Vigaristas escrita por Juh, Amanda, Taís


Capítulo 14
Traidor


Notas iniciais do capítulo

Não estamos acreditando na facilidade e rapidez com que estamos escrevendo e postando nossos capítulos, tanto dessa fic como de Rehab! Se for sempre assim, OKAY!!
Mais um! Obrigada pelos comentários anteriores, nós amamos, e os leitores novos também!!
Boa leitura!



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Assim que Sasuke saiu da sala me deixando sozinha, corri em direção à janela que estava fechada, pressionando-a para cima a fim de fugir daquela delegacia.

Mas como a sorte não gosta muito de colaborar comigo, vi de relance quando um dos fardados me viu tentando escapulir da sala.

Então apressei-me, colocando toda a força que podia. Quando finalmente consegui abrir aquele vidro emperrado, apoiei-me saindo janela a fora.

Comecei a correr desesperadamente, mas o policial que me vira estava bem atrás de mim.

Meu cérebro já não comandava mais minhas pernas e elas simplesmente corriam.

Eu não podia ser pega!

Corri sabendo que a minha vida dependia daquilo, mas fraquejei quando as mãos bruscas me alcançaram, colocando algemas em meus pulsos.

Sim, eu fracassei em minha primeira missão.

Antes disso...

Sabe quando o feitiço vira contra o macumbeiro? Pois é, acaba de acontecer comigo. Argh!

Todo este suor e sacrifico para seduzir Sasuke, quando o espertalhão me resolve vir com esse jeitinho maroto pra cima de mim. Caí feito uma idiota! Ainda tinha que suportar estes dentes perfeitos bem amostra rindo gratuitamente da minha cara.

— HAHAHAAHAHAHA. Mas é uma cabeça de vento mesmo! Acha que eu iria cair na tua, Sakura Uchiha? — perguntou sarcástico.

— Não sei do que está falando — disfarcei. Droga! O demo era esperto e estava me sacando.

— Sabe sim! Você pode ser uma fútilzinha idiota, mas não é vulgar. E muito menos fica dando trela, a não ser é claro, pra tua imagem no espelho. Então desembucha! — rosnou.

— Não posso, Sasuke!

— Fala logo!

— Não dá!!! — disse e ele bufou.

— Está bem. Uma verdade por uma verdade, o que acha? — o infeliz propôs, e é claro que, por mais que quisesse negar, tudo em mim gritava por uma revelaçãozinha sequer dele, sendo assim... Claro que eu ia ceder!

— Isso envolve uma pessoa da tua equipe, e grana. — disse cautelosamente.

— Claro que tinha trambique no meio, né? Continua...

— Lembra da parte da grana? Se quiser que eu conte, tem que cobrir este prejuízo.

— Quanto? — perguntou.

— 30 mil dólares. — disse. Tá, tá... Eu sei que dobrei o valor, mas era o justo! 15 mil é coisa do passado e Sasuke me deve. É.

— Eu pago! — aceitou sem pestanejar. Hehe. Sou demais!

— Naruto me desafiou a te conquistar. — confessei como havia prometido.

— É impressionante como você fala rapidinho quando molham tua mão, não é? — comentou e eu dei de ombros. Ele não sabe que o custo de vida está caro não é? Pois é. — Você é tão burra, que me dá até vergonha de ter te dado meu sobrenome. 

— Ei, não sou burra coisa nenhuma! — me defendi.

— Ah não? Me responde então, o que é que o Naruto ganha com isso? — perguntou.

— Ué, ele ganha... Ganha... É... — vasculhei meu cérebro tentando encontrar o motivo de Naruto ter me desafiado a conquistar Sasuke. Que diabos ele ganhava com isso? Não encontrei nada! Bufei descontente. — Não sei.

— Claro que não sabe! Só conseguia pensar na grana, não é mesmo imbecil? Argh. — Sasuke rosnou.

—Tá, tá... Agora me explica! Uma verdade por uma verdade, não? — disse e Sasuke bufou, parecia não querer falar.

— Naruto gosta da Karin e quer o caminho livre, entende? — ele disse. Mas é claro! Tinha que ter a vaca no meio! Lembro-me perfeitamente quando Naruto disse que o fato de Sasuke pegar a Karin não deixara espaço pra outro, mas desconversou antes que eu o questionasse.

Naruto vagaboy de uma figa!

Depois me vem com aquele papo de "somos amigos". Argh.

— Eles já tiveram alguma coisa? — quis saber.

— Não que eu saiba — disse indiferente.

— Se não tem nada com ela mesmo, por que Naruto está fazendo isso? — perguntei. Ele não disse que ela "não era sua amante" em Caps Lock?

— Eu não tenho nada com ela há tempos. A questão é ela enfiar isso na cabeça dela! — disse. — Já chega de papo! Amanhã é sua primeira atuação na equipe. — Sasuke disse saindo da cozinha. Levantei-me para segui-lo.

— Mas Sasuke, eu não faço ideia do que tenho de fazer! Não posso simplesmente... — dizia quando Sasuke parou em frente à escada me fazendo esbarrar nele.

— Se acha que não consegue, é só avisar! Eu sou o maior interessado em que você caia fora da equipe! — disse emanando aquele cheiro másculo em mim.

— Não é isso, eu só... Deixa pra lá. — disse e ele continuou marchando pelas escadas até o nosso quarto.

Comecei a me desembonecar, né? Todo aquele penteado, maquiagem e roupa chique pra nada! Argh.

Coloquei mais um de meus conjuntinhos de seda, na cor cinza e guardei minhas coisinhas no closet, que por sinal já não era mais o mesmo. Minhas coisas já estavam tomando conta das de Sasuke, e por vezes eu largava algumas coisinhas minha na parte dele, só pra irritá-lo mesmo.

E por falar em irritá-lo...

— SAKURAAAAAAAAAA — gritou ele saindo do banheiro.

— Ora, o que foi, homem? Não estou surda não! — dei de ombros.

— Que porcaria é aquela no meu banheiro?!

— A banheira? Um glamour só, né? Eu também amei, querido. — disse e fiquei com medinho de seu rosto macabro.

— Na próxima mudança que fizer neste banheiro, eu vou quebrar esse teu rostinho, pra toda vez que se olhar no espelho, lembrar bem que eu não gosto nada disso! — ameaçou todo brabinho. Argh. Quebra nada... Ele é incapaz de me machucar que eu sei.

Sendo assim, fui ajeitar meu sofázinho e me deitei.

Sabe quando repassamos tudo o que houve no dia antes de dormir? Pois é, eu estava com essa mania chata, que sempre acabava adiando meu sono.

Sasuke saiu do banheiro, mas dessa vez não abri meus olhos para vê-lo, apenas escutei seu peso sendo afundado naquela cama fofinha, cheirosinha e linda.

A merda da cena de Sasuke se aproximando de mim prestes a me beijar não saia da droga da minha cabeça! Eu não gosto da sensação de "como teria sido", mas estava amargando ela neste momento.

Isso me fez refletir sobre quando Sasuke e eu namorávamos. Eu sequer lembro de seus lábios nos meus, ou de seus braços em mim. Eu sei que já tinha o beijado, ou pelo menos encostávamos nossos lábios um no outro, porque estávamos sempre com pressa demais, ou apenas interessados demais na grana pra se importar com isso. Sempre achei que Sasuke tinha uma rara beleza, mas não sentia atração nenhuma por ele. Não tínhamos química. Mas agora este pensamento idiota estava me atormentando e me deixando maluca das idéias. Argh.

— Confiança. — Sasuke disse na escuridão quebrando o silêncio.

— O que disse? — perguntei sem entender.

— A fidelidade anda de mãos dadas com a confiança. — Sasuke se explicou.

— E você não confia em mim, já sei disso. — concluí, lembrando-me das vezes em que disse isso, até mesmo como argumento pra eu não entrar na equipe.

— Isso não muda o fato de que não vou te trair com a Karin. — disse como se confirmasse as minhas incertezas.

Refleti um instante sobre isso, antes de responder.

— Não vou trair sua confiança. — disse e virei-me no sofá em direção oposta a sua.

Quando acordei, já nem estava mais tão dolorida quanto das outras vezes. Acho que meu corpinho estava se habituando a dormir neste torturador de almas.

Levantei-me e fui fazer minha higiene. Coloquei uma blusinha rosa e um short jeans, prendi os cabelos em um coque e desci para o café, que já estava acontecendo, é claro.

Na cozinha estavam, Shikamaru que sorriu largamente ao me ver, Sai que aprovou o coque mal feito com o olhar, Neji que parecia estar de ressaca e Lee ao seu lado que me olhou de canto me fazendo rir. Sasuke estava como sempre de pé escorado, só que dessa vez me olhando, desviei meu olhar porque estava com... Vergonha? Argh. Não sei mais de nada, viu.

Sentei-me para tomar meu café, e antes que eu terminasse me arrastaram para a bat caverna.

Sentei-me em cima da mesa, enquanto todos me encaravam de braços cruzados, somente Shikamaru tinha se mexido para pegar seus trequinhos tecnológicos.

— E então... O querem que eu faça? — perguntei.

— Sua missão é bem simples. Você terá apenas que entrar em uma sala e implementar essa escuta. — Shikamaru disse mostrando-me um de seus acessórios minúsculos. Gostei! Não me parecia nenhum bicho de duas cabeças!

— Beleza. Onde é que fica essa sala? — perguntei.

— Numa delegacia. — Sasuke disse assim bem calminho. E eu quase coloquei meu café da manhã pra fora.

— O QUE? DELEGACIA? ESTÃO MALUCOS? — perguntei assustada. Eles estavam me mandando pro matadouro, isso sim!

— Acalme-se, Sakura, vai ser mais fácil do que pensa. Apenas coloque seu charme em ação! Invente que quer tirar a segunda via de seus documentos! Que foi roubada e está lá para abrir um boletim de ocorrência. E na primeira oportunidade, coloque a escuta na sala do delegado. — Sai disse como se tudo isso não fosse nada demais. Sem falar, que realmente precisava de novos documentos. Talvez eu ficasse por lá pra isso mesmo, já que Sasuke não me devolveu os meus até hoje. Argh.

— Me parece difícil demais pra uma primeira missão! — disse descontente. Eles estavam se aproveitando do meu bom caráter e inocência, é.

— Fazemos coisas muito mais arriscadas, e por ser sua primeira missão, acredite, estamos aliviando as coisas pra você, Sakura. Nada mais justo! — Neji disse com seu ar moralista pra cima de mim.

Justo? Isso não me parecia nada justo. Droga.

— Onde está Naruto? Ele sim ficaria a meu favor! — disse. E é verdade, apesar de ser apaixonado pela vaca, eu gostava de Naruto, ele sempre me ajudava.

Lee parecia querer responder minha pergunta e se inclinou no ouvido de Sai.

— Lee mandou dizer que ele não pode vir porque teve que resolver um problema pessoal. — Sai transmitiu a mensagem de Lee. Revirei os olhos.

— Vá se vestir, Sakura. Neji vai te deixar lá, e assim que cumprir sua missão, nada de roubar o carro de ninguém! Vou te dar o dinheiro pro táxi. — Sasuke disse sarcástico.

— Ra rá... — ri sem ânimo e subi pra me arrumar.

Coloquei uma calça jeans, uma blusinha preta aberta nas costas, salto alto, fiz uma mega maquiagem e soltei meus cabelos, peguei minha bolsa e entrei no carro de Neji que me deixou em frente à delegacia e logo se escafedeu.

Coloquei um chiclete na boca, respirei fundo e entrei.

Nunca havia pisado em uma delegacia antes, mas era bem agitado! Muitos funcionários pra lá e pra cá, levando e trazendo documentos em mãos, com muitas mesas.

Muitos homens fardados e alguns deles trazendo alguém algemado. Havia uma fila para solicitação de documentos, mas até parece que eu a pegaria, né?! Fui discretamente, isto é claro, na medida do possível, pois arrancava suspiros por onde passava, até um corredor com muitas salas e parei ao identificar a que estava escrito "DELEGADO", olhei pelo vidro da porta e ali não havia ninguém!

Então rapidinho entrei na sala antes que alguém me pegasse ali. Peguei a escuta que estava em minha bolsa e tirei o chiclete de minha boca, grudando-os debaixo da mesa. Yes! Era mesmo jiló com açúcar! Virei vitoriosa prontinha para partir, quando dei de cara com um homem que usava um colete identificado de "delegado".

Quase caí durinha no chão, mas resolvi investir em meus dotes para enrolá-lo.

— Boa tarde, sou Sakura. — disse erguendo minha mão, o delegado a pegou aplicando-lhe um beijo galante. Sorri pra ele. — Desculpe-me o infortúnio, é que nunca precisei tirar documentos antes e acredito que errei de sala! Desculpe-me por isso, eu já estou de saída. — disse explicando- me.

— Oh claro, sem problemas. Sou o delegado deste distrito, a senhorita é muito encantadora! Acho que posso adiantar seu problema com documentos! Pode me esperar aqui um segundo?

— Faria isto por mim? Ficaria muito grata... — disse exalando simpatia por aquele delegado bonitão.

Assim que ele saiu da sala deixando-me sozinha, corri em direção à janela que estava fechada, pressionando- a para cima, a fim de fugir daquela delegacia.

Mas como a sorte não gosta muito de colaborar comigo, vi de relance quando um dos fardados me viu tentando escapulir da sala.

Então apressei-me, colocando toda a força que podia. Quando finalmente consegui abrir aquele vidro emperrado, apoiei-me saindo janela a fora, e comecei a correr desesperadamente, mas o policial que me vira estava bem atrás de mim.

Meu cérebro já não comandava mais minhas pernas e elas simplesmente corriam.

Eu não podia ser pega!

Corri sabendo que a minha vida dependia daquilo, mas fraquejei quando as mãos bruscas me alcançaram, colocando algemas em meus pulsos.

O desgraçado do policial levou-me novamente para dentro da sala do delegado, enquanto eu tentava me desvencilhar de seus braços distribuindo chutes ao vento. Ele sentou-me na cadeira, de frente para o delegado que sorria com escárnio da minha cara.

— Acha mesmo que ia me passar a perna, Sr. Sakura? — perguntou o delegado malignamente e dirigiu-se ao policial atrás de mim. — Obrigada Naruto, fez um bom trabalho. — disse e meus ossos travaram, meu cérebro derreteu e quase enfartei quando Naruto saiu de trás de mim com um sorrisinho cruel nos lábios.

Naruto era um policial disfarçado? Naruto é um traidor!




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Notas finais do capítulo

O que acharam???? Estamos curiosas sobre a opinião de vocês!!
Comentem, recomendem!!
Beijos, até o próximo!!



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