Cold Blood escrita por Sky Salvatore


Capítulo 6
Capítulo 5 - Fogueira


Notas iniciais do capítulo

Oii Bolsas de Sangue B+ ^.^
Eai estão gostando ? Espero que sim !
Aqui está mais um capítulo de Cold Blood pra quem ficou curioso (a) com o que vai acontecer ou o que a Charlie vai aprontar :D
Boa Leitura !



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/288612/chapter/6

“A amizade é o conforto indescritível de nos sentirmos seguros com uma pessoa, sem ser preciso pesar o que se pensa, nem medir o que se diz.”

George Eliot

Eram quase cinco da tarde quando recebi a mensagem de Jeremy com o endereço.

De: Jer

Para: Charlie

Vá até a Ponte Wickery, aquela que vc passou quando chegou a Falls, de lá vc já vai ver a bagunça.

Bjoos Jer

De: Charlie

Para: Jer

Obg, vlw nos vemos a noite :D

Bjos Charlie

Larguei o celular em cima da cama, andando na ponta dos pés fui até o chuveiro tomei um banho longo e demorado, desta fez com água quente o que deixou os espelhos do banheiro todo embaçado.

Enrolei-me em uma toalha branca e sai pisando firme para não cair, andei até o guarda roupas, peguei um jeans preto que parecia ser rasgado nos joelhos, coloquei uma blusa de manga comprida que tinha furo para colocar os dedos ela era branca, por fim coloquei minha jaqueta de couro preta fechando-a até em cima, o que era seu charme, ela tinha detalhes em dourado e alguns zíper.

Calcei minha bota montaria marrom caramelo que tinha uma fivela do lado e um salto quadrado, mas, não era alto, voltei a utilizar o espelho do banheiro.

Fiz uma maquiagem simples, esfumei meus olhos com sombra preta, passei um lápis da mesma cor e um gloss meio rosado, penteei meus cabelos deixando os soltos como de costume, passei perfume e estava pronta.

Peguei meu celular e coloquei no meu bolso dentro da jaqueta e junto dele coloquei um saquinho minúsculo com verbena caso eu precisasse dele, peguei as chaves e entre no carro, estava pronta.

[…]

Jeremy tinha razão depois que passei da ponte conseguia ver uma parte da floresta iluminada e conseguia ouvir a música alta, estacionei meu carro onde os outros estavam.

Desci do carro e novamente como imã vários olhares se fixaram em mim, apenas sorri indiferente, andei, mas, não havia conseguido encontrar Jeremy, até que eu reconheci os seus passos leves vindos atrás de mim, sorri e me virei.

-Oi Jer – disse animada, ok, algo estava acontecendo eu não deveria estar animada deveria estar em casa fazendo o que meu pai mandou.

-Oi Charlie – disse ele me cumprimentando com um beijo no rosto, que eu retribuí – Como sábia que estava vindo?

-Ótima audição – disse séria.

-Aceita, uísque, vodca, cerveja ou batida? – perguntou ele apontando para onde as bebidas estavam.

-Uísque – sorri.

-Então vamos – disse ele me puxando pela mão.

Chegamos ao lugar das bebidas, como dois idiotas eu e Jeremy apostamos quem tomava mais rápido e consequentemente ele ganhou.

-De novo – disse animada.

-Só mais uma vez – sorriu.

Pegamos outro copo e todos gritavam para quem torciam, tinha que confessar os meninos torciam para mim, desta vez consegui tomar o copo de uísque mais rápido do que ele e todos gritaram.

-Certo, melhor pararmos com isso – disse rindo.

-Apoiado – riu ele – Vem, vou te apresentar a minha irmã e aos amigos dela.

-Está bem

Nós andamos até o grupo que eu vira na minha primeira aula, a morena bonita, a garota dos cabelos sem graça e a loira que mais parecia uma Barbie, desta vez tinha um rapaz branco não parecia muito velho, cabelos loiro escuro e olhos da mesma tonalidade, com sorte tinha achado meu vampiro.

-Hey, pessoal essa é a Charlie – disse ele e eu dei um aceno baixo e discreto e todos eles sorriam para mim.

-Prazer, eu sou Elena – disse a garota dos cabelos sem graça, que agora eu sábia que chamava Elena.

-Eu sou a Caroline – disse a loira.

-Bonnie – sorriu a morena.

-E Stefan – disse o outro.

-O prazer é meu de conhecer vocês – sorri.

-É de onde Charlie? – perguntou Caroline.

-Manhattan – disse simplesmente.

-Seja-bem vinda, acho que Falls, não tem metade do que tem em Manhattan – sorriu Elena.

-Principalmente McDonalds – sorri enquanto o vampiro Salvatore olhava para mim.

-Estou com cede – disse a Bonnie – Vou pegar alguma coisa.

-Traz pra mim também – disse Elena e Caroline.

-Eu te ajudo – disse sorrindo para Bonnie.

-Está bem – sorriu de volta.

Andamos até onde estava as bebidas e começamos a encher os copos.

-O que traz você de Manhattan para Mystic Falls? – perguntou Bonnie enchendo os copos.

-Minha mãe morreu e eu não me dou bem com meu pai – disse fazendo a mesma cara de triste que fiz ao Jeremy.

-Ah, sinto muito – disse.

-Está tudo bem – sorri.

-Peguei tudo vou levando essas – disse ela.

-Está bem já levo as outras – sorri.

Discretamente coloquei a verbena dissecada no copo de Stefan, ele não saberia que estaria ali, já que esse tipo de verbena não tinha cheiro e nem gosto, não o mataria, mas, seria o suficiente para uma crise de tosse, precisava apenas confirmar, só que a mesma tinha o efeito alucinógeno de 48 horas, o mesmo efeito da mordida de lobsomem.

Voltei trazendo dois copos, entreguei um ao Jeremy e o outro ao Stefan.

-Valeu Charlie – sorriu Jeremy.

-Obrigada, Charlie – disse cordialmente o vampiro.

Jeremy começou a beber, mas, ficou brincando com a bebida fazendo graça para mim então tomei o copo de suas mãos e disse:

-Agora é minha – disse rindo.

-Isso é injusto – riu ele.

-Você estava brincando.

-Tá mais me dá mais um pouquinho – disse ele tomando o copo da minha mão.

De repente como era de se esperar, Stefan começou a tossir como se tivesse engasgado, mas, era só o efeito da verbena em seu organismo, dentro de mim abri um sorriso sabendo que eu estava certa, agora só precisava encontrar o outro e armar algo para os dois.

-Stefan? – chamou Elena colocando a mão em seu ombro mas, ele vermelho não conseguia responder.

-Está tudo bem? – perguntei sínica, porém, ninguém desconfiaria porque apenas olharam para mim como se eu fosse à desentendida do assunto e eles tentavam esconder tudo isso.

Como captara tudo mais rápido percebi Elena dando o sinal ao seu irmão quase bêbado para me levar para longe dali, enquanto o Stefan tossia Jeremy pegou minha mão e me arrastou para longe, enquanto eu me fazia de bêbada.

-Acho que deveríamos ajudar o namorado da sua irmã.

-Ele vai ficar bem sempre fica – disse de mau humor.

-Mas, ele tava quase morrendo sufocado.

-Não liga Charlie, ele está bem.

-Aonde vamos? – perguntei – Está mesmo tudo bem com ele?

-Claro que está, vem vou te levar a um lugar – sorriu.

Nós andamos e saímos da visão de todos, novamente estávamos na ponte Wickery, Jeremy me ajudou e ambos nos sentamos nas largas madeiras que faziam a passagem da ponte, estávamos a uma boa distancia de cair no rio, balançava os meus pés.

Conseguia ouvir a música da festa, mas, desliguei meu cérebro aquele era um ótimo lugar para pensar, Jeremy olhava fixo para a água e eu podia ver seus olhos ganhando uma cor mais intensa e cintilarem com as lágrimas que queriam sair, mas, notando que eu estava olhando levantou o rosto e sorriu.

-O que foi Jer? – perguntei realmente querendo ajuda ló.

-É só que… foi aqui que meus pais morreram – disse quase que em um sussurro.

-Porque vem aqui então?

-Acontece tanta coisa comigo, às vezes eu só queria ser um adolescente normal sabe? – disse – E quando eu venho aqui é como se eles estivessem comigo, como se eu voltasse à vida que eu tinha antes de eles morrerem.

-O que de mais poderia acontecer na vida de um adolescente?

-Você não faz nem idéia – suspirou – Quando se está em Mystic Falls, às coisas daqui te tragam vivo até que você morra por completo.

Algo nas palavras de Jeremy haviam me arrepiado.

-Eu só queria ser o Jeremy – disse.

E eu só a Charlie – pensei.

-As coisas vão melhor Jer – disse simpática.

-Parece que só vão quando eles morrerem – disse num sussurro.

-Eles quem Jeremy?

-Ninguém, Charlie, ninguém – sorriu -Você gostava da sua mãe Charlie?

-Sim – menti, mas, na verdade como eu poderia sentir falta ou gostar de alguém que eu nunca tinha conhecido? Meu pai não falava da minha mãe, e por isso eu também não perguntava.

-Quer saber? Se eu pudesse eu iria embora de Mystic Falls – disse ele sincero.

-Porque quer fugir da sua vida Jeremy?

-Porque ela não presta, tem sempre alguém me usando e me dizendo o que fazer.

-Depois que eu resolver uns… assuntos – disse – Eu volto para Manhattan se você quiser… pode vir comigo.

Eu não sábia explicar o porquê, apenas gostava do Jeremy, não como um namorado, mas, como um irmão e sábia que estranhamente ele sentia a mesma coisa, não sábia, mas, imaginava que o problema dele era com vampiros eu tinha certeza de que a irmãzinha dele usava dele de alguma forma e eu descobriria como.

-Elena me mataria se eu fosse pra Manhattan – disse – Como se ela ligasse para alguém sem ser o Stefan.

-Não gosta dele? – perguntei coletando informações.

-Não é isso, eu não gosto de quem ele é.

Sim, definitivamente Jeremy assim como eu tinha problema com vampiros.

-A proposta está de pé – sorri.

-Charlie parece que nós nos conhecemos há tantos anos – disse.

Jeremy tinha razão, porque era tão fácil conversar com ele?

Não Charlie, nada de amigos – pensei, eu não estava aqui para isso.

-Você não é o único que se sente assim Jer – disse sinceramente – Às vezes eu só queria ser a Charlie, sem tanta cobrança, meu pai dizendo que fazer como fazer e no fundo sempre dá aquele medo.

-Medo do que?

-De decepciona ló – sorri fraco.

-É pelo mesmo motivo que eu faço o que Elena me pede, só me sobrou ela e parece que se ela não se orgulhar de mim quem vai?

Como podia haver duas pessoas que sempre moraram tão longe uma da outra e tão parecidas?

Um corvo negro sobrevoou sobre nós olhei para cima assim como Jeremy, que suspirou irritado.

-É melhor nós irmos – disse.

-É – sorri – Vamos.

Jeremy desceu primeiro e depois me ajudou a descer, embora não fosse necessário.

-Quer carona? – perguntei.

-Não tenho que esperar Elena – disse ele com desdém e raiva ao mesmo tempo.

-Até mais Jer – suspirei.

-Até Charlie – respondeu ele triste.

Fui então para meu carro e entre nele, algo nas palavras de Jeremy haviam movimentado algo dentro de mim, algo que se chamava sentimento, algo que eu tinha desligado há muito tempo.

Tudo que ele dissera, era o que acontecia comigo.

Eu amava meu pai e sábia disso, mas, ele sempre cobrava de mim não deixava que eu vivesse e em parte eu não ligava porque eu tinha a vida mais interessante do que muitas meninas, mas, às vezes eu sentia falta de ter amigas e só sair com elas no sábado à noite.

Dei partida no carro e fui para casa, com sorte amanhã era sábado começaria a rascunhar minhas ideias malucas e sem nexo, tinha uma enorme pesquisa a terminar e dois vampiros para matar, sem contar na humana que tinha que levar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviwes ? Recomendações ?