Bom, essa história não é fácil de contar, mas eu vou tentar. Vamos começar do começo, me chamo Miranda e estudo em um antigo colégio de Manhattan desde pequena, então vamos nos conhecer melhor. Você já acordou e se sentiu meio esquisito com um pressentimento ruim e bom ao mesmo tempo?Posso te garantir que não é a melhor coisa do mundo, pois a ansiedade é muito grande. A vontade de saber o que é e quem sou.

Tudo começou quando entrei no sexto ano, sabia que esse ano ia ser diferente:

- Nossa nunca pensei que chegaria aqui! – digo .

- É verdade... Não espera ai, é claro que pensei!-diz Rose.

Para quem não sabe Rose é minha melhor amiga desde o quarto ano, está comigo em quase todas as aventuras que eu vou contar para você. Mas tem uma pessoa que vai mudar o percurso dessa história, somos inimigas desde crianças, é esquisito, mas ela fez uma diferença grande na minha vida, com o tempo entenderão.

- Oi Miranda, como foram suas férias?Espero que tenham sido horríveis. Ha! Você se acha melhor que eu, mas não chega aos meus pés. – diz Carter, minha inimiga-.

- Cale à boca Carter! Não me importo com o que você diz, guarda para você!

- Miranda, você não precisa se rebaixar ao nível dela.

- Tudo bem Rose, vamos entrar na sala. Quero conhecer os professores.

A ansiedade de conhecer os professores está aumentando, porque sempre tem aqueles alunos mais velhos que passam as fichas “criminais” dos professores. Mas como é o primeiro dia de aula vou dar uma chance a eles.

- Bom dia alunos me chamo Gabriele e vou ser sua professora de História.

Nesse momento não achei nada de esquisito sobre a professora, até...

- O que vocês fizeram nas férias?Bom nem respondam. Eu fui à Disney.

Visitei todos os parques, comprei um pirulito com um escorpião dentro, meu filho ficou enjoado quando andamos de montanha russa...

- Professora!- chamei- Pode nos dar aula de história?

Nunca pensei que pediria a uma professora que ensinasse, mas ela falava de mais da vida dela, eu não aguentava aquilo. O bom foi que quando me dei conta, o tempo de aula dela havia acabado então outra professora entrou na sala.

- Olá, sou a sua professora de matemática e para hoje a tarefa é escrever, na folha que eu vou dar algo sobre vocês.

Quando ela disse aquilo não sabia o que escrever no papel, pois minha vida não é tão cheia de aventuras nem segredos, sou só eu mesma. Notei que esse ano seria mais difícil do que eu pensava, também notei que a professora não tinha dito o nome dela.

- Professora pode me dizer seu nome?

- Há, desculpe, meu nome é Crystal e o seu?

- Meu nome é Miranda, prazer em conhecê-la.

Senti um arrepio na espinha, pois não queria que nenhuma professora pegasse no meu pé. Pelo menos eu escrevi e foi o seguinte:

Aluna: Miranda

Não tenho muito que dizer sobre mim, mas sei que estou pronta para encarar o sexto ano e mais o que tiver que vir.

Na hora que escrevi “mais o que tiver que vir”, gelou meu coração, pois sabia que algo ia acontecer. As aulas iam acontecendo e eu conhecendo mais os professores todos bem bacanas, para minha sorte a hora do intervalo chegou logo e estava disposta a começar uma amizade com Carter, mas estava sem esperanças. Na hora de descer ela passou por mim e eu segurei o braço dela e falei:

- Espera, pois quero falar com você!

- Mas eu não quero falar com você!

- Não importa, mas vai escutar!

Cada uma gritava mais auto, tentando superar o volume da outra até que eu parei de falar auto e disse como uma pessoa civilizada:

- Olha , não tem porque nós continuarmos brigando , somos da mesma turma não importa se queremos isso ou não, somos um time agora.

- Desde quando você decidiu bancar uma de boazinha? E para com isso, não me importo se somos amigas ou não, só sei que eu nunca vou aceitar ser sua amiga, desista Miranda!

Nesse mesmo instante um garoto que eu sabia que ela gostava veio falar comigo:

- Oi Miranda, você viu como tudo aqui mudou? Agora temos armários! Isso é muito legal!

- Claro que é Jonathan, qual é o número do seu? Já te disseram?

- Ainda não sei, mas eu vou procurar saber... E o cinema de hoje ainda está de pé né?

- Porque ele caiu?

- Para sua boba, tenho que ir para sala, mais tarde a gente se vê.

- Claro, tchau.

O melhor dessa conversa é que nós dissemos tudo na frente de Carter e as expressões do rosto dela logo mudaram. Ela provavelmente pensou que se fosse minha amiga, teria uma chance com ele, então tomou ar e disse:

- Está bem eu aceito ser sua amiga, mas não ache que é por causa de Jonathan .

- Há claro, não acho.

- Então está bem, a gente se vê depois?

- Tudo bem, a gente conversa quando subir.

Nesse momento, enquanto descia eu encontrei com Diana, uma pessoa muito legal, também minha amiga de infância, ela era de outra turma, mas ainda éramos grandes amigas. Rose contou para ela sobre eu tentar me dar bem com Carter, elas duas já eram amigas e queria saber se eu tinha conseguido:

- E então, conseguiu?

- Consegui, mas acho que foi por causa de Jonathan.

- Logo vocês vão ser grandes amigas.

- Também penso assim, bom hoje foi um dia tranquilo, mas eu quero ver amanhã.

- Eu também, ainda tenho professores pra conhecer.

- Exatamente, tenho que encontrar Rose, tchau.

- Beijinho, tchau.

Eu estou com um pressentimento bom em relação à minha amizade com Carter, mas tem uma coisa estranha, eu não a vi depois que desci para o pátio, ela tinha sumido, perguntei para todas as amigas dela até algumas inimigas, mas nenhuma sabia onde ela estava. Cheguei a achar que ela tinha saído da escola, mas quando o tempo de intervalo acabou ela subiu como se não tivesse acontecido nada, porém não perguntei nada para ela.

Quando o último sinal tocou todos estavam indo embora e eu fui andando para minha casa, depois que cheguei, assim que Sam, minha madrasta, saiu de casa para ir trabalhar e me deixou sozinha, como sempre fico, eu vi uma imagem esquisita parada do lado de fora me observando, mas foi embora em um lance de segundos. À tarde inteira eu vi aquela imagem, o tempo passou e meu irmão chegou da escola acabando com a minha paciência como sempre.

- Nick coloca sua mochila no lugar e vai para o banho!

- Não! Você não manda em mim!

Por sorte meu pai, Andrew chegou para botar ordem na casa e depois de jantar fomos para cama, à única coisa ruim é que eu tive um sonho muito esquisito.

Eu estava andando por um lugar grande, com colunas bem altas recobertas com ouro, tudo naquele lugar era muito esplêndido. Então entrei em ume sala de mais ou menos quatro metros de altura e me deparei com um homem e uma mulher de túnicas brancas conversando, eu me escondi para que não me vissem, as expressões de suas faces eram de preocupação e eles estavam discutindo sobre algo importante, a única coisa que eu pude ouvir da conversa foi:

- Precisamos trazê-la para um lugar seguro urgentemente, ela já está sendo vigiada e ainda estamos no começo do ano. -diz a mulher-.

- É perigoso trazê-la, você sabe o que acontece se ela souber. -questiona o homem-.

- Só espero que o inspetor chegue logo.

Logo em seguida eu acordei assustada e uma pergunta ficou na minha cabeça o tempo todo: Quem era a garota de quem aquelas pessoas estavam falando?