Vigaristas escrita por Juh, Amanda, Taís


Capítulo 38
Invasão


Notas iniciais do capítulo

Oláaa pessoal *---*
Mil cambalhotas de pura felicidade depois... Mais um capítulo, que é dedicado às queridas leitoras, saahgothic, Dinah, Uchiha Shikichika e Talisula, pelas quatro formidáveis recomendações *---*
Obrigada!
Nós também AMAMOS os lindos reviews... Obrigada!
Bem, nos despedimos aqui do último capítulo narrado pelo Sasuke *---*

Boa-Leitura!!!



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Conta-se que um jovem cafajeste viajava pelas redondezas seduzindo as mulheres que pelo caminho encontrava. As desonrava abandonando-lhes em seguida. E antes de partir, as presenteava num ato de consolo, com uma das milhares de joias que carregava consigo durante a viagem. Uma jovem bruxa, cansada de ver a honra devastada e o coração partido das mulheres de sua aldeia, decidiu que estava na hora de fazer o cafajeste pagar. Determinada, deixou-se seduzir pelo cafajeste buscando por vingança. Esperou até que ele adormecesse, pegando dentre as muitas joias de seu baú, uma pedra de diamante, rogando-lhe um feitiço poderoso. A mulher que o jovem presenteasse com o diamante, levaria consigo o seu coração, e vice-versa. Pela manhã, o jovem cafajeste acordou antes da bruxa decidido a abandoná-la, pegou uma joia aleatoriamente de seu baú e jogou-a em cima da cama. Ironicamente, a tal joia era exatamente o diamante enfeitiçado, e o cafajeste naquele dia não conseguiu abandonar a bruxa. O destino havia lhes pregado uma peça, tornando seus corações somente um.

Essa lenda realmente não existia, isto é claro, há alguns meses atrás...



— Sabe... Aquela mansão se tornou ainda maior desde que meus pais faleceram... Não que eu tenha roubado metros quadrados do vizinho pra aumentar minha casa, não! Digo no sentido metafórico da palavra. Eu roubar? Tsc! Nunquinha! Só estou dizendo que tenho estado muito só e sabe o que dizem sobre a solidão, não é mesmo? Ela pode te dar depressão pós-parto! Não que o "solitário" tenha acabado de ter um bebê. Não mesmo. É que a pessoa solitária com certeza pensou em adotar um filho, mas se ela não tem um marido, como poderia ser mãe solteira? A sociedade apontaria o dedo pra ela! Logo, alguém teria de pedi-la em casamento sabe... Mas essas coisas não podem ser induzidas é claro, tem de ser por livre e espontânea vontade, sem pressões psicológicas. Mas, é sempre bom se perguntar quem é o culpado se alguma tragédia acontecer à solitária? Ora... É claro que será a pessoa que não quis ampará-la. Essa pessoa seria totalmente responsável por qualquer dano causado na vida dela, e além do mais...

Ajustei a escuta em meu ouvido enquanto fingia prestar atenção em tudo o que a idiota que não calava a boca dizia.

Sasuke... Eles já estão acomodados na mesa. Sai envenenou o prato dele com a droga que Lee preparou, posso mandá-lo servir? — Perguntou Gaara.

— Sim. — Confirmei, olhando de relance para a mesa que estava no lado oposto do restaurante em que eu e Sakura estávamos jantando. E lá estavam eles, Itachi e Danzou, um dos acionistas de sua empresa do qual subornei... Ou melhor, tentei subornar! Conseguimos achar um podre dele, o que não sabíamos é que o velhote estava com uma doença em fase terminal, e com deboche, disse que não tinha nada a perder, não se renderia a nossa chantagem e de quebra daria com a língua nos dentes para Itachi.

Isso foi como assinar e antecipar sua sentença de morte.

Por uma ironia do destino, algumas pesquisas que fizemos relacionada a ele, nos levaram ao conhecimento de que Danzou tinha um forte vínculo com o senhor Haruno, o bilionário pai de Sakura que já foi tarde. Talvez ele não se importasse muito se eu machucasse um pouquinho a filha dele, não é mesmo?

— Sim? — perguntou Sakura me encarando com surpresa. E eu não fazia ideia do que tinha acabado de afirmar. — Por que não me disse antes que gostava da Britney Spears? Também sou fã dela! Tenho músicas dela aqui. — disse colocando um fone no ouvido e continuava tagarelando enquanto eu me segurava para não matá-la de verdade com minhas próprias mãos ali naquele restaurante. Só em pensar que pra completar essa noite do cão a pediria em casamento, meu sangue fervia nas veias... Argh!

Aproveitei para fazer uma ligação.

Quem é? — perguntou atendendo o celular, enquanto Itachi comia sem se importar com a interrupção.

— Vire-se e olhe discretamente para seu lado oposto do restaurante... Gostaria de saber, se o senhor conhece essa bela moça inocente de cabelos rosa, sentada em minha mesa... — disse cheio de ironia e vi quando ele discretamente se virou para olhar-nos. Logo após deu alguma breve desculpa para Itachi e afastou-se da mesa, indo para o lado de fora do estabelecimento.

Não encoste num fio de cabelo desta garota! — repreendeu-me.

— Ora, ora... Pensei que não se preocupasse com nada, caro Danzou.

— Pare já com isso seu garoto sádico! Essa garota acaba de perder o pai.

— Posso acabar com a dor dela... Posso matá-la! — disse sorrindo e Sakura retribuiu, como se tivesse sido pra ela! Argh.

— Eu não disse nada a Itachi, te dou minha palavra que não o farei. — disse Danzou.

— Não quero tua palavra de merda, quero tuas ações! — disse incisivo.

— Está bem. Como faremos?

— Aguarde onde está. Mandarei um de meus homens levar o contrato para assinar.

— Não demore, disse que iria buscar algo no carro, Itachi pode desconfiar de minha demora.

— Cale a boca e aguarde. — disse e desliguei, em seguida mandando uma mensagem para Gaara que estava dentro do carro com o contrato que Kiba havia feito para o velhote assinar.

— And I love what you do... Don't you know that you're toxic? — ela estava cantando e sorrindo pra mim? Argh. Acho que fez um cursinho preparatório de maneiras diferentes de como me irritar. Argh!

Nosso pedido havia chegado, eu e Sakura começamos a comer. Enquanto ela não fechava a matraca, eu mandava mensagens para os meninos e analisava Danzou fazendo sua refeição ao conversar com Itachi. Segundo Lee, o veneno era irreversível e impossível de ser identificado, pois petrificava o coração sem que houvesse danos nos órgãos ou quaisquer vestígios no corpo de forma que mesmo socorrido as pressas, ainda assim não escaparia da morte que era certa e eficaz.

— Sasuke, eu gostaria de dizer algo importante a você — Sakura disse chamando minha atenção. Assenti pra que prosseguisse — Sabe, pra mim tem sido muito difícil me sentir sozinha no mundo e confesso que você apareceu no momento certo na minha vida. — ela dizia com sua vozinha insuportável, enquanto eu percebia os primeiros sinais de uma parada cardíaca em Danzou. Sakura percebeu meu olhar em outra direção e pretendia o seguir para ver o que me chamava atenção, então tive de ser mais rápido. Ela não podia perceber nada, e além de não suportar mais todo aquele bla, bla, blá de garotinha órfã, também precisava do sobrenome dessa garota podre de rica, resolvi finalizar a ultima pendência dessa noite.

— E você na minha. — disse rapidamente antes que ela se virasse. — Também me sinto só, e constituir uma família com uma mulher boa como você, é o meu sonho! Sakura, eu sei que é muito cedo e que você talvez me ache maluco, mas... Quer casar comigo? — disse qualquer baboseira a fim de que ela aceitasse logo e tirei a caixinha com o anel de diamante que estava no bolso do terno, mostrando-lhe. O olhar dela sobre aquela pedra foi tão brilhante que por um momento senti pena daquela garota... Ela realmente estava feliz por não estar mais só no mundo.

— Sim. Sim! Sim, sim, sim, sim... — ela disse desesperadamente toda desleixada. Pensei que fosse se levantar para me beijar, mas apenas enfiou o anel no dedo e sorriu pra ele com brilho nos olhos. Enquanto ela estava toda empolgada falando pelos cotovelos, eu via a rápida mobilização por parte do estabelecimento para socorrer o velho sem que levantasse escândalos. Seu ataque passou quase que despercebido pelos demais clientes. O socorro não lhes adiantaria de nada, ele estava definitivamente morto...




... Desde o inicio Sakura me serviu de isca para meus planos, por que isso mudaria agora?




O grande momento havia chegado, podia ver Hinata e Ino conforme o combinado, parando seu carro em frente à mansão Uchiha. Estávamos preparados para agir ao sinal delas, expectorando de dentro da van e armados até os dentes. A ordem era não atirar para não levantar bandeira da invasão, mas é sempre bom estar preparado, não é mesmo?

Sim, eu não havia hesitado em largar Sakura sozinha naquela pensão, com um bilhete que eu esperava muito não ser ignorado, afinal... A vingança não pode parar!



Saí na madrugada assim que constatei que ela estivesse mesmo dormindo, roubei um carro mais potente e dirigi durante horas até a casa de Naruto. O prazo do Lee havia acabado, a equipe estava pronta e eu tinha um novo plano... Nada mais me impedia.

Sakura era a isca perfeita. Se Itachi acreditava que eu pudesse ter uma fraqueza, a exterminei no momento em que a abandonei.

Não demorou muito até que seus capangas a encontrassem, bem como eu queria. E como um completo otário que é, no primeiro contato telefônico que fiz, Itachi não titubeou em usar Sakura como uma moeda de troca pra ter seu dinheiro de volta.

Tolo! Estava me aguardando à meia noite, disposto a fazer a negociação... Só que eu não estava a fim de troca nenhuma! Ficaria com o dinheiro, não só a metade, mas todo o dinheiro.



As meninas desceram do carro vestidas em suas micro saias jeans e blusas de alcinha extremamente coladas que sequer chegavam ao umbigo. Estavam prontas para atuarem em uma breve participação. Não podia negar que o trabalho na boate lhe deram o perfil perfeito pra situações como esta.

Tocaram a campainha e pelo portão principal surgiu um dos guardas da segurança noturna, que ao sair deu uma conferida para ver se não havia nada de suspeito na rua, a não ser as duas mulheres seminuas à sua frente. Trocaram uma rápida conversa, obviamente sobre o "probleminha no carro", que na verdade fora arrebentado pelos meninos, como já prevíamos, iria precisar de ajuda e logo chamou o segundo guarda.

Melhor impossível! Eram exatamente dois os seguranças que estavam de guarda na entrada àquela hora. Sai trepado numa árvore à alguns metros da mansão nos confirmou. Idiotas! Como não poderiam suspeitar de duas garotas atraentes que do nada aparecem precisando de ajuda, ainda por cima dando mole a eles? Ah, que bela ironia... Até mesmo eu caí numa dessas! Ou essa aliança aqui não representa que o grande idiota caiu no conto da órfã milionária bonita e inocente, precisando de "ajuda"? Viva as mulheres vigaristas! São distrações perfeitas... Argh!

Hinata bateu com um pé de cabra na cabeça de um dos guardas em seguida imobilizando-o, ao mesmo tempo em que Ino abaixou o capo do carro batendo-o com forte impacto na cabeça do segundo que caiu inconsciente. As duas começaram a amarrá-los e eu dei o sinal para os meninos invadirem.

— Se as coisas saírem de controle e eu falhar... Voltem e acabem com o Itachi. Eu o quero morto, entendido? — ordenei e todos assentiram. Confiei sabendo que realmente o fariam.

Saí da van acompanhado de Naruto, Gaara e Neji. Shikamaru permaneceu auxiliando-nos com as câmeras de segurança que conseguiu hackear junto com Lee. Nos unimos ao Sai e passamos pelas meninas retirando o cartão eletrônico de identificação dos dois seguranças.

Vocês têm apenas alguns segundos para chegarem à sala de segurança onde estão as câmeras, deem cabo dos guardas antes que eles percebam e acionem o alarme. Eu não vou conseguir segurar o sistema por muito tempo, logo vocês serão percebidos... — Shikamaru nos disse pela escuta, e imediatamente olhei para Sai, ele sabia o que fazer.

— Eu cuido disso. — disse sorrindo de canto com certo prazer em realizar sua tarefa, e logo começou a escalar o muro da casa passando em seguida para torre onde ficavam as câmeras de segurança. Ele havia feito a lição de casa... Mapeou toda a área externa da casa quando fomos à festa de Itachi.

Com certa agilidade, Sai passou pela janelinha da torre, e nós ficamos esperando pelo lado de fora ele acabar com os seguranças, desligar as câmeras e religá-las com o sistema de Shikamaru que monitorava tudo na van... Aquilo era fichinha pra ele!



— Está conectado às câmeras, Shikamaru? — perguntei.

Sim, podem prosseguir.

— Quantos seguranças?

Muitos Sasuke. Muitos... — respondeu, olhei para Naruto que sorriu junto com os outros. Beleza, o maldito do Itachi também estava preparado.

— Moleza! — Naruto deu de ombros engatilhando o fuzil com silenciador em mãos. Todos estavam com silenciadores nas armas, tínhamos de ser imperceptíveis. — Bom, é moleza para mim. Agora se as bixinhas quiserem desistir... — falou num tom provocativo, rimos já sabendo que na verdade ele estava a nos desafiar, nos subestimando propositalmente para competirmos com ele. Aquele idiota estava a fim de competir...

— Quem mata mais? To dentro. — disse Gaara confiante.

— Nada mais justo que Shikamaru e Lee façam a contagem de mortos pelas câmeras... Também estou dentro. — confirmou Neji empolgado.

— Assim não vale! Já comecei com vantagem... Matei três! — se gabou Sai, saltando do muro a nossa frente.

— Só aceito headshot... Tiro na cabeça! Ainda dá tempo, querem desistir? — perguntei instigando a competição, havia adrenalina no ar.

— Quando eu ganhar quero um carro novo de presente... — Naruto disse.

— Cara, como eu queria ta aí! — reclamou Shikamaru.

— Só acrescento mais uma regra... Deixem o Itachi para mim. — ordenei sorrindo com o pensamento.

Invadimos o local ainda em espreita e parecia que estávamos dentro do jogo Call of Duty. Obviamente era isso o que os meninos esperavam, eles clamavam por ação e conseguiram. Itachi não sabia sobre eles, estavam devidamente credenciados, mal notaria que os substitui por seus capangas.

Nos separamos, eles ficaram encarregados de cuidarem dos seguranças ao redor do jardim, no enorme quintal que logo se transformara num campo de batalha. O único que entraria dentro daquela mansão, seria eu. Naruto e Gaara seguiram por um lado do jardim, enquanto que Neji seguia por outro, e Sai dava cobertura em cima do telhado.

Dei a volta na casa e com extrema cautela fui abrindo a porta. Sabia exatamente onde estava pisando, havia memorizado cada pedaço daquela casa, através do mapa improvisado nas costas de Sakura. Entrei sem fazer movimentos bruscos ou barulhos no cômodo, era uma sala de jogos com uma mesa de bilhar no centro. Aproximei-me analisando-a. Peguei uma das bolinhas girando-a em minha mão. Podia sentir que estava acompanhado, meu faro alertava-me... Joguei o objeto para o alto pegando-o novamente. No mesmo instante um segurança surgiu na outra porta a minha frente. Por extinto, arremessei a bolinha com perfeita precisão, acertando em cheio o rosto do cara que desmaiou na hora. Outro capanga apareceu subitamente confuso e morreu com a mesma perspicácia que surgiu. Dei-lhe um tiro certeiro na cabeça. Espero que Shikamaru tenha visto esse headshot!

Saí da sala que dava num corredor por onde outro cara andava, antes mesmo de qualquer reação sua, o matei enforcado sufocando-o, em questão de segundos perdeu seus sinais vistais. Outro que nem sabe que partiu dessa pra melhor!

Continuei meu trajeto pela casa andando calmamente, pescando e detestando cada detalhe luxuoso daquela mansão. Memorizando o cheiro caro e mórbido que pairava no ambiente. Cada passo tornava-me próximo da justiça... Precisava saborear aquele momento tão calculado, tão esperado... Podia sentir o sabor de fel em minha boca ao aproximar-me de onde realmente queria chegar. Sabia exatamente para onde ir. Passei pela sala e atirei de um modo automático em dois caras que desciam as escadas... Headshot. Pelo ponto escutava a euforia de Shikamaru e Lee, e também a conversação dos rapazes na contagem de quem matou mais. Antes de seguir em frente, tirei a escuta do ouvido, jogando-a no chão e pisando em cima.

Este momento era só meu.

Subi as escadas seguindo o corredor à direita. A passos lentos e sempre em guarda, cheguei a porta em frente ao banheiro. Estava tudo muito silencioso, mas sabia que era ali que Itachi e Sakura estavam. Minha única dúvida era se aquele otário me encararia sozinho ou jogaria seus seguranças para defendê-lo. O que pra mim era indiferente.



E como havia imaginado, no mesmo instante em que encostei na maçaneta, a porta foi aberta, saindo de lá mais um segurança que quando pensou em sacar a arma, já estava deitado no próprio sangue. Eu havia estourado seus miolos... Pude escutar o grito abafado de susto que Sakura deu. Focalizei seu olhar amedrontado. Ela estava logo atrás do cara, amarrada numa cadeira e amordaçada, me olhando assustadoramente.

— Olá, irmão... — só então ouvi sua voz firme atrás de mim, virei-me ágilmente mirando minha arma em sua cabeça. Sem que um segundo tivesse se passado, havia um revólver à direita e um à esquerda engatilhados em minha cabeça. E como se não bastasse, Itachi também havia sacado sua arma...



Só que bem no meio da testa de Sakura.


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Notas finais do capítulo

A lembrança do Sasuke faz menção ao capítulo três da fic, quando Sasuke pede ela em casamento, estão lembrados?

Pois é, temos o dom de desenterrar as coisas, Tsc!

Comentem, recomendem... Até o próximo!!!
Bjs*****