Diferentes Direções (romione) escrita por Nicole Marcon


Capítulo 15
Rejeição


Notas iniciais do capítulo

Oiie...
Essas notas vão ser longas, mas gostaria que lessem...
Primeiramente: OBRIGADATHANKSGRACIAS PELA PRIMEIRA REVIEW NESSA HISTÓRIA, OBRIGADA MESMO, TORNOU UM DIA HORRÍVEL UMA BÊNÇÃO MTMTMTMT OBRIGADA, nunca pensei que minhas palavras fossem ter tanto prestígio, agradeço demais mesmo *--*
Depois: Agradeço os reviews de Jaine, Marina Machado, Bruna Farias, Geovanna Torres (♥) e Isadora Weasley Potter.
Agradeço também os famosos "leitores-fantasma", que mesmo não deixando reviews leem a história e isso é o que mais importa =)
Quero também deixar meus pêsames pelo acidente na boate Kiss, desejo força para as famílias e muito amor para superar isso ;/
Peço desculpas pela demora desse capítulo e já aviso que na fic Nova Era vai demorar mais p postar porque ta em fase delicada e eu preciso revisar e reescrever muitas vezes.
É isso :)
BOA LEITURA ♥



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Nessas quatro semanas e quatro dias, Rony ia se apaixonando por Hermione. E a morena fazia o mesmo, só não queria admitir, não podia admitir.

POV Hermione

Meu celular novo tocou em plena segunda-feira de manhã. Rony ligava.

Rejeitei a chamada e mandei uma mensagem, dizendo que não podia atender agora, mas podia mandar mensagens.

“Hermione, preciso de você agora, vem até a cafeteria, rápido. Ah, e venha de carro.”

O quê? Por que preciso ir de carro? Coisa boa com certeza não era.

Não sabia o que fazer.

Se ele precisa da minha ajuda, não posso rejeitar. Rony é meu amigo. É.

Mas eu estou tão cansada... E, além disso, meu cabelo está armado e estou com profundas olheiras. Ele não podia pedir pra outra pessoa?

Ah, que se dane.

Levantei do sofá e fiz os exercícios de sempre, pra não dar nenhuma estralada no meio do dia. Coloquei uma saia rosa e uma blusa azul, passei meu perfume de cereja e saí feliz com o meu crossfox.

Quando cheguei em frente à cafeteria, Rony me esperava ali fora com o avental marrom em cima do ombro e as mãos nos bolsos. No momento em que reconheceu meu carro, deu um sorriso radiante. Eu não conseguia aguentar cumprimenta-lo dentro do carro. Desci e dei um abraço apertado, sentindo vontade de chorar.

O aroma do seu cabelo era o costumeiro. Não queria soltá-lo mais, queria ficar lá pra sempre, fugir de Draco e fugir da vida.

Ele me soltou e eu correspondi.

– Vamos, entra no carro, quero te mostrar um lugar... Sério! – disse Rony, se curvando para passar pela porta.

– Ah, tá, tudo bem...

Entrei e dei a partida. Fui seguindo suas indicações. O local era longe da cafeteria, bem longe...

Acabamos chegando a um pequeno condomínio fechado em que todas as casas eram pequenas e iguais. Cores como bege, branco e cinza coloriam as casas, dando uma impressão mortífera ao condomínio. Parei na entrada.

– Identificação? – pediu um segurança sem tirar os olhos da sua revista.

– Ronald Weasley, quero visitar o quinto lote. Meu nome está na lista.

O segurança da um longo suspiro e confere a lista. Após abrir o portão, faz um risco no papel.

Entro e Rony me indica uma casa branca com venezianas escuras, telhado laranja comum e uma porta bonita de madeira polida.

Descemos do carro e Rony toca a campainha, eu sempre o seguindo.

Afinal onde estamos? Não consigo ter ideia do porquê de Rony fazer essas coisas tão malu...

– Hermione! – sussurra Cláudia, minha mãe, pulando no meu pescoço e apertando-me em um abraço como se fosse no dia do nosso reencontro.

– Mãe! Eu senti tanta saudade... Desculpe não te visitar, eu perdi meu celular em uma chuvarada e o seu contato junto com o endereço estavam lá, eu...

– Tudo bem, tudo bem... Ainda não falei a Helena sobre a sua volta, eu não consigo falar muito com ela... Agora ela foi sei lá onde e deve voltar daqui a pouco.

– Mal posso esperar para reencontrá-la, de verdade!

– Oh, tudo isso graças a Ronald! Ele pesquisou e encontrou-nos aqui, faz exatamente dois dias. Disse que queria fazer surpresa, e como sei que gosta de surpresas concordei. Vamos, entre...

Fim POV Hermione

Os três entraram na residência e se aconchegaram no sofá de couro.

– Sra. Granger, vou preparar um chá. Se me dão licença... – disse Rony, levantando-se e indo à cozinha.

– E então, é aqui que vocês têm ficado? – pergunta Hermione, dando olhadas rápidas sobre a sala junta da cozinha.

A morena queria voltar a morar com a mãe e a irmã, mas não tinha desculpas para sair da casa do marido. Além disso, precisaria arrumar um emprego e não tinha qualificação pra isso, mal tinha feito faculdade e suas notas na escola estavam para lá de péssimas.

– Sim. Foi difícil adaptar, mas, aqui estamos. E então, como foi o casamento? Têm fotos?

– Não me casei assim, sabe... Só moramos juntos, eu e Draco. Não tivemos casamento nem no cartório, é melhor e dá menos trabalho.

– Nossa... E seus filhos?

– Bem, decidi não ter filhos... Quer dizer, eu e Draco não falamos nisso.

– Ah... Nem te digo que já estava ansiosa por netinhos!

Hermione deu uma risada alta. Uma risada com preocupação no timbre.

Rony voltou com duas xícaras de chá de camomila.

– Não fez para você, querido? – pediu Cláudia melancolicamente.

– Não, senhora. Eu estou sem vontade. – Rony sorriu.

A porta se abre e um borrão preto paralisa-se momentaneamente. O olhar de todos penetra no borrão.

– He-Hermione?

– Oi, Helena! – Hermione larga o chá e corre até a porta.

Helena fica sem reação. Olha um pouco para o alto – Hermione é uma cabeça mais alta – e permanece imóvel.

– O que houve? Me abrace! Estou com saudades!

Ela continua olhando fixamente.

– Helena...?

Cala a boca! Você não tem o direito de dizer meu nome! Desde que você saiu de casa toda a minha vida foi uma droga, todo o clima virou uma droga e tudo isso é culpa sua! Você acabou com a minha festa de quinze anos, você acabou com a vida do seu pai e acabou com tudo o que tinha direito! Nunca pensei que você tivesse tanto ódio por mim!

– Eu... Helena, eu não tenho ódio por você, eu... – Hermione chorava.

Eu mandei calar a boca! Será que você não entende? Você é uma droga! A sua vida nem precisava ter existido, você não precisava se preocupar em voltar! Se lixou tanto pra nós que nem liga que o seu pai morreu, nem liga pra essa casa, nem se preocupa em pagar por tudo o que fez! Acho que o melhor pagamento seria você sumir do planeta, sumir dessa família e esquecer que existimos! É pedir demais pra alguém que já teve a capacidade de nos abandonar?

– Helena, eu era uma adolescente como você, eu não pensava da mesma forma como penso agora...

– Está dizendo que eu estou sem razão? Olha pra mim! Não é isso que você queria? Uma irmã que se espelhasse em você? Pois é, você queira isso e eu obedeci. Quantas vezes você parou pra pensar se estávamos bem? ...

– Eu pensava isso todo santo dia! Eu nunca abandonei vocês, eu...

– Então por que foi embora? A família não era boa o bastante pra você? – Helena encarava Hermione nos olhos.

Todos da sala olhavam incrédulos para as duas.

Hermione não tinha resposta. O que diria? Tinha a melhor família que poderiam oferecer, a melhor vida. Helena estava certa. Acabara com toda a felicidade.

– Percebeu que o que eu falo é sério? – disse Helena agora chorando e borrando sua maquiagem pra lá de preta. – Percebeu que você não só acabou com a vida do seu pai, mas com a minha também?

– Percebi, e é por isso que te peço para... Peço para que aceite a minha volta. Que voltemos a nos falar e a ser como éramos.

Helena a encarou por cinco segundos e disse:

– Já estamos sendo como éramos.

Em seguida, foi até o banheiro e se trancou.

**

"Quando eu vejo o seu rosto

Não há nada que eu mudaria

Pois você é incrível

Exatamente como você é

E quando você sorri

O mundo inteiro para e fica olhando por um tempo

Pois, garota, você é incrível

Exatamente como você é"

Just The Way You Are - Bruno Mars


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Notas finais do capítulo

Nossa história tem mais uns dez capítulos =/