colocando o ouvido em seu peito, sem batimentos. Senti um segurança tentando me afastar de seu corpo e comecei a gritar, quando a voz de Itachi interviu.



— Deixe-a. — ordenou. Então novamente me postei diante dele... Pressionando as duas mãos em seu peito, procurando fazer-lhe massagem cardíaca e logo grudei meus lábios nos dele, soltando a maior quantidade de oxigênio que podia. Não havia resposta... Não! Volte Sasuke... Volte! Massageei novamente, transmitindo-lhe mais uma lufada de ar nos pulmões... Sentindo a aflição pinicante que crescia ao ver que não obtia nenhum sinal de vida. Desabei a chorar.



— Desista... Ele está morto. —disse Itachi.



— Não... Não meu amor... Não me deixe... Por favor, não me deixe... — implorava em meio ao choro, repetindo incansavelmente os procedimentos que não tinham sucesso. Não havia um resquício de vida em seu corpo. — Você é tudo o que eu tenho Sasuke... Tudo... — disse beijando-lhe os lábios frios, não havia resposta... Então desabei sobre seu corpo imóvel, completamente sem vida.



Dor...



Era tudo o que eu sentia no abismo que se formava em meu peito a cada instante que se passava. Dor e mais dor... Era insuportável.



— Tirem-na dai. — ordenou Itachi e senti-me ser puxada.



— NÃO... EU NÃO QUERO... ME DEIXE COM ELE... SEU ASSASSINO... —dizia ao dar chutes no ar, tentando desvencilhar-me dos braços que seguravam- me, enquanto mantinha meus olhos no corpo estático no chão. Itachi aproximou-se do corpo mensurando a pulsação no pescoço de Sasuke.



— Está feito... —disse constatando que conseguira tirar a vida do próprio irmão. Por quê? Maldita vingança... Ele era tudo o que tinha na vida... Não Sasuke... Não! — Teve o fim que mereceu, levem este trapo daqui e apaguem os vestígios. Isso nunca existiu._ordenou fazendo menção para que me soltassem... Meu corpo caiu no chão, ainda respirando, mas completamente morto como o de sasuke que estava sendo levado.



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Notas finais do capítulo

Misericórdia, Please! Sei que matamos o personagem principal, mas foi nescessário!
Todo mínimo detalhe é importante pra moral da história e apesar de tudo acreditamos que vocês vão entender que não tínhamos saída e mesmo assim gostarão do final que daremos pra Sakura.

Já nos vestimos devidamente com armaduras de aço e gostaríamos de lembrá-los que homicídio da xilindró heim!

Comentários? Ou raquetadas? Não respondam!

E lembrem-se: Sejam bonzinhos!!!

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