Behind Brown Eyes escrita por JennetteIsMyLife


Capítulo 6
6-Tão próxima de um como tão distante de outro...


Notas iniciais do capítulo

RESPONDI A MAIS DE METADE DOS REVIEWS *-*
tenho prova amnhã e tive de estudar...



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8 de Janeiro, noite na casa de verão, pedido de viagem.

Após a janta, Dylan foi dormir e Sam aproveitou e foi falar com sua mãe sobre a viagem para Miami que seus amigos estavam planejando para esse verão.

- Mãe, você tem um minutinho? – Pam estava lavando a louça e Sam aproveitou o momento para enxugar as já lavadas, para ganhar pontos com a mãe.

- Oi querida, claro. Ah, obrigada. – sorriu a mãe, vendo a filha a ajudando.

- Tem uma coisa que eu gostaria de falar com você, um pedido na verdade. – dizia enquanto guardava copos no armário. 

- Sobre o que? – Pam já estava com um certo receio sobre o que vinha.

- Uma viagem. – a mulher parou de lavar louças, enxugou sua mão em um pano e olhou para a filha.

- Você quer fazer uma viagem, já estando viajando? – perguntou, arqueando a sobrancelha.

- Bem, é que meus amigos estão combinando de ir pra Miami e... – Pam a interrompeu.

- Miami? É praticamente do outro lado do país, Sam. Quem vai?

- Jared, Carly, Brad, Freddie, Beck.. A Mitchie também foi convidada. – De repente a expressão de Pam mudou de preocupação para consentimento. Em segundos, viu essa viagem como uma grande oportunidade para sua filha e sua enteada se conhecerem melhor e acabarem gostando uma da outra.

- Tá bem. Pode ir. – Sam arregalou os olhos, surpresa. 

- Sério, mãe? – Pam concordou e Sam foi abraça-la. – Nós vamos nessa quinta e voltamos segunda de manhã. Não se preocupe com dinheiro, eu tenho o bastante guardado e ainda sobra. 

- Eu te ajudo a pagar filha, não se preocupe VOCÊ. – Sam abaçou mais uma vez Pam. Demorou alguns minutos para entender a repentina despreocupação de sua mãe, mas logo chegou a conclusão óbvia: Claro que era por causa de Mitchie, ela havia visto como uma oportunidade das suas se aproximarem, mas não reclamaria, desde que pudesse viajar no fim da semana. As duas se despediram e Sam, ao subir as escadas, trombou com Mitchie.

- Você vai pra Miami também, Mitchie? – A irmã morena estava usando uma camisola escrito: IM HOT, YOU’RE NOT e seu cabelo estava preso em um desarrumado rabo de cavalo, não podia negar, ela era realmente muito bonita.

- É claro que sim, Sam. Acha que eu perderia essa viagem por alguma coisa? Além do mais, é uma oportunidade perfeita para eu provar para aquele garoto estúpido o quanto eu estou melhor sem ele. – Sam revirou os olhos, com uma expressão irônica. Como alguém que já havia provado do melhor, que no caso era Freddie, poderia se contentar com menos do que ele? Impossível. Não existia vida após aqueles olhos castanhos penetrantes te fitarem.

- Imaginei. – Foi o que Sam respondeu depois de tanto tempo em silencio. Mitchie cruzou os braços, porque esperava uma resposta mais provocativa, ou ao menos com mais conteúdo; e desceu a escada derrotada, para pegar um copo de água. Sam riu baixinho e rumou em direção a seu quarto, completamente cansada.


Domingo, 9 de Janeiro, dia chuvoso.

Sam acordou com uma preguiça fora do normal, nem se deu o trabalho de tomar banho ao levantar da cama. Desceu, estava em casa, todos haviam saído e não haviam deixado nenhum bilhete, o que fez a loira estranhar, mas estava ainda muito cansada para realmente se importar.

Se jogou no sofá, ligou a TV e ficou trocando de canais impacientemente, como se alguma coisa estivesse prestes a acontecer. Não sabia se era por causa dessa viagem marcada tão repentinamente ou se era porque amanhã seria seu primeiro treino de ballet. Apenas estava ansiosa. Notou que sua barriga roncava e foi até a cozinha, nem a mesa estava posta, apenas pratos e xícaras já usados na pia para lavar. A garota mordeu os lábios sem entender o que estava acontecendo e abriu a geladeira em busca de qualquer comida que tivesse sobrado. Pegou manteiga e pão de forma para fazer torradas, suco de laranja e sentou-se para comer sozinha. Após acabar de tomar café, foi mais uma vez para o sofá e se rendeu a um filme de romance, Querido John. 

Ótimo Sam, era tudo o que você precisava. Veja um filme de romance sozinha, com seus pijamas e sem ter quem você quer por perto. Continue assim, otária.

Sacudiu a cabeça para que seus pensamentos difamatórios saíssem de sua mente e continou a ver o filme. Era mais do que esperado para ela que choraria desde o começo, até o fim e foi exatamente isso que aconteceu.

É isso mesmo, é isso que acontece quando você se deixa levar por olhos estúpidos. Olhos estupidamente brilhantes, acolhedores...Foca, Sam. Foca. Tome um banho, coloque sua sapatilha e vá dançar. Isso, faça isso.

E foi o que fez. Determinada, a loira levantou do sofá, tomou um longo banho, vestiu seus trajes de ballet pegou sua bolsa e ficou pensando onde poderia treinar. Logo veio em mente o nome de alguém que saberia exatamente o lugar ideal. Beck. Pegou rapidamente seu celular e discou o número.

- Alô? – Uma voz sonolenta atendeu.

- Beck? Eu te acordei? Oh meu Deus, mil desculpas... – Beck tossiu do outro lado da linha.

- Que isso Sam, sem problemas. O que foi? – perguntou, sonolento.

- Não se preocupe, eu ligo mais tarde.

- Por favor, fale.– insistiu.

- Bom. É que eu estou sozinha, minha família inteira sumiu, eu quero muito dançar e não sei onde eu posso. Tem algum lugar disponível? - perguntou, envergonhada por ter acordado o garoto.

- Claro que sim e quem te levará até lá sou eu. Me da 10 minutos e eu passo aí pra te buscar. – Sam abriu um sorriso enorme, sabia que poderia contar com ele.

- Ok. Te espero! 

- Certo, e quem sabe a gente não dance junto, você me deve uma dança. – Sam riu e os dois desligaram o celular.

A garota sentou no banco da área que havia na frente da casa e ficou a espera, ouvindo música. Fechou os olhos e quando se deu conta, Beck estava ao seu lado, sentado a observando.

- A quanto tempo você está aí, seu besta? – Perguntou a garota, dando um leve empurrãozinho em Beck, que riu.

- Acabei de chegar, você parecia muito em paz e eu não queria te assustar, mas parece que minha cara feia fez por si só. – Sam mostrou a língua para o garoto, que ameaçou pegar.

- Vamos? – perguntou a loira.

- Claro, siga-me. – Beck dobrou o braço para que Sam pudesse dar o seu, como uma noiva ao entrar no altar, ela riu. Deram os braços e foram andando até um lugar que parecia abandonado.

- Que lugar é esse? Confesso que estou com um certo medo de você. – ela cruzou os braços, fitando a casa que parecia mal assombrada, Beck sorria.

- Esse é o lugar que eu treino, ninguém para amolar, me chatear e mesmo que a aparência não seja das melhores, por dentro é bem arrumadinho. Eu arrumei. Pretendo no futuro reformar esse lugar, é um dos meus lugares favoritos.

- Você tem gostos estranhos. – Confessou a garota. Primeiro o ballet masculino, mesmo ela amando os garotos que optavam por isso, não era algo comum. Depois o sorvete de pistache que por um motivo que Sam não conseguia entender era seu predileto, e agora esse lugar que ela considerava macabro como favorito. Vai entender, pensou. Beck revirou os olhos zombando da garota, pegou em sua mão e entraram.

Beck estava certo, por dentro o lugar não era tão assustador, ele havia feito um bom trabalho, mesmo ilegalmente. A sala não tinha nenhum móvel e era imensa. Apenas espelhos nas paredes, um piano encostado no canto e o chão de carpete de madeira. Alguns suportes se encontravam no meio da sala, desorganizados. Beck deu de ombros quando Sam o fitou, repreendendo-o sobre a bagunça, os dois riram

- Uau Beck, éperfeito. – Sam sorria, era tudo o que precisava.

- É seu também, se quiser. Qualquer hora que você precisar você pode vir aqui ensaiar. – Sam jogou a mochila no chão, sentou-se e calçou rapidamente as sapatilhas, Beck observava a garota, sorrindo. Fez o mesmo que ela, tirou o moletom que estava por cima do seu traje, fazendo Sam rir.

- Eu não me conformo como seus amigos não te zoam por ser bailarino. – Sam agora já estava nas pontas dos pés.

- Acho que eles acostumaram, não há nada que eles possam fazer. – Beck não conseguia parar de sorrir. Agora observava a loira prender seu cabelo, hipnotizado.

- Anda, dança comigo.- Convidou. Ele abriu um sorriso de orelha a orelhae fez uma reverencia pedindo a mão da loira para beijar. Sam riu sem graça o abraçou e depois num empurrão gracioso, os dois se separaram. Era incrível. Eles eram incríveis. Sam se desconcentrou mais de duas vezes observando Beck se mover.

Seus movimentos eram perfeitos e bem calculados, assim como os da Sam. Ele se aproximou da garota e sem pensar, a a ergueu com a maior facilidade do mundo, girando-a no ar. Eles estavam dando um show, que mesmo sem ensaios, estava perfeito, sem falhas. Após consecutivos trinta minutos dançando, os dois se renderam e sentaram no chão mesmo. A música vinha de um pequeno rádio que Beck havia colocado em cima do piano.

- Uau, você dança muito bem. – Sam elogiou o amigo, que estava com as pernas esticadas no chão, alongando.

- E eu não preciso dizer nada de você, não é? Você sabe que é perfeita. – Beck se aproximou da garota, que sorria e olhava para o chão, sem graça.

– Você é linda, Sam.- A garota sentiu seu coração desparar, estava nervosa. Mil coisas passaram pela sua cabeça, ela congelou, não sabia o que fazer, não sabia se deixava acontecer ou simplesmente levantava dali.

- Erm, obrigada, Beck. – Beck foi se aproximando cada vez mais até tocar seus lábios com o da garota. A boca dela foi se abrindo dando espaço para Beck a beijar de verdade. Ele passou a mão no rosto dela o que a fez perceber o que estava fazendo. Se afastou rapidamente de Beck, que pareceu ofendido.

- Me desculpe, eu não posso... – Sam pegou sua mochila e saiu correndo da casa, ainda de sapatilhas, mesmo com uma rala chuva que estava caindo. Estava se sentindo péssima, por que havia feito aquilo? Ela não gostava de Beck, por que de repente sentiu vontade de beija-lo? Nunca fora de iludir quem gostava dela, nunca quis esse mal para ninguém. De repente notou que estava com fome.

Passou pelo Burger King, comeu um lanche sozinha e foi para casa. Com os cabelos já úmidos por causa da chuva, abriu a porta da entrada rapidamente, fechou atrás de si e partiu a procura de alguém que já estivesse em casa.

- Alguém em casa? Mãe? – gritou. Ninguém respondeu. Se perguntava o que teria acontecido com sua família, até que segundos depois a porta se abriu e o Dylan entrou rindo.

- Sam, que saudade que eu estava de você! – ele a abraçou bem forte, fazendo a garota se engasgar e rir. – Por que você está molhada? Saiu de casa e não levou guarda chuva? A mamãe sempre fala pra gente nunca sair de casa sem guarda chuva aqui, porque o tempo sempre pega a gente desprefanido. – Sam franziu o cenho e demorou para entender o que o irmãozinho quis dizer com aquela palavra desconhecida, até que sorriu.

- É desprevenido, pequeno. E posso saber aonde vocês estavam? – interregou a mãe, quando essa entrou junto com Mark.

Sam estava com as mãos na cintura e batendo os pés, como uma dona de casa autoritária. Ao ver aquela cena Pam riu e Mark a zombou.

- Não estou achando nenhuma graça. O carro não estava aqui, as camas todas arrumadas, o café fora da mesa, nenhum bilhete! Vocês querem me matar de preocupação? – Mitchie nesse momento entrou na casa, de braços dados com Freddie. Sam sentiu seu coração bater mais rápido. Ele estava vestindo um moletom lindo, e pendurado em suas costas havia um violão, a garota não sabia que ele tocava. E foi então que Sam se deu conta que sabia muito pouco sobre ele, que na verdade ele ainda era o estranho de olhos castanhos que desde o momento que a olhou, a fez perder o sono.

Freddie a fitou atordoado, queria fugir dali, ou ir até o encontro dela e a abraçar, dizer que era com ela que queria ficar.

- Sam! – exclamou Mitchie. – Suspeito que você já conhece o Freddie. – Sam forçou um sorriso, ela era forte e faria de tudo para passar por essa fase desconfortável de sua vida.

- Sim, nos falamos algumas vezes. Tudo bom, Freddie? – Sam sorria com vontade agora, uma força súbita havia a dominado.

- Eu...Mitchie? – Mitchie o olhou, sorrindo. Freddie não conseguia entender o que estava fazendo ali, como havia parado lá, de braços dados com Mitchie. Na verdade sabia sim, mas não queria acreditar que aquela cena realmente estava acontecendo.

- Sim, ursinho? – Ele sacudiu a cabeça e tentou voltar a realidade, mesmo sabendo que nos sonhos era tudo mais fácil.

Nessa manhã, acordara revoltado e ligou para Mitchie convidando ela e sua família para um piquenique na praia. Com medo de acordar a filha, Pam a deixou dormir, sem suspeitar que a mesma ficaria tão assustada e preocupada com o paradeiro dos entes queridos.


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Notas finais do capítulo

AMANHÃ É SEU NIVER LAVÍNIA YAAAAAAAAAAAY
E HOJE FAZ 3 MESES QUE NOS CONHECEMOS...TE AMO MUITO *-*
Ela não irá ver isto :s
Baaaaaaam ;)