Vigaristas escrita por Juh, Amanda, Taís


Capítulo 15
Interrogatório


Notas iniciais do capítulo

Pessoal,então... Nós nos inspiramos nas duas lindas recomendações que recebemos e escrevemos o capítulo no domingo, mas houve um problema com outra fic nossa em outro site, daí não deu pra postar. Daí veio a segunda e... Minha net quis travar! Argh! Ficamos quase a semana toda sem net, e só conseguimos postar agora!
Chatices a parte... Dedicamos esse capítulo a nossas duas leitoras que recomendaram nossa fic: Dinani e Dominicheli *-*
Nós amamos, e amamos os comentários que recebemos também!
Boa leitura



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Percebi que por mais que você tenha o corpo fechado, pule suas sete ondas, coma sua lentilha, não passe por debaixo de escadas, não permite que ninguém te pule porque se não, não crescerá; chinelo virado pra cima nem pensar, pegue no verde quando falam juntos, pise na merda ou coco na mão pra ganhar dinheiro, ter esperança com um grilo ou trevo de quatro folhas, fazer bem me quer mal me quer, bater na boca ou na madeira três vezes pra isolar coisas ruins. E até mesmo se você olhar seu horóscopo antes de sair de casa...

Merda nenhuma funciona!

Não sei se fui predestinada a sofrer, mas já tava ficando chato me ferrar toda vez. Gostaria muito de ter uma duble, só pra revezar um pouquinho comigo às vezes! Mas quem disse que a vida é fácil?!

Depois que eu digo que as pessoas não prestam e que tudo nessa vida é interesse, me chamam de fútil e desmiolada. Sinceramente? Prefiro mesmo dinheiro a pessoas, ele não me trai e nem é um policial disfarçado que se faz de seu amigo só pra te prender mais tarde! Argh.

— Só falo na presença dos meus advogados! — antecipei minha defesa.

Sabe, sempre quis falar essas palavras. Sempre vi isso nos filmes, quando o lascado para não se lascar mais diz. Ou na vida real mesmo, papai sempre me orientou a nunca abrir a boca diante de um delegado, juiz ou sei lá mais o quê, que possa ser prejudicial a mim, sem estar na presença dos meus advogados. Estão vendo só? Não sigo somente os ensinamentos de mamãe, os de papai também.

E assim o fiz, permaneci caladinha até os dois se irritarem, hehe.

E foi aí que o delegado (que se não me falha a memória, o conheço da TV) e o traidor do Naruto resolveram me levar a uma sala de interrogatório.

Fui arrastada, lançando olhares piedosos a Naruto que me ignorava. Minhas pernas estavam bambas, minha voz trêmula, e segurava o choro.

O desespero bateu quando eles me largaram naquela salinha sem nada, apenas com uma mesa no centro e duas cadeiras ao seu redor. Naruto algemou minhas mãos para trás e prendeu na cadeira. Aquilo foi bem desconfortável.

— Vocês não podem me prender aqui. Eu que tenho direito a uma ligação! — disse quando eles estavam indo embora da sala. Hehe, vi isso nos filmes, sei dos meus direitos, rum!

O delegado se virou e parecia compartilhar alguma piada interna com Naruto.

— Só terá direito a uma ligação quando estiver atrás das grades, e você não está — respondeu o delegado. — Antes de te levar para lá, farei um pequeno interrogatório. É bom a senhora cooperar, Sra. Sakura, assim tudo ocorrerá conforme as leis. — ocorrerá conforme as leis? Isso fica pior, é? Eu quero minha mãe!!

Assim que o delegado saiu da sala, Naruto se aproximou de mim e eu tive uma gota de esperança que ele me ajudasse a sair dessa situação.

— Coopere com ele, Sakura, é pro seu bem — ele disse cauteloso.

— Traidor! — é, joguei na cara dele! Esse zé polvinho, talarico! Agente duplo de uma figa! Argh.

Naruto também saiu da sala, deixando-me sozinha por quase uma hora.

Eu estava com a cabeça baixa quando Naruto e o delegado adentraram na sala, sequer levantei o olhar. Então o delegado parou a minha frente, de pé, e colocou no centro da mesa a escuta que eu havia implantado em sua sala. Argh. Mais lascada impossível!

— Sabe me dizer o que é isso? — o delegado perguntou referindo-se a escuta em cima da mesa entre nós. E eu congelei. Pesa rápido, Sakura. Pensa rápido!

— Claro que sei, seu bobinho, é um feijão africano! — disse na cara lavada.

— O que disse?

— Sabe como são estes agrotóxicos, não sabe, seu delegado? Acha que a batata do MC Donalds é daquele cumprimento todo por quê? Experimentos! — disse deixando-o confuso. Hehe. Ta funcionando...

— Por que está falando de alimentos? — perguntou confuso, e antes que abrisse a boca para prosseguir, o interrompi.

— Ai, não diga essa palavra: alimento! Minha barriga ronca só de escutar, seu delegado. Acredita que estou de dieta? Fico de jejum pela manhã, tô numa fome do cão! Por acaso o senhor não teria um disque pizza ou disque yakisoba por ai não? Hein? Hein, seu delegado? 

— Sra. Sakura! Não estamos aqui pra falar de dieta! — repreendeu-me.

— Isso porque não conhece a dieta da banana! Mas tipo... Tem que ser banana da terra, daquelas beeem grandonas, sabe? Tem que comer nove bananas no café da manhã, nove bananas no almoço, nove bananas no café da tarde e nove bananas na janta! No dia seguinte, deve comer oito bananas no café da manhã, oito bananas no almoço, oito bananas no ca.... — explicava a dieta inventada na hora, quando ele se enfureceu socando a mesa.

— JÁ CHEGA SRA. SAKURA! CALE ESSA... Fique em silêncio, por gentileza! — disse alterado tentando se controlar. Respirou e prosseguiu — Diga para quem trabalha. — pediu e eu fiquei em silêncio, caladinha como ele mesmo havia pedido, ué.

— Sra. Sakura pra quem a senhora trabalha? — perguntou novamente um pouco mais severo. E eu respondi "você mandou eu calar a boca" em libras. Ele ficou me observando gesticular com as mãos na língua do mudo, sem acreditar. É, fiz libras quando era pequena! 

— Sra. Sakura, eu sei que mandei a senhora ficar em silêncio, mas DÁ PARA me responder, por favor? — perguntou todo enfezadinho. E eu tava amando aquilo.

Em respostas apenas bocejei e fechei os olhos.

Que é? Só ia tirar um cochilo, ué!

Ele não me suportou por muito tempo e saiu da sala batendo a porta. E o pior de tudo é que eu realmente estava com fome e com fome não consigo pensar direito.

Ainda assim fiz um esforço, porque minhas esperanças estavam em Sasuke! Ele precisava vir me resgatar e descobrir logo que Naruto é um impostor na equipe. Ou será que tinha sido o próprio Sasuke a armar pra eu ser presa? Afinal, eu estava aqui sem ninguém como indigente. Ele estava com meus documentos e isso me fez lembrar que Ino e Hinata me advertiram, sobre ele querer me ver atrás das grades com este gesto.

Seria Sasuke cúmplice de Naruto? Todos eles sabiam ou ninguém? Eu estava sendo traída ou eles? Argh.

Fiquei naquela sala feia, sem graça e muuuuito pior que a de Sasuke, apodrecendo. Meu estômago já estava se alimentando de meus rins, e não sei até quando meu frágil coração suportaria tamanha tortura. Estava presa àquela cadeira como um animal, meus pulsos e coluna doíam.

Quando pensei em me entregar e fazer a passagem para o outro lado da vida, eles surgiram na sala novamente.

— Tem certeza que não vai colaborar conosco, Sra. Sakura? — o delegado perguntou. Apenas continuei calada.

— Quem sabe se ela nos revelar seu sobrenome, não façamos a ligação, delegado. É possível que seja familiar dos bandidos que estamos procurando. — Naruto solicitou. Mas que maldito! Ele sabe muito bem que tenho o sobrenome de Sasuke.

— Ótima ideia, Naruto — agradeceu e voltou o olhar novamente para mim. — Se não tem mesmo nada a ver com essa escuta que foi parar grudada com um chiclete debaixo de minha mesa Sra. Sakura, revele-nos seu sobrenome — disse e eu permaneci muda, esperou alguns instantes e voltou a investir. — Podemos negociar sua liberdade. Diga-nos o teu sobrenome Sra. Sakura — propôs.

Respirei pesadamente cedendo.

— Haruno. Sakura Haruno. Não estou envolvida em coisa alguma, seu delegado! 

— Está mentindo! Eu sei que a senhorita não está envolvida em nada de errado, mas a pessoa que te mandou está. Não entende que está sendo uma isca? — o delegado disse. Confesso que isso mexeu comigo. Será mesmo que eles queriam me ferrar?!

— Ninguém me mandou aqui, seu delegado. Não vou falar mais nada! — me manti firme.

— Então vou ser obrigado a levar a senhorita para dar um passeio, Sra. Haruno. — disse e Naruto já estava atrás de mim tirando as algemas da cadeira e voltando a me prender. Conduziram-me sem delicadeza pelo corredor e me jogaram dentro de uma das viaturas. Tocando com o carro da delegacia.

Agora eu te pergunto... Do que adiantou 21 anos comendo as melhores proteínas, vestindo Prada, tantas e tantas seções de massagens relaxantes e horas no cabeleireiro? Pra quê? Se o destino pregaria-me essa peça? Então seria assim a minha morte? Eu não estava pronta para partir deste mundo...

E tudo bem por mim morrer!

Mas vou voltar parar puxar os pés de todo mundo!

Vou atormentar o Sasuke de tal maneira que ele nunca mais vai se casar com ninguém e será infeliz até me fazer companhia no inferno! Quero dizer... Eu vou pro céu! É. Só vou ficar assistindo Sasuke de lá de cima, no bem bom.

Fiquei até confortada com o pensamento, eu e mamãe comendo pipoca e vendo essa peste queimar! Muaaaaaaaah.

No céu tem pipoca, né? Espero que sim, porque estou faminta! Argh.

Quando realmente cai na real que o negócio tava sério mesmo, e mega lascado pro meu lado, entrei em pânico, e eles entraram com a viatura no meio do mato!

Aí eu te pergunto, meus caros leitores, quais eram as boas intenções desses dois? Entrar com uma dama no meio do mato e numa hora dessas, só me fazia pensar em... E não, não é um SPA no meio do mato! Tô pensando em desova, desova de cadáver!

Oh, céus, estou rezando para que o GPS os tenham levado para o destino errado.

— O-o que significa isso, Naruto? — perguntei a Naruto que estava me tirando da viatura, referindo-me ao lugar. Mas foi o delegado que me respondeu.

— Só estamos mandando um recadinho para quem te mandou plantar a escuta. — ele respondeu diabolicamente.

— Então me solta. Pode deixar que eu mando o recado. — disse. Os dois se entreolharam e riram depois. Não sei porquê, mas sinto que a luz está próxima...

— E quem é que disse que você não mandará o recado? — o delegado disse me empurrando para frente, depois de ter tirados minhas algemas.

Foi ai que percebi que estávamos no alto de uma ribanceira. Olhei para Naruto, implorando mentalmente por piedade, mas ele balançou a cabeça negativamente.

O delegado obrigou-me a virar de costas e andar até a ponta da ribanceira. Minhas pernas tremiam, meus pulsos estavam mais do que doloridos, eu estava com frio e morrendo de pavor e raiva porque o meu salto havia quebrado. Paguei tão caro por ele! Argh.

A cada passo torto, infelizmente não era um flash, mas sim a luz. Yes. Eu estava me sentindo cada vez mais próxima da luz... Sakura Uchiha's end. E eu nem recebi meus 30 mil dólares. Argh.

— Diga suas últimas palavras, sra. Sakura — mandou o delegado, podia sentir a arma encostada na minha cabeça. Olá mamãe, olá papai...

— Meu cabelo natural é loiro! — acabei soltando.

Esse era o meu maior segredo, jurei que levaria comigo para o túmulo. Argh.

E então eu me ajoelhei, mentira... Tropecei e caí ajoelhada.

O delegado engatou a arma, pude ouvir.

Fechei meus olhos e me concentrei para pensar em coisas boas, como: comprar, jóias, viagens, pôneis, glamour... Mas não consegui, tava me borrando demais. O caminho até o céu era muito sofrido, viu

. A luz já estava perto demais quando escutei uma gargalhada, e mais uma gargalhada, e mais uma, e mais uma...

Pera ai, já to no céu? Abri um olho pra conferir e vi vários diabinhos... Não, pera...

— HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA — Neji, Sai, Shikamaru estavam todos ali, parados ao lado do delegado que ria também e de Naruto que estava sério.

Lee também estava lá e ria sem som. Ué, o que ta havendo? Eu to louca? Abri o outro olho pra confirmar.

— Você passou, Sakura! — Sai disse eufórico vindo em minha direção.

— Como é que é? Passei no que? — perguntei me levantando, recusei a ajuda de Neji para levantar. Minha mente não estava processando tudo aquilo direito.

— Na missão, Sakura! Bem vinda ao grupo! Agora é oficial!! — Shikamaru respondeu.

Então quer dizer que o delegado não é delegado? Ou é? E Naruto? Não é um traidor coisa nenhuma!

Aliás, é sim! Me traiu, todos me traíram!

— Espera aí, deixa eu ver se raciocinei direito... EU PASSEI POR TUDO ISSO, CONTEI MEU MAIOR SEGREDO, POR CAUSA DE UMA DROGA DE MISSÃO E VOCÊS ME DIZEM QUE É TUDO MENTIRA! É ISSO MESMO? — gritei furiosa, estava fumaçando de raiva. Isso não é justo!

— Calma, Sakura! Iremos explicar... — Neji começou, mas eu o interrompi.

— Cadê o Sasuke? Cadê ele, hein? — perguntei o caçando por toda parte. Aquela peste que tramou tudo isso que eu sei.

— Lee mandou dizer que ele não veio e que está em casa, monitorando tudo — Sai disse de pombo correio.

— Argh! Então me tirem daqui! Me levem embora, vou matar uma pessoa e vou pra cadeia de verdade, mas dessa vez vai ser por pura vontade! — disse enraivecida.

Os meninos não ousaram me contrariar, rapidinho me colocaram dentro do carro, me lavando para casa.

Assim que adentrei a casa, vi Sasuke sentadinho no sofá da sala, com um notebook em mãos, assistindo os melhores momentos da minha cara de idiota na delegacia!

Filho da mãe!

— Sasuke. Uchiha. — disse pausadamente sentindo meu sangue borbulhar nas veias.

Ele largou o computador, levantando-se e vindo em minha direção.

Eu juro que tentei respirar antes de fazer isso, mas a raiva não me permitiu.

Comecei a socá-lo e chutá-lo de todas as maneiras possíveis e impossíveis. Ele é claro não fez nem uma expressãozinha de dor sequer, mas só o fato de estar descontando minha raiva nele, já era de um grande valor pra mim.

Parei com a porradaria por um instante para encará-lo e ele estava sorrindo.

Sim, sorria abertamente, sem ironias e nem sarcasmos.

— Meus parabéns, Sra. Uchiha.

— Parabéns? Fui massacrada! Enganada! Interrogada! Ofendida! Sofri sérios danos mentais e se Lee não tiver um bom remédio pra isso, vou viajar para Paris a tratamento e VOCÊ vai pagar a conta! — esperneei.

— Hahahaha. Para de drama, vai... Nem foi tão mal assim! Eu assisti tudo! — ele disse sem nenhuma vergonha naquela cara sem espinha.

— EU ME FERRANDO! COMENDO O CHICLETE QUE A BRITNEY SPIERS AMASSOU E VOCÊ ASSIsTINDO SENTADINHO AQUI? — esbravejei indo pro segundo round de pancadaria.

Sasuke me pegou no colo, tentando me impedir. Mas eu estava o cão! E comecei a me debater, arranhá-lo e tentar me libertar de suas garras, quando o infeliz meteu aqueles dentes colgates na minha barriga.

— Aaaaaaaiiiiiiiiiiieeeeeeeeeeeeeeeeee...

— Então para de me atacar! — ele disse com voz de indefeso.

— Me põe no chão, miserável. Você me agrediu! — disse e ele me largou.

— Foi só uma mordida! Preferia que eu tivesse te batido?

— Só uma mordida? Maria da penha em você, Sasuke Uchiha! — ameacei.

— Isso mesmo! Vai lá procurar seus direitos! Neji julgará o caso com justiça. — riu da piada infeliz e eu revirei os olhos sem entender subindo as escadas. — Ei, Sakura? — chamou e parei num degrau.

— Ficou uma gracinha me defendendo! — disse convencido e como eu não estava com muita paciência, subi pra tomar um banho. Precisava me livrar daquele péssimo dia de cansaço e suor! Argh.

Tirei aquela roupa que testemunhara meu dia de sofrimento, provavelmente a queimaria no fogo, pra não ter recordações de tudo o que passei. Dei aleluia por ter comprado aquela hidro, joguei alguns sais relaxantes dentro e me deitei ali, sentindo o poderoso efeito de um banho. Até mesmo minha mente ficou mais leve e eu poderia dormir, se não fosse meu querido marido entrar no banheiro sem bater na porta ou pedir licença.

— Tem comida pra você em cima da mesa. — avisou.

— A privacidade mandou um abraço.

— Bom, se não quer é só falar. Vou jogar tudo no lixo — ameaçou dando as costas.

— NÃO! Estou faminta e em fase de crescimento — retruquei e ele balançou a cabeça negativamente dando o fora do banheiro.

Assim que terminei meu banho, fui até a cozinha e devorei toda aquela comida em cima da mesa.

Sasuke não estava em parte alguma, logo... Estava na bat caverna! Não sei se ele passaria a noite inteira enfurnado lá, como em tantas noites que já o fez. Mas sabe aquela vontadezinha de infernizar quem está quieto? Alguém tinha que pagar pelo meu estresse do dia inteiro, e eu não poderia dormir sem antes saudá-lo com alguma provocaçãozinha. Então fui até o quarto só pra passar meu anti-Sasuke e desci ao seu encontro.

Cheguei na pontinha dos pés, mas ele tinha algum radar implementado dentro de si, só pode. Sempre notava quando eu dava as caras por lá. Ele estava desenhando sobre sua mesa, todo concentrado e não parou pra me olhar e nem abriu a boca.

Como assim? Será que ele ainda não percebeu que eu gosto de ser o centro das atenções?

Assim como quem não quer nada, quase sem ser notada, praticamente imperceptível, derrubei tudo o que estava em sua mesa e deitei-me sobre ela, colocando os braços de apoio atrás da cabeça, e fitei-o.

Ele me encarava nulo. A principio pensei que não ia resistir e gritaria comigo, mas não.

Sasuke sorriu de canto, levantando minha camisola branca vagarosamente. Fui querer ser espertinha e estava novamente com o coração na mão! Que diabos ele queria fazer?

Parou de levantá-la na altura de meus seios.

Resolvi me fazer de fortona, só pra ver onde aquilo ia dar... Por dentro tava um pouco insegura, mas por fora talvez só transparecesse curiosidade.

Não me importei que visse minha calcinha lilás com bolinhas rosas, afinal, ele já havia me visto de lingerie vermelha com rendas pretas! Dei de ombros até aí, mas não pude ignorar um tremor percorrer meu corpo quando ele encostou seus lábios em minha barriga, bem em cima do inchaço que sua mordida causara.

Em seguida voltou a me olhar nos olhos, inclinou-se até o chão para pegar algo e voltou-se para mim agora com uma caneta em mãos, e começou riscar minha barriga, causando-me cócegas. Sorri com a sensação fazendo-o sorrir também. Mas logo me contive, afinal estávamos parecendo amiguinhos. Eca! Resolvi cutucá-lo.

— Então, estava me testando? — perguntei e Sasuke suspirou.

— Duas igrejas em Ouro Preto receberam um presente: a imagem de uma santa. Para verificar qual das paróquias ficaria com o presente, os vigários resolveram deixar por conta da mão divina, ou melhor, das patas de um burro. — contava ainda concentrado no que desenhava em minha barriga. — Exatamente no meio do caminho entre as duas igrejas, colocaram o tal burro, para onde ele se dirigisse, teríamos a igreja felizarda. — suspirou — E assim foi feito, e o vigário vencedor saiu satisfeito com a imagem de sua santa. Mas ficou-se sabendo mais tarde que o burro havia sido treinado para seguir o caminho da igreja vencedora. Assim, o conto do vigário passou à linguagem popular como falcatrua, sacanagem, golpe, etc...

— Mamãe sempre me dizia para não cair no conto do missionário — disse recordando-me.

— Vigário — corrigiu-me erradamente! Mas não queria debater, deixei essa passar. — Daí derivou-se a palavra Vigarista, pessoas que agiam como este vigário.

— Confiaram no animal como instrumento de sorte e justiça, quando até mesmo ele havia sido corrompido. Treinado para enganar. Manipular os resultados... Queriam saber se podiam confiar em mim. — concluí.

— Essa será sua vida ao meu lado, Sakura. Neji, Lee, Naruto, Gaara, Sai, você e eu. Somos todos vigaristas!


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Notas finais do capítulo

O que acharam??? Queremos saber a opinião de vocês!! Comentem! Recomendem!
beijos, até o próximo!



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