Educação À Moda Antiga escrita por Sarinha Myuki


Capítulo 3
III - A Decepção de Carlisle




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Capítulo III – A Decepção de Carlisle

POV Carlisle

Eu precisava me controlar, precisava continuar controlado e não voltar lá com uma vara na mão e arrebentá-la no traseiro do meu filho que gritara comigo como se eu não fosse mais que um coleguinha de escola qualquer. Não sei como me controlei naquela sala para não tirar o meu cinto e bater nele lá mesmo, com a filha dele ouvindo e tudo o mais.

A minha mão coçou a cada palavra desrespeitosa que ele proferiu para mim, SEU PAI. Ele criticou a forma como eu o eduquei, gritou comigo por diversas vezes, mandou que eu não me intrometesse, disse que sabia o que fazia e ainda teve a coragem de me expulsar da casa dele.

"Casa dele", quem deu aquele chalé fui eu. Quem deu tudo que ele tem fui eu! Meus olhos ardiam, era veneno, sem dúvida, tamanha minha decepção com aquele garoto! Ele se achava adulto agora que tinha esposa e filha... Adulto? Ele estava fazendo tudo errado! Estava criando uma marginal que sai sem permissão e experimenta substâncias proibidas para alguém da idade dela.

Ele me acusou de espancamento. Espancamento? Eu nunca machuquei nenhum dos meus filhos, nunca deixei uma marca sequer. Cada surra, sejam as palmadas, chineladas, cintadas, escovadas ou varadas foram motivadas e justas! Eu nunca me excedi, nunca exagerei, nunca deixei uma marca sequer em qualquer dos meus filhos.

As acusações doíam um pouco em mim, como se não fosse difícil para mim corrigi-los, como se eu houvesse adotado o caminho mais breve na educação deles e batesse por qualquer motivo. Edward foi maldoso, ele lia mentes, sabia o quanto era difícil para mim cada vez que eu tive que levantar a mão para qualquer um deles.

Eu precisava conversar com Esme, somente ela era capaz de me acalmar nesses momentos, de me apaziguar o espírito. Mas, apesar da minha chateação com meu filho, era Renesmee que me preocupava. Ela estava se rebelando, estava saindo do controle.

Um adolescente comum se rebelar já é complicado. Agora, Nessie saindo do controle era perigoso para os humanos e mais... Era perigoso para toda a nossa família! Se por acaso os Volturi percebessem que ela expunha nosso segredo viriam matá-la e todos nós morreríamos na tentativa de defende-la.

Eu parei e respirei profundamente por um segundo, acho que havia esquecido de respirar desde que saíra da casa de meu filho. Eu sabia que um dia ele cairia na real e me procuraria, mas me perguntava se não seria tarde demais para a minha Nessie. Olhei para frente e vi minha casa, da onde vinha meu maior conforto: Esme.

Foi quando ouvi atrás de mim.

- Pai...

Era Bella, ela estava chorando. Podia ver o veneno saindo de seus olhos, os irritando.

- Pai, não fique bravo com o Edward... Eu não sei o que acontece com ele, a Renesmee o hipnotiza e eu não posso fazer nada... Ele te ama tanto...

- Xiiii – Disse a abraçando e confortando – Calma meu amor, as coisas vão se ajeitar, eu prometo. E eu conheço meu filho, ele fala tudo isso da boca para fora e depois se arrepende – Eu disse tentando acalmá-la.

Esme apareceu, era incrível como ela tinha ouvidos de águia quando se tratava de choro vindo de seus filhos.

- O que houve Carlisle?

Eu resumi em poucas palavras a situação na casa de Edward, mas foi o suficiente para Esme começar a chorar junto com Bella. Sua mão apoiava meu ombro, eu sabia que aquilo era para me dar conforto pelas coisas que meu filho falara para mim.

- Bom, chega de chororô vocês duas.

- Amor, você precisa ir até lá e...

- Não Esme. Não posso fazer nada. Enquanto Edward não me procurar, não vou interferir na rotina da casa e, principalmente, na educação de Renesmee.

Ao ouvir o veredicto, Bella passou a chorar copiosamente. Era como se sua última carta da manga houvesse sumido. Esme a abraçou e disse palavras de conforto, mas sempre me apoiando. Ela sabia que eu estava certo.

Bella se foi, enquanto eu entrava na minha casa ao lado de minha esposa. Me sentei com o olhar triste no tapete.

- Ih pai, melhora essa cara!

Disse Alice rindo. Ela era minha filha mais doce, sempre tentando me animar. Mas de repente seu rosto mudou, ela estava em meio a uma visão, eu conhecia bem aquela imagem. Logo a visão passou e ela voltou ao momento presente, piscando repetidas vezes.

- Nessie!


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